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Pirâmide não é magia. É Tecnologia!

Archive for janeiro \28\+00:00 2011

Médicos cubanos utilizam terapia com pirâmides

Posted by luxcuritiba em janeiro 28, 2011

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Arnoldo Cobo e sua mulher Maura Oliva demonstram o uso das pirâmides em Havana.

As pirâmides, pouco conhecidas no meio cientifico, são populares em Cuba, onde são usadas como remédio caseiro e estão sendo adotadas até por médicos e hospitais do Estado.

Arnoldo Cobo, um aposentado de 72 anos, vende há quatro décadas as figuras geométricas com fins medicinais. Cobo recebe centenas de interessados a cada ano e já verificou todo tipo de efeitos do uso da pirâmide: melhora de asmáticos, efeitos desinflamatórios e energizantes.

O tratamento tem duas restrições: não é aplicado a crianças e a mulheres grávidas. Uma pirâmide fabricada por ele e acompanhada de um manual custa 60 pesos cubanos, equivalente a pouco mais de US$ 2.

Maura Oliva, sua esposa, afirma que curou a enxaqueca. “Além disso, quando me dói o estômago ou tenho acidez, um pouco de água da pirâmide me cura”, conta ela. Os adeptos costumam colocar um copo de água debaixo da pirâmide, cujos lados devem ser iguais aos da base. A figura deve orientar-se entre o norte e o sul.

O médico Ulises Sosa Salinas, um ortopedista cubano, usa a terapia, com a qual afirma já ter tratado cinco mil pacientes. Salinas e seus colegas do Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey tiveram que superar o ceticismo da população sobre as propriedades das pirâmides.

Os primeiros experimentos no sistema de saúde cubana ocorreram nos anos 80 e 90 com figuras de cartolina e alumínio, relatou o ortopedista. Em 1998, Salinas enfrentou seus colegas durante uma convenção de ortopedia: pegou o braço de uma doutora que sofria de inflamação em uma mão e aplicou a pirâmide fazendo com que o mal-estar passasse logo depois, segundo seus relatos.

No ano seguinte, o especialista escreveu um livro titulado Energia piramidal terapêutica: mito ou realidade? Ele afirmou “Quem nega as capacidades científicas dos antigos povoadores de nosso planeta está negando a história”.

No entanto, os críticos sustentam que esse tipo de prática só posterga o tratamento realmente eficaz das doenças e até põe em perigo a vida do paciente. Um artigo publicado na revista El Escéptico, assinado com o pseudônimo de Giordano Bruno Martí, explica que a “piramidoterapia” pode funcionar como qualquer outro placebo, uma substância inócua que produz no doente efeitos positivos através da auto-sugestão, aliviando a dor, ainda que não traga cura.

Para Martí, os tratamentos com pirâmide não podem impedir ou alterar a evolução de uma doença, mas, por razões psicológicas, fazem com que a enfermidade seja mais amena.

Quanto a estes comentários, Ulises Sosa Salinas rebateu: “Acredito que toda terapia que seja precedida de uma investigação exaustiva pode ser válida se confirmados seus resultados positivos”. Salinas lembrou que hoje são realizados centenas de estudos com substâncias naturais em busca de tratamentos para o câncer ou para a aids.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI159936-EI298,00.html (14.10.2003)

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O caso da samambaia

Posted by luxcuritiba em janeiro 23, 2011

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Foram colhidas duas mudas de samambaia (feto arbóreo) em um dos parques da cidade e levadas para casa para serem cultivadas em vaso. Porém, nas duas tentativas, as mudas secaram e morreram. Nesta terceira tentativa a muda foi colocada próxima à janela, onde há maior claridade e melhor ventilação, e coincidentemente também fica próxima a uma pirâmide de cobre que utilizo para minhas meditações periódicas (vide desenho abaixo).

A muda começou a se desenvolver, de início lentamente, depois, rapidamente, produzindo longas e grandes folhas, à medida de duas ou tres folhas novas por mes. Levou aproximadamente um ano para a planta ficar com o tamanho que aparece na foto abaixo. Nunca foi utilizado nenhum tipo de fertilizante e a planta foi sempre regada com água comum de torneira. Até então, considerava que o excelente crescimento da planta se devia à proximidade da janela, da claridade e do ar fresco. Porém, há cerca de dois meses resolvi desmontar a pirâmide de cobre e montar outra pirâmide de alumínio, um pouco mais distante da janela, cerca de 1,5m afastada da planta. Para minha surpresa, depois que a pirâmide de cobre foi desmontada, a samambaia não produziu mais folhas novas e as folhas que já tinha começaram a secar, partindo das pontas das ramificações e secando progressivamente a folha inteira.

Clique na imagem para ampliar

A planta está atualmente com 19 folhas. 04 folhas estão com 50% ou mais de suas ramificações resecadas e as partes que ainda não estão secas estão bastante amareladas.  11 estão com sinais de resecamente nas pontas das ramificações, sobrando apenas 04 folhas sem nenhum sinal de resecamento, tres na parte central e uma mais abaixo.

