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As Cidades Perdidas do Maranhão

Posted by luxcuritiba em dezembro 28, 2010

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Na região amazônica brasileira, no estado do Maranhão, ainda hoje sobrevivem lendas e histórias que falam de cidades perdidas, antigas civilizações e um Eldorado que nunca foi encontrado. Inscrições pré-históricas poderiam estar relacionadas ao deus branco civilizador dos indígenas, Sumé ou Maira, que alguns identificam como o apóstolo São Tomé.

Pablo Villarrubia Mauso

O estado do Maranhão é um dos menos explorados e habitados do Brasil. Situado na região limítrofe entre a Amazônia e a zona de savanas do norte, seu passado colonial tem a presença franceses, holandeses e portugueses, que cobiçaram suas terras em busca de riquezas, especialmente o ouro. Ali, até hoje, os descendentes de escravos falam de grandes tesouros, de cidades perdidas e de antigas civilizações que o tempo se encarregou de enterrar.

Comecei minha viagem pela cidade histórica de São Luís, capital do Maranhão, onde se encontra o maior conjunto arquitetônico colonial português do Brasil. No ambiente repleto de casarões e fachadas restauradas, estas recobertas por azuletos lusitanos, ainda se respira o ar daqueles tempos senhoriais, em que os homens brancos eram transportados em liteiras por escravos negros, que também trabalhavam no difícil cultivo da terra.

Na biblioteca municipal, existem alguns documentos que falam das “cidades perdidas” do Maranhão, histórias que nada ficam devendo à obsessiva e esgotante busca dos espanhóis por ouro e outras riquezas na América.

Os locais da América do Sul em que o ouro abundava parecem ter gerado mitos tão importantes como o do Eldorado ou do Gran Paititi, e o Brasil também teve o seu, no Maranhão. Em 1632, o padre João da Cunha informou o rei de Portugal da existência de minas perdidas nas selvas daquele território. Durante esse período, muitas tropas sofreram um número imenso de desastres buscando o ouro, conforme testemunharam alguns jesuítas.

O padre José Caieiro narrava em seu De Exilio Provinciarum Transmarianrum Assistenteiae Lusitanae Societatis Iesu, de 1757, que, próximo à aldeia de Acarará, havia campos com minas de ouro que os jesuítas exploravam às escondidas. O autor supõe que os membros da Companhia de Jesus ocultavam o ouro em locais secretos de seus colégios e igrejas.

Outro religioso, o padre Serafim Leite, em sua História da Companhia de Jesus no Brasil – baseado em documentos encontrados na Biblioteca de Evora, em Portugal –, mencionava que, em 1728, corriam rumores de que havia minas de ouro riquíssimas na região do Alto Pindaré, também no Maranhão, exploradas em segredo pelos jesuítas, fato que nunca se pôde comprovar.

Os rumores eram tão fascinantes que o próprio governador da província, Alexandre de Souza Freire, organizou uma expedição rumo às “minas de ouro de Pindaré”, sem obter qualquer resultado concreto. O governador justificou o fracasso de sua expedição como “tramas engenhosas da Companhia de Jesus”, referindo-se diretamente ao fato de que os jesuítas lhe ocultaram as minas de ouro.

No capítulo XXV da Relação da Província do Maranhão ou Poranduba Maranhense do Frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres, é narrado como o tenente-coronel D. Fernando Antonio de Noronha, procedente da corte lusitana, era nomeado governador da capitania de Maranhão, em 14 de setembro de 1792.

Por volta daquela data, um escravo de nome Nicolao, pertencente ao tenente-coronel João Paulo Carneiro, fugiu para as selvas que rodeavam a capital maranhense. Ao voltar, disse que tinha estado nos campos da Lagarteira, onde existia um mocambo ou quilombo que formava uma cidade chamada Axuí, à beira da laguna do Codó, próxima ao Rio Itapicuru, cercada por grandes pântanos cheios de mosquitos e febres.

Segundo contou Nicolao, “os negros eram tão ricos que tinham uma imagem de ouro da Senhora da Conceição, bebiam em cálices do mesmo metal, tinham muito dinheiro de ouro e prata, e o pároco era um jesuíta”. O escravo negro ainda contava que os jovens, todos negros, derretiam as pepitas de ouro para transformá-las em pesadas barras, e que até os dentes de seus habitantes estavam recobertos pelo metal amarelo.

Eles estavam há vários séculos no Axuí, perdidos em meio a rios e pântanos secretos. Anteriormente, tinham sido amigos dos jesuítas e tinham trabalhado para eles nas minas. Contudo, os jesuítas quiseram roubar-lhes o ouro. Para tal, fizeram passagens subterrâneas entre suas igrejas para esconder o ouro do cobiçoso rei de Portugal e também dos próprios escravos que o exploravam nas minas.

Até hoje circulam histórias sobre a existência de galerias subterrâneas construídas pelos jesuítas e o ouro que elas ocultam, cujas entradas poderiam ser algumas das fontes das igrejas. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, em 1759, o primeiro-ministro português, os religiosos não tiveram tempo de carregar o ouro e ali o deixaram.

A história da procura pela cidade de Axuí ganhou impulso quando o governador Fernando de Noronha nomeou o ex-escravo Nicolao “capitão de milícia” e, por algum tempo, este desfrutou de todos os prazeres e luxos da nobreza de São Luís. Juntamente com um sargento português, ele começou a localizar pessoas que viviam na capital e que supostamente tinham alguma relação com os habitantes de Axuí, com os quais trocavam suas mercadorias por ouro. Várias foram presas e torturadas para confessar a existência da cidade. Isso foi suficiente para que o rei de Portugal, D. João VI, custeasse uma expedição com quase 2.000 homens, incluindo escravos e indígenas, para buscar a cidade perdida de Axuí.

Sob o comando do coronel Anacleto Henrique Franco, os expedicionários partiram no dia 30 de agosto de 1794 e se dividiram em dois grupos. Um, em direção a Monin; desembarcando em Santa Helena, marchou até os campos de Lagarteiras, tendo Nicolao como guia. O outro grupo, menor, desembarcou em Alegre e seguiu para Lençóis Grandes, guiado por Antonio Tatú, um dos presos acusados de negociar com Axuí.

Depois de uma infinidade de privações, fome extrema, enfermidades, cruzando rios infestados de mosquitos e pântanos traiçoeiros, o segundo grupo chegou a Lagarteiras 16 dias depois do primeiro grupo. Nesse ínterim, Nicolao havia fugido, e as tropas, frustradas por não terem encontrado nada, marcharam até a costa do Maranhão e depois até São Luís. Mais tarde, o fugitivo foi capturado, acusado de trapaceiro e levado à prisão perpétua. O governador da capitania, Fernando de Noronha, foi deportado para Portugal, onde apodreceu nos fétidos cárceres de Lisboa, junto com alguns de seus ajudantes mais próximos.

Outra cidade encantada do Maranhão situa-se a sudeste do estado, na vasta e pouco conhecida região chamada Carolina. Sua paisagem mágica é composta por grandes montanhas de cumes planos, como mesetas – ali chamadas de “chapadas” –, e por formações geológicas que lembram ruínas de cidades de pedra.

A região também está salpicada por belíssimas cachoeiras, algumas com mais de 50 metros de altura, que recebem nomes exóticos como Pedras Caídas, Itapecuru, Prata e São Romão. Todas estão relacionadas a lendas que atribuem a elas poderes fantásticos e a existência de riquezas em seu interior.

Os poucos habitantes da região – mulatos e mestiços de indígenas –, falam de uma cidade encantada habitada por espíritos dos antigos escravos mortos por seus donos e de indígenas que morreram em combate contra os portugueses.

Na tranqüila cidade de 20.000 habitantes, arborizada com mangueiras frondosas, conheci seu “cronista oficial”, Alfredo Maranhão, um senhor octogenário com quem entabulei extensas conversas sobre os mais diversos temas.

“Há poucos anos”, comentava com erudição Alfredo Maranhão, em sua cadeira de balanço, “foram descobertas umas inscrições estranhas nas serranias de Carolina. Algumas são símbolos desconhecidos, outras mostram pegadas humanas e de animais talhadas nas rochas. As antigas tradições falam de um deus branco e civilizador que os cristãos portugueses dizem ser São Tomé”.

Das estantes empoeiradas de sua casa, Alfredo Maranhão tirou um volume grosso sobre a história colonial do Brasil. Molhando o dedo nos lábios, o cronista de Carolina folheou o livro raríssimo chamado História da Missão dos Padres Capuchos na Ilha do Maranhão e Terras Circunvizinhas, escrito em 1612 pelo capuchinho francês Claude d’Abbeville. Segundo diz um dos capítulos da volumosa obra sustentada com dificuldade por Afredo, naquele mesmo ano d’Abbeville soube pelos indígenas tupinambás do Maranhão que existiam inscrições nas pedras que pertenciam a um grupo de estrangeiros misteriosos. Um dos membros da tribo disse-lhe que “ao ver que os do nosso povo não acreditavam neles, os profetas subiram aos céus, deixando as pegadas de seus pés gravadas com cruzes nas rochas próximas ao rio Potiú, que tu vistes tão bem como eu…”

Outro capuchinho francês do século 17, Yves d’Evreux, informou em seu Viagem ao Norte do Brasil, sobre outro local semelhante no estado do Maranhão. Os indígenas lhe contaram de um deus civilizador, Maratá de Tupã, realizador de grandes feitos e que deixou esculpidos em “uma rocha, uma espécie de mesa, imagens, letras, a forma de seus pés e de seus companheiros, as patas dos animais que levavam e os furos de seus bastões”.

Astutamente, D’Evreux usou uma estátua de São Bartolomeu e a brandiu entre os índios como sendo o “grande Maratá”, que os salvaria das desgraças. Uma clara tentativa de evangelizar os pagãos.

Alguns dias depois da conversa com Alfredo Maranhão, consegui junto à prefeitura de Carolina um jipe e um guia que me conduziria às inscrições, a uns 120km da cidade. Vicente Cirilo de Souza, guia e motorista, conhecia uma parte do extenso território coberto por mata brava, selvas e savanas, apenas interrompidas pelas mesetas, cujos cumes abrigam verdadeiros oásis aos quais poucos conseguiam chegar, devido à dificuldade da subida.

Uma das mesetas mais impactantes podia ser vista de Carolina (próxima da Serra das Malícias), e seus habitantes a chamam de Morro do Chapéu, por sua semelhança com um chapéu. Com vários quilômetros de comprimento, era habitada apenas por bois e vacas zebu que se perdiam em suas encostas escarpadas.

As chapadas se transformavam em montanhas de cumes cada vez mais estreitos, e sua base cônica nos fazia recordar gigantescas pirâmides abandonadas. Ao passar por um desfiladeiro, encontramos grandes formações de pedra: era a “cidade encantada” da qual os nativos falavam. Não me surpreendeu que aquele local – pela própria magia de sua natureza –, tivesse servido de “Meca” para os antigos e desconhecidos habitantes da região, os mesmos que talharam o Morro das Figuras que então buscávamos.

A certa altura, estávamos perdidos. Foi quando surgiu José dos Santos, um vaqueiro mulato, montado em sua mula. “Eu sei onde está o Morro das Figuras”, ele disse. “Está no final da cidade encantada, por este caminho mesmo”.

Depois de passar por colunas de pedra, algumas com forma humana, como se fossem gigantes nos espreitando, vimos ao longe uma colina isolada, com rochas que formavam monstros saídos das mais antigas tradições medievais. Nós nos aproximamos de uma delas, em cujo paredão encontramos um grande painel onde se dispunham diversas inscrições.

“Não sei quem fez esses desenhos”, disse José dos Santos. “Algumas pessoas de minha aldeia, os mais velhos, dizem que foi um homem que sabia muito e que tinha poderes mágicos. Até hoje nossos curandeiros vêm aqui com os doentes para curá-los. Dizem que esta pedra tem poderes milagrosos”.

José também chamou nossa atenção para as altas chapadas à distância. Lá, segundo ele, existem dezenas de pedras com inscrições semelhantes, nos locais de acesso mais difícil.

Outra teoria para explicar sua origem foi levantada pelo explorador austríaco Ludwig Schwennhagen, que esteve no Brasil no princípio do século 20. Segundo ele, seus autores teriam sido os sacerdotes cários, povo da Ásia Menor, que mil anos antes de Cristo viajavam em embarcações fenícias que chegaram às costas brasileiras.

Para Ludwig, as pegadas na pedra eram a representação do grão-sacerdote Sumer, cujo nome teria sido modificado para Sumé. Em meados do século 20, o escritor francês Jacques de Mahieu atribuiu os buracos aos vikings que chegaram ao Brasil em seus drakkars, por volta de 1250. Um certo padre Gnupa teria chegado com os vikings nessa época e “civilizado” os indígenas, seguindo as pegadas gravadas na pedra pelos vikings e que conduziam sempre em direção ao mar.

Após um dia inteiro percorrendo serras e savanas, voltamos a Carolina, antes passando por um bosque onde o caminho estava interrompido pela queda de um tronco de árvore. Jorge Ramiro Guiú nos ajudou cortando-o com um facão. Jorge é descendente dos índios krao, hoje praticamente desaparecidos da região. “Meu filho se curou de uma picada de cobra no Morro das Figuras”, explicou. “Creio que ali é um lugar pelo qual passou um santo, um homem milagroso. Contudo, outros desenhos parecidos foram destruídos pelos que procuravam tesouros, pois pensam que debaixo daquelas pedras se escondem grandes tesouros”.

O já mencionado Ludwig Schwennhagen fala em seu livro Antiga História do Brasil, de 1100 a.C. a 1500 d.C. (1928) que os fenícios tinham escolhido a ilha de São Luís como ponto de entrada para uma segunda onda de imigrantes. Chamaram-na de Tuapon, que significava “cidade de Tupã” – uma das divindades dos índios tupi –, onde fundaram várias aldeias, das quais 27 ainda existiam na época da chegada dos primeiros europeus. De lá, atravessando pequenos rios, foram navegando até onde hoje está a cidade de Belém do Pará. O nome Maranhão derivaria de Mara-Ion, dado pelos fenícios. Tudo isso teria acontecido por volta de 1100 a.C., ou seja, muito antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses.

