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Archive for junho \30\+00:00 2011

Nunca será “real”?

Posted by luxcuritiba em junho 30, 2011

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Algumas pessoas acreditam em deus, e buscam, e de fato encontram, razões e explicações, algumas perfeitamente lógicas e outras nem tanto, justificar e “provar” a sua existência. E essas “provas” tornam sua crença muito real para elas.

Algumas pessoas não acreditam em deus, e, da mesma forma, encontram as razões e explicações mais diversas para alicerçar e sustentar sua crença. E isso torna essa crença algo bastante real e concreta para elas.

Algumas pessoas acreditam que o mundo vai acabar, e estudando e pesquisando, às vezes sonhando, encontram provas, indícios, sinais, e tudo o mais que necessitam para tornar sua crença algo muito real para elas, e às vezes também para outras pessoas.

Hoje existem mais de 6,5 bilhões de pessoas no planeta que nós chamamos de Terra. São 6.000.000.000 de pessoas. É muita gente. E, por incrível que pareça, cada uma das pessoas nessa imensa multidão, tem suas próprias crenças, idéias, vontades, desejos e “realidades”.

Às vezes, as realidades individuais de umas pessoas têm algo em comum com as realidades individuais de outras pessoas. Daí as pessoas que encontram elementos semelhantes se reúnem em grupos, maiores ou menores, e acabam criando o que se costuma chamar de realidade de consenso. A combinação, naturalmente, nunca é perfeita, mas costuma apresenta elementos semelhantes suficientes para que os indivíduos se identifiquem mutuamente.

Diante de uma variedade tão gigantesca e titânica de realidades, me pergunto, será que existe algo que seja verdadeiramente Real? Algo cuja tangibilidade, concreta (física material) ou sutil (não material), seja inquestionável, quiçá absoluta, e isenta de qualquer relativismo?

Outro dia assisti a um filme de fantasmas, onde apareciam alguns jogos psicológicos curiosos, de tal forma que não se sabia se o que a personagem via era realmente um fantasma ou mera alucinação. Quando fui deitar-me questionei se existia algo que fosse verdadeiramente real, se havia, em algum lugar uma verdade absoluta, e pedi ao buda que me mostrasse, mesmo que em sonho, como encontrar essa verdadeira realidade isenta de relativismos.

Infelizmente, ou felizmente, acordei sem nenhuma revelação misteriosa que me ajudasse a desvendar o mistério. Pelo contrário, depois de acordar, recusando-me ainda a sair da cama, este texto, que agora materializo, insistia em quicar em minha cabeça, e para conseguir alívio, resolvi escrevê-lo.

Pode parecer lugar comum, nesses dias de “Quem somos nós” e “O segredo”, mas segundo os especialistas modernos do ocidente, nosso cérebro não consegue diferenciar o que é “real” do que não é. Por real, entenda-se, aquilo que existe fisicamente, que pode ser pesado e medido, e que continua tendo consistência quando acordamos.

A coisa funciona mais ou menos assim: quando você morde um limão, seu estômago gera ácidos estomacais preparando o órgão para o trabalho de digestão; quando você (apenas) imagina que mordeu um limão, seu estômago também gera ácidos para digerir o limão, que neste caso é apenas imaginário. Nosso estômago, através de nosso cérebro, não consegue diferenciar um estímulo “real” de um imaginário. Isso é fato, é comprovado cientificamente. Pavlov que o diga.

Essa característica curiosa não se aplica somente ao estômago, mas a diversas outras partes do corpo, senão todas. Até mesmo movimentos involuntários podem ser controlados, se você utilizar uma técnica ou treinamento específico, ou se adotar alguma prática hipnótica, como o ritmo cardíaco, movimentos peristálticos do intestino, ou temperatura de uma parte específica do corpo, para citar apenas alguns exemplos. Há uma simbiose entre corpo e mente (cérebro) e em condições normais ou excepcionais, é possível induzir o corpo a quase qualquer coisa, através do seu controle central, o cérebro.

Assim, até que ponto aquilo que achamos ou é considerado pela grande massa como real, é de fato realidade? Para dificultar um pouco mais as coisas, mas visando um maior esclarecimento dos fatos, devemos acrescer que nossos sentidos de percepção são extremamente limitados.

Nossa audição capta sons na faixa de 60 Hz a 60.000 Hz. Pode parecer muita coisa, mas não é, se considerarmos que existe uma quantidade virtualmente infinita de outras freqüências, abaixo e acima desses valores. Alguns animais como os elefantes conseguem ouvir infra-sons, cuja freqüência fica abaixo de 60 Hz, e com isso conseguem se comunicar por quilômetros de distância, fato que fez os pesquisadores, há algum tempo, considerarem os elefantes como os únicos animais que eram telepatas. Os cães, como deve ser bem sabido, conseguem ouvir ultrasons, cujas freqüências vão bem acima dos 60.000 Hz.

No campo visual, nós humanos conseguimos captar, por meio de nossos aparelhos de sensibilidade ótica, os olhos, cores as mais diversas, em uma quantidade de tons estonteante, desde o vermelho até o violeta, passando por uma quantidade imensa de tons e cores. Parece muito, mas não é.

Na verdade existe todo um universo de “cores”, ou ondas, que passam totalmente despercebidas aos nossos órgãos dos sentidos. Há algumas espécies de peixes, que vivem em águas profundas, que conseguem enxergar na faixa do infravermelho, mais comumente conhecimento como calor. Também existem animais que conseguem “ver” ondas na faixa do ultravioleta e mesmo além.

Podem-se citar uma série de outros exemplos, como os pássaros que conseguem perceber o campo magnético terrestre e o usam como farol de direção, os tubarões que percebem campos elétricos a metros de distância, etc. A lista pode ser bem longa, se se der ao trabalho de pesquisar profundamente o assunto.

O importante a perceber aqui é o fato de que nossos aparelhos de percepção são, deveras, limitados em sua capacidade de perceber o mundo a nossa volta. E o ponto crucial é que aquilo que nós adotamos como real é baseado naquilo que nossos sentidos de percepção nos passam a respeito do que há lá fora (da nossa mente). Percebe-se, portanto, que a nossa realidade interna é bastante limitada, se comparada com aquela realidade que está lá fora, tão cheia de nuanças e variações virtualmente infinitas.

Mas ainda há mais. Para complicar mais um pouco, devo lembrar o fato de que nossa mente não é tão simples quando normalmente se pensa. Como exemplo, citemos a memória. A idéia comum é que há um depósito de memória, em algum lugar no cérebro, que guarda recordações de tudo o que nós vivemos, mas na verdade não é bem assim.

Não existe uma área específica no cérebro encarregada de registrar e guardar nossas lembranças, mas diversas áreas, cada uma dedicada a armazenar um tipo específico de estímulo. As memórias visuais são armazenadas numa área, as auditivas, em outra área, os registros do paladar são guardados em outro lugar, os do tato em outro, etc. Quando buscamos um evento em nossa memória, são puxados vários elementos de memória, em diversas áreas, e de alguma forma esses elementos são mixados, de forma coerente, para que possamos reviver aquele momento, com tanta precisão quanto nossos sentidos de percepção puderam armazenar.

Ainda não há embasamento científico para isso, mas ouso afirmar, que da mesma forma como a memória, também aquilo que comumente chamamos de inteligência, não é uma entidade única, mas formada por vários elementos, pelo menos dois ou três. Quando esses elementos estão bem combinados, nas proporções adequados, temos a inteligência, a capacidade de entender, calcular, analisar, etc. Quando esses elementos estão desequilibrados, temos um perfeito idiota.

Indo adiante, vamos falar de um elemento de fundamental importância: o ego. Memória e inteligência são apenas ferramentas, que estão ali disponíveis para serem usadas. Usadas por quem? Pelo ego, a priori. Que normalmente é tido como um elemento único. Porém, tal como tudo que constitui o homem, o ego também não um elemento único, inteiro por si mesmo. Nada na criatura humana é única, mas sempre uma união de vários elementos menores. Assim também o ego, tal como a memória, é a união de vários elementos que, eventualmente, podem ser desagregados ou desmontados.

E o que sobra? Sobra algo que o atual vocabulário humano não tem termo para designar. Na falta de palavra melhor, vou chamar esse algo de alma, espírito, ou essência fundamental. Sei que será inevitável, mas gostaria que o caro leitor não entendesse esses termos pelo seu cunho espiritual que normalmente se lhe dá.