Detalhe: folha com a ponta completamente seca.

Receoso de que a planta viesse a morrer completamente resolvi montar novamente a pirâmide de cobre no local em que estava antes, para ver se, dessa forma, a planta voltaria ao seu desenvolvimento normal. Apenas uma semana após a pirâmide ser montada já se percebiam sinais de folhas novas brotando (vide foto abaixo), e as folhas antigas pararam de secar.

Os brotos visíveis nesta foto (acima) já estavam ali durante os quase dois meses anteriores. Porém, estavam recolhidos, aparentemente aguardando um momento propício para crescer. Depois de duas semanas eles já alcançaram 6cm de altura (o maior) e 4cm (o menor), e continuam crescendo.

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Wonder tomato has dehydrated, not decayed

Posted by luxcuritiba em janeiro 19, 2011

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LA Balkrishna says the success of his experiment proves the tremendous scientific value of the principles used in the construction of the great pyramid of Giza

It is not a tomato that looks in any condition to be used for your soup.

However, LA Balkrishna, an engineer and past-life regression therapist, says he has managed to find a spot for it in the Limca Book of Records this year by ensuring it remained free of decay for 20 years.

Balkrishna credits his miracle to the principles used to build the great pyramid of Giza in Egypt.

“The tomato hasn’t decayed for 20 years,” explained LA Balakrishna. “It’s being preserved in a cardboard pyramid that has been built on the basis of principles used in the construction of the great pyramid of Giza.

When we kept it in the pyramid in 1989, it remained fresh for 64 days.

Now, while it has dehydrated considerably, we expect it to remain free of decay for several more years,” said Balkrishna, who hopes the tomato will make it to Guinness Book of World Records.

“We hope the tomato will soon make it to the Guinness book this year,” said Tejus LB, an Mtech student and Balkrishna’s son. “The great pyramid is of tremendous scientific value.

This is what this tomato proves.” The Limca book of records could not be contacted despite repeated attempts.

115 Gram
Weight of tomato used by Balkrishna for the experiment in 1989

2 Gram
Weight of the tomato now after 20 years and after considerable dehydration

The experiment

In 1989, Balkrishna chose three tomatoes of the same size, colour, weight (115 gram). One of the three was put in a steel plate, the second in a pyramid that was not built with the proportions of the pyramid of Giza in mind, and a third one made of cardboard measuring 12-inces that used the same proportions as the pyramid of Giza.

While the one kept in the pyramid built with the Giza in mind hasn’t decayed till date, the one kept on the steel plate decayed in seven days and the second decayed after 31 days.

“This proved the principle of concentrating cosmic energy through a pyramid, in proportion with that of the great pyramid of Giza can be of tremendous utility,” claims Balakrishna.

http://www.mid-day.com/news/2010/jul/120710-LA-Balkrishna-scientific-pyramid-of-Giza-soup.htm

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Sol ilumina estátua de Ramsés II em fenômeno raro

Posted by luxcuritiba em janeiro 16, 2011

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22.10.2007]

Egípcios e turistas puderam hoje ver o sol iluminar o rosto da estátua do faraó Ramsés II no templo na cidade de Abu Simbel, no sul do Egito, em um raro fenômeno que ocorre apenas duas vezes ao ano.

Às 5h55 (1h55 de Brasília), os raios solares começaram a entrar no templo e iluminaram o rosto da estátua durante 24 minutos, para anunciar o início do mês do “Bert”, que marcava o começo da temporada agrícola para os antigos egípcios.

Segundo o diretor de antiguidades de Abu Simbel, Mohammed Hamed, citado pela agência oficial Mena, cerca de 2,5 mil turistas estiveram presentes para observar o fenômeno, que se repetirá em 22 de fevereiro.

Esta noite será realizado um espetáculo para contar a história do faraó e explicar o projeto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que salvou o templo de ficar submerso no lago Nasser quando a represa de Assuã foi construída, em 1964.

O Templo do Sol foi construído de modo que os raios solares iluminam o rosto da estátua de Ramsés II apenas duas vezes ao ano: em 22 de outubro, para comemorar sua ascensão ao trono, e em 22 de fevereiro, por ocasião do seu aniversário.

Os engenheiros da Unesco que participaram do salvamento do templo levaram em conta este fenômeno e conseguiram que ele se repetisse em sua nova localização, vários metros acima do local original.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2010553-EI295,00.html

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Nassim Haramein fala sobre pirâmides e construções antigas

Posted by luxcuritiba em janeiro 16, 2011

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O físico Nassim Haramein, fala sobre: Como foi construída a grande pirâmide de Quéops? (ou melhor, Como ela não foi construída…); Não há hieróglifos que descrevam a construção das grandes pirâmides de Gizé; Não há evidências de que as pirâmides tenham sido construídas para servirem de tumbas; A Esfinge; Como os egípcios moviam blocos de pedra de 200 toneladas, ou até mais de 1.000 toneladas (como a estátua de Ramses II), através de terreno arenoso, sendo que nossa tecnologia atual não consegue fazer isso?; Pirâmides submersas no litoral do Japão; As pirâmides chinesas;

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Projeção astral e bilocação

Posted by luxcuritiba em janeiro 15, 2011

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Lobsang Rampa apresenta, em um de seus vários livros, um exercício simples para quem tem interesse em práticas projetivas. O exercício é mais ou menos assim: onde VOCÊ ESTÁ? Agora, neste momento, onde você está? Observe a sua mão. Onde você está agora? Observe o seu dedo e cada um de seus detalhes. Onde você está agora? Concentre sua atenção em seu dedão do pé. E agora, onde VOCÊ ESTÁ?

