

“Estrada de Bimini” ou “Muro de Bimini”. É uma estrutura submarina que se estende por quase um quilômetro perto de Bimini Island nas Bahamas. Toda a estrutura é formada por blocos de calcário retangulares que se parecem muito com uma antiga estrada ou uma parede.

A ilha de Bimini é um pequeno componente das Bahamas, localizada cerca de 80 quilómetros a leste de Miami. Além de praias arenosas, recifes de coral, navios naufragados e alguns excelentes locais para pescar, Bimini também é um lugar onde se encontram diversas e incomuns formações rochosas submarinas. Esse conjunto de blocos imensos, alguns em padrões retilíneos, encontra-se sob uma faixa de 6 a 10 metros de água. Pode haver também uma Grande Pirâmide nas vizinhanças de Bimini – debaixo da água.
O Muro de Bimini foi descoberto em 1968 pelo doutor J. Manson Valentine, arqueólogo da Flórida. Valentine viu o muro pela primeira vez na superfície das águas, quando o mar estava excepcionalmente claro. Ele estava com outros três mergulhadores, Jacques Mayol, Harold Climo e Robert Angove. Disse Valentine em uma entrevista:
Um extenso pavimento de pedras planas retangulares e poligonais, de diversos tamanhos e espessuras, obviamente modeladas e cuidadosamente alinhadas para formar um arranjo convincentemente artificial. Evidentemente, essas pedras ficaram submersas por um longo tempo, pois as arestas das pedras maiores estão arredondadas, dando aos blocos a aparência de grandes pedaços de pão, ou de almofadas. Algumas eram absolutamente retangulares, outras se aproximavam do quadrado perfeito (devemos nos lembrar que linhas absolutamente retas nunca estão presentes em formações naturais). As pedras maiores, com 335 metros de comprimento, estavam dispostas na extensão de avenidas de lados paralelos, enquanto as menores formavam pavimentos semelhantes a mosaicos, cobrindo seções mais amplas […] As avenidas, com pedras que parecem encaixadas, são retas e paralelas; a mais longa tem uma série dupla interrompida por duas praças contendo pedras muito grandes e planas, colocadas nos cantos por elementos verticais (como os antigos dolmens da Europa); e o lado sul dessa grande avenida termina em uma esquina muito bela; as três ruas curtas, com pedras grandes cuidadosamente alinhadas, têm largura uniforme e terminam em pedras de canto […]”


O doutor David Zink, da Academia da Força Aérea no Colorado, começou a fazer pesquisas na região ao redor de Bimini que prosseguem até hoje. Seu livro, The stones of Atlantis, narra suas diversas aventuras nas águas ao redor de Bimini, com muitas fotos de qualidade. O doutor Zink acredita que a avenida de Bimini é uma estrutura feita pelo homem, mas desfez o mito que cerca outras estruturas da região, inclusive uma retangular perto da ilha Andros, que antes se imaginava local de um templo, mas que hoje presume-se tratar de um criadouro de esponjas construído na década de 1930. Em 1974, ele chegou a fotografar uma coluna ereta de pedra incomum que se supunha a ponta de um obelisco com 13 a 16 metros de altura, embora a maior parte dela estivesse enterrada sob a lama do fundo do mar.
Muitos que acreditam na Atlântida ficaram entusiasmados com essas descobertas perto de Miami, pois Cayce – que morreu em 1945 – havia previsto que a primeira porção do continente perdidos a ser descoberta estaria situada naquela área, e que a primeira porção da Atlântida a se erguer seria encontrada em 1968 ou 1969. O reconhecimento aéreo dessa região, feito em 1968, e mergulhos posteriores, revelam, de fato, que essas estruturas de pedra irrompem pelo fundo do mar.
Outra possibilidade é que esses blocos imensos podem ser produto de uma antiga civilização indígena. Tal cultura teria sido base das culturas olmeca e maia na América Central, próxima dali, além de influenciar os grandes centros da antiga América do Sul. Hoje, porém, o peso da evidência mostra que talvez essas pedras sejam apenas formações naturais singulares. Geólogos e arqueólogos não reuniram evidências que os convencessem a mudar de opinião. Eles dizem que a área é simplesmente formada por um tipo de rocha litorânea bastante incomum.