Cabe lembrar: Seria esse espírito, ou alma, uma peça única? Não. Tal como tudo o mais, até mesmo essa essência fundamental é, nada mais nada menos, do que a união de vários outros elementos, que eventualmente podem ser desagregados ou re-agregados. Pode soar estranho, mas a essência humana, tal como tudo mais, é basicamente não individual. Tal como nosso corpo físico é formado de bilhões de pequenos seres, chamados células, cada um com sua própria existência, nascimento, vida e morte, nossa mente e nosso espírito também são formados por vários elementos, cada um com sua própria existência, mais ou menos individualizada.

Por fim, para não me alongar muito, falemos dos sonhos. É impressionante como os sonhos podem ser reais, quando estamos imersos neles, o que combina bem com o que já foi dito, que nossa mente/cérebro não sabe distinguir o que real do que é imaginário. Lado a lado com os sonhos temos o mundo dos espíritos, ou planos astrais como preferir. Cada crença tem suas próprias divisões e subdivisões desses planos em sub-planos, o que não vem ao caso.

O ponto importante é que, enquanto estamos encarnados, nossa realidade é aquela captada por nossos sentidos de percepção. Quando desencarnamos, experiência que pode ser vivenciada parcialmente nos sonhos (ou projeção astral noturna involuntária), passamos para um outro plano, com novas percepções e vivências. Lá percebemos o quanto este mundo físico é ilusório e efêmero. É o que os místicos apregoam há séculos: um mundo de maya, ou ilusão.

Mas seria o mundo astral, ou espiritual, de fato mais real do que o mundo físico, ou qualquer outro? Penso que, no final das contas, tanto o mundo físico, o mundo dos sonhos, o mundo astral, ou qualquer outro, é tão real quanto nós imaginamos que seja. Podemos extrapolar um pouco e imaginar outro universo paralelo, no qual, quer por alguma excentricidade do destino, acabemos indo parar de alguma forma ou por algum meio. Esse universo paralelo seria mais real do que qualquer outro?

Segundo alguns ensinamentos místicos, a única coisa verdadeiramente real é a essência, que talvez possa ser comparada com a essência que cito neste texto, ou não. Essa essência pode ser percebida em momentos de profunda meditação e/ou êxtase místico, quando nossa mente racional para, ao menos temporariamente, de funcionar.

No budismo essa essência aparece como o vazio. No xamanismo de Dom Juan ela aparece como o Nagual. Basicamente podemos dizer que, até onde as palavras alcançam, essa essência é algo não manifesto (ou seja, algo que não existe no plano físico, não pode ser pesado nem medido), mas que apesar disso, dá origem a tudo o que existe. Essa essência é também, às vezes, apresentada como consciência, algo que vai além do conceito de inteligência, e que nos permite vivenciar o chamado “Aqui e Agora”, muito professado por Gurdjieff, dentre outros místicos e estudiosos.

Segundo essas linhas de pensamento, essa essência, vazio, ou nagual, como preferir chamar, seria a única coisa verdadeiramente real. Tudo o mais é imaginário, é ilusão. Dessa forma, enquanto você não conseguir alcançar essa essência, você vai estar sempre pulando de uma ilusão para outra, do plano físico para o plano astral, de um universo para outro, de um sonho para outro sonho. A única forma de sair dessa roda infinita de ilusões é atingir a essência. E para isso é fundamental, senão eliminar, ao menos moderar nossa mente humana.

E aqui chegamos finalmente no ponto crucial. Muito provavelmente o caro leitor não resistirá a cunhar sobre mim a palavra “herege”, por opor-me contra conhecimentos milenares, até então tidos como certos, mas não posso deixar de expor minha idéia, mesmo sob o risco de uma saraivada de críticas. E minha idéia é a seguinte: Não existe tal essência. Isso mesmo, não existe tal fonte primeira e última, não existe nenhum vazio de onde tudo veio e para onde tudo vai.

A afirmativa pode ser forte, talvez forte demais para alguns aceitarem, mas ela é o resultado de vários anos de pesquisa e prática. Quando estudo, e eventualmente aprendo algo novo, mais me convenço de que não existe nenhuma origem única de todas as coisas. Aquilo que os místicos, mesmo os budistas, chamam de vazio, nada mais é do que o que poderíamos chamar de uma mudança de estado, a passagem de certo “nível” para outro.

Como já disse antes, tudo o que se relaciona que a existência humana, seja no plano físico ou astral, é na verdade um agregado de diversos elementos. Nossa própria mente e espírito não são mais do que agregados de elementos múltiplos. Somos intrinsecamente seres múltiplos. Nunca estamos sozinhos ou isolados. Nunca somos uma única entidade.

O que ocorre em nossa caminhada, às vezes, é que chegamos a um dado ponto, ou a um certo estado, que os elementos mesmos que nos constituem, seja corpo, mente ou espírito, se desagregam, e assim conseguimos passar para um outro nível ou estado. Quando essa desagregação acontece temos aquela famosa sensação de vazio, ou de unificação com o todo.

Apesar de desagregado, porém, não deixamos de existir, simplesmente passamos a existir de uma forma diferente. O que acontece quando uma gota d’água cai no mar? Quando isso acontece, não existe mais gota, nem mar, mas algo que poderíamos chamar de gota-mar.

E o que acontece depois? Fica a pergunta. Minha resposta é a seguinte. O que acontece depois é a existência de uma outra realidade, muito provavelmente algo tão diferente da nossa própria realidade, que nós sequer temos elementos mentais (idéias) para imaginar. Tal como uma formiga ou uma minhoca não consegue imaginar a complexidade da vida humana, com suas cidades, estradas, institutos, ensinamentos intelectuais, etc., algo que vai muito além da capacidade de compreender e aprender, de um simples inseto.

Mas, essencialmente, a vida continua (ou a existência continua, para usar uma terminologia mais apropriada). E por fim uma última pergunta: E o que existe além dessa “realidade”? A resposta: Outra “realidade”.

Então não existe uma fonte último de todas as coisas?
Não, não existe. Dizia certo sábio que nada vem do nada. Tudo vem de algum lugar, de algo que já existia antes.

E isso vai até onde?
Vai até o infinito. Vai até Sempre.

Um ponto importante que derivo de tudo isso, é o fato de que não existe evolução, existe apenas uma mudança de estado. A filosofia kardecista argumenta que o objetivo de nossa existência é evoluir para um dia atingir a perfeição. Desculpe de decepciono alguém, mas não existe tal perfeição. Existem apenas estados diferentes. Não existiu, nem nunca existirá, um ponto final. Persistir em perseguir a perfeição é persistir em perseguir o infinito, que nunca será alcançado. É perseguir uma miragem, que estará sempre um pouco mais além.

Por isso, quando um amigo me perguntou “qual a razão de existir”, minha resposta foi apenas: “Existir”. Só isso? Sim, só isso.

E por que é que deveria existir alguma razão? algum motivo? Coloquemos a coisa assim: você existe, você está aqui; e agora? o que você vai fazer? vai ficar toda sua existência de braços cruzados, esperando algo acontecer? esperando alguma revelação aparecer?

Eu decidi VIVER. Fazer coisas que julgo interessantes, e na medida do possível também úteis para outros seres. Poderia ter decidido qualquer outra coisa. Não faz muita diferença, considerando que eu sou apenas uma parte de um Universo que é, literalmente, infinito, no sentido mais direto da palavra.

E deus, existe?
Sim, e Não. As duas respostas estão certas. No meio dessa realidade infinita, que não tem começo nem fim, existe uma infinidade de seres, alguns mais novos e recentes, relativamente falando, outros que já existem a milhões ou bilhões de anos. Por seres, não me refiro apenas a humanóides como nós, com cérebros ou centros locais de consciência, seja física ou “sutil”, mas a uma diversidade de seres, alguns tão bizarros que não se enquadrariam em nossos conceitos humanos de “um ser”, como estrelas, constelações e universos inteiros, que são auto-senscientes, e seres ainda mais bizarros. Dentro desse caleidoscópio existe espaço para uma variedade infinita de existências, dos quais os elementais, anjos, demônios, santos e deuses do imaginário humano, são apenas uma pequena parte.