A prática pode parecer espúria à primeira vista, mas se considerarmos alguns conhecimentos apregoados por Rampa a coisa começa a fazer sentido. Lobsang Rampa dizia que nós não somos nosso corpo físico, e que além do corpo físico existe algo mais, que é nosso verdadeiro centro onde se encontra nossa consciência e nosso verdadeiro “eu”. Este centro é não-material, ou seja, feito de uma matéria diferente da matéria ordinária estudada pelos físicos, podendo inclusive através os corpos físicos e ter livre transito pelo mundo material, atravessando com facilidade portas, janelas e paredes. Este centro também pode ser deslocado com facilidade, com nossa força de vontade e intenção. Assim, “onde nós estamos” é onde nosso “foco de atenção está”.

Lobsang Rampa é uma figura polêmica e fonte de muitas críticas e debates, lá pela década de 1960. Polêmicas a parte, porém, Rampa foi uma das pessoas que desbravaram a área de estudos psíquicos, ventilando ao público em geral temas como projeção astral, telepatia, clarividência, dentro outros, que até então eram restritos a iniciados, e/ou tidos como bobagem, como magia ou esoterismo, e até como tabu. Muitos argumentavam que Rampa não passava de um charlatão. Seja como for, os livros deste autor me ajudaram muito a conhecer o universo das capacidades, ainda, vistas como paranormais. Feita a ressalva continuemos o tema.

Seguindo o princípio de projeção de Rampa, fica claro que é fácil nos deslocar-mos de um local para outro, bastando para isso concentrar nossa atenção e vontade, sendo que o verdadeiro local onde nós estamos é onde está nosso foco de atenção. Isto caracteriza o que poderíamos chamar de “bilocação projetiva”, ou seja, nosso corpo físico está em um lugar e, ao mesmo tempo, nosso “centro”, ou nosso “eu verdadeiro”, está em outro lugar. Coisa semelhante é dita por Samael Aun Weor, fundados do gnosticismo. Samael afirmava poder deslocar-se livremente, não só por projeção mas inclusive fisicamente, de um local a outro, seja nos planos físicos comumente conhecidos ou em planos astrais desconhecidos pela ciência oficial.

A bilocação projetiva é passível de ser realizada com técnicas apropriadas de relaxamento e concentração, ou práticas de meditação profunda. Sua eficácia, do ponto de vista do experimentador, é tanto maior quando for maior a concentração no objetivo alvo e ao “desligamento” das sensações provenientes dos nossos órgãos dos sentidos físicos (audição, visão, olfato, tato, paladar e sensações sinestésicas – sensações interiores como movimentos do estômago e movimentos involuntários de músculos). A priori, o simples fato de se imaginar, com concentração e vontade, em um determinado lugar, já nos coloca lá, posicionando nosso “centro” naquela posição do espaço-tempo.

Em uma situação assim, nosso corpo físico está, na verdade, sendo telecomandado, já que nosso centro de consciência está longe. As atuais técnicas de telecomando remoto de robôs nos dão uma idéia de como isso funciona, permitindo que um braço robótico no Brasil seja comandado por um experimentador localizado no Japão, através de informações transportadas pelas redes de telecomunicação. Se nos parece ainda que estamos “aqui”, “dentro” do corpo físico, isto se deve ao fato de que ainda estamos sintonizados e “conectados” com os sentidos de percepção presentes no corpo físico. Se nos desligarmos desses sentidos de percepção ocorrerá uma imersão na bilocação projetiva, onde o que vivemos no local onde está nosso foco de atenção passa a ser nossa realidade presencial, enquanto o corpo físico fica em situação de espera (standby), ou letargia. Quando nosso foco de atenção retorna ao local onde se encontra o corpo físico, ou se nos re-conectamos com as sensações dos sentidos, o corpo físico é reanimado.

Ao longo da história há relatos de pessoas que realizavam a bilocação, por vontade própria ou involuntariamente, de forma projetiva (em matéria sutil) ou mesmo fisicamente, materializando um corpo físico perfeitamente palpável ao toque. Aksakof, em seu livro “Animismo e Espiritismo”, narra o caso ocorrido em 1845, em uma escola para moças. Segundo o autor, havia lá uma professora que possuía a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Alunas diferentes afirmaram tê-la vista, uma no jardim, e outra na biblioteca, ao mesmo tempo, o que é obviamente impossível pelas leis comuns da física. Em certo momento as alunas observaram, assustadas, em plena sala de aula, duas professoras, uma ao lado da outra, idênticas e fazendo os mesmos movimentos. Como essas situações inexplicáveis e inusitadas repetiam-se com certa regularidade a direção da escola viu-se obrigada a dispensar a professora.