Durante o curto período de ocupação francesa da costa do Maranhão, o frei e cronista Claude d’Abbeville escreveu um diário de viagem no qual falava sobre os avançados conhecimentos astronômicos dos índios tupinambás do Maranhão. Ludwig atribuiu esse conhecimento às influências trazidas pelos sábios da antiga Caldéia, situada na Mesopotâmia, que vinham a bordo das embarcações fenícias.

Os restos mais palpáveis dos fenícios no Maranhão estariam no Rio Pinaré, onde o Lago Maracu mostra restos petrificados que pertenceriam aos estaleiros daquele povo, além de outros portos fluviais situados em três lagos que existem na confluência dos rios Mearim, Pinaré e Grajaú. Nas margens dos rios Gurupi e Ireiti, os fenícios exploraram as minas de ouro e tinham como base a aldeia de Carutapera (segundo Ludwig, “taba dos carus”, sendo carus o nome que os indígenas davam aos fenícios). À chegada dos portugueses, o local ainda existia como uma aldeia dos tupis, que conheciam bem a existência das minas de ouro.

Schwennhagen ainda dizia que na península situada em frente à cidade de São Luís, possivelmente em Alcântara, foram encontrados restos de antigas muralhas cuja origem não pôde ser comprovada no tempo dos europeus. Na ilha de Troína, também no Maranhão, os navegantes ainda hoje avistam grandes blocos de pedras provenientes de muralhas de uma praça forte e alta.

No início do século 19, o coronel Antonio Bernardino P. do Lago mencionou em seu livro, Itinerário da Província do Maranhão, a existência de minas nas imediações do Lago Cajari. em cujas margens se encontravam vestígios de habitações que pareciam alinhamentos.

Esses vestígios estão próximos do povoado de Penalva, que, outrora, foi uma aldeia dos índios gamela, criada depois da expulsão dos jesuítas no século 18. Mas o certo é que as “habitações” vistas pelo coronel Bernardino não eram missões jesuíticas.

Em 1919, o explorador e arqueólogo Raimundo Lopes iniciou escavações num terreno cheio de lama, no centro do Lago Cajari, durante uma seca jamais vista na região. Isso facilitou suas escavações, já que em alguns trechos a profundidade não ultrapassava 50 centímetros. Contudo, em condições normais, o nível de água é de dois ou três metros, e oculta uma cidade extinta. Algumas centenas de anos antes, o nível do lago e de suas margens devia ser mais baixo que o de hoje. Do barro mole, Raimundo Lopes via surgir grande número de troncos negros de árvores, como um imenso bosque morto.

Pouco a pouco, ele foi encontrando restos de cerâmica e objetos de pedra, atribuídos a um povo relativamente numeroso e bem organizado. Mas quem teriam sido seus habitantes? Os poucos vestígios encontrados – as condições de preservação do lago não são as mais propícias –, não dão muitas pistas. No entanto, foram encontrados muitos troncos grandes e fortes, que apóiam a teoria de que ali foram construídas casas que se elevavam acima do nível da água na época das chuvas.

No mesmo ano, Raimundo Lopes encontrou outra cidade construída em palafitas no Lago Encantado e, em 1922, no Lago Maiobinha. Em 1923, expôs os resultados de suas escavações durante uma conferência no Museu Nacional do Rio de Janeiro, quando disse que as construções eram palafitas assentadas sobre uma região pantanosa.

Embora fragmentada, a cerâmica encontrada na região de Cajari parece ter sido bastante elaborada, pintada em vermelho e preto, com relevos zoomorfos, e seria mais antiga do que a cerâmica da Ilha de Marajó, na foz do Rio Amazonas, uma das mais bonitas do mundo. Contudo, Lopes acreditava que a cerâmica de Cajari não tinha qualquer relação com outras culturas da região amazônica.

O arqueólogo não pôde encontrar qualquer figura humana representada nos restos de cerâmica, e tampouco restos de ossos humanos, impossibilitando assim a identificação da raça de seus antigos ocupantes.

A descoberta mais importante no lago foi o dos muiraquitãs, amuletos com forma estilizada de rã, como os que foram encontrados na região amazônica de Santarém, e que são atribuídos às míticas mulheres amazonas. Lopes dizia que “…os amuletos do Cajari são semelhantes aos do baixo Amazonas, México e Costa Rica, feitos com uma técnica bastante avançada”. Mas, ao contrário da América Central, os muiraquitãs do Maranhão foram feitos de ágata e não de jadeíta.

As Pegadas do Deus Branco

Segundo os antigos cronistas, os indígenas desconheciam a origem das inscrições rupestres e as atribuíam a seus antepassados mais remotos. Os arqueólogos também desconhecem quem pode ter feito os petróglifos e, segundo algumas datações, eles são anteriores ao primeiro milênio antes de Cristo. As pegadas, até hoje, são consideradas sagradas e, em alguns lugares do Brasil, objeto de culto.

Curiosamente, em vários locais do mundo, as pegadas humanas em pedra são atribuídas a um velho benfeitor, geralmente alguma entidade superior, como Buda, na China, ou Adão, no Ceilão, e Cristo, no Oriente Médio.

Ainda hoje os índios kaapor do Maranhão mantêm viva uma tradição que fala de Mair, ou Maíra, um deus civilizador. Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, ainda hoje os kaapor vêem seu deus se deslocando pelo céu nas noites de verão.

Em 1939, o mesmo antropólogo relatou que um índio kaapor, chamado Uirá, decidiu junto com sua família percorrer o caminho seguido por Maíra, segundo as antigas tradições. Com o corpo pintado e adornado com plumas, armado de arco e flechas, percorreu centenas de quilômetros e chegou até São Luís, a capital do Maranhão, onde foi preso. A polícia considerou-o “louco”; contudo, funcionários do Serviço de Proteção ao Indígena o libertaram. Em São Luís, ao ver o mar, Uirá gritou de alegria, pois sabia que, mais além, cruzando o oceano, encontraria a terra mítica de Maíra, uma espécie de paraíso terreno. Após várias tentativas fracassadas, Uirá e sua família foram repatriados para sua aldeia. No caminho, Uriá, desesperado por não atingir seu objetivo, se atirou no Rio Pindaré, suicidando-se em suas águas agitadas. A morte trágica do indígena era, para ele, o atalho para chegar ao paraíso também celestial de Maíra.

As inscrições que eu observava estavam relacionadas ao mítico Sumé, ou segundo os frades e jesuítas da época da colonização, a São Tomé, uma corruptela do nome do famoso apóstolo que pregou por terras do Oriente nos primórdios do cristianismo.

As crônicas dos séculos 16 e 17 falam da possível viagem de São Tomé à América. Os indígenas confundiram-no com os primeiros portugueses que aqui chegaram, pois Sumé era uma entidade de pele branca, com barbas e totalmente vestido, ao contrário dos indígenas.

http://www.revistasextosentido.net/news/%20as%20cidades%20perdidas%20do%20maranh%C3%A3o/

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Pirâmides são achadas sob lago na China

Posted by luxcuritiba em dezembro 28, 2010

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Uma equipe de arqueólogos chineses descobriu três estruturas arquitetônicas similares às pirâmides maias sob o lago Fuxian, na província sulina de Yunnan, informou nesta segunda-feira a rádio estatal.

Imagens subaquáticas obtidas pela equipe mostram um conjunto arquitetônico de pelo menos 2,4 quilômetros quadrados e composto no total de oito edificações principais, três das quais estão dispostas em pisos unidos por escalinatas ao estilo das pirâmides latino-americanas.

Uma delas tem forma circular e conta com uma base de 37 metros, enquanto as outras duas, de maior altura, estão conectadas entre si por um corredor de pedra de 300 metros de comprimento.

Os especialistas consideram que o conjunto arquitetônico é obra de uma civilização antiga que viveu há aproximadamente 2.000 anos, em tempos das dinastias Qin e Han, as primeiras que unificaram e governaram o país.

A equipe de arqueólogos assentado no lago Fuxian, o segundo mais profundo do país, descobriu diferentes vestígios que parecem confirmar a existência de uma cidade antiga submersa sob suas águas.

Segundo algumas teorias, pode ser Yuyuan, desaparecida misteriosamente há centenas de anos e citada nos estudos do historiador clássico chinês Han Shu.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14105.shtml

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Uma noite dentro da Grande Pirâmide

Posted by luxcuritiba em dezembro 27, 2010

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Uma noite dentro da Grande Pirâmide

Os gatos sonolentos do Cairo abriram seus olhos verdes e, bocejando, espreguiçaram-se com toda sua graça felina, estirando suas patas felpudas. Caía o dia, e com o crepúsculo começavam as atividades da sua espécie: as miadelas amistosas, a busca de alimentos, a caça de ratos, brigas e amorosas conquistas. Com a chegada do crepúsculo, começou também a atividade mais estranha da minha existência, embora fosse vivida em silêncio.

Estava decidido a passar a noite inteira dentro da Grande Pirâmide e permanecer doze horas na Câmara do Rei, desperto e alerta, quando as sombras estivessem atravessando com seu passo o continente africano. Finalmente ali estava eu, instalado no recinto mais raro e mais estranho que jamais fora construído na terra.

Não me foi fácil chegar aquele momento tão desejado. Descobri que, embora acessível ao público, a Grande Pirâmide não era de propriedade pública; pertence ao governo egípcio, e não se podia entrar no seu interior e passar uma noite no melhor dos seus sentidos, como não se pode entrar numa casa alheia e passar a noite no melhor dos seus dormitórios, sem mais nem menos.

Para visitar a Pirâmide tem que se pedir licença ao Ministério de Antiguidades e pagar cinco piastras pela entrada. Fui, pois, ao Ministério e com todo o otimismo solicitei a licença de passar uma noite na Pirâmide. Se eu tivesse pedido licença para viajar à lua, a fisionomia do funcionário que me atendeu não teria demonstrado maior espanto.

Dei-lhe então uma breve explicação para justificar meu pedido. A surpresa cedeu lugar à mofa; o homem sorriu. Compreendi que ele me considerava um candidato pronto a ingressar numa certa instituição da qual poucos queriam ser hóspedes. Finalmente disse:

“É a primeira vez que se me faz semelhante pedido; não creio ter qualificações para lhe dar a autorização que solicita.”

Mandou-me a um outro funcionário de maior hierarquia do mesmo Departamento, em cuja entrevista se repetiu a cômica cena anterior. Meu otimismo começava a esvanecer-se. “Impossível!” exclamou esse segundo funcionário, com toda amabilidade mas categoricamente, pensando ter diante de si um louco inofensivo. Sinto muito – acrescentou – “mas não é costume…” Encolheu os ombros sem terminar a frase.

Levantou-se para me despedir, e ver-me longe dali.

Então, minha experiência de jornalista, adormecida durante tantos anos mas não extinta, entrou buliçosamente em ação. Comecei a discutir e de modos diferentes repetir meu pedido com insistência, resistindo em abandonar a sala. O homem, finalmente, conseguiu livrar-se da minha presença, dizendo que o assunto não competia à jurisdição do Departamento de Antiguidades.

Perguntei então a quem competia dar-me a permissão. Não estava bem seguro o funcionário; contudo, aconselhou a dirigir-me à polícia.

Julguei que meu pedido era, no melhor dos casos, excêntrico e, no pior, suficiente para me classificar de maluco. Mas não podia desistir. A decisão de levar a cabo meu propósito se converteu numa verdadeira obsessão.

Na Delegacia de Polícia descobri uma Seção de Licenças. Pela terceira vez implorei que me permitissem passar a noite na Pirâmide. O oficial que me atendeu, não sabendo o que fazer comigo, optou por mandar-me falar com seu chefe. Este me pediu que aguardasse para resolver o assunto. Quando, no dia seguinte, voltei esperançoso, anunciou ter encaminhado meu pedido ao Ministério de Antiguidades!

Regressei ao domicílio, desesperado por não haver conseguido meu intento.

Todavia, “as dificuldades são feitas para ser vencidas”, diz o adágio, cuja singelesa não diminui sua inegável verdade. Minha deliberação seguinte foi pedir uma entrevista ao comandante em chefe da polícia do Cairo, o atencioso El Lewa Russel Pachá. Saí da entrevista com uma ordem escrita em que o chefe me recomendava ao comissário da zona onde se acha a Pirâmide, para que me fosse facilitada toda ajuda necessária ao meu intento.

E assim, numa tarde, apresentei-me ao comissário da polícia divisional de Mena, o major Mackersey. Assinei meu nome num livro que me indicaram, com o que a polícia se fazia responsável por minha segurança até o dia seguinte. Um agente recebeu o encargo de me acompanhar à Pirâmide e ordenar ao guarda armado, de sentinela diante do monumento, que ficasse ali durante a noite.

“Corremos um grande risco deixando o senhor só dentro da Pirâmide toda a noite – bramiu com certo humor o major Mackersey, ao nos despedirmos. O senhor não vai explodi-la, vai?

– Prometo-lhe não somente isso, porém que não me deixarei levar pelos ares com ela!

“Temos que zelar pelo senhor. E como sempre fechamos à chave a grade de ferro da entrada, ao anoitecer, o senhor terá que ficar nosso prisioneiro durante doze horas!”

– Formidável! Neste momento prefiro essa prisão a qualquer outra residência!

.:.

O caminho que leva à Pirâmide é ladeado de árvores copadas de LEBBECK; de quando em quando, nas clareiras aparece uma casa à beira da estrada, que no seu trecho final vai subindo, gradativamente, acabando numa íngreme encosta do planalto onde se encontram as Pirâmides. Enquanto percorria aquele trecho, ia pensando se já aconteceu no decorrer dos séculos a algum dos numerosos viajantes seguirem aquele mesmo caminho para missão tão estranha quanto a minha.

Subi a pequena colina do lado ocidental do Nilo, onde a Grande Pirâmide e sua fiel amiga a Esfinge montam guarda silenciosamente sobre a África do Norte.

O gigantesco monumento aumentava diante de mim, à proporção que me aproximava andando pelas areias e pedras. Contemplei mais uma vez os flancos triangulares e inclinados daquela obra arquitetônica, a mais antiga que se conhece atualmente no mundo, segui com o olhar esses enormes blocos, da base ao ápice, cuja perspectiva reduz o tamanho à medida que se vai distanciando. A perfeita simplicidade da sua construção, a ausência total de qualquer adorno, a exclusividade da linha reta, são detalhes que não desmerecem de forma alguma a majestosa grandeza da sua criação.