Se você decidir adotar um desses seres ou existências como “O Deus”, fique a vontade para isso. Mas esteja ciente de que, acima deste, deverá existir algum outro ser ou existência que o abarque, o envolva, e do qual este “Deus” é apenas uma pequena parte, como nós mesmos somos uma pequena parte de algo muito maior. E como o Universo é Infinito e não tem começo nem fim, sempre existirá algo maior, um ser maior, uma existência maior. Veja, estou dizendo algo maior, não exatamente algo ou alguém perfeito, já que perfeição, segundo o conceito humano, é algo que não existe, nem pode existir. Pelo simples fato de que são conceitos que não batem, como dizer que existe um rio no céu. Não existem, nem podem existir, rios no céu, porque rios (de água) só podem existir na terra. Se eventualmente existir um grande fluxo de água no céu, será alguma outra coisa, qualquer outra coisa, mas não um rio.

Então não existe aquele Deus bondoso, um Deus de amor? Tudo se resume a isso, um aglomerado de coisas, seres, existências?
Sim, e Não. Na diversidade infinita do Universo, ou Multiverso, existem seres de todos os tipos imagináveis e inimagináveis. Alguns são extremamente bondosos e amorosos, no mais típico estilo humano terrestre, outros são extrememente perversos, ainda sob o mesmo padrão, e ainda outros são simplesmente indiferentes.

O que você deve ter em mente é que, mesmo que exista este ser de imenso amor, que criou Este universo, e que ama seus filhos com o mais intenso amor, este Deus não é o maior ser que existe. Em algum lugar, de alguma forma, existe um ser, ou “algo”, que é ainda maior do que ele, e do qual ele faz parte, querendo ou não, sabendo ou não.

Eu acredito que este Universo em que vivemos, não é o único. Existe, além de onde nossa vista e inteligência alcança, uma espécie de campo de universos. Visualize o espaço aberto interestelar, pontilhado de uma quantidade enorme de estrelas. Imagine que cada uma dessas estrelas é um universo em si, como cada um de nós é um universo em si, com relação a nossas células e átomos. Já dizia um sábio que o número de conexões sinápticas que podem ocorrer em nossos cérebros é maior do que o número de átomos do universo.

O nosso Universo Local é apenas uma esfera (se podemos chamá-la assim), num imenso campo, com uma infinidade de outras esferas, onde cada uma é um universo completo, com bilhões e bilhões de estrelas e constelações, que têm início e eventualmente terão um fim. O que há além desse campo de universos (o que eu chamo de Multiverso), eu não sei, mas deduzo que deve haver algo além, porque sempre há algo além.

Então Deus também não é onipotente, já que existe algo maior do que ele?!
Bem, digamos que, um ser que tem conhecimento e capacidade suficiente para criar um universo inteiro, como o nosso, com bilhões, bilhões e mais bilhões de estrelas, planetas, etc. e tal, se não é onipotente, passa bem perto disso. Ao menos no que se refere à escala humana de existência.

Resumindo então: É possível sair desse mundo de ilusão, de maya, e ingressar naquilo que é verdadeiramente real?

Não, não é possível. O máximo que você pode fazer, é sair de uma realidade, existência ou estado, e passar para outra realidade, existência ou estado. Então, o melhor que você pode fazer, é relaxar e curtir o Aqui-Agora.

Mas e aquilo que eu acho que é real, nunca será real?
Tudo aquilo que Você acha que é real, É real, para Você, tanto quanto você acreditar que seja. E pode até ser real para outras pessoas que compartilham as mesmas idéias. Siga a grande regra, Viva o Aqui-Agora, esteja presente no Aqui-Agora. O resto é resto.

Zhannko Idhao Tsw
Curitiba-PR
21-11-2008

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Como não se construíram as Pirâmides

Posted by luxcuritiba em junho 30, 2011

Nos primeiros meses de 1978, uma expedição japonesa – da qual preferimos não dar dados mais pessoais em atenção a boa intensão que a motivou -, terminou a construção de uma pirâmide maquete, a poucos quilômetros do grupo piramidal de Gizeh, executada com grande afã de perfeição, com uma altura total de 10 metros e onde não havia pedra que pesasse mais de uma tonelada. O diretor da obra, assistido por um par de dezenas de arqueólogos e técnicos, mais aproximadamente 200 naturais da área, começou sua tarefa, que logo demonstrou ser muito árdua.

Na obra foram empregadas todas as técnicas que deduziram os arqueólogos em voga, e em especial foram consultados os relatos de Heródoto sobre como os egípcios lhe contaram que haviam sido feitas as pirâmides, no passado remoto.

Então, ante os olhos do diretor, jornalistas e especialistas na matéria, iniciou-se um fenômeno de insuficiência técnica irreversível; os instrumentos de cobre temperado que se supõe que os egípcios utilizaram para cortar seus colossais blocos, mostraram-se quase impotentes para com o granito e se se requeria uma equivalente perfeição, cada pequeno bloco se exigia tanto tempo de trabalho, que a obra, de apenas 10 metros de altura, não terminaria no inverno. Por isso, decidiu-se empregar máquinas modernas de corte e não aperfeiçoar muito o acabado.

O transporte também apresentou inconvenientes insolúveis, pois os famosos “esquis” para areia e os rolões eram praticamente desgovernáveis e nas partes rochosas nao houve forma de superar os obstáculos sem prejudicar consideravelmente os cubos de pedra que ficavam danificados. Outra vez, os meios modernos e a pequenez das moles de pedra, permitiu o transporte.

O “zênite” dos inconvenientes se produziu quando se tentou colocar o “Piramidão”, no cume. Esta diminuta pirâmide, pesava no modelo-maquete apenas 1.000 quilogramas. Empurraram-na por uma rampa de areia contida por blocos de pedras laterais, lançando óleo ante seu “esqui”; foi puxada por uns 200 homens, que para fazer mais real a coisa, empregaram litanias, baseadas nas palavras “para o alto!”. Então descobriram que o óleo não só fazia resvalar o esqui como também aqueles que empurravam com alavancas, e os que puxavam as cordas de cima muito pouco podiam fazer.

Tantas foram as vezes que se tentou levantar a pequena mole por meio da rampa, e tantos os fracassos que por fim, o diretor do projeto desistiu do metodo e decidiu experimentar o último, ou seja, as gruas de troncos de palmeira e sogas de fibra com as quais, conforme os livros correntes, os egípcios antigos levantaram obeliscos de centenas de toneladas. Este bloco pesava somente uma tonelada e nao seria demasiado difícil colocá-lo em seu lugar. Foi aí que a verdade lhes foi apresentada de uma maneira contundente, pois estando a mole a quase dez metros de altura, estalaram os troncos de palmeira em milhares de estilhacos que feriram a todos, inclusive o diretor, que preferiu colocá-la com uma moderna grua, tirar algumas fotos e desarmar a maquete tal qual era o trato com o governo egípcio. Uma vez sarado de seus superficiais ferimentos, com o melhor humor nipônico, expressou que, pelo menos, já sabemos “como não foram construidas as pirâmides”.

Esta narração, que apareceu publicada em todos os jornais importantes do mundo, no mês de abril de 1978 demonstrará ao leitor o porquê de nossas resistências a aceitar ao pé da letra essa e outras supostas verdades da “Ciência” oficial, a que não poucas vezes sustenta hipóteses mais ou menos irrealizáveis, como se tratassem de verdades indiscutíveis, e que extrai dos clássicos somente aquilo que coincide com a forma de pensar em moda, silenciando tudo o mais. Esclarecemos oportunamente que a mencionada resistência a pseudo-ciência materialista não deve fazer-nos cair no outro extremo, o de inventar – ou repetir – historietas inventadas por outros, atribuindo as megalíticas construções da antigüidade a seres vindos de outras galáxias, pois disso não há provas, nem menção alguma conhecida nos antigos tratados.

Creio que o que diferencia o filósofo do simples crente é a busca da verdade, e não pressupô-la, dando-lhe atributos antes de conhecê-la. Existem toneladas de papiros sem tradução, ou traduzidos parcialmente, ou interpretados segundo os cânones limitados dos materialistas. E uma boa missão para os filósofos que sentem inclinação para isso, o trabalhar, porém de uma maneira séria, na investigação destes enígmas e manterem-se informados e em dia sobre qualquer descobrimento. Se pensamos que 90% dos papiros foram conhecidos e traduzidos nos últimos 50 anos; que Sumérios, Hititas, Hurritas, Kashitas, não eram nem conhecidos no século passado; que os bronzes de Luristão eram denominados “babilônicos”, ässírios ou “caldeus”; que se ignorava que as pirâmides americanas foram algo mais que montões de terra aprisionados…(…)

Um filósofo deve aprender a dizer “não sei” quando não sabe, antes de fantasiar inventando soluções que logo se voltarão contra ele e contra a instituição à que pertence. Honremos assim, ao diretor da reconstrução das pirâmides egípcias, que teve o valor moral de reconhecer, elegantemente, sua ignorância.