Normalmente a bilocação se dá com médiuns e pessoas particularmente dotadas, voluntariamente ou não, bem como com pessoas praticantes de meditação como os iogues da índia. No seio da igreja católica, encontram-se também relatos de casos de bilocação acontecidos com alguns santos ou figuras proeminentes da igreja, como Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), Antônio de Pádua (1195-1231), Francisco Xavier (1560-1663) e Maria de Jesus Agreda (1603-1665). Um dos casos mais impressionantes foi o de Francisco Xavier, ocorrido em 1571, onde o santo foi visto em dois barcos ao mesmo tempo, durante uma tempestade. Em um dos barcos, o santo encontrava-se orando pela segurança de marujos que estavam em outra embarcação menor, um bote ou canoa. No bote os marujos relataram que o próprio santo esteve com eles, manobrando ele próprio o pequeno barco para que não afundasse diante da violência da tempestade.

Caso semelhante ocorreu com Santo Antonio de Pádua, onde relata-se que esteve presente, ao mesmo tempo, na igreja da cidade de São Pedro dos Quatro Caminhos, em Limoges, onde pregava à multidão, e no convento dos frades de Montpellier, onde participava do coral. Em outro caso espantoso o santo desloca-se de sua cidade de Pádua, na Itália, até Lisboa, Portugal, a fim de testemunhar a favor de familiares em um tribunal.

Casos de bilocação projetiva são relativamente fáceis de empreender. Bastam treino e vontade concentrada para serem realizados. Já para o que poderíamos chamar de “bilocação real”, onde no local de foco a presença física da pessoa é constatada por testemunhas, como palpável e concreta, é preciso considerar alguns ensinamentos passados por Allan Kardec, fundador do espiritismo kardecista. Segundo Kardec, paralelamente ao corpo físico há um corpo constituído de matéria sutil, o perispírito. Este corpo sutil normalmente é diáfano, pode atravessar a matéria comum, e é invisível aos olhos humanos. Porém, em situações especiais e dadas certas circunstâncias, é possível que o perispírito reúna em torno de si, certa quantidade de matéria, através de um processo ainda desconhecido pela ciência, de forma a tornar-se, temporariamente sólido e palpável. Após o deslocamento do foco de atenção para o ponto de origem, o corpo físico natural, a matéria agregada é liberada e o corpo bilocado dissolve-se.

[*] Este fenômeno é conhecido pelos espíritas como materialização. Durante os anos iniciais do espiritismo kardecista, enquanto Kardec ainda compilava informações que posteriormente dariam origem ao seu famoso “Livro dos espíritos”, foram realizadas diversas seções com médiuns a fim de coletar dados sobre os efeitos físicos provocados por espíritos (seres sem corpo físico) ou por médiuns de efeito físico. Os fenômenos de materialização são um assunto polêmico até os dias atuais, pois ainda não encontrou-se um explicação plenamente aceita pelos pesquisadores do assunto, sejam espíritas ou parapsicólogos, e ainda menos pela ciência oficial.

De uma forma geral aceita-se que o fenômeno ocorre mediante a utilização de uma matéria sutil, denominada ectoplasma, que provém do médium ou de pessoas à sua volta, e é trabalhado (moldado) pelo próprio médium ou pela entidade (espírito) presente no local. Reconhece-se que, sem a presença de um médium habilitado, em um trabalho, não é possível realizar materializações ou quaisquer efeitos físicos. Também, não é qualquer médium que possui esta capacidade. Dentre o universo de médiuns e pessoas dotadas com características mediúnicas ou paranormais, encontram-se pessoas com afinidades diversas. Algumas têm tendências para clarividência (ver entidades não encarnadas). Outras têm tendências para clariaudiência (ouvir vozes). Outras têm mais desenvolvidas suas capacidades de premonição, etc.

Como são poucos os médiuns que têm características tais que lhes permitam atuar em fenômenos físicos, percebe-se que é bastante difícil o estudo do fenômeno, principalmente considerando-se que mesmo médiuns habilitados nem sempre conseguem, a qualquer tempo ou lugar, prover manifestações físicas. Há ainda fatores desconhecidos que atuam neste fenômeno. Diante da raridade de médiuns capazes de  prover manifestações físicas, portanto, não surpreende que fenômenos de bilocação real (física) sejam particularmente raras.

Direitos autorais: Este texto pode ser copiado, por quaisquer meios e para qualquer fim, desde que citada a autoria. Informação é mais do que um Direito, é um Dever.