Entrei na silenciosa Pirâmide pela abertura que havia sido descoberta pelo Califa Al Mamum, e comecei minha investigação da estrutura titânica, não pela primeira vez, sem dúvida, mas, sim, pela primeira vez com intenção tão estranha quanto a que me havia arrastado para o Egito, pela segunda vez. Após avançar um trecho, cheguei ao final da brecha horizontal feita pelos homens do Califa, e passei pelo corredor da entrada original.

Com a tocha na mão, a cabeça quase tocando os joelhos, iniciei minha descida pela passagem estreita, baixa, resvaladiça e comprida, a continuação do primeiro corredor. Minha estranha posição era sumamente incômoda e o declive do chão de pedra obrigava a acelerar a velocidade da descida.

Querendo fica mais tempo na Câmara do Rei, comecei por fazer um exame minucioso da lúgubre zona subterrânea, cujo acesso havia sido interceptado nos últimos tempos por uma comporta de ferro, para evitar, provavelmente, que o público a visitasse e saísse dali semi-asfixiado.

Veio-me à memória um velho adágio latino: “Facilis descensus averni” (A descida para o inferno é fácil – N. da T.), porém, desta vez havia nessas palavras humor sarcástico. A luz amarelada da tocha deixava-me ver apenas pedras envolvendo-me por todos os lados. Ao fim de um certo tempo, percebi um pequeno patamar à minha direita, que oferecia possibilidade de repouso, e deitei-me para descançar da minha posição incômoda. Descobri que aquela saliência não era mais do que a terminação daquela cova chamada Fossa, que descia desde a encruzilhada da passagem ascendente com a Grande Galeria. O nome de Fossa se conservou e, durante dois mil anos, se acreditava que no fundo dela havia água. Quando Caviglia mandou limpá-la dos escombros milenares, descobriu-se que o fundo estava completamente seco.

Essa passagem era ainda mis estreita do que a outra. Toscamente cavada na sólida rocha, era tão baixa que chegava a roçar minha cabeça; havia nela pequenas cavidades, paralelas que serviam de apoio na relativamente perigosa subida.

Leva através desigual, tortuosa e longa extensão, e desemboca num recinto cavado na pedra em forma de uma abóbada, conhecido agora sob o nome de Gruta, que marca o nível do planalto rochoso no qual foi levantada a Pirâmide. A Gruta, parcialmente feita por alargamento natural da brecha existente na rocha, parecia ter sido cavada na alvenaria e não construída como todas as demais passagens subterrâneas. Essa parte onde estava a Fossa diminuía de largura, dificultando mais ainda a subida.

Finalmente consegui atravessar, e saí pela escabrosa e irregular abertura da boca da Fossa, que liga o extremo nordeste à Grande Galeria.

Por que foi aberto aquela Fossa no corpo maciço da Pirâmide? A pergunta surgiu automaticamente e, quando ela girava no meu cérebro, de súbito me veio a resposta. Os antigos egípcios que encerraram a história da Pirâmide, ao retirar-se, taparam com três monstruosos tampões de granito a entrada da Grande Galeria e das Câmaras, idealizando uma via de escape para que eles próprios não ficassem presos, sem possibilidade de saída.

Eu sabia por minhas próprias investigações que a fossa e a Gruta haviam sido escavadas na época da construção da Pirâmide, quando a Fossa não descia tanto quanto a Gruta naquele tempo. Durante milhares de anos não havia nenhuma comunicação direta entre as passagens superiores e subterrâneas.

Quando a Grande Pirâmide cumpriu seu misterioso propósito, aqueles que eram os responsáveis fecharam-na. O fechamento havia sido previsto pelos construtores que deixaram preparados os elementos necessários e até fizeram uma construção especial, no extremo inferior da passagem ascendente, para guardar tres tampões de granito.

Os últimos ocupantes da Pirâmide mandaram os pedreiros escavar a seção baixa da Fossa para se assegurarem uma saída. Concluída a tarefa, n retirada não tiveram mais que bloquear a saída recém-cavada da Fossa onde se une com a passagem descendente, e subir os noventa e dois metros até a entrada original do monumento. Assim, a chamada Fossa que havia sido construída originalmente para chegar à Gruta, por fim tornou-se um meio para deixar a bloqueada Pirâmide.

Retomei pelo acesso mais fácil ao longo do túnel em declive, que liga as entranhas da Pirâmide ao mundo exterior, para recomeçar minha descida nas profundezas do rochoso planalto de Giseh. Então, cruzou-se comigo um vulto imenso; de súbito, voltei-me assustado e vi que era minha própria sombra! Nesse lugar fantasmagórico podia-se esperar qualquer coisa, e nada era demasiado estranho para acontecer. Engatinhando e arrastando-me, venci a distância relativamente curta que faltava para descer à passagem em declive e, com grande alívio, respirei, chegando enfim ao terreno horizontal; estava dentro de uma nova passagem, menor ainda do que a anterior. Avancei arrastando-me uns dez metros e parei diante da entrada do recinto mais estranho que jamais tinha visto, a chamada Cova. Tinha quinze metros de largura de parede a parede.

Aquela cova sombria ficava exatamente abaixo do nível, no centro da Pirâmide; dava a impressão de ter sido apressadamente abandonada; de uma escavação que tivesse sido interrompida repentinamente. O teto estava bem lavrado, mas o chão subia e baixava como o de uma trincheira bombardeada. Os antigos pedreiros egípcios costumavam construir as abóbadas escavando na rocha de cima para baixo e deixando o chão para o fim. Por que razão não haviam terminado aquele chão, quando dedicaram mais que uma vida de labor para construir a superestrutura que se levanta na base rochosa, é um enigma arqueológico que ninguém pôde desvendar. Aliás, como toda Pirâmide, é uma incógnita indecifrável.

Prossegui, com a luz de minha tocha focalizando através da densa escuridão as desigualdades do solo, e detive-me diante de um profundo precipício, mudo testemunho das escavações dos buscadores de tesouros, que o haviam aberto laboriosa e infrutiferamente, um legado dos seus vãos esforços. Um morcego voou sibilando por cima de minha cabeça, fazendo-me sentir o desagradável contato de suas asas, voluteando na atmosfera rarefeita do ambiente. Notei que a luz da tocha havia despertado outros tres morcegos que dormiam no fundo da cova, cabeça para baixo, nas rugosidades da rocha. Afastei-me, despertando mais dois que dormiam presos ao teto; alarmados e atordoados pela luz com a qual os persegui impiedosamente, com ruído surdo voaram de um lado para outro até que desapareceram na escuridão da boca da entrada.

Subindo e descendo, cheguei ao outro extremo do recinto onde percebi uma pequena abertura suficientemente ampla para que o meu corpo passasse, mas tão baixa que só se podia entrar de rojo, o rosto tocando o chão coberto de grossa camada de pó acumulado durante alguns milhares de anos. A tarefa não era nada agradável, mas passei, ansioso por conhecer aonde levava o túnel. Após ter-me arrastado uns vinte metros, o túnel acabou bruscamente. Ali também dava a impressão de não ter sido acabado.

Meio asfixiado, retrocedi, às escuras, da sufocante cova; lancei um olhar ao redor do recinto e iniciei minha caminhada de regresso à partes superiores da Pirâmide. Cheguei à passagem em aclive, seguindo em linha reta cento e sei metros cavados na rocha maciça, antes de continuar minha exploração do corredor construído em alvenaria. SEntei-me no chão e pela abertura pus-me a observar o céu escuro, como através de um gigantesco telescópio, sem lentes. Ali estava a Estrela Polar, ponto prateado bem visível no azul-escuro da noite. Verifiquei a direção com a minha bússola-pulseira: assinalava exatamente o Norte. Aqueles construtores primitivos não somente haviam idealizado uma obra maciça, mas também precisa.

Voltei, arrastando-me pela passagem íngreme e cheguei finalmente ao estreito corredor horizontal que leva à Câmara da Rainha. Mais alguns passos, e estava sob a abóbada de vigas convergentes. Examinei os condutos de ar que subiam as paredes na direção norte-sul. Eram uma prova evidente de que a sala não estava destinada a ser um túmulo, mas um recinto de uso para pessoas vivas. Quando no ano 1872 foram descobertos os condutos, estavam encaixados uns doze centímetros dentro das paredes. Esta descoberta desconcertou muitos investigadores, porque nesse caso não eram canais de ventilação, mas deviam ter servido para qualquer outro uso desconhecido. A melhor explicação desse fato é que em determinado momento e uma vez alcançado seu objetivo, os orifícios e os tubos foram tapados com blocos especiais de pedra, como o fizeram com as passagens superiores da Pirâmide.

Os tubos de ar foram encontrados casualmente por Waynman Dixon, engenheiro civil que estava realizando alguns trabalhos nos arredores da Pirâmide. Examinando, por mera curiosidade, as paredes da Câmara da Rainha, avistou que, em certo lugar, uma delas parecia ser ôca e ligeiramente danificada. Fêz quebrar a parede naquele ponto, e a doze centímetros de profundidade descobriu um pequeno conduto; pelo mesmo processo, então, encontrou um outro tubo na parede oposta. Ambos os condutos atravessavam todo o corpo da pirâmide, fato que verificou mais tarde mediante sondas de ferro, numa extensão maior que sessenta metros.

Voltei à passagem horizontal e caminhei até o ponto de encontro com a Grande Galeria. Subi lentamente quarenta e cinco metros daquele corredor íngreme, ladeado de morcegos. Enquanto subia, senti-me ligeiramente indisposto pela fome, consequência do meu jejum de três dias. Descansei alguns minutos num degrau de um metro de altura, que marcava o fim da Galeria, o ponto exato por onde passava o eixo vertical da Pirâmide. Dei mais alguns passos para atravessar a Antecâmara, agachei-me para passar por baixo do bloco de granito que barra horizontalmente a entrada, e cheguei à sala mais importante da Pirâmide, a famosa Câmara do Rei.

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Aqui também a presença de tubos, cada um com cerca de cinquenta centímetros quadrados, destruía a teoria do túmulo. As bocas não estavam fechadas como as da Câmara da Rainha, mas apenas obstruídas com pedras soltas, que o coronel Vyse teve de tirar para averiguar a natureza dos condutos. É mais que provável que a obstrução tivesse sido feita ao mesmo tempo que as demais operações, quando os últimos ocupantes da Pirâmide quiseram ocultar a disposição interna de sua parte superior.

Projetei a luz da minha tocha sobre as paredes desnudas e o teto plano, admirando mais uma vez a extraordinária perícia com que os uniam os enormes blocos de granito polido, cuidadosamente observando as paredes, examinando uma por uma todas as pedras em redor. Os blocos rosados da longínqua Siene foram quebrados aqui e acolá por interessados nos tesouros, deixando enormes fissuras na sua superfície lisa. O chão também testemunhava a busca febril e vã da avidez humana. No lado leste do solo faltava um pedaço de pedra que havia sido substituído por terra socada e no nordeste um profundo orifício retangular ficou sem ser emendado. Um grande bloco de pedra rugosa que havia ocupado aquele espaço estava ao lado apoiado contra a parede, por sorte, deixado pelos primeiros árabes. Paralelo ao bloco, a poucos centímetros de distância, estava o sarcófago, um caixão de granito vermelho, polido, sem tampa. Era o único objeto, saldo o bloco, que se podia ver naquela sala de mobília tão escassa. Estava colocada exatamente na direção do Norte ao Sul.

O bloco deslocado do chão oferecia possível assento. Sentei-me de pernas cruzadas, disposto a passar ali o resto da noite.

À minha direita coloquei o chapéu, casaco e sapatos; à esquerda deixei a tocha, ainda acesa, uma garrafa térmica com chá quente, garrafa de água gelada, um caderno de notas e uma caneta Parker. Olhei em redor da sala, detive o olhar no sarcófago, que estava em frente de mim, e apaguei a luz.

Ao alcance da minha mão estava, pronta a funcionar, em caso de necessidade, uma possante lâmpada elétrica.

A súbita imersão no escuro trouxe consigo a incerteza do que poderia ocorrer no transcurso da noite. A única coisa que podia fazer nessa estranha situação, era aguardar… esperar…

Os minutos passavam lentamente, enquanto ia me relaxando aos poucos e “sentindo” a atmosfera carregada, própria do ambiente, que só se podia denominar “psíquica”. Consenti que a minha mente se tornasse receptiva, a sensibilidade passiva, e negativa a minha atitude, desse modo tornando-me um verdadeiro registro de qualquer manifestação supra-física que viesse a produzir-se. Não queria que nenhum preconceito pessoal ou receio entravasse a percepção que me afluísse de alguma fonte inacessível aos cinco sentidos.

Gradualmente foi diminuindo o fluxo do meu pensamento, até que minha mente entrou em estado de semivacuidade.

O silêncio que envolvia meu cérebro me fez agudamente cônscio da quietude que se apoderava de mim. A vida com seu bulício, mexericos e problemas, era algo mui distante, direi até quase inexistente. Das trevas circundantes não saía nenhum ruído nem um murmúrio. O silêncio, o verdadeiro soberano, reinava no império da Pirâmide; silêncio que se iniciou na pré-história e que os turistas com seu falatório não puderam quebrar – o silêncio profundo que todas as noites se reintegrava no seu reino, dominou, envolvendo todo o meu ser.

Senti a vibração poderosa do ambiente. É uma sensação mui sutil, a mesma que sentem as pessoas sensíveis na atmosfera das casas antigas. À medida que o tempo passava, ia se intensificando a impressão da incomensurável antiguidade que me rodeava; o século XX parecia distanciar-se, diluir-se e deslizar da minha memória. No entanto, de acordo com minha própria decisão, que me havia imposto, longe de resistir a essa sensação, deixei-a robustecer-se.

Começou a se manifestar a estranha impressão de que não me achava só. Senti insidiosamente sob a capa de trevas absolutas a existência de algo vivo; a sensação, embora vaga, era real e, com a crescente convicção de retroceder ao passado, aumentava-me a certeza de uma presença “psíquica”.

Apesar dessa impressão de que uma vida sutil palpitava nas sombras, não se manifestava nada de concreto. Corriam as horas e, ao contrário de tudo que esperava, ao passo que avançava a noite, aumentava o frio. Os efeitos de tres dias de jejum que deliberadamente observei para afiar minha sensibilidade, manifestaram-se em forma de calafrios, cada vez mais intensos. O ar fresco que vinha pelos tubos de ventilação atravessava meu leve agasalho. O corpo tremia sob a camisa; assim, tive que me levantar e por o casaco que poucas horas antes havia deixado por não aguentar o intenso calor. É comuníssimo no Oriente em certas épocas do ano: calor tropical durante o dia e forte baixa de temperatura durante a noite.