Jorge Angel Livraga (1930 – 1991)
Fundador da Organização Internacional Nova Acrópole
Publicado no Caderno de Cultura Nova Acrópole n° 2

http://www.acasicos.com.br/html/npiramides.htm

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Descobertas mostram que escravos não construíram pirâmides

Posted by luxcuritiba em junho 19, 2011

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11.01.2010 ]

Trabalhadores eram assalariados e provenientes da famílias egípcias pobres respeitadas por seu trabalho

O Egito colocou em exposição nesta segunda-feira, 11, novas tumbas recém descobertas, datadas de mais de 4 mil anos, afirmando que pertencem a pessoas que construíram as grandes pirâmides de Gizé. As descobertas indicam mais evidências de que escravos não construíram os antigos monumentos.

A série de poços de 2,7 metros de profundidade contém doze esqueletos de construtores das pirâmides, perfeitamente conservados pela seca areia do deserto, juntamente com jarros que continham cerveja e pão para a vida após a morte dos Trabalhadores.

As tumbas feitas de tijolos de barro foram descobertas na semana passada na parte de trás das pirâmides de Gizé, além do local de sepultamento descoberto nos anos 1990 e datado da 4ª Dinastia (2.575 a.C a 2.467 a.C), quando as grandes pirâmides foram construídas as extremidades da Cairo atual.

O historiador grego Heródoto descreveu os construtores das pirâmides como escravos, criando o que os egiptólogos dizem ser um mito que mais tarde foi propagado pelos filmes de Hollywood. Tumbas dos construtores das pirâmides foram descobertas na área nos anos 1990, quando um turista a cavalo tropeçou numa parede que era uma tumba.

O arqueólogo chefe do Egito, Zahi Hawass, disse que a descoberta e as tumbas encontradas na semana passada mostram que os trabalhadores eram assalariados e não os escravos da imaginação popular. Hawass disse aos jornalistas que o local da descoberta, divulgado no domingo, lança mais luzes sobre o estilo de vida e as origens dos construtores das pirâmides. Mais importante, segundo ele os trabalhadores não eram recrutados dentre os escravos, comuns no Egito durante a época dos faraós.

Hawass afirmou que os construtores eram provenientes da famílias egípcias pobres do norte e o sul e que eram respeitados por seu trabalho, tanto que aos que morreram durante a construção foi concedida a honra de ser enterrados em tumbas perto das sagradas pirâmides dos faraós.

A proximidade com as pirâmides e a forma como seus corpos foram preparados para a vida após a morte dá suporte a esta teoria, disse Hawass. “De forma alguma eles seriam enterrados com tantas honras se fossem escravos”, afirmou.

As tumbas não continham objetos de ouro ou de valor, o que as protegeu de arrombadores de tumbas durante a antiguidade. Os esqueletos foram encontrados em posição fetal, a cabeça apontando para o oeste e os pés para o leste, de acordo com as antigas crenças egípcias, cercados por jarros que continham suprimentos para a vida após a morte.

Os homens que construíram a única das maravilhas dos mundo antigo a sobreviverem até os dias de hoje comiam carne regularmente e trabalhavam em turnos de três meses, disse Hawass. Foram necessários 10 mil trabalhadores e mais de 30 anos para construir uma única pirâmide, afirmou Hawass, um décimo da força de trabalho de 100 mil que Heródoto descreveu após visitar as pirâmides por volta de 450 a.C.

Hawass disse que as evidências locais indicam que aproximadamente 10 mil trabalhadores das pirâmides consumiam 21 bois e 23 ovelhas, que eram enviadas diariamente para eles. Embora não fossem escravos, os construtores das pirâmides tinham uma vida de trabalho duro, afirmou Adel Okasha, supervisor das escavações. Seus esqueletos têm sinais de artrite e as vértebras inferiores indicam uma vida passada com dificuldade. “Seus ossos nos contam a história de como eles trabalhavam duro”, disse Okasha. As informações são da Associated Press.

http://www.estadao.com.br

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Suposta pirâmide descoberta em São Paulo

Posted by luxcuritiba em junho 14, 2011

piramidal.net | lojapiramidal.com

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Postamos esta notícia aqui, pois apesar de não ter ligação direta com os OVNIs e a possibilidade de vida extraterrestre, ela nos serve para mostrar que muito daquilo que consta nos livros de história pode estar errado, ou na melhor das hipóteses, incompleto.

Mas antes de prosseguir, recomendo às pessoas que ainda não têm conhecimento, que leiam a respeito das pirâmides da Bósnia, pois parece ser um caso muito similar ao que foi encontrado no Brasil dado às suas diferentes proporções.  O site das pirâmides da Bósnia é http://www.bosnianpyramid.com/.

Mas vamos ao que nos interessa.  Recentemente recebemos um e-mail de um de nossos colaboradores e colega de pesquisa, Isaías Balthazar da Silva, o qual nos enviou uma informação muito empolgante.  Esta informação pode até não ter relação alguma com OVNIs e a possibilidade de vida extraterrestre, contudo ela serve para mostrar que a história da humanidade, como nos foi passada, pode estar completamente errada.  E se o que esta descoberta que anteriormente era impensável legítima, por que duvidar de que temos sido visitados por inteligências alheias à cultura humana geral?

Veja o que Isaías escreveu:

…Envio em anexo, outro relatório, este porém foi elaborado por um geólogo brasileiro que se deparou com a descoberta de uma pirâmide na região de São Paulo. O relatório elaborado por ele foi encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal), pelo fato de que este sítio arqueológico estaria sendo depredado, mais uma vez esta informação não foi amplamente divulgada e até agora não se sabe de medidas adotadas pelas instituições públicas lêia-se: IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no sentido de estudo ou proteção a referida descoberta.
Abraços

Isaías Balthazar da Silva.

A propósito, a primeira parte do e-mail de Isaías era justamente sobre as pirâmides da Bósnia, mas como já existe muita informação sobre as mesmas na Internet e a informação das possíveis pirâmides brasileiras são praticamente desconhecidas, decidimos focar nas  mesmas.  Aliás, graças ao Isaías, conseguimos contato direto com o geólogo Paulo Roberto Martins, o qual nos deu permissão para publicar seus documentos.

Se for confirmado a existência destas pirâmides no Brasil, apesar de seus tamanhos não se equipararem às do Egito e das possíveis pirâmides da Bósnia, seremos forçados a reanalisar tudo que sabemos sobre a história antiga do Brasil.

Veja a extensa documentação abaixo:

———–

Reconhecimento de Campo na Feição Anômala do Bairro Palmeiras, Município de Natividade da Serra-SP.

Geól. Paulo Roberto Martini, MSc.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE

Av. dos Astronautas xxxx SERE II-Sala xx

12227-010 São José dos Campos SP.

Fone xxxxxxxxxxxx Fax xxxxxxxx

<martini@dsr.inpe.br>

1. Antecedentes.

Com base em fotos do local cedidas por arqueólogo amador em 2003 foi aventada a hipótese de existir ali uma edificação antiga segundo uma estrutura anômala de forma piramidal. Foi reunido e analisado então pelo autor um significativo acervo bibliográfico envolvendo Arqueologia, principalmente monumentos arqueológicos e Sensoriamento Remoto.  Discussões com jornalistas e historiadores se seguiram e algumas reportagens em jornais foram editadas. Exemplo de uma delas, editada no Jornal Gazeta do Povo de Curitiba, encontra-se anexa.

Um descritivo parcial elaborado a partir das fotos recebidas e da leitura de mapa geológico e de imagens de satélite foi elaborado pelo autor e enviado em 2009 para o Ministério Público Federal-Procuradoria da República em Taubaté. Cópia desta nota técnica se encontra também anexa a este documento e deve ser lida antes da leitura deste.

Como se desprende da leitura da nota técnica foi prometido uma visita ao campo para verificar localmente o afloramento dos blocos, sua natureza geológica e distribuição espacial.