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As cidades perdidas da Amazônia

Posted by luxcuritiba em janeiro 1, 2011

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Kuhikugu, conhecida pelos arqueólogos como sítio X11, é a maior cidade pré-colombiana já descoberta na região do Xingu na Amazônia. Abrigava mil pessoas ou mais e servia como o eixo central de uma rede de aldeias menores.

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Quando o Brasil criou o Parque Indígena do Xingu em 1961, a reserva estava longe da civilização moderna, aninhada bem no limite ao sul da enorme floresta amazônica. Em 1992, na primeira vez em que fui morar com os cuicuro, uma das principais tribos indígenas da reserva, as fronteiras do parque ainda ficavam dentro da mata densa, pouco mais que linhas sobre um mapa. Hoje o parque está cercado de retalhos de terras cultivadas, com as fronteiras frequentemente delimitadas por um muro de árvores. Para muitos forasteiros, essa barreira de torres verdes é um portal como os enormes portões do Parque Jurássico, separando o presente: o dinâmico mundo moderno de áreas cultivadas com soja, sistemas de irrigação e enormes caminhões de carga; do passado: um mundo atemporal da Natureza e de sociedade primordiais.

Muito antes de se tornar o palco central na crise mundial do meio ambiente como a gigantesca joia verde da ecologia global, a Amazônia mantinha um lugar especial no imaginário ocidental. A mera menção de seu nome evoca imagens de selva repleta de vegetação respingando água, de vida silvestre misteriosa, colorida e com frequência perigosa, de um entremeado de rios com infinitos meandros e de tribos da Idade da Pedra. Para os ocidentais, os povos da Amazônia são sociedades extremamente simples, pequenas tribos que mal sobrevivem com o que a Natureza lhes oferece. Têm conhecimento complexo sobre o mundo natural, mas lhes faltam os atributos da civilização: o governo centralizado, os agrupamentos urbanos e a produção econômica além da subsistência. Em 1690, John Locke proclamou as famosas palavras: “No início todo o mundo era a América”. Mais de três séculos depois, a Amazônia ainda arrebata o imaginário popular como a Natureza em sua forma mais pura, e como lar de povos aborígines que, nas palavras de Sean Woods, editor da revista Rolling Stone, em outubro de 2007, preservam “um estilo de vida inalterado desde o primórdio dos tempos”.

A aparência pode ser enganosa. Escondidos sob as copas das árvores da floresta estão os resquícios de uma complexa sociedade pré-colombiana. Trabalhando com os cuicuro, escavei uma rede de cidades, aldeias e estradas ancestrais que já sustentou uma população talvez 20 vezes maior em tamanho que a atual. Áreas enormes de floresta cobriam os povoados antigos, seus jardins, campos cultivados e pomares que caíram em desuso quando as epidemias trazidas pelos exploradores e colonizadores europeus dizimaram as populações nativas. A rica biodiversidade da região refl ete a intervenção humana do passado. Ao desenvolverem uma variedade de técnicas de uso da terra, de enriquecimento do solo e de longos ciclos de rotatividade de culturas, os ancestrais dos cuicuro proliferaram na Amazônia, apesar de seu solo natural infértil. Suas conquistas poderiam atestar esforços para reconciliar as metas ambientais e de desenvolvimento dessa região e de outras partes da Amazônia.

“Povo da Natureza”

A pessoa mais famosa a buscar civilizações perdidas no sul da Amazônia foi Percy Harrison Fawcett O aventureiro britânico esquadrinhou o que denominou “selvas não mapeadas”, buscando uma cidade antiga – a Atlântida – na Amazônia, repleta de pirâmides de pedra, ruas de seixos e escrita alfabética. Suas narrativas inspiraram Conan Doyle em O mundo perdido e talvez os filmes de Indiana Jones. O recente e empolgante livro de David Grann, The lost city of Z (Z, a cidade perdida), refez o trajeto de Fawcett antes de seu desaparecimento no Xingu, em 1925.

Na verdade, cinco expedições alemãs já visitaram os xinguanos e suas terras. Em 1894, o livro de Karl von den Steinen, Unter den Naturvölkern Zentral Brasiliens (Entre os aborígines do Brasil Central), que descreveu suas expedições anteriores, tornou-se um clássico instantâneo da antropologia, ainda em desenvolvimento na época. O livro marcou o tom para os estudos do século 20 sobre os povos amazônicos como pequenos grupos isolados vivendo em delicado equilíbrio com a floresta tropical: “O povo da Natureza”. Mais tarde, frequentemente os antropólogos viram o ambiente florestal, em geral, como não propício à agricultura; a pouca fertilidade do solo parecia excluir os grandes assentamentos ou as densas populações regionais.

Por esse motivo, a Amazônia do passado parece ter sido muito semelhante à Amazônia dos tempos atuais.

