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Parece o Egito. Mas pode chamar de Peru

Posted by luxcuritiba em abril 20, 2008

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29 de janeiro de 2008
Recentes escavações arqueológicas legitimam a comparação; ainda falta apoio do governo

Camila Anauate – O Estado de S.Paulo

CHICLAYO – Arqueólogos arriscam chamar a desértica costa norte peruana de Vale do Rio Nilo. A comparação só faz sentido – diferenças geográficas à parte – durante visita às ruínas que revelam crenças e hábitos de culturas milenares. As primeiras civilizações do Peru são contemporâneas dos faraós egípcios e também deixaram enterrados tesouros de um esplendoroso passado. Como a tumba do Senhor de Sipán, líder político e religioso comparado a Tutancâmon.

É nesse terreno fértil em descobertas históricas que começa a viagem de 5 mil anos pela história das civilizações peruanas. Entre as cidades de Trujillo e Chiclayo, os povos chamados pré-incas, como os mochicas, os lambayques e os chimús, construíram grandes templos, pirâmides e cidades de barro, legados de sua força, sabedoria e organização.

É bem verdade que essas culturas estão longe de competir com a fama do Império Inca – e de receber parte dos 700 mil turistas que visitam Machu Picchu todos os anos -, apesar de terem vivido séculos antes e sobrevivido por muito mais tempo. Também, pudera. Enquanto a cidadela de pedra dos incas, que recentemente mereceu o título de maravilha moderna do mundo, é conhecida desde 1911, os tesouros do norte ainda estão sendo desvendados. O Senhor de Sipán, por exemplo, só foi encontrado em 1987.

Mas são exatamente as diferenças culturais (e temporais) entre os povos que inspiram um roteiro arqueológico completo, de norte a sul. Cuzco, outrora capital do Império Inca, foi reerguida pelos espanhóis sobre os muros de pedra dos palácios incaicos. Machu Picchu revela a estratégia militar dessa civilização e mostra mais da arquitetura inconfundível: toneladas de pedras formando praças, fortalezas e até terraços agrícolas.

Já na paisagem desértica da costa norte, templos, pirâmides e tumbas de adobe evidenciam as concepções sobre vida, mundo e homem das culturas pré-incaicas. Esses povos viviam sob forte conotação política e religiosa e eram adoradores da natureza. A proximidade do Oceano Pacífico foi fundamental para seu desenvolvimento. Em contrapartida, o clima seco contribuiu para a preservação de muitos sítios arqueológicos da região.

Dificuldades

A costa norte peruana se consolida como destino turístico à medida que as escavações revelam descobertas. Mas a falta de recursos e a ajuda limitada do governo impede que muitas dessas riquezas sejam vistas pelos turistas. Faltam museus para expor tudo o que os arqueólogos desenterram do passado.

Pode-se dizer, aliás, que a tumba do Senhor de Sipán é um marco para a arqueologia no Peru. “Antes não havia estrutura nem reconhecimento do nosso trabalho”, conta o arqueólogo Luís Chero Zurita, um dos responsáveis pelo sítio Huaca Rajada, onde o senhor foi achado.

Durante a viagem arqueológica, prepare-se para ver ruínas de templos que ainda permanecem sob milhares de anos de sedimentação. Ou mesmo acompanhar de perto as escavações à procura de novas relíquias da história.

As últimas novidades mostram que o esforço está valendo a pena. Em novembro do ano passado, foi descoberto perto de Chiclayo um templo de 6 mil anos, que pode ser o mais antigo da América. Enquanto isso no Huaca Rajada, uma nova tumba foi aberta e revelou a existência de um outro líder da dinastia do Senhor de Sipán (leia mais abaixo). A cada ano, o turismo arqueológico no país ganha credibilidade. E, ao que parece, ainda há muito por descobrir.

Fonte: http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup116769,0.htm

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Mistérios e pirâmides dos sicáns

Posted by luxcuritiba em abril 20, 2008

29 de janeiro de 2008

Pesquisadores tentam desvendar os hábitos desse povo, que avançou pela costa do país entre 750 e 1300 d.C.

Camila Anauate – O Estado de S.Paulo

CHICLAYO – Um denso bosque a perder de vista, entrecortado aqui e ali por imensas pirâmides de adobe. Nesse cenário floresceu a civilização lambayeque, também conhecida como sicán, que dominou o povo mochica e avançou pela costa norte peruana entre os anos de 750 e 1300 d.C..

O Santuário Histórico Bosque de Pómac está a 35 quilômetros ao norte de Chiclayo e ganhou esse status por reunir biologia, ecologia, cultura e, claro, arqueologia. Entre árvores milenares e 84 espécies de aves – algumas em extinção – estão guardados os mais importantes vestígios dos lambayeques.

Muito do que se sabe sobre essa cultura é resultado de um trabalho arqueológico iniciado na década de 1970 pelo japonês Izumi Shimada. Foi ele quem encontrou as 36 pirâmides pelo bosque. Essas estruturas pré-incaicas eram utilizadas como templos religiosos e também como centros administrativos e cerimoniais. Entre as mais divulgadas está a Huaca Las Ventanas, onde as escavação seguem até hoje.

Um circuito no futuro

Segundo o arqueólogo Vicente Billet, que trabalha no complexo, faltam recursos materiais e humanos para que todas essas pirâmides sejam estudadas ao mesmo tempo. Mas a idéia é, com o passar do tempo, abrir um circuito turístico completo pelo Bosque de Pómac.

O que os visitantes vêem hoje é o local onde foram encontradas duas tumbas da elite lambayeque. Elas foram descobertas nos início dos anos 90, a 12 quilômetros de profundidade, com a ajuda de radares. Com elas foram encontrados muitos objetos de ouro, o que comprova o pleno domínio da metalurgia por parte dessa civilização.

Relíquias

As jóias encontradas no santuário histórico estão expostas no Museu Nacional Sicán, inaugurado em 2001 na pequena cidade de Ferreñafe, que fica exatamente no meio do caminho entre Chiclayo e o Bosque de Pómac. São dezenas de máscaras, braceletes e colares de ouro com detalhes de pedras preciosas e conchas.

O museu também exibe os objetos achados durante as escavações e mostra como eles eram utilizados ou até mesmo fabricados. Além disso, dá detalhes da vida doméstica desse povo e do processo de manufatura de metais e de cerâmicas.

Mas o ponto alto da visita é, definitivamente, a réplica das surpreendentes tumbas. O senhor mais velho, talvez o líder máximo dos lambayeques, teve a cabeça degolada e foi enterrado com o corpo invertido – as pernas estavam cruzadas, viradas para cima. Já o senhor mais novo foi encontrado no sarcófago sentado e também com as pernas cruzadas.

Essas disposições nunca foram vistas nas tumbas de civilizações pré-incaicas. E continuam sendo um mistério.

Bosque de Pómac: http://www.peru.info.
(com informações sobre o Bosque de Pómac)

Museo Nacional Sicán: http://sican.perucultural.org.pe.
(com vista panorâmica de 360º do Bosque de Pómac)

Fonte: http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup116770,0.htm

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