A explicação oficial para a estranha estrutura é que ela foi causada ao longo dos anos pelas concentrações de conchas e areia. Em outras palavras, a coisa toda poderia ser criada ao longo de milhões de anos por um fenômeno natural. No entanto, isto não explica por que a formação é completamente único no mundo inteiro. Também não explica porque a estrutura parece ter várias camadas.
Inúmeros livros foram escritos sobre o Triângulo das Bermudas, também chamado de Triângulo do Diabo, do qual Bimini faz parte. A maioria dos livros diz que algum tipo de vórtice ou desvio do tempo seria responsável por navios desaparecidos, aviões perdidos, instrumentos desorientados e estranhos fenômenos magnéticos e atmosféricos.
Há evidências sugerindo que um vórtice de energia, ou “anomalia gravitacional”, como às vezes são chamados, esteja atuando nas águas densamente singradas perto da Flórida. Nessa área entre Miami, Bermudas e Porto Rico, centenas de navios e aviões já desapareceram. Em alguns casos mais raros, foram encontrados navios à deriva, sem tripulação. Poucos destroços foram encontrados.
Em 1990, anunciou-se que cinco bombardeiros da Marinha, desaparecidos no Triângulo das Bermudas em 5 de dezembro de 1945, teriam sido descobertos nas águas próximas a Fort Lauderdale. Mais tarde, anunciou-se que não se tratava dos aviões desaparecidos, mas de outra esquadrilha, com dois dos aviões apresentando o mesmo número de identificação.
Segundo Charles Berlitz, neto do fundador do Instituto Berlitz de idiomas e autor do best-seller mundial The Bermuda Triangle* (e outros livros sobre a Atlântida e mistérios do planeta), há casos detalhadamente registrados que mostram os efeitos bizarros e letais que acontecem no Triângulo das Bermudas.
Segundo Berlitz:
• Um grupo que fazia pesquisas oceânicas a bordo do iate New Freedom, em julho de 1975, passou por uma intensa, mas não chuvosa, tempestade eletromagnética. Durante uma tremenda descarga elétrica, o doutor Jim Thorpe fotografou o céu. A foto revelada mostrou não só a explosão no céu, mas também um navio de velas quadradas no mar, a uns 35 metros do New Freedom, embora no instante anterior não houvesse nada.
• John Sander, tripulante do Queen Elizabeth I, viu um pequeno avião voando silenciosamente perto do navio, na altura do convés. Ele avisou outro tripulante e o oficial de turno, mas o avião se espatifou silenciosamente no oceano, a uns 70 metros do navio. O QEI deu meia-volta e enviou um bote para procurar sobreviventes, mas não se encontrou sinal de que tivesse havido um acidente.
• Outro “avião fantasma” caiu no mar perto de Daytona Beach em 17 de fevereiro de 1935, diante de centenas de testemunhas, mas uma busca imediata não revelou nada nas águas rasas próximas à praia.
• Um Cessna 172 pilotado por Helen Caseio decolou na direção da ilha Turks, nas Bahamas, com um único passageiro. No horário em que deveria ter chegado, foi visto um Cessna 172 pela torre, circundando a ilha sem pousar. A torre conseguiu ouvir vozes do avião, mas instruções de pouso feitas pela torre não puderam ser ouvidas pela piloto. A voz de uma mulher dizia, “Devo ter feito uma curva errada. Turks deveria estar ali, mas não há nada lá. Cadê o aeroporto? Casas?”. Enquanto isso, a torre tentou mandar instruções ao Cessna, que não respondia. Finalmente, a voz da mulher disse, “Como é que eu saio disto?” e o Cessna, observado por centenas de pessoas, afastou-se de Turks e entrou em uma nuvem enorme, da qual aparentemente jamais saiu, pois o avião, a piloto e o passageiro jamais foram encontrados.