Porém, essa visão começou a cair por terra na década de 70, conforme os acadêmicos revisaram os relatos dos primeiros europeus sobre a região, que falavam não de tribos pequenas, mas de densas populações. Conforme o best seller de Charles Mann 1491 descreve com eloquência, as Américas eram densamente habitadas na véspera do desembarque dos europeus, e a Amazônia não era exceção. Gaspar de Carvajal, o missionário que escreveu as crônicas da primeira expedição espanhola rio abaixo, observou cidades fortificadas, estradas largas com boa manutenção e muitas pessoas. Carvajal escreveu em seu relato de 25 de junho de 1542:

Passamos entre algumas ilhas que pensávamos ser desabitadas, porém ao chegarmos por lá, tão numerosos eram os povoados que vieram à nossa vista… que nos afligiu… e, quando nos viram, saíram para nos encontrar no rio em mais de duas centenas de pirogas [canoas], carregando 20 a 30 índios em cada uma, e algumas até com 40… estavam enfeitados com cores e vários emblemas, e portavam várias cornetas e tambores… e em terra, uma coisa maravilhosa de ver foram as formações de grupos que ficavam nas aldeias, todos tocando instrumentos e dançando em toda parte, manifestando grande alegria ao nos ver passando pelas suas aldeias.

A pesquisa arqueológica em várias áreas ao longo do rio Amazonas, como a ilha do Marajó na foz do rio e sítios próximos às modernas cidades de Santarém e Manaus, confirma esses relatos. Essas tribos interagiam em sistemas de comércio que se espalhavam até localidades remotas. Sabe se menos das localidades mais próximas dos limites ao sul da Amazônia, mas um trabalho recente em Llanos de Mojos nas várzeas da Bolívia e no estado do Acre sugere que eles também apresentaram sociedades complexas. Em 1720, o guarda de fronteira Antonio Pires de Campos descreveu uma paisagem densamente habitada na cabeceira do rio Tapajós, pouco a oeste de Xingu:

Esses povos existem em um número tão enorme que não é possível contar seus povoados ou aldeias, [e] muitas vezes em um dia de marcha passa-se por 10 a 12 aldeias, e em cada uma há de 10 a 30 habitações, e dentre essas casas há algumas que medem 30 ou 40 passos de largura… até mesmo suas ruas, que eles fazem bem retas e largas são mantidas tão limpas que não se encontra nenhuma folha caída…

Uma Antiga Cidade Murada

Quando me aventurei no Brasil, no início da década de 90, para estudar a profunda história do Xingu, as cidades perdidas nem sequer passavam pela minha mente. Eu lera Steinen, mas mal ouvira falar de Fawcett. Embora muito da vasta bacia amazônica fosse terra arqueológica desconhecida, não era provável que os etnógrafos, muito menos os xinguanos, tivessem ignorado um enorme centro monolítico se erguendo sobre as florestas tropicais.

No entanto, resquícios de algo mais elaborado que as aldeias ainda hoje existentes estavam em toda a parte. Robert Carneiro, do American Museum of Natural History, de Nova York, que morou com os cuicuro na década de 50, sugeriu que o estilo de vida organizado e a economia produtiva agrícola e pesqueira poderiam suprir comunidades muito mais substanciais, mil a 2 mil vezes maiores – várias vezes a população contemporânea de algumas centenas. Ele também registrou evidências de que, na realidade, a área já teve um sítio pré-histórico (designado X11 em nossa pesquisa arqueológica) cercado de imensos fossos. Os irmãos Villas Boas – indianistas brasileiros indicados para o Prêmio Nobel da Paz pela sua participação na criação do Parque do Xingu – já tinham relatado esses trabalhos no solo perto de muitas aldeias.

Em janeiro de 1993, logo após eu ter chegado à aldeia dos cuicuro, o principal chefe hereditário, Afukaka, me levou a uma das valas no sítio (X6) por eles denominada Nokugu, que recebeu o nome do espírito de onça que se pensa lá habitar. Passamos por moradores locais que construíam um enorme açude de peixes ao longo do rio Angahuku, já cheio devido às chuvas sazonais. O fosso, que corre por mais de 2 km, tinha 2 a 3 metros de profundidade e mais de 10 metros de largura. Embora eu tivesse a expectativa de encontrar uma paisagem arqueológica diferente da atual, a escala dessas comunidades antigas e de suas construções me surpreendeu. Os assistentes de pesquisa cuicuro e eu passamos os meses seguintes mapeando esse e outros trabalhos no solo no sítio de 45 hectares.

Desde essa época, nossa equipe estudou vários outros sítios na área, analisando mais de 30 km em linha reta em transectos através da floresta, mapeando, examinando e escavando os sítios. No final de 1993, Afukaka e eu voltamos para Nokugu, para que eu relatasse o que aprendi. Seguimos os contornos do fosso externo do sítio e paramos ao lado de uma ponte de terra, por onde costumava passar uma estrada enorme que tínhamos desenterrado. Apontei para uma antiga estrada de terra, totalmente reta, com largura de 10 a 20 metros, que levava para outro sítio antigo, Heulugihïtï (X13), a cerca de 5 km de distância. Atravessamos a ponte e entramos em Nokugu.