Até agora ninguém descobriu as bocas dos tubos de ar do exterior da Pirâmide, embora se conheça aproximadamente sua posição. Alguns egiptólogos duvidaram até que os canais tivessem uma ligação com o exterior, porém o total esfriamento do ar que verifiquei aquela noite, deixa definitivamente claro esse pormenor.

Retomei meu assento no bloco de pedra e entreguei-me ao aterrorizador silêncio de morte que reinava na Câmara do Rei e às dominantes trevas que a envolviam. Com o espírito dócil prossegui na minha expectativa. Sem razão aparente recordei que ali, ao Este, o Canal de Suez seguia seu curso em linha reta entre as areias e pântanos, e o majestoso Nilo formava a coluna vertebral do país.

A profunda quietude sepulcral do aposento, o sarcófago vazio a meu lado, de certo, não contribuíram para serenar-me os nervos, quando além do mais, minha sensação continuava a acusar a presença viva, embora invisível, de seres que me rodeavam, convertendo-se numa certeza. Sim, havia algo que palpitava no meu lado, vivo, embora não visse absolutamente nada. Até perceber de súbito a imprudência em que me colocara, compreendi minha situação. Estava só, envolto numa escuridão impenetrável, prisioneiro numa temível edificação lendária a centenas de quilômetros, a construção mais antiga do mundo e ladeada por um dantesco e revolvido cemitério de uma velha metrópole que se alçava no limiar de um deserto.

Não havia mais dúvida para mim, que havia aprofundado os mistérios de ocultismo, a magia e feitiçaria do Oriente, o lado psíquico do ser, de que a sala da Câmara do Rei se povoava de seres invisíveis, espíritos que guardavam a Pirâmide. Esperava ouvir em qualquer momento um voz espectral! que saísse daquele silêncio avassalador. Dava graças aos construtores por haverem instalado aqueles tubos que proviam de ar fresco, reduzido porém constante, que percorria uns noventa metros na Pirâmide antes de chegar aquele recinto, mas de qualquer modo bem-vindo. Sou um homem acostumado à solidão, na qual sempre me deleitei, mas s solidão daquela sala tinha algo de temerário e pavoroso.

As trevas envolventes começaram a oprimir-me a cabeça, qual um elmo de ferro. A sombra do medo indizível fez estremecer todo meu ser; afugentei-a imediatamente. Para permanecer no coração daquele monumento do deserto, necessita-se não somente coragem mas também uma certa fortaleza moral. Não havia serpentes saindo dos buracos ou fendas, nem malandros desabrigados trepando pelas faces íngremes da Pirâmide para entrar calmamente à noite. Os únicos sinais de vida animal que encontrei, foram os de um rato no corredor horizontal, tentando inutilmente encontrar um refúgio nas pedras lisas de granito; dos lagartos verde-amarelados, incrivelmente velhos, colados ao teto na estreita passagem da Câmara da Rainha e, finalmente, dos morcegos da cova subterrânea. Havia também, é certo, os grilos, que me receberam com prolongado chirrio quando cheguei na Grande Galeria, mas não demoraram a calar-se. Tudo isso estava para trás, e nesse momento só havia o silêncio invencível que me mantinha preso ao seu mudo cativeiro. Não havia nada de natureza física que pudesse me fazer algum dano, e não obstante, voltou a assaltar-me, pela segunda vez, essa vaga inquietude causada por olhos invisíveis que me fitavam. Neste lugar havia fantástico mistério, uma irrealidade espectral…

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Há vibrações de força, som e luz que estão além de nosso alcance normal de captação. Os ouvintes radiofônicos ouvem canções alegres e discursos sérios que, num relâmpago, atravessam o espaço e lhes vêm pelo éter, e que sem seus aparelhos devidamente sintonizados, nunca poderiam captar. Saindo de simples espera receptiva, passei à concentração mental, focalizando toda a minha atenção num esforço para atravessar o negro silêncio que me rodeava. Se minha faculdade de percepção fosse temporariamente elevada acima do normal, quem sabe não me seria possível perceber a presença das forças invisíveis?

Sei que, no momento em que me “sintonizei” pela introversão, cujo método aprendi muito antes da minha segunda vinda ao Egito, a Câmara do Rei foi invadida por forças hostis. Senti no ambiente algo de maléfico e perigoso, que me provocou arrepios. Mal meu coração sossegava, tornava a agitar-se; um temor insistente começou a dominar-me. Tornei a intensificar minha concentração, fixa num só ponto, e a sensação, seguindo seu treino usual, transformou-se em visão. Sombras começaram a surgir de todos os lados e gradualmente foram tomando formas mais definidas; de súbito apareceram rostos hediondos, tão próximos que quase tocaram meu próprio rosto. Imagens sinistras me surgiam com toda nitidez ante os olhos da minha mente. Uma aparição tenebrosa avançou até perto de mim, e olhou-me fixamente com olhos vesgos e sinistros, levantando as mãos num gesto de ameaça, querendo aterrorizar-me. Espíritos macróbios pareciam sair da vizinha necrópole, necrópole tão velha como as múmias pulverizadas dentro dos seus sarcófagos de pedra. Fantasmas que estavam presos aos seus túmulos, viveram, provocantes, expulsar-me do meu lugar de vigília. Todas as lendas de assombrações malígnas, relatadas pelos árabes de uma aldeia vizinha, voltaram-se à memória com os mesmos pormenores desagradáveis. Quando comuniquei a um jovem árabe, amigo meu, morador daquela aldeia, minha intenção de passar a noite na velha Pirâmide, fez tudo para me dissuadir.

“Cada pedaço de terra está mal-assombrada” – advertiu – “dentro da Pirâmide há todo um exército de fantasmas, repleta que está de espectros e gênios”.

Agora via que sua advertência não havia sido em vão. Figuras espectrais continuavam a chegar, rodeando o recinto escuro. A inquietação indefinível e o mal-estar, que me haviam dominado há pouco, foram plenamente justificados. No centro daquele corpo que era meu, o coração batia às marteladas. Medo, espanto, horror, persistentemente me mostravam suas faces perversas; sem querer fechei os punhos com força. Mas eu estava decidido a prosseguir, e embora as formas sepulcrais que transitavam pelo recinto e haviam começado por despertar-me o sentimento de alarma, acabaram por me provocar o incitamento de todas as minhas reservas preciosas de coragem combativa.

Embora tivesse os olhos fechados, aquelas formas cinzentas vaporosas, viscosas, penetravam na minha visão interior sempre com o mesmo antagonismo implacável numa sinistra determinação de impedir-me o cumprimento do meu intuito.

O círculo de seres antagônicos estreitava. Querendo, podia acabar com essa visão facilmente; bastava acender a luz de minha lâmpada, saltar do meu assento e correr algumas centenas de metros até a entrada onde a sentinela armada me proporcionaria um alívio imediato. A prova era dura e me impunha a tortura em sua forma mais sutil; atormentava-me a alma deixando o corpo intacto. Algo no meu interior me intimava com igual inflexibilidade, a ficar firme no meu intento.

Chegou o momento culminante. Cercaram-me mais criações elementais, malígnos, horrores do submundo, figuras de aspecto grotesco, insano e diabólico, cercaram-me, provocaram-me repulsa intolerável. Vivi alguns instantes que jamais esquecerei. Aquela cena incrível me ficou vivamente gravada na memória, e seus momentos nunca desejarei repetir – jamais voltarei a pernoitar na Grande Pirâmide.

O fim chegou de repente. Com uma celeridade alarmante, os perniciosos invasores desapareceram nas trevas das quais haviam surgido e voltaram ao reino sombrio dos defuntos e das baixas esferas, levando consigo sua comitiva de horrores diabólicos. Meus nervos ressentidos tiveram um grande alívio, semelhante ao do soldado, quando bruscamente cessa o bombardeio.

Não sei quanto tempo se passou antes de eu sentir uma nova presença de alguém que, benévolo e amistoso, veio à Câmara do Rei, olhando-me com afabilidade. Á sua chegada o ambiente tornou-se leve, o ar da pureza parecia envolvê-lo. Minha excitada sensibilidade sob o efeito desse novo elemento, como se tivesse ingerido um sedativo, acalmou-se. O recém-chegado aproximou-se do meu assento de pedra e vi então que o acompanhava uma outra figura. Ambas se detiveram ao meu lado e fixaram-me com ar grave, olhar carregado de profético significado. Pressenti que os momentos cruciais da minha existência estavam em suas mãos.

Na minha visão, aqueles dois seres formavam um quadro inesquecível. Quando escrevo, tudo volta aos olhos da minha mente: suas túnicas brancas, os pés calçados de sandálias e o aspecto venerável das suas figuras. Levavam as inconfundíveis insígnias dos seus cargos; eram os Sumos-Sacerdotes do antigo culto egípcio. Rodeava-lhes a cabeça um halo brilhante que, de maneira estranha, iluminava uma parte do aposento. Na verdade, pareciam mais do que homens, pela sua luminosa presença, e a chama compenetrada dos seus rostos assemelhava-se a semi-deuses.

Permaneceram imóveis como estátuas, de mãos cruzadas sobre o peito, contemplando-me em silêncio.

Estaria eu em alguma quarta dimensão, mergulhado em longínqua época do passado, mantendo minha mente alerta? Havia eu retrocedido minha noção de tempo, à era primitiva do Egito? Não; isso parecia não ser, pois, nitidamente percebia que aqueles dois espíritos me viam e estavam prestes a dirigir-me a palavra.

Suas altas figuras se inclinaram; uma delas aproximou seu rosto do meu; no seu olhar luminoso brilhava ardor espiritual e seus lábios pareciam mover-se; uma vez ressoou nos meus ouvidos.

“Por que vieste a este lugar” – perguntou – “procurando evocar poderes secretos; não te bastam os caminhos dos mortais?”

Eu não ouvi essas palavras com meu ouvido físico; nenhum vibração sonora perturbou o silêncio da noite. Parecia ouvi-las como ouve um surdo pelo aparelho artificial elétrico à guisa de tímpano, porém com uma diferença: ressoavam na parte INTERNA do tímpano. A voz que chegava a mim, para dizer mais exatamente, era como se fosse uma voz mental, porque a ouvia seguramente dentro de meu cérebro, porém que poderia dar impressão errônea de que fosse um simples pensamento. Não era isso, não era um pensamento; era sim, uma VOZ.

– Não, não me bastam! – respondi.

“A agitação das multidões nas cidades reconforta o coração tremulo do homem” – disse – “Volta a reunir-te aos teus semelhantes e não demorarás a esquecer o frívolo anseio que te trouxe aqui”.

– Não, não pode ser, – tornei a responder.

Ele fez uma nova tentativa:

“O caminho que escolheste te afastará dos limites da razão; alguns os seguiram e voltaram loucos. VAi-te agora, pois, ainda há tempo, e segue o caminho traçado para os pés dos mortais!”

Abanei a cabeça e murmurei:

– Pois eu devo seguir este caminho; agora não há outro para mim.

O sacerdote deu mais um passo adiante e inclinou-se perto de mim. Vi seu rosto sulcado destacar-se nas trevas.

“Aquele que entra em contato conosco – sussurrou-me no ouvido – perde seu vínculo com o mundo. Serás tu capaz de andar só?”

– Não sei, respondi.

Da escuridão ouvi ressoar suas últimas palavras:

“Assim seja. Escolheste. Pela tua própria decisão não podes mais retroceder”.

Desapareceu. Fiquei com o outro espírito que até esse momento não havia desempenhado nenhum papel, senão o de testemunho silencioso.

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Aproximou-se e ficou à frente do sarcófago de mármore. Seu rosto era de um verdadeiro macróbio. Não me aventurei a conjeturar sua idade.

“Meu filho” – disse serenamente, virando-se para mim – “os poderosos senhores das potências secretas tomaram conta de ti. Esta noite serás conduzido à Sala do Saber. Deita-te nesta pedra! Antigamente, sendo um leito, teria sido revestido de folhas de papiros”. Indicou o sarcófago.

Não me ocorreu fazer outra coisa senão obedecer o meu estanho visitante. Deitei-me de costas sobre a fria pedra de mármore.

O que sucedeu logo depois, não o vejo com muita clareza, pois foi como se inesperadamente me tivessem dado uma dose de algum anestésico de ação lenta; todos os meus músculos ficaram tensos e uma paralisante letargia começou a invadir-me os membros. O corpo ficou pesado e endurecido. A princípio, meus pés começaram a esfriar-se lentamente; o frio foi subindo, subindo imperceptivelmente, chegando até os joelhos, e prosseguia seu avanço, gelando-me. Era como se ao escalar uma montanha me tivesse afundado até a cintura num montão de neve. Meus membros inferiores estavam completamente paralizados.

Em seguida passei a um estado de semi-entormpecimento, e na minha mente surgiu um vago pressentimento de que meu fim estava próximo. Contudo, não me perturbei; há muito tempo livrei-me do velho medo da morte, e cheguei a aceitá-la filosoficamente como sendo inevitável.

Enquanto a estanha sensação de frio continuava a apoderar-se de mim, subindo pela coluna vertebral e dominando todo o meu corpo, senti minha consciência concentrar-se e fixar-se num só ponto do cérebro, a respiração ficar cada vez mais dificultosa.

Subindo ao peito, paralisou totalmente o corpo, algo semelhantes a um ataque cardíaco sobreveio, mas não demorou; compreendi então que a crise suprema não tardaria a chegar.

Se pudesse mover minhas mandíbulas enrrigecidas, daria uma risada do pensamento que me ocorreu nesse instante; pensei: amanhã acharão meu cadáver deitado no sarcófago da Câmara do Rei, e tudo terminará para mim.

Tinha certeza de que todas as minhas sensações eram consequências da migração do espírito de vida física às regiões do Além-túmulo, e qualquer resistência seria vã.

Por último, minha consciência concentrada se confina apenas na cabeça, e houve no meu cérebro um tremendo redemoinho final, tive a impressão de que um tufão tropical me arrastava, lançando-me em seu rodopio no ar. Um temor momentâneo apoderou-se de mim. Senti-me lançado no espaço infinito, voando para o desconhecido.

Estava LIVRE!