Perfurações realizadas na Estrada de Bimini, a partir de meados da década de 1980, encontraram presença de micrite, uma pedra calcária constituída de partículas de calcário formadas pela recristalização de lama de cal. Tal elemento não ocorre nas rochas da praia próxima. Algumas de suas pedras contêm aglomerados de aragonita e calcita, padrões que também são ausentes nas rochas da praia. Eugene A. Shinn, geólogo da Flórida, um duro crítico das teorias de artificialidade da estrutura de Bimini, everiguou por medições de rádio-carbono que as pedras têm idade que variam de 2.000 a 4.000 anos.
Como lembra Berlitz, o avião ficou visível para pessoas que estavam em Turks, mas quando a piloto olhou para baixo, aparentemente viu apenas uma ilha sem sinais de civilização. Será que ela viu a ilha em um instante do tempo anterior àquele em que o aeroporto e as casas foram construídos? Onde esse avião pousou? Teria pousado em uma praia de um mundo passado ou futuro?
Diversas teorias tentaram explicar o mistério do Triângulo das Bermudas. Ondas gigantescas e repentinas, erupções de vulcões submarinos, rodamoinhos e “buracos no mar” já foram aventados como possíveis causas. A maioria dos pesquisadores está disposta a admitir, porém, que existe nessa área algum tipo de perturbação eletromagnética que faz com que instrumentos funcionem incorretamente.
Há histórias locais de estranhos e densos nevoeiros compactos na superfície da água ou no céu. Segundo a crença local, navios ou aeronaves que penetram essas estranhas nuvens não saem delas.
Berlitz fala da teoria de Tom Gary, autor de Adventures of an amateur psychic, que afirma que a força destrutiva do Triângulo das Bermudas vem de energias que emanam de um ponto abaixo do mar. “Especula-se que uma estrutura energética ainda esteja sob as águas da região das Bermudas”, escreveu Gary. Segundo ele, a estrutura fica em cima de um grande núcleo, que se estende através da crosta da Terra. “Quando as condições estão favoráveis, a estrutura energética funciona de maneira intermitente, fazendo com que navios e aviões fujam ao controle”.
Segundo Gary, fluxos de íons formam uma corrente elétrica que produz um campo magnético, o que faz com que os instrumentos das naves próximas fiquem descontrolados. Bússolas, medidores de pressão, indicadores de altitude e outros instrumentos elétricos são afetados. Pilotos que sobreviveram a essa atividade também falam do esgotamento de baterias.
Uma história incrível foi contada por Ray Brown, de Mesa, Arizona, falando de uma antiga pirâmide perto das ilhas Berry, nas Bahamas. Em 1970, Brown alega ter enfrentado uma grande tempestade enquanto estava nessas ilhas, à procura de galeões afundados. Na manhã após a leitura, diz ele, as bússolas estavam girando e os magnetômetros não apresentavam leitura. “Rumamos para nordeste. As águas estavam sujas, mas de repente pude ver o perfil de construções sob a água. Parecia ser uma grande área de uma cidade submarina. Éramos cinco mergulhadores e todos caímos na água, procurando alguma coisa de valor”, disse Brown em uma entrevista com Charles Berlitz.
Enquanto nadávamos, a água foi clareando. Eu estava perto do fundo, a uns 45 metros, e estava tentando acompanhar um colega que estava logo à minha frente. Virei-me para procurar o Sol através da água ainda suja e vi uma forma de pirâmide, reluzente como um espelho. Havia uma abertura a uns 12-15 metros de sua altura. Hesitei antes de entrar […] mas entrei nadando. A abertura era como um túnel que desembocava em um recinto no interior. Vi algo que brilhava como um cristal, mantido no lugar por duas mãos metálicas. Eu estava de luvas e tentei remover o cristal. Ele se soltou. Assim que o agarrei, senti que era hora de sair e não voltar mais. Não sou o único que viu essas ruínas – outros as viram do ar e dizem que elas têm oito quilómetros de largura, e mais do que isso de comprimento.
Berlitz diz que três dos outros mergulhadores morreram desde então em acidentes no Triângulo das Bermudas, e que de vez em quando Brown mostra o cristal que, segundo diz, teria retirado da pirâmide submersa para mostrá-lo em palestras. Berlitz viu o cristal, embora ele não seja necessariamente de uma pirâmide do Caribe. Brown não revela o local exato da cidade, mas acredita que a pirâmide e os outros edifícios se estendam para baixo do fundo do mar. Foi apenas sorte o fato de a tempestade do dia anterior ter limpado as ruínas da areia e das algas.
Embora essa história possa parecer quase fantástica demais para ser verdadeira, há a possibilidade de que ela se baseie em um fato – o “fato” de que pode existir uma pirâmide gigantesca perto da Flórida, causando poderosos efeitos eletromagnéticos.
Essa pirâmide gigante pode ser outra das enormes estações geradoras que existiam pelo mundo, similares às teorizadas por Dunn.
* BERLIZ, Charles. O Triângulo das Bermudas. Rio de Janeiro: Nova Frontera, 1974. [N.T.]
Fonte: A incrível tecnologia dos antigos, David Hatcher Childress, Editora Aleph, São Paulo, 2005, pp. 307-312.

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