A estrada, margeada por meios-fios baixos de terra, abriu-se até 40 metros – largura das autoestradas modernas de quatro pistas. Percorridas algumas centenas de metros, passamos por cima do fosso interno e paramos para observar o interior da trincheira escavada recentemente, onde tínhamos encontrado uma base em forma de funil, para uma paliçada de tronco de árvore. Afukaka contou-me uma história a respeito de aldeias construídas sobre paliçadas e ataques-surpresa em um passado remoto.

Caminhamos por trechos de floresta, arbustos e áreas desmatadas que agora cobrem o sítio, marcas de atividades variadas no passado. Saímos em meio a uma clareira gramada cercada de enormes palmeiras que marcavam uma antiga praça. Girei devagar e apontei a borda perfeitamente circular da praça, marcada por uma elevação de um metro de altura. Expliquei a Afukaka que as altas palmeiras lá se instalaram séculos atrás, a partir de jardins de compostagem em áreas domésticas.

Deixando a praça para explorar as redondezas, nos deparamos com altos sambaquis, depósitos de restos, que muito se assemelhavam aos de trás da casa do próprio Afukaka. Estavam repletos de recipientes quebrados, exatamente iguais, nos mínimos detalhes, aos utilizados pelas esposas da tribo para processar e cozinhar a mandioca. Em uma visita posterior, quando escavávamos uma casa pré-colombiana, o chefe curvou-se dentro da área central da cozinha e retirou um enorme fragmento de cerâmica. Disse que concordava com minha impressão de que o cotidiano da sociedade antiga era muito semelhante ao atual. “Você está certo!”, Afukaka exclamou. “Veja, um apoio de panela” – um undagi, como os cuicuro o chamam, usado para o cozimento da mandioca.

Essas ligações fazem dos sítios dos xinguanos locais muito fascinantes, que se encontram entre os poucos assentamentos pré-colombianos na Amazônia onde a evidência arqueológica pode ser conectada diretamente com os costumes atuais. Em outros locais, a cultura indígena foi totalmente dizimada ou o registro arqueológico está disperso. A antiga cidade murada que mostrei a Afukaka era muito parecida com a aldeia atual, com sua praça central e estradas radiais, apenas eram dez vezes maiores.

Da Oca à Organização Política

“Suntuosa” não é uma palavra que, em geral, venha à mente para descrever uma casa com um tronco central e sapé. Ocidentais pensam em uma “cabana”. Mas a casa que os cuicuro erguiam para o chefe em 1993 era enorme: bem mais de 1 mil m2. É difícil imaginar que uma casa construída como um cesto gigante virado para baixo, sem uso de pedras, cimento ou pregos pudesse ficar tão grande. Mesmo a casa comum de um xinguano com 250 m2 é tão grande quanto uma casa média americana.

O que faz a casa do chefe sobressair não é apenas o tamanho, mas também a sua posição, localizada no ponto mais ao sul da praça central circular. Quando se entra na aldeia pela estrada de acesso formal, as famílias de boa posição moram à direita (sul) e à esquerda (norte). O arranjo reproduz, em escala maior, a planta de uma casa individual, cujo ocupante de posição destacada pendura a sua rede à direita, ao longo do comprido eixo da casa. A estrada de acesso corre aproximadamente de este a oeste; na casa do chefe, sua rede fica posicionada na mesma direção. Quando um chefe morre, ele também é deixado em uma rede com a cabeça voltada para o oeste.

Este cálculo corpóreo básico é aplicado em todas as escalas, de ocas a toda a bacia do Alto Xingu. As aldeias antigas são distribuídas pela região e interconectadas por uma rede de estradas alinhadas com precisão. Quando cheguei pela primeira vez à área, levei semanas para mapear valas, praças e estradas usando as técnicas padrões de arqueologia. No início de 2002, começamos a usar o GPS, que nos permitiu mapear a maior parte dos trabalhos no solo em questão de dias. Descobrimos um grau impressionante de integração regional. O planejamento parece quase determinado, com um lugar específi co para tudo. No entanto, fundamentava-se nos mesmos princípios básicos das aldeias atuais. As estradas principais correm do leste para o oeste, as secundárias se irradiam para fora do norte e do sul e as menores proliferam em outras direções.

Mapeamos dois agrupamentos hierárquicos de povoados e aldeias em nossa área de estudo. Cada um consistia em um centro principal cerimonial e várias aldeias satélites grandes em posições precisas em relação ao centro. Essas cidades provavelmente tinham mil ou mais habitantes. As aldeias menores estavam localizadas mais longe do centro. O agrupamento do norte está centrado no X13, que não é uma cidade, e sim um centro de rituais, semelhante a um terreno para festividades. Dois grandes povoados murados estão distribuídos de forma equidistante ao norte e ao sul do X13, e dois povoados murados, de tamanho médio, estão em posições equidistantes ao nordeste e sudoeste. O agrupamento do sul é ligeiramente diferente. Está centrado no X11, que é ao mesmo tempo uma aldeia e um centro de rituais, ao redor do qual estão povoados de tamanho médio e pequeno.