Nenhum outro termo poderia expressar o delicioso sentimento de liberdade absoluta que me saturou. Transformei-me num ser mental, num ente cujas sensações e pensamentos estavam livres dos entraves do corpo de matéria inerte em que estava fechado. Desprendido do meu invólucro carnal, como um fantasma do seu sepulcro, sem, todavia, nenhuma obnubilação de consciência; pelo contrário, estava ciente de mim mesmo e essa sensação era muito mais forte que dantes. E, além do mais, depois de haver passado aquela migração de um estado para outro, e de ter ficado em quarta dimensão, proporcionou-me um sentimento de felicidade; senti-me livre, terminantemente, bem-aventuradamente, LIVRE.

A princípio, vi-me estendido na mesma posição horizontal do corpo que acabava de deixar, flutuando acima do sarcófago. Depois, tive a impressão de que mão invisível me fazia girar verticalmente até pôr-me de pé. E, finalmente, experimentei a curiosa sensação de estar simultaneamente de pé e flutuando.

Olhei o corpo abandonado, de carne e osso, que jazia prostrado e rígido na pedra. O rosto inexpressivo estava voltado para cima, os olhos entreabertos cujo brilho das pupilas indicava que as pálpebras não estavam completamente fechadas; de mãos cruzadas sobre o peito, postura que não me recordo ter adotado. Alguém as havia cruzado sem que eu o percebesse? As pernas e os pés esticados se tocavam. Aquele era meu corpo, aparentemente morto, do qual me havia retirado.

Notei que eu, esse novo eu, desprendia um fio de suave luz prateada que se projetava sobre o ser cataléptico deitado dentro do sarcófago. A descoberta me surpreendeu, porém maior foi minha surpresa quando descobri que o misterioso cordão umbilical psíquico contribuía para iluminar o canto da Câmara do Rei onde eu pairava. Uma claridade suave, semelhante a luz da lua, iluminava as paredes de pedra.

Eu não era mais do que um fantasma, um ser sem corpo, flutuando no espaço. Compreendi porque os sábio egípcios de outrora representavam nos seus hieróglifos a alma em forma simbólica de um pássaro. Senti incrível leveza, como se tivesse um par de asas e voasse qual um pássaro que levanta o vôo rodeando em volta de um ponto, tão livre que estava flutuando no grande vácuo que me cercava. Sim, o simbolismo do pássaro era muito acertado.

Desprendida minha alma do seu invólucro mortal, levantou vôo no espaço, abandonando o corpo que lhe servia de habitat. Agora estava com o outro corpo, etéreo e extremamente leve. Olhando o mármore frio em que jazia meu corpo, surgiu na minha mente uma singular idéia, ou melhor, foi uma compreensão brusca que tomou forma nas seguintes palavras insonoras:

“Este é o estado da morte. Agra eu sei que sou uma alma, que eu posso existir separado do corpo. Sempre acreditarei nisso, porque o experimentei”.

Essa noção se aferrou a mim tenazmente, enquanto permanecia suspenso no ar, acima do meu próprio corpo abandonado e sem vida. Comprovei a sobrevivência da maneira mais satisfatória a meu ver, isto é, pela experiência de morrer e ser vivo! Continuei observando os restos mortais que havia deixado. De certo modo me fascinavam. Era eu aqui, esse corpo sem vida que durante tantos anos considerei como se fosse eu? Naquele momento vi com toda clareza que era apenas a massa de substância carnal desprovida de consciência e de raciocínio. Contemplando os olhos sem visão, insensíveis e vidrados, percebi a máxima ironia da situação: Meu corpo terrestre havia me aprisionado, retendo meu verdadeiro Ser, obrigado a caminhar de um lado para outro na superfície do globo, nascido num organismo que tanto tempo confundi com meu verdadeiro Eu. Agora eu era livre.

A força da gravidade não atuava no ar, e a entranha sensação de estar meio suspenso e em pé persistia.

Ao meu lado, de súbito, apareceu o sacerdote macróbio; grave e solene, levantou os olhos para o céu, deixando perceber seu rosto mais enobrecido ainda, e com reverência, lançou esta prece:

“Ó Amon, Ó Amon que estás no céu! volta tua face para o corpo morto do teu filho, e concede-lhe teu beneplácito no mundo espiritual. Tudo consumado. E voltando-se para mim, disse: “Agora aprendeste a grande lição. O HOMEM CUJA ALMA NASCEU DO ETERNO, NÃO PODE MORRER. Proclama esta verdade com palavras inteligíveis para os homens. Alerta-te!”

Vi surgir do espaço o rosto já quase esquecido de uma mulher, cujo sepultamento assisti há mais de vinte anos. Depois apareceu o semblante familiar de um homem que havia sido para mim mais que um amigo, o qual vi pela última vez há doze anos, repousando no seu ataúde e, finalmente, a doce imagem sorridente de uma criança, morta num acidente. Os tres me olhavam com uma expressão serena e suas vozes amigas voltaram a ressoar. Mantive a mais breve das conversações com os chamados mortos, que não tardaram a se desvanecer.

“Também eles vivem como vives tu, e como vive esta Pirâmide que presenciou o morrer de milhões de criaturas – disse o sumo-sacerdote – Sabe, filho meu, que nesse antigo santuário se encontra a história perdida das primeiras raças da humanidade e a Aliança que fizeram com o Criador mediante o primeiro dos seus profetas. Sabe também que, antigamente, a este lugar eram trazidos homens escolhidos afim de mostrar-lhes a Aliança, os quais, ao voltar aos seus semelhantes, manteriam vivo o grande segredo. Leva contigo esta advertência: quando os homens renegarem seu Criador e olharem com ódio uns aos outros, como os príncipes da Atlântida, em cuja época foi construída esta Pirâmide, serão destruídos pela sua própria iniquidade, como foi aniquilado o povo da Atlântida.

“Não foi o Criador quem fez submergir a Atlântida, mas o egoísmo, a crueldade, a cegueira espiritual dos habitantes dessas ilhas condenadas. O Criador ama a todos indistintamente, porém a vida dos homens está governada por leis invisíveis que Ele impõe. Leva, pois, essa advertência contigo”.

No meu íntimo nasceu um grande desejo de ver essa misteriosa Aliança. O sacerdote devia ter lido o meu pensamento, pois se apressou a dizer:

“Todas as coisas vem a seu devido tempo. Ainda não, meu filho, ainda não”.

Senti-me desapontado.

Fitou-me durante alguns instantes.

“A nenhum homem do teu povo foi permitido vê-la ainda, mas porque és versado nestes assuntos e vieste aqui com o coração aberto e compreensivo, é justo que recebas alguma satisfação. Vem comigo!”

Passou-se então algo estranho. Parecia-me cair em estado comatoso, minha consciência se enevoou momentaneamente e, quando a recuperei, percebi haver sito transportado para outro lugar. Estava num longo corredor, apenas iluminado, embora não se vissem lâmpadas nem janelas. Supus que a fonte luminosa vinda do halo que emanava do meu companheiro, junto com a irradiação do cordão luminoso de éter vibrante que se desprendia de mim. Compreendi, no entanto, que esses focos ainda não explicavam a luz reinante. As paredes eram revestidas com pedras refulgentes de cor terracota-rosada, e tão unidas entre si que não se percebiam as juntas. O chão tinha a mesma inclinação da passagem da entrada da Pirâmide. Todos os arremates estavam bem acabados. O corredor, embora baixo, não chegava a ser incômodo. Não pude descobrir a fonte dessa misteriosa iluminação; o interior luzia como se ali estivesse uma lâmpada. (1)

O Grão-Sacerdote fez-me um gesto para segui-lo.

“Não olhes para trás – ordenou – não voltes a cabeça!”

Caminhamos um trecho, descendo; chegamos ao fim do corredor e paramos diante de uma entrada para a grande câmara com o aspecto de um templo.

Sabia perfeitamente que me encontrava dentro ou embaixo, da Pirâmide, porém não sabia onde ficava essa passagem e aquela câmara; nunca as tinha visto antes. Senti-me extremamente excitado por aquela impressionante descoberta. Curiosidade invencível se apoderou de mim para averiguar onde estava essa entrada. Finalmente, como se fosse arrastado por um impulso imperioso, voltei a cabeça e dei uma rápida espiada, ansioso por ver uma porta oculta. Entrando, não reparei por onde havia passado; contudo, no extremo oposto da passagem onde devia haver uma abertura, não vi nada senão os grandes blocos visivelmente cimentados. Estava olhando uma parede! Nesse momento, uma força irresistível me arrastava; a cena se enuviou e encontrei-me de novo flutuando no espaço. Ouvi as palavras, repetidas como um eco “ainda não, ainda não…” e momentos depois vi meu corpo inconsciente, estendido sobre a pedra. A voz do Sumo-Sacerdote chegou-me em sussurro:

“Meu filho, não tem importância o descobrires ou não a entrada. Busca em tua própria mente a passagem secreta que te levará à câmara oculta em tua lama, e encontrarás algo realmente valioso. O mistério da Grande Pirâmide é o mistério do teu próprio ser. As câmaras em tua própria natureza. A Pirâmide ensina que o homem deve voltar-se para si próprio, deve aventurar-se a penetrar até o centro desconhecido de seu ser, e ali encontrar sua alma, tal qual se aventura a penetrar nos relicários desconhecidos deste templo, para desvendar seu mais profundo segredo. Adeus”.

Um turbilhão se apoderou de minha mente: arrebatado por uma força que me puxava para baixo, rodopiei vertiginosamente sempre para baixo. Preso de profundo torpor, parecia-me voltar a fundir-me com meu corpo físico; com todo esforço tentei mover meus músculos endurecidos, mas não me foi possível e, finalmente desmaiei…

Abri os olhos, sobressaltado; trevas espessas me rodeavam. Quando passou o entorpecimento, apanhei a lâmpada e acendi a luz. Estava de novo na Câmara do Rei. Tremendamente excitado, pulei da pedra aos gritos; o eco devolveu minha voz decrescendo. Ao saltar, em vez de pisar o chão, senti que estava caindo num vácuo; salvei-me por haver aberto os braços, ficando suspenso nos bordas. Compreendi então o que se havia passado. Ao levantar-me, corri para o outro extremo do recinto, perdendo o sentido de direção. Minhas pernas bamboleavam dentro da cova escavada no chão a nordeste da Câmara. Alcei-me com toda força e pisei de novo o solo firme.

Apontei a lâmpada para meu relógio. O vidro estava quebrado em dois lugares ao bater a mão contra a pedra quando saltei da cova; contudo, a máquina funcionava continuando seu alegre tique-taque. Vi então a hora e, a despeito da solenidade do lugar, quase dei uma risada: era exatamente a hora melodramática da meia-noite. Ambos os ponteiros assinalavam o número doze!

.:.

Quando, logo depois do amanhecer, a sentinela armada abriu a grade de ferro da entrada escura da Grande Pirâmide, saiu dela, cambaleando, uma figura empoeirada, fatigada, com olheiras profundamente marcadas. Começou a andar pelos grandes blocos de pedra fitando pensativo a plana paisagem familiar, iluminada pelo sol da manhã. A primeira coisa que fez foi respirar profundamente, várias vezes, para em seguida erguer instintivamente o rosto para o Ra-sol, e agradecer-lhe em silêncio a bendita e prodigiosa dádiva da luz que tão liberalmente oferecia à humanidade.

(1) O doutor Abbate Pacha, Vice-Presidente do Instituto Egípcio, passou uma noite no deserto junto às Pirâmides, em companhia de William Groff, membro do mesmo Instituto. Num boletim oficial que apresentaram dizia o seguinte: “Ás oito horas da noite, percebi uma luz em borneio, lentamente cercando a Terceira Pirâmide, quase na altura do ápice; era como uma pequena chama. A luz deu tres voltas e desapareceu. Observei atentamente essa Pirâmide durante uma boa parte da noite; às onze horas tornei a ver a mesma luz, mas desta vez era de cor azulada; subiu lentamente, quase em linha reta, chegou até certa altura, e acima da cúspide do monumento desapareceu”. Prosseguindo seu inquérito entre os beduinos, Groff descobriu que essa misteriosa luz havia sido observada com bastante frequência por eles e, segundo a tradição local, existia há muitos séculos. Os árabes atribuíam a luz aos espíritos guardiães da Pirâmide. Groff tentou achar uma explicação natural para o fenômeno, porém sem o conseguir.

Fonte: O Egito Secreto, Paul Brunton, Editora Pensamento, pp. 54-73.

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45 Pirâmides chinesas localizadas com o GoogleEarth

Posted by luxcuritiba em dezembro 27, 2010

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45 Pirâmides chinesas localizadas a ajuda do GoogleEarth. Você nunca viu nada igual!

As imagens foram tiradas diretamente do GoogleEarth. As imagens 3D que aparecem em algumas representações  é uma simulação, feita pelo próprio GoogleEarth, a partir das informações de altitude presentes nas imagens fornecidas pelos satélites. A imagem original é apenas 2D. A modelagem do GoogleEarth não é perfeita, mas é o suficiente para dar uma ideia de como seria observar a pirâmide se você estivesse lá.

Veja também: Passeio virtual pelas pirâmides chinesas (vídeo)

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Pesquisadores encontram cidade submersa na costa de Cuba

Posted by luxcuritiba em dezembro 23, 2010

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07.12.2001

Um grupo de pesquisadores da empresa canadense Advanced Digital Communications diz ter encontrado as ruínas de uma cidade submersa, perdida na costa oeste de Cuba.

Eles acreditam que a cidade foi construída há milhares de anos.

Os exploradores usaram sofisticados equipamentos de sonar e um mini-submarino guiado por controle remoto, que encontrou e filmou estruturas em pedra, algumas parecidas com pirâmides, a 650 metros de profundidade.

Os pesquisadores disseram que ainda não sabem explicar a natureza do que foi encontrado, mas isso pode indicarar que Cuba já esteve ligada ao território americano por uma faixa de terra que partia da Península de Yucatan no México.

One man’s interpretation of Cuba’s underwater pyramid located in the Yucatan Channel. This 3D image was created by Dean Clarke of Atlantisite.com after he studied the deep-sea sonar image released to the world.

A Advanced Digital Communications é uma das quatro empresas que está atuando em conjunto com o governo do presidente Fidel Castro na exploração dos mares cubanos, onde há centenas de navios espanhóis do período colonial carregados de tesouros afundados.

Os exploradores registraram as primeiras imagens da cidade submersa no ano passado, por meio de um aparelho de scanner que mostrou estruturas de pedra simetricamente organizadas, remanescentes de uma antiga cidade.