Este documento apresenta as informações coletadas em campo e parte da documentação fotográfica recebida do arqueólogo amador bem como parte do acervo de fotos tomadas pelo autor na visita realizada no dia 30 de setembro de 2009. Trata também da frustração do autor ao se defrontar com o edifício totalmente desmontado e removido do local.

2. Localização.

O sítio de estudo se localiza nos fundos do Hotel Fazenda Palmeiras, no bairro de mesmo nome do Município de Natividade da Serra. O hotel e o bairro situam-se logo na margem direita do Rio Paraibuna. O acesso é feito pela Rodovia Osvaldo Cruz no ponto GPS S:23:20:23 e W:45:16:31. A porteira do Hotel Fazenda se localiza no GPS S: 23:25:07 e W 45:17:22 e as coordenadas do sítio da feição são: GPS S:23:25:08 e W 45:17:49. O mapa da Figura 1 mostra a localização do bairro segundo uma leitura mais regional.

O acesso local ao sítio se faz pela vicinal que passa em frente à Igreja, seguindo por 500 metros, dali toma-se a direita pelo campo buscando a Cachoeira da Porciana. O sítio de interesse está logo antes da queda final da cachoeira do lado esquerdo. Nele ainda está mantido a estrutura de madeira triangular utilizada para erguer os blocos rochosos que compunham o edifício original. As fotos 2 e 3 mostram a trilha que segue pelo campo em direção ao sítio que se localiza nos fundos das fotos à esquerda. A Cachoeira da Porciana está nos fundos à direita. As duas fotos foram tomadas na direção norte a partir da margem da vicinal que passa em frente à igrejinha do bairro, respectivamente em 2003 e 2009.

3. Materiais Utilizados.

Foram usadas cartas, mapas e imagens descritas abaixo:

-Carta Topográfica da FIBGE-Folha Natividade da Serra (SF-23-YD-III) 1:50.000, 1974.

-Mapa Geológico do Estado de São Paulo do IPT, escala 1:500.000, 1981.

-Imagem digital do satélite LANDSAT-5 gravada em julho de 1998 (figura 4).

-Imagem digital CCD do satélite CBERS-2B gravada em julho de 2007 (figura 5).

-Imagem digital HRC do satélite CBERS-2B gravada em setembro de 2008 (figura 6).

Além destes materiais foi estudado o acervo bibliográfico apresentado ao final desde documento.

4. Observações em Campo.

4.1. Rochas aflorantes.

A área é composta por um morro forrado de blocos de rocha magmática máfica composta predominantemente de piroxenos e plagioclásios que lhe conferem uma dureza acima da média e uma homogeneidade muito grande. A camada de alteração intempérica é mínima (figura 7) e sua dureza facilita o lascamento e a esculturação em grandes blocos monolíticos, alguns da ordem de toneladas como se pode desprender das fotos coletadas pelo arqueólogo amador quando da primeira visita em 2003 (figuras 8 e 9).

Estas rochas evoluíram nos primórdios da consolidação dos terrenos cristalinos paulistas e pertencem a um pacote denominado Arqueano B, petrograficamente classificadas como Charnoquitos e datadas como mais antigas que 2.2 bilhões de anos, segundo critérios geocronológicos (Mapa Geológico-IPT/1981).

4.2. Registros Arqueológicos.

A figura 10 explica claramente a frustração que tomou conta do autor quando se defrontou com o local-objeto da investigação. O edifício havia sido totalmente removido tendo sobrado apenas um monólito além da armação utilizada no seu desmonte. No sítio onde se encontravam mais de uma dezena de grandes monólitos edificados como mostra as fotos das figuras 8 e 9 de 2003 sobrou apenas o terrapleno e o aterro. Todo o edifício havia sido removido como mostra a figura 11.

Não se conhece até agora as causas da remoção dos blocos nem tampouco o local para onde foram transpostos. Não deve ter sido para qualquer lugar dado o volume dos monólitos bem como dos seus pesos descomunais. Para se ter uma idéia o monólito de rocha granulítica remanescente mediu 1,75 metros de altura e sua base 0.75×0,35 metros.

Não apenas os grandes blocos foram recolhidos mas também pequenas amostras e seixos foram retirados do local. Não sobraram testemunhos que pudessem sustentar uma hipótese científica para a origem das edificações do local. A certeza que se tem a partir das fotos antigas (2003) é que os bloco são artifactos muito grandes e muito pesados dispostos segundo uma estrutura piramidal cuja finalidade é ,ainda, desconhecida.

4.3. Acervo Bibliográfico.

1-El-Baz, F.  (1997):   Space Age Archaeology. Scientific American vol. 277 (part 2), pg.40-45.

2-Ferreira, M.C.: Uma idéia de Brasil em um mapa inédito de 1746. Xérox sem data. 11 páginas.

3-Fowles, M.J.E. (2000): In the Search of History. Imaging Notes Magazine,vol.15 n.6, nov-dez, pg.18-21.

4-Heckenberger, M. e outros. (2003). Amazonia 1492: Pristine Forest or Cultural Parkland. Science vol.301, n.5636, 19 setembro, pg.1710-1714.

5-Magli, G. (2009). Misteries and Discoveries of Archaeoastronomy from Giza to Easter Island. Copernicus/Springer. New York.

6-Martini, P.R.; Vieira, R.M.S.P.; Valles, G.F.; Leite, F.A., Arduino, R.G.C.; Pizano, M. (2003): Sensoriamento Remoto da Trilha do Anhanguera: mapeando o percurso de um pioneiro no Brasil do século XVIII. XI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Belo Horizonte, Anais. CD ROM.

7-Martini, P.R.; Godoy Filho, J.; Arduino, R.G.C.; Coimbra,  S.P.; Silva, G.G. (2009). Sensoriamento Remoto como suporte para estudos cartográficos sobre o território da América Portuguesa entre 1500 e 1822. Anais do Museu Paulista. Nova Série vol.17, n.1. Janeiro-Junho. USP.

8-NASA-JPL. (2000): Seeing Earth in a new way: SIR-C/X-SAR Experiment. Jet Propulsion Laboratory, California Institute of Technology, Pasadena-CA. Report JPL-400-823.

9-Nordemann, D.J.R; Rigozo, N.R. (2003): As Árvores contam uma História do Sol. Scientific American-Brasil, ano II nr. 14,  julho, pg. 30-37.

10-Prous, A (1992) Arqueologia Brasileira. Universidade de Brasília Ed.

11-Reeves, R.G.-ed. (1974): Manual of Remote Sensing. Chapter 26: People: Past and Present. American Society of Photogrammetry, Falls Church, VI.

4.4. Acervo de Imagens e de Fotos.

Figura 1. Mapa de Localização Regional.

Figura 2. Panorama da trilha em foto de 2003.

Figura 3. Panorama da trilha em foto de 2009.

Figura 4: Imagem do satélite LANDSAT-5 de julho de 1998 com o Bairro Palmeiras em azul, no centro da cena, margem direita do Rio Paraibuna.

Figura 5. Imagem CCD do satélite CBERS-2B gravada em julho de 2007 com o Bairro Palmeiras em azul, na margem do rio Paraibuna, canto superior direito da cena. Observar que nesta data já aparece o açude que deu origem ao parque de águas do Hotel-Fazenda.

Figura 6. Imagem HRC do satélite CBERS-2B gravada em setembro de 2008 mostrando detalhes do Bairro Palmeiras já com a ponte semi-construída sobre o Paraibuna substituindo a balsa. Nesta imagem de maior resolução (2.5m) se percebe que o lago do açude avança para o local do monumento.

Figura 7. Bloco remanescente de granulito mostrando a discreta camada de alteração depois de 2,2 bilhões de anos sujeito ao intemperismo.

Figura 8. Conjunto de monólitos dispostos no local na foto de 2003.

Figura 9. Foto de 2003 tomada do topo do morro com afloramento de rochas granulíticas. Observar ao fundo a estrutra triangular usada para desmontar o monumento e que ainda estava no local em setembro de 2009.  À direita o arqueólogo amador que fez o levantamento fotográfico de 2003.

Figura 10. O local de investigação em setembro de 2009. A estrutua triangular para desmonte do edifício continua no local e o monólito remanescente com 0,5 m3 de rocha granulítica caprichosamente entalhada. Ao fundo o açude e o Hotel Fazenda.

Figura 11. O monólito remanescente em 2009 colocado sobre aterro com a parede do corte ao fundo.