Na área de terra, cada núcleo populacional ocupava mais de 250 km2, dos quais cerca de um quinto consistia em área central construída o que, grosso modo, é equivalente a uma pequena cidade moderna. Nos dias de hoje, a maior parte da paisagem antiga está coberta por vegetação, mas a floresta nas áreas centrais tem uma concentração distinta de certas plantas, animais, solos e objetos arqueológicos, como muita cerâmica. O uso do solo foi mais intenso no passado, mas os vestígios sugerem que muitas práticas antigas eram semelhantes às dos cuicuro: pequenas áreas de plantio de mandioca, pomares com árvores de pequi e campos de sapé – o material preferido para coberturas de choupanas. O campo era uma paisagem de retalhos, intercalada por áreas de floresta secundária que invadiram as áreas agrícolas não cultivadas. Zonas úmidas, agora infestadas de buritis, a mais importante cultura industrial, preservam diversas evidências de piscicultura, como lagos artificiais, calçadas elevadas e fundações de açudes. Fora das áreas centrais, existia um cinturão verde menos povoado e até uma densa faixa florestal entre as diversas aldeias. A floresta também tinha seu valor como fonte de animais, plantas medicinais e de certas árvores, além de ser considerada a morada de vários espíritos da floresta.

As áreas dentro e ao redor de sítios residenciais estão marcadas por terra escura, egepe segundo os cuicuro, um solo extremamente fértil, enriquecido por lixo domiciliar e atividades especializadas de manejo de solo, como queimadas controladas da cobertura vegetal. Em todo o planeta o solo foi alterado, tornando-o mais escuro, mais argiloso e rico em certos minerais. Na Amazônia, essas mudanças foram especialmente importantes para a agricultura de muitas áreas, já que o solo natural é bem pobre. No Xingu, a terra escura é menos abundante em certas áreas, já que a população nativa depende principalmente do cultivo da mandioca e dos pomares, que não necessitam de solo muito fértil.

A identificação de grandes núcleos populacionais murados, espalhados numa área comparável à de Sergipe, sugere que havia, no mínimo, 15 agrupamentos espalhados pelo Alto Xingu. Entretanto, como a maior parte da região não foi estudada, a quantidade correta pode ter sido muito superior. A datação por radio-carbono dos sítios já escavados sugere que os ancestrais dos xinguanos chegaram à região, vindos do oeste, e começaram a modifi car as florestas e a zona úmida a seu critério cerca de 1.500 anos atrás ou até antes disso. Nos séculos que antecederam a descoberta da América pelos europeus, os sítios foram reformados, passando a compor uma estrutura hierárquica. Os registros existentes chegam apenas até 1884, portanto os padrões de povoação acabam sendo a única forma de estimar a população pré-colombiana; a escala dos povoamentos sugere uma população muito superior à atual, chegando de 30 a 50 mil indivíduos.

Cidades-Jardins da Amazônia

Há um século, o livro Garden cities of tomorrow (Cidades-jardins do futuro), de Ebenezer Howard, propôs um modelo para um crescimento urbano sustentável de baixa densidade populacional. Um precursor do movimento ecológico atual, Howard idealizou cidades interligadas como uma alternativa para um mundo industrial, repleto de cidades com arranha-céus. Sugeria dez cidades com dezenas de milhares de habitantes, que teriam a mesma capacidade funcional e administrativa que uma só megacidade.

Os antigos xinguanos parecem ter construído esse sistema, um tipo de urbanismo de estilo verde ou protourbanismo – uma incipiente cidade-jardim. Talvez Percy Fawcett estivesse no lugar certo, mas com o foco equivocado: cidades de pedra. O que faltava aos centros em termos de pequena escala e elaboração estrutural, os xinguanos conseguiam alcançar pela quantidade de cidades e por sua integração. Se Howard tivesse conhecimento de sua existência, poderia ter-lhes devotado um trecho no Garden cities of yesterday (Cidades-jardins do passado). O conceito comum de cidade como uma densa rede de prédios de alvenaria remonta à época das antigas civilizações dos oásis nos desertos, como na Mesopotâmia, mas que não possuíam as mesmas características ambientais. Não só as florestas tropicais amazônicas, como também as paisagens das florestas temperadas da maior parte da Europa medieval, eram pontilhadas por cidades e vilarejos de tamanhos similares a essas no Xingu.

Essas visões são especialmente importantes na atualidade por causa da retomada do desenvolvimento do sul da Amazônia, desta vez pelas mãos da civilização ocidental. A floresta do sul amazônico, em transição, está se convertendo rapidamente em áreas cultivadas e de pastagens. Seguindo o ritmo atual, no decorrer da próxima década a floresta se reduzirá a 20% de sua área original. Muito do que resta fi cará restrito a reservas, como as do Xingu, onde os povos indígenas são os comandantes da biodiversidade restante. Nessas áreas, sob muitos aspectos, a salvação das florestas tropicais e a proteção da herança cultural indígena são partes de um só todo.

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/as_cidades_perdidas_da_amazonia.html

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