Segundo os pesquisadores, além das estruturas em formato de pirâmide, há também construções circulares.

Eles acreditam que essas construções podem ter sido constuídas há mais de 6 mil anos, o que as tornaria 1.500 anos mais velhas do que as pirâmides egípcias.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/011207_cidadeperdidabg.shtml

Veja também:

http://rodrigoenok.blogspot.com/2009/07/descobertas-piramides-submersas-em-cuba.html

http://www.andrewcollins.com/page/articles/atlantiscuba.htm

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Médicos cubanos utilizam método alternativo para aliviar dor

Posted by luxcuritiba em dezembro 23, 2010

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Rodrigo Alvarez Cambra

Médicos cubanos divulgaram que estão conseguindo bons resultados no uso da “energia piramidal” para aliviar dores e inflamações em músculos e tecidos ósseos, e no tratamento de asma e hipertensão. A informação foi veiculada hoje na imprensa local.

Os pacientes se submetem ao tratamento, que consiste em colocar o indivíduo no centro de uma pirâmide tubular de alumínio para fornecer-lhe a energia que se concentra no centro do aparelho, por alguns minutos a cada consulta.

Sua ação é analgésica, antiinflamatória, bacteriostática e relaxante, de acordo com o doutor Ulises Sosa Salinas, que aplica esta técnica terapêutica há vários anos, rompendo as “barreiras da incredulidade científica”.

As virtudes curativas da técnica foram comprovadas inclusive pelo conhecido traumatologista cubano Rodrigo Alvarez Cambra, diretor do Hospital Ortopédico Frank País, de Havana, entre cujos pacientes estão os atletas olímpicos Javier Sotomayor e Iván Pedroso.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u2552.shtml

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A Nova História da Humanidade

Posted by luxcuritiba em dezembro 15, 2010

2010.05.06 ]

Nos últimos anos, várias descobertas arqueológicas vêm causando polêmica no meio científico, e têm levado alguns pesquisadores a reforçarem suas idéias a respeito da existência de civilizações desenvolvidas num passado remoto do planeta. Entre os achados, o “mapa do Criador” é o mais recente e espantoso.

Gilberto Schoereder

Não é de hoje que alguns pesquisadores independentes – como os controversos Erich von Däniken, Robert Charroux e outros – vêm dizendo que existem mais coisas no passado remoto da civilização humana do que sonha nossa filosofia. Geralmente atacados por todos os lados, eles devem estar rindo à toa nos últimos anos. Isso porque uma série de novas descobertas arqueológicas parece indicar uma tendência para uma revisão radical da história dos primórdios da civilização humana.

É verdade que, entre os pesquisadores independentes, muitos eram cientistas, ainda que desacreditados por assumirem uma postura considerada radical, propondo a existência de civilizações desenvolvidas milhares de anos antes da época até então considerada pelos estudos e pesquisas oficiais da História e da arqueologia. E os milhares de anos que se pretendia recuar a civilização no planeta podem ser muito mais do que se imagina, caso seja comprovada a veracidade do achado mais recente, que rendeu uma reportagem no Pravda On Line, de Moscou, em abril deste ano. A matéria, com o título “O Mapa do ‘Criador’” (The Map of “The Creator”), fala sobre a descoberta do cientista Alexander Chuvyrov, da Bashkiria State University, que encontrou uma placa de pedra que pode ser datada em 120 milhões de anos de idade. O detalhe é que a pedra apresenta um mapa da região dos montes Urais, na atual Rússia, detalhando a existência de canais e imensas barragens não naturais, estendendo-se por doze mil quilômetros, além de inscrições parecidas com hieróglifos. Inicialmente, pensava-se que as inscrições fossem um idioma chinês antigo, mas descobriu-se que se tratava de uma linguagem silábica-hieroglífica de origem desconhecida.

Em 1995, quando realizava uma expedição na região da Bashkiria, Rússia, ele descobriu algumas notas datadas do século XVIII, que se referiam a 200 placas brancas de pedra contendo sinais e ornamentos, que foram examinadas por cientistas russos nos séculos XVII e XVIII, próximo da vila de Chandar. Em 1998, com uma equipe composta por estudantes universitários, Chuvyrov tentou encontrar essas pedras nos locais em que se acreditava que poderiam estar, mas sem sucesso, de modo que pensou tratar-se de uma lenda. Mas, em 1999, um morador da vila de Chandar mostrou-lhe uma pedra que estava enterrada em seu quintal. Ela tinha 148 centímetros de altura, 106cm de largura e 16cm de espessura. Retirada do local, foi levada para a universidade e, quando limpa, revelou a existência de um mapa em relevo.

Alta Precisão

Depois de ter sido examinada por inúmeros especialistas, chegou-se à conclusão de que se tratava de um mapa dos Urais. Mais que isso: um exame por raio X mostrou que o mapa foi realizado com a utilização de mecanismos de alta precisão, e não por mãos humanas. O bloco é constituído por três níveis: o primeiro, com 14cm de espessura, é de dolomita; o segundo, de diopsita (um tipo de diamante), com um tratamento cuja tecnologia não é conhecida da ciência moderna; e o terceiro, de um tipo de porcelana, com apenas dois milímetros de espessura, que protege o mapa de impactos externos.

Também foram encontradas duas conchas, incrustadas na superfície do mapa, uma com 500 milhões de anos de idade, a outra com 120 milhões. A análise cartográfica está sendo realizada no Centre of Historical Carthography, Wisconsin, EUA, e já se confirmou tratar-se de um mapa tridimensional, que só poderia ser utilizado com o propósito de navegação aérea, e que teria de ser feito com a utilização de fotografia aeroespacial. O trabalho dos norte-americanos só deverá ser completado em 2010, mas o mapa já está deixando os técnicos maravilhados. Segundo Chuvyrov, para mapear apenas uma montanha é necessária uma tecnologia de supercomputadores e observação aeroespacial a partir da Shuttle. Sendo assim, ele não tem a menor idéia de quem poderia ter criado o mapa e, como não gosta de conversas sobre OVNIs e extraterrestres, preferiu chamar o autor do mapa simplesmente de “o criador”.

Não é por acaso que o físico e matemático Chuvyrov diz que “quanto mais eu aprendo, mais eu percebo que não sei nada”. Em maio, o cientista participou de uma entrevista coletiva realizada on-line, no http://www.pravda.ru, com a participação de veículos de todo o mundo – inclusive a Sexto Sentido – e as perguntas apresentadas demonstravam a incredibilidade total. Parece estar havendo um certo receio da imprensa em lidar com a questão, talvez esperando uma confirmação ou negação vinda de outras fontes científicas reconhecidas.

Apesar de alguns cientistas demonstrarem reticência ao comentar o assunto, os que estão envolvidos no projeto de pesquisa do bloco de pedra já começam a pensar que ele é apenas um fragmento de um grande mapa da Terra, acreditando-se que ainda existam 348 fragmentos semelhantes. Nas proximidades de Chandar, os cientistas pegaram 400 amostras de solo e chegaram à conclusão de que o mapa deveria estar situado na garganta da montanha Sokolinaya e, durante a época glacial, teria sido despedaçado.

Na entrevista coletiva no Pravda, Chuvyrov se recusou a falar sobre o que o mapa pode dizer sobre nosso passado, entendendo que esses estudos fogem de sua área de atuação, e que uma equipe internacional de pesquisadores deve se dedicar a isso daí em diante. No entanto, ele deixou bem claro que não se trata apenas de um pedaço de pedra, mas de uma placa de pedra construída artificialmente, da mesma forma que o mapa. “O fato de que a civilização (que o construiu) era altamente desenvolvida”, disse Chuvyrov, “pode ser comprovado pela inexistência de um mapa tridimensional do mundo nos dias atuais. Outra coisa que pode comprovar é o conhecimento de uma linguagem escrita e de leis físicas e matemáticas”.

Embaixo d’Água

A notícia da descoberta do professor Chuvyrov pode se estabelecer como a mais espetacular dos últimos tempos, mas não é a única que vem movimentando a arqueologia mundial. Recentemente, em investigações realizadas no golfo de Cambay, Índia, pelo National Institute of Ocean Technology, foi descoberto um sítio arqueológico no fundo do oceano, que pode recuar o início da civilização indiana em até cinco mil anos. Alguns dos objetos encontrados no oceano indicam a existência de estruturas construídas por seres humanos há cerca de 9500 anos.

As estruturas encontradas a cerca de 40 metros de profundidade foram consideradas como sendo as fundações de duas cidades, cada uma com mais de 11km de largura, e a datação pode ser feita a partir de fragmentos de cerâmica e outros artefatos retirados do local. Uma das considerações dos cientistas é que civilizações mais antigas podem ter desaparecido quando o nível dos mares subiu com o final da idade do gelo, por volta de 8000 a.C. No entanto, também existem posturas mais céticas, entendendo que ainda não está comprovado que se trata de uma civilização existente no local, mesmo que a datação possa não ser a indicada pelas pesquisas iniciais.

A reticência ao se referir a descobertas arqueológicas é comum. O mesmo ocorreu em 1985, quando o mergulhador Kihachiro Aratake descobriu estruturas no fundo do mar, próximas da ilha de Yonaguni, Japão. Após as primeiras investigações, tudo indicava que se tratava de construções artificiais, ainda que grande parte dos cientistas preferisse assumir que elas eram estruturas naturais. O geólogo Robert M.Schoch, no entanto, pesquisou no local e afirmou que a construção principal – chamada Monumento, com 50m de extensão, 20m de largura e 20m de altura – tem forma piramidal, com degraus ou plataformas muito parecidas com as construções encontradas na América, especialmente o Templo do Sol, próximo a Trujillo, no Peru. Chegou-se a levantar a hipótese de que as construções teriam cerca de dez mil anos de idade, e também aqui a idade é calculada basicamente tendo em conta o início da idade do gelo e a inundação conseqüente, que teria coberto as estruturas.

Dúvidas

Na entrevista dada por Chuvyrov, levantou-se a questão de que a teósofa Helena Petrovna Blavatsky (1831–1891) já se referia à existência de uma civilização, milhões de anos antes da nossa. O cientista não respondeu, afirmando que nada conhecia sobre teosofia, mas que sua assistente, a pós-graduanda chinesa Huang Hong, era uma especialista no assunto.

Esse tipo de especulação parece ser mais do que normal em situações como essa. O mesmo ocorreu quando da descoberta das ruínas de Bimini, no mar do Caribe, em 1968, quando se falou que poderia tratar-se das ruínas da Atlântida. Hoje, muitos especialistas insistem que não se trata de construções artificiais, mas sim naturais, e não se tem ouvido falar muito a respeito de investigações no local.

Uma situação semelhante voltou a surgir em 2000, quando foi anunciada a descoberta de ruínas submersas nas proximidades de Cuba. A pesquisa foi realizada pela Advanced Digital Communications, uma empresa privada do Canadá, em colaboração com o governo cubano. A idéia inicial era encontrar navios afundados e informações sobre a influência das correntes no clima do planeta.

Com a utilização de equipamentos sofisticados de prospecção, inclusive sonares, robôs e submarinos, as primeiras notícias davam conta de que tinham sido encontradas várias estruturas, algumas semelhantes às da cidade de Teotihuacán, no México. Foi detectado um platô a cerca de 800m de profundidade, e as imagens mostravam construções urbanas cobertas por areia, com formato semelhante ao de pirâmides, estradas e prédios.

Posteriormente, cientistas da Academia Cubana de Ciências chegaram a afirmar que não estava absolutamente comprovado tratar-se de construções humanas, e alguns chegaram a dizer categoricamente que eram formações naturais. Já a engenheira oceanográfica da empresa canadense, Paulina Zelitsky, parece não ter dúvida, afirmando que as pedras utilizadas nas construções são imensas, e que o local deve ter sido construído numa época em que a região estava acima do nível do mar, o que recuaria sua provável idade para, pelo menos, seis mil anos, ou cerca de 1500 anos antes da construção das pirâmides do Egito. Também disse que as construções estão dispostas como se constituíssem realmente uma área urbana.

Na América do Sul, as pesquisas mais recentes envolvendo a civilização conhecida como Caral, no Peru, mostram que pirâmides já eram construídas há cerca de cinco mil anos, na mesma época em que os egípcios levantavam seus monumentos. A descoberta também pode levar a transformações radicais na história das Américas; não é de hoje que pesquisadores à margem da chamada “ciência oficial” afirmam que Tiahuanaco é muito mais antiga do que se imagina, podendo atingir a idade de vinte mil anos.

Tudo indica que a história do mundo pode estar mudando, e radicalmente. Ainda vão se passar muitos anos antes que essas pesquisas sejam finalizadas, e talvez ainda mais até que as descobertas sejam assimiladas pela comunidade científica. Mas tudo indica que muitos pesquisadores, tão combatidos no passado, não estavam assim tão distantes da realidade.

http://www.revistasextosentido.net/news/a-nova-historia-da-humanidade/

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Pirâmides maias serviam de “instrumento musical” para deus da chuva

Posted by luxcuritiba em dezembro 12, 2010

22.09.2009 ]

El Castillo, pirâmide central de Chichen Itzá (México)

Ao sentar nos degraus da pirâmide El Castillo, no México, você pode ouvir um som confuso. Como outros visitantes que escalam a colossal escadaria, a pouca distância do topo, seus passos começam a soar como pingos de chuva caindo dentro de um balde de água.

Estariam os construtores do templo maia tentando se comunicar com seus deuses?

A descoberta da “música” de pingos de chuva em outra pirâmide sugere que, no mínimo, algumas das pirâmides no México foram deliberadamente edificadas com esta finalidade. Algumas das estruturas consistem em uma combinação de degraus e plataformas, enquanto em outras construções, como a de El Castillo, assemelham-se às pirâmides egípcias, com degraus semelhantes.

Pesquisadores encontraram familiaridade com os sons de pingos de chuva feitos a partir de passos na escada de El Castillo – uma pirâmide oca na península de Yucatán. Mas por que os degraus soam como isso e se o efeito era intencional são questões que permaneceram incertas.

Para investigar além disso, Jorge Cruz, da Escola Profissional de Engenharias Mecânica e Elétrica na Cidade do México, e Nico Declercq, do Instituto de Tecnologia da Georgia, compararam a frequência de sons feita pelas pessoas que subiram os degraus do El Castillo com aqueles que fizeram na sólida Pirâmide da Lua, em Teotihuacan, região central do México.