———

4.5 Anexo:  Nota Técnica elaborada pelo autor em 2009 para Ministério Público Federal em Taubaté.

PARECER TÉCNICO

Em atenção ao Oficio 33/208 de 11 de janeiro de 2008 onde V.Sa. solicita informações sobre a existência de estudos sobre a feição anômala de Natividade da Serra, informamos:

1. Efetivamente fomos apresentados á feição através de fotografias do local trazidas ao INPE por pessoa que se interessa por arqueologia e que teve a oportunidade de visitar o local como turista.

2. A análise feita nestas fotos mostrou que o local é conformado por blocos de rocha cristalina com formas não compatíveis com aquelas que seriam de se esperar, a partir de um processo erosivo tradicional. Ao invés de uma esfoliação esferoidal, na verdade os blocos se apresentavam tipicamente com arestas vivas, cortados segundo grandes paralelepípedos com aproximadamente 2 metros de altura e base de 1 m2, aproximadamente, seguindo a escala de pessoas que se encontravam ao redor.

3. Especialmente um bloco, este sub-arredondado, mas com uma aresta viva no topo, nos chamou atenção por mostrar uma textura granular típica de rocha bem rara, que costuma ocorrer no derrames vulcânicos submarinos, no inicio de um processo formador de montanhas. Esta textura é conhecida na literatura geológica como “spinifex”.  Tratava-se portanto de rochas muito antigas. O mapa geológico da região editado pelo IPT aponta aquela seqüência de rochas como pertencentes ao Complexo Costeiro, cujas datações alcançam mais de 2.5 bilhões de anos.

4. A organização estrutural da feição e o fato de ser edificada por rochas ímpares, cuja escultura (em pedra) não é parte da cultura dos nossos paleoíndios brasileiros, chamou nossa atenção de que poderia se tratar de um monumento de origem arqueológica mais antiga do que as culturas comumente conhecidas no Brasil.

5. Assim, procuramos paralelos, tanto na literatura arqueológica quanto na literatura de Sensoriamento Remoto. Encontramos paralelos em vários locais, ressaltando-se os monumentos pré-colombianos do sudoeste americano e aquele do Stonehenge, na Grã-Bretanha. Reconhecemos também outros monumentos ou sinalizadores descritos na costa da Inglaterra que seriam indicadores ou atalaias para os antigos navegadores se comunicarem, por serem as rotas recorrentes no tempo, assim como são também os sítios arqueológicos tradicionais. Artefatos em rochas cristalinas na América do Sul é particularidade dos incas e dos seus ancestrais que trabalhavam um tipo de rocha granítica ou granitóide pouco fraturada, de textura muito homogênea que permite escultura em grandes blocos. Este parece também ser o caso de Natividade da Serra.

6. Devemos lhe informar por fim de que não publicamos até agora nenhum trabalho cientifico sobre o assunto, visto que as dúvidas são bem maiores do que as certezas. Existem as reportagens de jornal que traduzem bastante o que já sabemos, mas também traz muito do entusiasmo natural que estes assuntos provocam nos editores de notícias.

7. Observamos também que não fizemos nenhuma visita ao local, o que deverá ocorrer assim que estivermos com todas as informações de escritório prontas.

Ficamos à sua disposição para outros esclarecimentos.

Paulo Roberto Martini

Geólogo

————–

4.6. Anexo: Artigo do Jornalista Julio Ottoboni publicada em 2009 no jornal Gazeta do Povo de Curitiba-PR

Descoberta pirâmide no Brasil

Arqueólogo da USP diz que achado pode revelar a presença de culturas antigas e muito avançadas

Curitiba – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estuda uma estrutura feita de granitos, que pode vir a ser a primeira pirâmide do Brasil. O geólogo e especialista em sensoriamento remoto, Paulo Roberto Martini, chegou a uma conclusão inicial. Essa composição de rochas foi feita pelo homem. O monumento foi descoberto por acaso, numa fazenda no município paulista de Natividade da Serra, nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar. São imensas pedras cortadas e empilhadas na forma de degraus até seu topo. “Ainda é cedo para afirmar algo de concreto, mas estamos diante de uma construção feita por uma civilização primitiva avançada”, destaca o cientista.

Além de um amontoado de pedras, esse também é o mais novo mistério da arqueologia brasileira e coloca sob discussão a historia atual da ocupação do território brasileiro no período pré-descobrimento.

Basta ter contato com os milhares de blocos graníticos recortados e distribuídos na encosta de um morro para que surjam inúmeros questionamentos. Que cultura seria está ? Em quanto tempo fizeram essa edificação ? Por que e quando foi construída? Perguntas que dificilmente serão respondidas de pronto, mas que prometem gerar um turbilhão de dúvidas, polêmicas e especulações.

O local fica próximo a um riacho, que poucos metros a frente deságua no Rio Paraibuna. Os imensos blocos graníticos, cortados com precisão, continuam parcialmente empilhados. Com o tempo acabaram por perder o traço construtivo original, mais inclinado e no formato de uma grande escada ascendente. Os imensos tijolos podem ser visto na superfície. Uma boa parte se encontra soterrada pela erosão e outra ainda sustenta a estrutura em largas paredes. Vários, porém, se deslocaram com a ação do tempo. As chuvas e o peso das rochas recalcou o terreno, fazendo-os escorregar ou mesmo criar pequenos empilhamentos.

Basta remover um pouco da terra acumulada para se desvendar uma complexa armação. As pedras, geralmente em formato retangular, variam de 1 a 2 metros de comprimento, de 0,40 a 0,70 metro de espessura por 0,80 a 1 metro de largura. Foram assentadas bem unidas e os vãos – quando existiam – foram completados com pedras menores e fixadas por uma mistura de barro, semelhante a argamassa. Duas faces do monumento estão recobertas pela mata. Nestes locais se encontram centenas de pedras, tendo as raízes das árvores tendo movimentado diversas delas.

Numa tentativa de desvendar maiores detalhes do monumento, uma das faces acabou sendo alvo de escavações sem qualquer critério feitas pelos empregados da fazenda, incluindo a remoção de grandes pedras com o uso de tratores de esteira. A lateral da esquerda ainda não foi mexida. Entretanto, outro aspecto intrigante está nos ecos que podem ser provocados. As batidas de um vergalhão de ferro dentro dos buracos que surgiram é possível ouvir a ressonância.

Provavelmente o efeito do som refletido numa câmara existente no interior da pirâmide. Usando a barra de ferro como instrumento improvisado foi capaz também de se ter uma noção da largura da parede. Provavelmente ela ultrapasse a um metro.

Técnica desconhecida

Entretanto, o intrigante é que essa região era habitada pelos índios Tamoios, que desconheciam a tecnologia empregada no corte de blocos de pedra e sequer tinham a tradição de criar monumentos neste estilo. Segundo moradores do lugar, outras construções semelhantes se encontram numa propriedade vizinha. Essas, porém, estão recobertas pela Mata Atlântica e o acesso é dificultado pela densa vegetação.

Para o arqueólogo da Universidade de São Paulo (USP) e especializado nos sítios na costa paulista, Plácido Cali, essa composição é única no País. E esse achado por revelar a presença de outras culturas, mais avançadas tecnologicamente, que as tradicionais nações indígenas que povoavam essa faixa da América do Sul. “Com certeza isto não é obra dos índios que conhecemos”, comenta o pesquisador. As primeiras imagens deste monumento foram encaminhadas ao INPE pelo proprietário da Fazenda Palmeiras, Carlos Frahya, no final do ano passado. As fotos chegaram no final do ano passado ao pesquisador Paulo Roberto Martini. Uma surpresa enigmática, que passou a ser alvo de estudos do cientista. E como qualquer mistério, quanto mais se pesquisa maior é o crescimento das dúvidas. “A textura das pedras é diferente, principalmente em alguns locais da edificação”, comenta o geólogo.

Segundo Martini, o tipo de rocha encontrada no local tem cerca de 2 bilhões de anos e fazem parte do Complexo de Varginha. Essa formação natural se estende pela Serra do Mar, começando nas proximidades de São Paulo seguindo até a Serra da Bocaina, na divisa com o Rio de Janeiro, e adentra a porção fluminense. Porém sua largura é pequena, alcançando algo próximo a 6 quilômetros. “Uma explicação geológica seria a erosão ter chegado à raiz das montanhas e provocado esse afloramento granítico, mas não há como explicar os cortes e a disposição das pedras”.