Em cada pirâmide, eles mensuraram os sons que ouviram próximos à base, quando um estudante subia o mais alto possível. Notavelmente, barulhos similares de pingo de chuva, com frequências semelhantes, foram registrados em ambas as pirâmides, sugerindo que, em vez do fato de El Castillo ser vazia, o barulho era provavelmente causado por ondas sonoras viajando entre os passos que batem na superfície enrugada, e que sofrem uma “quebra” (difração) – algo que, por sua vez, dão o “efeito especial” de pingos de chuva ao longo das escadas.

A pirâmide de El Castillo é o templo que se acredita ter sido dedicado ao deus-serpente Kukulcan. Mas Cruz indica que também pode ter sido um templo ao deus da chuva Chaac. Tanto em El Castillo quanto na Pirâmide da Lua é possível se deparar com uma máscara de Chaac. “Com alguma imaginação, as pirâmides mexicanas podem ser tidas como instrumentos musicais que remontam à civilização maia”, observa Cruz, embora não haja evidência direta de que os maias realmente tinham este objetivo.

Francisco Estrada-Belli, um arqueólogo da Universidade de Boston, Massachusetts, afirma que “a maioria, se não todas, das pirâmides maias eram concebidas como montanhas sagradas, lugares onde as nuvens de chuva se recolhiam e se criavam”. No entanto, embora a acústica possa ter enfatizado a metáfora da água, “o fato de que havia ecos em torno delas não significa que elas foram instrumentos musicais”, diz ele, acrescentando que os textos maias não mencionam este uso.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u627571.shtml

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Pirâmide Brasileira

Posted by luxcuritiba em dezembro 12, 2010

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12.02.2010 ]

Foto atual (2010)

Seguindo a dica no nosso brother @deldebbio a equipe do Symbolom foi investigar a pirâmide brasileira.

Quando chegamos no local misteriosamente já nos esperava na frente do portão uma mulher, que nos recebeu e nos convidou para entrar.

Segundo informação que obtivemos através da moradora do local não há registros de quando foi feita a construção, já que a família habita a mais de um século a área e estas já estavam presentes. (A única informação que ela tinha é de que alguns egípcios haviam estado alguns anos antes ali pra ver.)

A pirâmide da foto está situada em uma região de vales na cidade de Gramado, já danificada pelo tempo é a última de uma seqüência de três.

Interessante ressaltar que a moradora nos mostrou a posição das outras duas e elas se entendiam num eixo Sudoeste – Noroeste.

Foto tirada em 1995

Seus símbolos já não estão mais visíveis, todos já caíram das suas posições, mas é visível algumas outras simbologias na área, como um Grande Iod inserido em um triangulo logo na entrada do terreno.

Na foto anterior (1995) é possível ver símbolos Tattwas como aponta Del Debbio.

O que nos intriga é que se a pirâmide tem mais de 100 anos, os símbolos sofreram grande deterioração nos últimos anos, o que nos leva a supor que havia algum tipo de manutenção anterior.

O que aconteceu?

Permanece o mistério enterrado junto às outras duas…

http://symbolom.com.br/wp/?p=2455

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Pirâmides – Um Mistério Milenar parte II

Posted by luxcuritiba em dezembro 12, 2010

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2009.05.04 ]

Gilberto Schoereder

Elas podem ser encontradas em quase todo o planeta, e muitas vezes apresentando semelhanças surpreendentes e inexplicáveis. As pirâmides continuam despertando um grande fascínio e seus mistérios ainda estão longe de ser explicados.

Alguns arqueólogos costumam dizer que, em se trantando das Américas, as pirâmides são um fenômeno restrito à Central e do Norte, criadas principalmente pelas civilizações maia e asteca. No entanto, inúmeros estudos já afirmaram que muitas construções na América do Sul podem ser comparadas a uma pirâmide, como as de Tiahuanaco, no lago Titicaca, que têm formato piramidal pelo menos em sua base.

Recentemente, pesquisas científicas realizadas na Bolívia indicaram a possível presença de construções piramidais (ver a seção Notas, nesta edição), embora tenham sido descritas como montes de terra de aproximadamente 18 metros de altura. O grande passo para a chamada arqueologia oficial foi aceitar o fato de que não é apenas nos Andes que podem ser encontradas construções pré-colombianas, mas também em meio à floresta amazônicas, cobertas pela vegetação.

Os pesquisadores autônomos, geralmente bastante criticados por meter o nariz onde não devem ou não têm autoridade, já sabiam disso. Em 1975, por exemplo, o satélite Landsat II fotografou formas incomuns na selva a sudeste do Peru. A análise das imagens revelou a existência de oito pontos ou configurações apresentando simetria, o que poderia indicar a presença de estruturas construídas pelo homem. Nas fotos em infravermelho ficou constatado que as estruturas eram de pedra.

O Instituto Andino de Arqueologia em Lima, Peru, chegou à conclusão de que cada ponto representava uma construção de dimensões pouco menores que as da grande pirâmide do Egito. Como os pesquisadores não acreditavam na existência de pirâmides na América do Sul, descartou-se a possibilidade. Foram feitos, então, estudos mais próximos, com aviões e helicópteros enviados à região e obtendo fotografias mais nítidas. Foi impossível pousar no local devido às dificuldades do terreno e densidade da floresta. Os indígenas das proximidades, os machiguenga, demonstraram ser extremamente agressivos, e conta-se que uma expedição tentou chegar ao local por terra, mas os integrantes desapareceram. Mas isso já é outra história que pode estar ligada às lendas sobre as pesquisas arqueológicas na América do Sul, que não são poucas.

O que ficou de fato constatado é que as estruturas eram 12, e não 8. Vários especialistas analizaram as fotos, achando que poderiam ser construções de uma civilização desconhecida. Em certos pontos das estruturas as árvores não haviam conseguido crescer e, nas fotos, apareciam com coloração diferenciada. Além disso, percebeu-se a existência de outras formações, essas retangulares, também dando a impressão de não serem naturais, o que indicaria a presença de um grande complexo construído por mãos humanas.

Ocultas nas Selvas

Para quem não aceitava que as construções piramidais sequer fossem conhecidas na América do Sul, o escritor e pesquisador Erich von Däniken apresentou uma matéria sobre placas descobertas em 1965 na província de Morona-Santiago, Equador, pelo cientista Juan Moricz. O explorador encontrou uma série de túneis artificiais, escavados na rocha a mais de 200 metros de profundidade, repletos de passagens estreitas e salões de proporções gigantescas, moldados em ângulos retos. Num dos salões existiam inúmeros objetos de pedra, ouro e outros metais, com várias gravações, inclusive de pirâmides. Os artefatos ainda traziam figuras mais fantásticas, como animais pré-históricos e uma verdadeira escrita, mas o fato de existirem desenhos de pirâmides comprova que os habitantes do sul do continente não desconheciam as construções.

É interessante traçar um paralelo entre a possível existência de construções fantásticas ainda ocultas pela selva amazônica e as lendas sobre cidades desaparecidas na região, às quais até mesmo os guaranis se referiam. Segundo pesquisadores, na região de Cerro Corá, no Paraguai, existem muralhas que se estendem por quilômetros e que já foram atribuídas aos incas e colonizadores vindos da Atlântida. Os guaranis chamavam o local de Ybypyte e diziam que ali tinha existido uma cidade gigantesca que entrou em decadência.

Se seguirmos a linha de pensamento que vê a América do Sul colonizada a partir de uma civilização africana, do Oriente Médio ou atlante, seria possível imaginar que tais construções são ainda mais antigas do que Tiahuanaco, uma vez que a colonização teria ocorrido da costa do Brasil para o interior, tanto em direção ao Paraguai, Bolívia e Peru, quanto pelo Amazonas, rumo à Colômbia, Peru e Equador. Alguns chegaram a levantar seriamente essa possibilidade e, por isso mesmo, consideravam Sete Cidades, no Piauí, como a mais antiga construção da América do Sul. Também por isso, propunham a existência de inúmeras ruínas, de pirâmides e outras construções, ocultas pela densa selva amazônica, região que, segundo pesquisadores, tem sido menosprezado pelos estudos arqueológicos. As ruínas de Ybypyte tanto poderiam ser um posto avançado do império inca quanto uma estrutura mais antiga erigida pelo povo colonizador — atlante ou não — durante sua peregrinação para oeste.

Maias

Mais visíveis, ainda que algumas tenham estado encobertas por densa floresta durante anos, são as construções maias e astecas da América Central e do Norte. E, também com relação às pirâmides maias, existe a teoria de que seriam uma herança atlante, ou que a civilização maia seria a própria Atlântida. A descoberta de ruínas submersas no Caribe levou cientistas a imaginar a possibilidade de que os maias estivessem na região há muito mais tempo do que se supõe, e que parte de sua civilização teria submergido devido a alguma catástrofe. Assim, uma parcela do povo teria fugido para o que hoje é o México e parte da América Central, enquanto outros grupos teriam atingido as costas do Brasil, onde hoje são os estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí, originando as tribos tupi.

Existem relatos até mesmo de pirâmides submersas, que teriam sido vistas no chamado Triângulo das Bermudas, no Mar do Caribe, mas isso jamais foi confirmado. Seja como for, as maias são impressionantes. Ainda hoje existem discordâncias entre os arqueólogos quanto à função das pirâmides maias. Chegou-se a pensar que, enquanto as egípcias funcionavam como túmulos de faraós, as maias eram templos. Pesquisas posteriores mostraram que as pirâmides do Egito poderiam ter outras funções bem mais complexas, e que as construções maias podiam servir como tumbas. O chamado Templo das Inscrições, em Palenque, fica no alto de uma pirâmide e, ao mesmo tempo, contém uma tumba. Na verdade, a laje que cobre o sepulcro, descoberta por Alberto Ruz Lhuillier, em 1952, continua gerando imensas discussões, já que apresenta um relevo comparado por alguns pesquisadores ao da linha alternativa, com a figura de um ser dirigindo um aparelho voador.

A possível relação das civilizações americanas com extraterrestres é sempre bastante explorada e, ainda que não existam provas definitivas, as lendas são repletas de referências. Uma delas diz respeito à construção da Pirâmide do Mágico, em Uxmal, uma grande metrópole maia e importante centro religioso da civilização. Contam as histórias que um deus-mago chamado Itzamna teria erigido a pirâmide sozinho em uma única noite. As pesquisas arqueológicas, no entanto, confirmaram que a estrutura foi construída em cinco fases diferentes, sobrepostas.

As datas da civilização maia sugeridas pela arqueologia são consideradas modestas pelos pesquisadores independentes. Ela teria se iniciado por volta de 3000 a.C., segundo o calendário maia, ou em torno de 600 a.C., segundo muitos historiadores. Outros entendem que o início dos maias poderia recuar a dezenas de milhares de anos antes de Cristo, e que a antigüidade da civilização só não seria aceita porque isso implicaria em reconhecer que aquele povo, e possivelmente os astecas, já estivessem bastante organizados quando os europeus ainda viviam em tribos.

Astecas

Fala-se muito da incrível organização social dos astecas e suas realizações arquitetônicas. No entanto, a pirâmide mais notável do México encontra-se em Teotihuacan, uma cidade já abandonada há mais de 300 anos quando os astecas a encontraram. O local foi chamado de Cidade dos Deuses ou Cidade onde os Homens se Transformam em Deuses, ou ainda A Morada dos que Conhecem o Caminho dos Deuses. Para os astecas, foi em Teotihuacan que as divindades criaram o Quinto Sol, ou a era de criação da humanidade.

O mais imporessionante é que, ainda hoje, pouco se sabe sobre o povo que ali viveu e que foi capaz de construir a pirâmide do Sol, com 65 metros de altura. A cidade chegou a ocupar uma área de mais de 30 km quadrados, com uma população estimada de 150 mil pessoas. Algumas lendas dizem que os construtores chegaram do mar; outras, que a cidade foi construída por gigantes chamados quinamatzins.

Reinterpretando essas lendas ou histórias, muitos ligaram a construção de Teotihuacan à possível presença de extraterrestres, enquanto outros levantam, mais uma vez, a possibilidade de que a cultura teotihuacana e a maia tivessem uma origem comum, citando a existência da Atlântida. E, como ocorre com todas as datações de culturas americanas, Teotihuacan é situada entre o ano 600 a.C. e 800 d.C., mas muitos estudiosos repudiam essas datas, entendendo que estamos lidando com uma civilização muito mais antiga. Chegou-se a pensar que a cidade teria sido construída pelos toltecas, só que historiadores situam o início da civilização tolteca por volta do século X, quando a cidade já estava abandonada. Uma linha de pensamento também situa os toltecas num passado bem mais distante e um tanto envolto em mitologias. A tradução de seu nome seria grandes construtores, mas alguns entendem que essa era apenas a forma como os astecas chamavam aqueles que ergueram a fantástica cidade.

Pirâmides na China

Apesar de geralmente ser associadas à América e ao Egito, as pirâmides também existem na China. E mesmo que o assunto não seja muito divulgado, os pesquisadores costumam associar as construções chinesas à presença de extraterrestres no passado das civilizações do planeta.

Dizem que existe mais de uma centena de pirâmides, a maioria localizada na região central da China, perto de Qin Chuan e da cidade de Xian. A primeira vez que se falou sobre elas parece ter sido na virada do século XIX para o XX, quando dois negociantes australianos viajavam pela região e visitaram as construções. Atualmente, não se tem muita informação sobre qualquer pesquisa sendo realizada. Na verdade, os estudiosos dizem que o governo chinês tem feito de tudo para negar a existência dos monumentos, afirmando que eles não passam de montes de terra. Eles estariam cobrindo as pirâmides com árvores para dar a impressão de serem acidentes geográficos naturais.

As lendas em torno dessas estruturas, no entanto, dizem que elas são muito antigas, anteriores até mesmo aos registros existentes sobre a região, e que atingem mais de 5 mil anos. Esses negociantes ouviram a história de que as construções tinham sido erigidas numa época em que os velhos imperadores reinavam na China. Segundo se diz, esses imperadores não eram originários da Terra, mas descendiam dos filhos do céu, que teriam descido até aqui em seus dragões metálicos.

As pirâmides, ao contrário das suas semelhantes mais conhecidas, não são feitas de pedra, mas de argila, e se encontram em péssimas condições de conservação. Como ocorreu com algumas ruínas no Peru e Bolívia, os habitantes locais retiraram material das construções para aproveitar em suas próprias casas. A maioria das pirâmides tem entre 25 e 100 metros de altura, com exceção da que ficou conhecida como a     Grande Pirâmide Branca, com 300 metros de altura. Qualquer visita à região é muito complicada, uma vez que nas proximidades existe uma base de lançamento de foguetes do programa espacial chinês e a segurança é muito grande.

Quem teria construído tais monumentos ainda vai dar o que falar aos arqueólogos e pesquisadores autônomos. Percebe-se claramente que elas seguem o mesmo estilo das encontradas na América Central e do Norte, mas já se falou que a Grande Pirâmide Branca pode ter correlações arquitetônicas com a pirâmide de Gizé. De qualquer forma, seu tamanho é majestoso o bastante para impressionar qualquer um.

Seja qual for o rumo dos estudos sobre pirâmides nos próximos anos, ainda há muito o que ser dito, sejam elas de origem terrestre ou não.

Para Saber Mais:
– O Enigma dos Maias – P. Guirao (Ed. Hemus)
– Civilização Asteca – Djalma Sayão Lobato (Ed. Hemus)
– Cidades Perdidas da China, Índia e Ásia Ocidental – David Hatcher Childress (Ed. Siciliano)

http://www.revistasextosentido.net/news/pir%C3%A2mides%20%E2%80%93%20um%20misterio%20milenar%20%20parte%20ii/

Pirâmides – Um Mistério Milenar parte II
2009-05-04 18:51Gilberto Schoereder

Elas podem ser encontradas em quase todo o planeta, e muitas

vezes apresentando semelhanças surpreendentes e inexplicáveis. As

pirâmides continuam despertando um grande fascínio e seus

mistérios ainda estão longe de ser explicados.

Alguns arqueólogos costumam dizer que, em se trantando das

Américas, as pirâmides são um fenômeno restrito à Central e do

Norte, criadas principalmente pelas civilizações maia e asteca.

No entanto, inúmeros estudos já afirmaram que muitas construções

na América do Sul podem ser comparadas a uma pirâmide, como as de

Tiahuanaco, no lago Titicaca, que têm formato piramidal pelo

menos em sua base.

Recentemente, pesquisas científicas realizadas na Bolívia

indicaram a possível presença de construções piramidais (ver a

seção Notas, nesta edição), embora tenham sido descritas como

montes de terra de aproximadamente 18 metros de altura. O grande

passo para a chamada arqueologia oficial foi aceitar o fato de

que não é apenas nos Andes que podem ser encontradas construções

pré-colombianas, mas também em meio à floresta amazônicas,

cobertas pela vegetação.

Os pesquisadores autônomos, geralmente bastante criticados por

meter o nariz onde não devem ou não têm autoridade, já sabiam

disso. Em 1975, por exemplo, o satélite Landsat II fotografou

formas incomuns na selva a sudeste do Peru. A análise das imagens

revelou a existência de oito pontos ou configurações apresentando

simetria, o que poderia indicar a presença de estruturas

construídas pelo homem. Nas fotos em infravermelho ficou

constatado que as estruturas eram de pedra.

O Instituto Andino de Arqueologia em Lima, Peru, chegou à

conclusão de que cada ponto representava uma construção de

dimensões pouco menores que as da grande pirâmide do Egito. Como

os pesquisadores não acreditavam na existência de pirâmides na

América do Sul, descartou-se a possibilidade. Foram feitos,

então, estudos mais próximos, com aviões e helicópteros enviados

à região e obtendo fotografias mais nítidas. Foi impossível

pousar no local devido às dificuldades do terreno e densidade da

floresta. Os indígenas das proximidades, os machiguenga,

demonstraram ser extremamente agressivos, e conta-se que uma

expedição tentou chegar ao local por terra, mas os integrantes

desapareceram. Mas isso já é outra história que pode estar ligada

às lendas sobre as pesquisas arqueológicas na América do Sul, que

não são poucas.

O que ficou de fato constatado é que as estruturas eram 12, e não

8. Vários especialistas analizaram as fotos, achando que poderiam

ser construções de uma civilização desconhecida. Em certos pontos

das estruturas as árvores não haviam conseguido crescer e, nas

fotos, apareciam com coloração diferenciada. Além disso,

percebeu-se a existência de outras formações, essas retangulares,

também dando a impressão de não serem naturais, o que indicaria a

presença de um grande complexo construído por mãos humanas.

Ocultas nas Selvas

Para quem não aceitava que as construções piramidais sequer

fossem conhecidas na América do Sul, o escritor e pesquisador

Erich von Däniken apresentou uma matéria sobre placas descobertas

em 1965 na província de Morona-Santiago, Equador, pelo cientista

Juan Moricz. O explorador encontrou uma série de túneis

artificiais, escavados na rocha a mais de 200 metros de

profundidade, repletos de passagens estreitas e salões de

proporções gigantescas, moldados em ângulos retos. Num dos salões

existiam inúmeros objetos de pedra, ouro e outros metais, com

várias gravações, inclusive de pirâmides. Os artefatos ainda

traziam figuras mais fantásticas, como animais pré-históricos e

uma verdadeira escrita, mas o fato de existirem desenhos de

pirâmides comprova que os habitantes do sul do continente não

desconheciam as construções.

É interessante traçar um paralelo entre a possível existência de

construções fantásticas ainda ocultas pela selva amazônica e as

lendas sobre cidades desaparecidas na região, às quais até mesmo

os guaranis se referiam. Segundo pesquisadores, na região de

Cerro Corá, no Paraguai, existem muralhas que se estendem por

quilômetros e que já foram atribuídas aos incas e colonizadores

vindos da Atlântida. Os guaranis chamavam o local de Ybypyte e

diziam que ali tinha existido uma cidade gigantesca que entrou em

decadência.

Se seguirmos a linha de pensamento que vê a América do Sul

colonizada a partir de uma civilização africana, do Oriente Médio

ou atlante, seria possível imaginar que tais construções são

ainda mais antigas do que Tiahuanaco, uma vez que a colonização

teria ocorrido da costa do Brasil para o interior, tanto em

direção ao Paraguai, Bolívia e Peru, quanto pelo Amazonas, rumo à

Colômbia, Peru e Equador. Alguns chegaram a levantar seriamente

essa possibilidade e, por isso mesmo, consideravam Sete Cidades,

no Piauí, como a mais antiga construção da América do Sul. Também

por isso, propunham a existência de inúmeras ruínas, de pirâmides

e outras construções, ocultas pela densa selva amazônica, região

que, segundo pesquisadores, tem sido menosprezado pelos estudos

arqueológicos. As ruínas de Ybypyte tanto poderiam ser um posto

avançado do império inca quanto uma estrutura mais antiga erigida

pelo povo colonizador — atlante ou não — durante sua peregrinação

para oeste.

Maias

Mais visíveis, ainda que algumas tenham estado encobertas por

densa floresta durante anos, são as construções maias e astecas

da América Central e do Norte. E, também com relação às pirâmides

maias, existe a teoria de que seriam uma herança atlante, ou que

a civilização maia seria a própria Atlântida. A descoberta de

ruínas submersas no Caribe levou cientistas a imaginar a

possibilidade de que os maias estivessem na região há muito mais

tempo do que se supõe, e que parte de sua civilização teria

submergido devido a alguma catástrofe. Assim, uma parcela do povo

teria fugido para o que hoje é o México e parte da América

Central, enquanto outros grupos teriam atingido as costas do

Brasil, onde hoje são os estados do Amazonas, Pará, Maranhão e

Piauí, originando as tribos tupi.

Existem relatos até mesmo de pirâmides submersas, que teriam sido

vistas no chamado Triângulo das Bermudas, no Mar do Caribe, mas

isso jamais foi confirmado. Seja como for, as maias são

impressionantes. Ainda hoje existem discordâncias entre os

arqueólogos quanto à função das pirâmides maias. Chegou-se a

pensar que, enquanto as egípcias funcionavam como túmulos de

faraós, as maias eram templos. Pesquisas posteriores mostraram

que as pirâmides do Egito poderiam ter outras funções bem mais

complexas, e que as construções maias podiam servir como tumbas.

O chamado Templo das Inscrições, em Palenque, fica no alto de uma

pirâmide e, ao mesmo tempo, contém uma tumba. Na verdade, a laje

que cobre o sepulcro, descoberta por Alberto Ruz Lhuillier, em

1952, continua gerando imensas discussões, já que apresenta um

relevo comparado por alguns pesquisadores ao da linha

alternativa, com a figura de um ser dirigindo um aparelho voador.

A possível relação das civilizações americanas com

extraterrestres é sempre bastante explorada e, ainda que não

existam provas definitivas, as lendas são repletas de

referências. Uma delas diz respeito à construção da Pirâmide do

Mágico, em Uxmal, uma grande metrópole maia e importante centro

religioso da civilização. Contam as histórias que um deus-mago

chamado Itzamna teria erigido a pirâmide sozinho em uma única

noite. As pesquisas arqueológicas, no entanto, confirmaram que a

estrutura foi construída em cinco fases diferentes, sobrepostas.

As datas da civilização maia sugeridas pela arqueologia são

consideradas modestas pelos pesquisadores independentes. Ela

teria se iniciado por volta de 3000 a.C., segundo o calendário

maia, ou em torno de 600 a.C., segundo muitos historiadores.

Outros entendem que o início dos maias poderia recuar a dezenas

de milhares de anos antes de Cristo, e que a antigüidade da

civilização só não seria aceita porque isso implicaria em

reconhecer que aquele povo, e possivelmente os astecas, já

estivessem bastante organizados quando os europeus ainda viviam

em tribos.

Astecas

Fala-se muito da incrível organização social dos astecas e suas

realizações arquitetônicas. No entanto, a pirâmide mais notável

do México encontra-se em Teotihuacan, uma cidade já abandonada há

mais de 300 anos quando os astecas a encontraram. O local foi

chamado de Cidade dos Deuses ou Cidade onde os Homens se

Transformam em Deuses, ou ainda A Morada dos que Conhecem o

Caminho dos Deuses. Para os astecas, foi em Teotihuacan que as

divindades criaram o Quinto Sol, ou a era de criação da

humanidade.

O mais imporessionante é que, ainda hoje, pouco se sabe sobre o

povo que ali viveu e que foi capaz de construir a pirâmide do

Sol, com 65 metros de altura. A cidade chegou a ocupar uma área

de mais de 30 km quadrados, com uma população estimada de 150 mil

pessoas. Algumas lendas dizem que os construtores chegaram do

mar; outras, que a cidade foi construída por gigantes chamados

quinamatzins.

Reinterpretando essas lendas ou histórias, muitos ligaram a

construção de Teotihuacan à possível presença de extraterrestres,

enquanto outros levantam, mais uma vez, a possibilidade de que a

cultura teotihuacana e a maia tivessem uma origem comum, citando

a existência da Atlântida. E, como ocorre com todas as datações

de culturas americanas, Teotihuacan é situada entre o ano 600

a.C. e 800 d.C., mas muitos estudiosos repudiam essas datas,

entendendo que estamos lidando com uma civilização muito mais

antiga. Chegou-se a pensar que a cidade teria sido construída

pelos toltecas, só que historiadores situam o início da

civilização tolteca por volta do século X, quando a cidade já

estava abandonada. Uma linha de pensamento também situa os

toltecas num passado bem mais distante e um tanto envolto em

mitologias. A tradução de seu nome seria grandes construtores,

mas alguns entendem que essa era apenas a forma como os astecas

chamavam aqueles que ergueram a fantástica cidade.

Pirâmides na China

Apesar de geralmente ser associadas à América e ao Egito, as

pirâmides também existem na China. E mesmo que o assunto não seja

muito divulgado, os pesquisadores costumam associar as

construções chinesas à presença de extraterrestres no passado das

civilizações do planeta.

Dizem que existe mais de uma centena de pirâmides, a maioria

localizada na região central da China, perto de Qin Chuan e da

cidade de Xian. A primeira vez que se falou sobre elas parece ter

sido na virada do século XIX para o XX, quando dois negociantes

australianos viajavam pela região e visitaram as construções.

Atualmente, não se tem muita informação sobre qualquer pesquisa

sendo realizada. Na verdade, os estudiosos dizem que o governo

chinês tem feito de tudo para negar a existência dos monumentos,

afirmando que eles não passam de montes de terra. Eles estariam

cobrindo as pirâmides com árvores para dar a impressão de serem

acidentes geográficos naturais.

As lendas em torno dessas estruturas, no entanto, dizem que elas

são muito antigas, anteriores até mesmo aos registros existentes

sobre a região, e que atingem mais de 5 mil anos. Esses

negociantes ouviram a história de que as construções tinham sido

erigidas numa época em que os velhos imperadores reinavam na

China. Segundo se diz, esses imperadores não eram originários da

Terra, mas descendiam dos filhos do céu, que teriam descido até

aqui em seus dragões metálicos.

As pirâmides, ao contrário das suas semelhantes mais conhecidas,

não são feitas de pedra, mas de argila, e se encontram em

péssimas condições de conservação. Como ocorreu com algumas

ruínas no Peru e Bolívia, os habitantes locais retiraram material

das construções para aproveitar em suas próprias casas. A maioria

das pirâmides tem entre 25 e 100 metros de altura, com exceção da

que ficou conhecida como a     Grande Pirâmide Branca, com 300

metros de altura. Qualquer visita à região é muito complicada,

uma vez que nas proximidades existe uma base de lançamento de

foguetes do programa espacial chinês e a segurança é muito

grande.

Quem teria construído tais monumentos ainda vai dar o que falar

aos arqueólogos e pesquisadores autônomos. Percebe-se claramente

que elas seguem o mesmo estilo das encontradas na América Central

e do Norte, mas já se falou que a Grande Pirâmide Branca pode ter

correlações arquitetônicas com a pirâmide de Gizé. De qualquer

forma, seu tamanho é majestoso o bastante para impressionar

qualquer um.

Seja qual for o rumo dos estudos sobre pirâmides nos próximos

anos, ainda há muito o que ser dito, sejam elas de origem

terrestre ou não.

Para Saber Mais:
O Enigma dos Maias – P. Guirao (Ed. Hemus)
Civilização Asteca – Djalma Sayão Lobato (Ed. Hemus)
Cidades Perdidas da China, Índia e Ásia Ocidental – David Hatcher

Childress (Ed. Siciliano)

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