Esse tipo de rocha é de origem vulcânica e se forma com os primeiros derrames de lava no fundo do oceano, quando se dá início a formação das cadeias montanhosas. O tipo de entalhe das pedras é muito próximo ao utilizado pelas civilizações pré-incaicas, que habitaram os Andes. Ou mesmo dos fenícios, que eram exímios navegadores e utilizavam grandes marcos de pedras para que grupos de sua mesma cultura pudessem se orientar tanto no mar como em terra.

Como Natividade da Serra é situada dentro do eixo Rio-São Paulo, os indígenas encontrados na época do descobrimento nesta região só usavam pedras para ponta de fechas, arpões e machadinhas. “Até o momento não há registros que esses povos nativos fizessem monumentos de pedras entalhadas, principalmente usando grandes e pesados blocos”, salienta o cientista.

Em suas pesquisas, Martini descobriu em manuais de sensoriamento remoto (sistema que produz imagens da superfície do planeta a partir de satélite) semelhanças na formação de Natividade da Serra com outras construções de culturas primitivas avançadas, que habitaram o próprio continente americano. “Os monumentos de sinalização do Novo México são muito parecidos com esse encontrado aqui”, afirma.

Mistério reforçado

Na tentativa de evitar algum aspecto meramente especulativo, o geólogo chega a uma conclusão óbvia. “Não há dúvida que aquilo é algo muito antigo e feito pelo homem”. O cientista foi buscar outras informações no Manual sobre Arqueologia Brasileira e pode constatar que o uso das rochas cristalinas pelo indígena brasileiro é desconhecido. Embora existam as edificações nas Reduções Jesuíticas, no Sul do país. “Mas lá se trata de arenitos. A típica cultura rochosa-granítica conhecida na América do Sul é a dos Incas”, observa.

Entretanto, outra formação encontrada na altura da entrada da estrada de Salesópolis, que liga a Rodovia dos Tamoios, no litoral norte paulista até a região metropolitana, foi identificada em pesquisas anteriores feitas pelo INPE a ocorrência de granulitos, rochas muito antigas compatíveis com aquelas próximas do cume da Serra da Mantiqueira.

A dúvida agora é saber se há ligação entre a possível pirâmide com outros monumentos e formações encontradas. “Não sei ainda se ela poderia estar alinhada com o que encontramos próximo a Tamoios ou se há ligação entre elas, apesar de estarem relativamente bem próximas”, comentou Martini.

A descoberta desta possível pirâmide reabriu a discussão sobre a presença dos Incas no território brasileiro. Eles teriam percorrido um caminho entre os Andes e a costa atlântica, conhecido como Peabiru. Essa antiga estrada e seus ramais cortavam os territórios atuais dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Um possível elo entre ambas ocorrências tem surgido como lógica aos pesquisadores, que dão agora seus primeiros passos para desvendar esse mistério.

Júlio Ottoboni

Nossos mais sinceros agradecimentos ao Isaías Balthazar da Silva por nos indicar esta importante matéria, e especialmente ao geólogo Paulo Roberto Martins pela permissão concedida para publicação da mesma.

Fonte: Paulo Roberto Martins

Colaboração: Isaías Balthazar da Silva

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Sítio arqueológico em São Paulo intriga pesquisadores

Posted by luxcuritiba em junho 14, 2011

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Reportagem da Gazeta do Povo (Curitiba-PR)

Gazeta do Povo traz com exclusividade o caso que modifica a história da ocupação do brasil. Arqueólogo da USP diz que achado pode revelar a presença de culturas antigas e muito avançadas.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estuda uma estrutura feita de granitos, que pode vir a ser a primeira pirâmide do Brasil. O geólogo e especialista em sensoriamento remoto, Paulo Roberto Martini, chegou a uma conclusão inicial: Essa composição de rochas foi feita pelo homem. O monumento foi descoberto por acaso, numa fazenda no município paulista de Natividade da Serra, nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar. São imensas pedras cortadas e empilhadas na forma de degraus até seu topo. “Ainda é cedo para afirmar algo de concreto, mas estamos diante de uma construção feita por uma civilização primitiva avançada”, destaca o cientista. Além de um amontoado de pedras, esse também é o mais novo mistério da arqueologia brasileira e coloca sob discussão a historia atual da ocupação do território brasileiro no período pré-descobrimento.

Basta ter contato com os milhares de blocos graníticos recortados e distribuídos na encosta de um morro para que surjam inúmeros questionamentos. Que cultura seria está? Em quanto tempo fizeram essa edificação? Por que e quando foi construída? Perguntas que dificilmente serão respondidas de pronto, mas que prometem gerar um turbilhão de dúvidas, polêmicas e especulações.

O local fica próximo a um riacho, que poucos metros a frente deságua no Rio Paraibuna. Os imensos blocos graníticos, cortados com precisão, continuam parcialmente empilhados. Com o tempo acabaram por perder o traço construtivo original, mais inclinado e no formato de uma grande escada ascendente. Os imensos tijolos podem ser vistos na superfície. Uma boa parte se encontra soterrada pela erosão e outra ainda sustenta a estrutura em largas paredes. Vários, porém, se deslocaram com a ação do tempo. As chuvas e o peso das rochas recalcou o terreno, fazendo-os escorregar ou mesmo criar pequenos empilhamentos.

Basta remover um pouco da terra acumulada para se desvendar uma complexa armação. As pedras, geralmente em formato retangular, variam de 1 a 2 metros de comprimento, de 0,40 a 0,70 metro de espessura por 0,80 a 1 metro de largura. Foram assentadas bem unidas e os vãos – quando existiam – foram completados com pedras menores e fixadas por uma mistura de barro, semelhante a argamassa. Duas faces do monumento estão recobertas pela mata. Nestes locais se encontram centenas de pedras, tendo as raízes das árvores tendo movimentado diversas delas.

Numa tentativa de desvendar maiores detalhes do monumento, uma das faces acabou sendo alvo de escavações sem qualquer critério feitas pelos empregados da fazenda, incluindo a remoção de grandes pedras com o uso de tratores de esteira. A lateral da esquerda ainda não foi mexida. Entretanto, outro aspecto intrigante está nos ecos que podem ser provocados. As batidas de um vergalhão de ferro dentro dos buracos que surgiram é possível ouvir a ressonância.

Provavelmente o efeito do som refletido numa câmara existente no interior da pirâmide. Usando a barra de ferro como instrumento improvisado foi capaz também de se ter uma noção da largura da parede. Provavelmente ela ultrapasse a um metro.

Técnica desconhecida

Entretanto, o intrigante é que essa região era habitada pelos índios Tamoios, que desconheciam a tecnologia empregada no corte de blocos de pedra e sequer tinham a tradição de criar monumentos neste estilo. Segundo moradores do lugar, outras construções semelhantes se encontram numa propriedade vizinha. Essas, porém, estão recobertas pela Mata Atlântica e o acesso é dificultado pela densa vegetação.

Para o arqueólogo da Universidade de São Paulo (USP) e especializado nos sítios na costa paulista, Plácido Cali, essa composição é única no País. E esse achado por revelar a presença de outras culturas, mais avançadas tecnologicamente, que as tradicionais nações indígenas que povoavam essa faixa da América do Sul. “Com certeza isto não é obra dos índios que conhecemos”, comenta o pesquisador. As primeiras imagens deste monumento foram encaminhadas ao INPE pelo proprietário da Fazenda Palmeiras, Carlos Frahya, no final do ano passado. As fotos chegaram no final do ano passado ao pesquisador Paulo Roberto Martini. Uma surpresa enigmática, que passou a ser alvo de estudos do cientista. E como qualquer mistério, quanto mais se pesquisa maior é o crescimento das dúvidas. “A textura das pedras é diferente, principalmente em alguns locais da edificação”, comenta o geólogo.

Segundo Martini, o tipo de rocha encontrada no local tem cerca de 2 bilhões de anos e fazem parte do Complexo de Varginha. Essa formação natural se estende pela Serra do Mar, começando nas proximidades de São Paulo seguindo até a Serra da Bocaina, na divisa com o Rio de Janeiro, e adentra a porção fluminense. Porém sua largura é pequena, alcançando algo próximo a 6 quilômetros. “Uma explicação geológica seria a erosão ter chegado à raiz das montanhas e provocado esse afloramento granítico, mas não há como explicar os cortes e a disposição das pedras”.

Esse tipo de rocha é de origem vulcânica e se forma com os primeiros derrames de lava no fundo do oceano, quando se dá início a formação das cadeias montanhosas. O tipo de entalhe das pedras é muito próximo ao utilizado pelas civilizações pré-incaicas, que habitaram os Andes. Ou mesmo dos fenícios, que eram exímios navegadores e utilizavam grandes marcos de pedras para que grupos de sua mesma cultura pudessem se orientar tanto no mar como em terra.

Como Natividade da Serra é situada dentro do eixo Rio-São Paulo, os indígenas encontrados na época do descobrimento nesta região só usavam pedras para ponta de fechas, arpões e machadinhas. “Até o momento não há registros que esses povos nativos fizessem monumentos de pedras entalhadas, principalmente usando grandes e pesados blocos”, salienta o cientista. Em suas pesquisas, Martini descobriu em manuais de sensoriamento remoto (sistema que produz imagens da superfície do planeta a partir de satélite) semelhanças na formação de Natividade da Serra com outras construções de culturas primitivas avançadas, que habitaram o próprio continente americano. “Os monumentos de sinalização do Novo México são muito parecidos com esse encontrado aqui”, afirma.

Mistério reforçado

Na tentativa de evitar algum aspecto meramente especulativo, o geólogo chega a uma conclusão óbvia. “Não há dúvida que aquilo é algo muito antigo e feito pelo homem”. O cientista foi buscar outras informações no Manual sobre Arqueologia Brasileira e pode constatar que o uso das rochas cristalinas pelo indígena brasileiro é desconhecido. Embora existam as edificações nas Reduções Jesuíticas, no Sul do país. “Mas lá se trata de arenitos. A típica cultura rochosa-granítica conhecida na América do Sul é a dos Incas”, observa.

Entretanto, outra formação encontrada na altura da entrada da estrada de Salesópolis, que liga a Rodovia dos Tamoios, no litoral norte paulista até a região metropolitana, foi identificada em pesquisas anteriores feitas pelo INPE a ocorrência de granulitos, rochas muito antigas compatíveis com aquelas próximas do cume da Serra da Mantiqueira.

A dúvida agora é saber se há ligação entre a possível pirâmide com outros monumentos e formações encontradas. “Não sei ainda se ela poderia estar alinhada com o que encontramos próximo a Tamoios ou se há ligação entre elas, apesar de estarem relativamente bem próximas”, comentou Martini.

A descoberta desta possível pirâmide reabriu a discussão sobre a presença dos Incas no território brasileiro. Eles teriam percorrido um caminho entre os Andes e a costa atlântica, conhecido como Peabiru. Essa antiga estrada e seus ramais cortavam os territórios atuais dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Um possível elo entre ambas ocorrências tem surgido como lógica aos pesquisadores, que dão agora seus primeiros passos para desvendar esse mistério.

Júlio Ottoboni

Pirâmides da Serra do Mar são colocadas sob proteção.

Pós reportagem da Gazeta do Povo, área terá tratamento científico

A Polícia Ambiental de Natividade da Serra, município paulista situado no Vale do Paraíba, já está protegendo as ruínas do monumento arqueológico em forma de pirâmide construído na Serra do Mar há milhares de anos e descoberto recentemente. A intenção das autoridades policiais é evitar novas escavações depredatórias no sítio, assegurando que a pesquisa científica não venha a ser prejudicada. O arqueólogo Plácido Cali, responsável por diversos projetos de pesquisa na região Rio–São Paulo informou ontem que hoje vai comunicar ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a urgência de medidas administrativas para transformar o local num espaço restrito à pesquisa científica.

Uma das preocupações do pesquisador é a própria atividade desenvolvida na Fazenda Palmeiras, que abriga um núcleo turístico de esportes radicais muito freqüentado. Além da busca por apoio do órgão federal, Cali pretende mobilizar os ambientalistas da região para acelerar esse processo de proteção ao monumento e seus arredores. “Temos que agir rapidamente para não haver um ainda dano maior”, alerta o arqueólogo.

Ao longo dos meses após a descoberta, feita em agosto de 2002 pelos funcionários da fazenda, houve uma verdadeira romaria de curiosos ao lugar. Segundo os empregados, diversas pessoas ficavam vasculhando horas em meio às ruínas e nos arredores. Alguns grupos chegaram a movimentar blocos, promover pequenas escavações e até mesmo levar pedras entalhadas menores que cabiam no porta-malas dos carros.

A justificativa dos visitantes para retirar elementos da ruína beira ao ridículo. Numa ação bem próxima ao vandalismo, essas pessoas buscavam recolher os blocos de corte mais preciso para levar.

Nesta falta de consciência preservacionista, o cenário não podia ter piores atores. Todos os saqueadores eram de classe média alta e com alto grau de instrução, segundo o capataz da fazenda, Paulo Antônio Morais, e ainda obrigavam os empregados a ajudar nas remoções. “A maioria era amiga do patrão”, explica. “Teve gente que saiu com o carro cheio de pedra dizendo que se isto aqui for uma pirâmide mesmo elas vão ficar ricas”.

De acordo com os moradores do Bairro das Palmeiras, onde se localiza a fazenda, o dono do lugar é o médico Carlos Frahya, bem sucedido profissional liberal, morador em São Paulo, Ele visita com certa regularidade a fazenda e depois do insucesso de encontrar ouro no lugar, agora pensa em tornar as ruínas uma atração turística. “Eu e outros colegas estamos tentando juntar as pedras que o trator tirou para acertar de novo a pirâmide”, confessa o empregado Paulo Morais. Ele fala sobre a empreitada e aponta para um prumo suspenso sobre um imenso e isolado bloco de granito.

Júlio Ottoboni

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/415_Piramides.pdf

log_pir_47

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Robô inglês ajuda a revelar os segredos da Grande Pirâmide

Posted by luxcuritiba em junho 4, 2011

piramidal.net | lojapiramidal.com

Robô Djedi desenvolvido pela Universidade de Leeds, na Inglaterra.

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Um pequeno robô, capaz de entrar em túneis e subir em paredes revelou, pela primeira vez, hieróglifos perdidos há mais de 4500 anos no interior da Grande Pirâmide de Quéops, no Egito. Os escritos foram grafados em tinta vermelha e estavam atrás de uma parede, ocultos em uma câmera secreta.

Batizado de Djedi, o robô explorador foi criado por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e está sendo utilizado por uma equipe internacional de cientistas que estudam a construção da pirâmide. Dotado de uma câmera de apenas 8 milímetros, chamada “snake”, o robô penetrou em um compartimento instalado ao final de um longo corredor e que segundo os pesquisadores seria impossível de ser explorado por um ser humano.

Além da câmera ultracompacta, Djedi conta com outros equipamentos que devem ajudar bastante no estudo da pirâmide. Entre eles está um dispositivo de ultrassom capaz de medir espessura de paredes e um segundo robô satélite, chamado “Besouro”, que pode penetrar em espaços de até 19 milímetros.

Descoberta

Durante os trabalhos, o pequeno robô subiu pelas paredes de um fosso e com auxílio da câmera Snake registrou imagens nunca antes vistas pelos arqueólogos.

As cenas mostravam hieróglifos feitos com tinta vermelha, que no entender dos estudiosos foram feitos pelos homens que trabalharam na construção do monumento. Até agora, apenas na câmara do Rei haviam sido encontradas marcas parecidas.

O pesquisador independente Dr. Ng Tze Chuen introduz o robô em um dos túneis dentro da pirâmide.

Além das marcas, o robô também revelou detalhes interessantes dentro da câmara, entre eles dois pequenos pinos forjados em cobre localizados logo na entrada do local. Segundo Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a presença dessas peças intriga há mais de 20 anos os arqueólogos. “Esses pinos são os únicos metais usados na construção da Grande Pirâmide, mas até agora não sabemos para que servem”, disse o egiptólogo que também pertence à equipe que trabalha com o robô Djedi.

As novas imagens foram feitas de um ângulo inédito e mostram detalhes que deverão ajudar a entender se os pinos eram usados como simples maçanetas ou se faziam parte de um sistema mais complexo.

Mais mistérios

A próxima missão do robô Djedi será estudar a parede oposta da câmara e tentar descobrir se o local é de fato apena uma barreira ou se trata de outra porta ou passagem que leva a mais uma câmara secreta. Para isso Djedi será equipado com uma pequena furadeira, que removerá parte do material do local na tentativa de revelar um pouco mais os segredos da Grande Pirâmide.

Fonte: http://www.apolo11.com

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