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A criatura humana é essencialmente boa

Posted by luxcuritiba em setembro 29, 2008

Essa foi a conclusão a que cheguei, depois de alguns anos de estudos e, principalmente, muita prática meditativa.

Essa crença é afirmada pelo budismo a milênios. Mas confesso que tinha dúvidas se correspondia à verdade. Porém, a prática demonstrou-me estar perfeitamente correta.

Para o budismo toda criatura humana tem dentro de si um buda. Portanto, não há necessidade de procurar um mestre em lugar algum, tão pouco há necessidade de algum treinamento especial para tornar-se um iluminado. Qual o treinamento necessário para tornar-se aquilo que você já é?

No zen-budismo toda prática é assessória. Somente uma atividade é estritamente essencial: a meditação zazen.

A meditação possibilita o “não fazer” (não pensar) necessário para que a essência búdica desperte das profundezas da alma (mente?), brotando como cálida flor.

Esta flor está sobre um vazio de completo negrume, que pode assustar o aspirante ao despertar. Num primeiro momento, observa-se a flor, e fica-se impressionado e inspirado por sua beleza. Num segundo momento entra-se na escuridão, e percebe-se que não há ali nenhum motivo para receio. A única presença percebida ali é paz, e silêncio.

É quando a mente humana racional cala-se, que a flor da essência vem à superfície. Para calar a mente pratica-se a meditação.

Se você tem medo, raiva, tristeza ou desejo de vingança, medite.

Se você continua com medo, raiva, tristeza ou desejo de vingança, continue meditando.

Se o medo, a raiva, a tristeza ou o desejo de vingança, persistir, persista meditando.

Chegará o momento em que o medo, a raiva e a tristeza, simplesmente se desvanecerão como ar. Sobrará apenas uma clara lucidez e um presente Aqui-Agora, que possibilita observar o mundo sem necessidade de classificar (julgar).

O desejo de vingança não fará mais sentido, como não faz sentido, para um homem adulto, vingar-se do colega de infância, que roubou no jogo de bulicas(*). O passado ao passado pertence.

Não existem pessoas más. Existem pessoas que não meditam o suficiente.

Zhannko Idhao Tsw
Curitiba-PR
17-09-2008

PS1: (*) Jogo de bulicas (bolicas, bolitas ou bolas de gude): Jogo onde uma criança lança uma pequena bola de vidro, com os dedos, tendo as bolas (de gude) dos adversários como alvo. A criança que acertar mais bolas vence o jogo.

PS2
: Bondade e ingenuidade não são sinônimos. Se tiver que lidar com víboras, use luvas de segurança. Conhecer a lei da gravidade não o torna imune a ela.

PS3: Da mesma forma que a beleza, a maldade está nos olhos de quem vê.

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Budismo: o fim do sofrimento

Posted by luxcuritiba em abril 19, 2008

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O budismo surgiu a 2.500 anos, mas os ensinamentos do Buda sempre existiram. Pode ser considerado uma filosofia de vida na qual existe um fundo religioso ou uma religião com questões filosóficas sobre a vida.

Nascemos e vivemos a vida que nos é dada e, eventualmente, sentiremos uma sensação de insatisfação com as condições de nossa existência. Esse sentimento é o que o budismo chama de “sofrimento”. O budismo é uma prática que visa eliminar esse sofrimento e alcançar a felicidade absoluta e incondicional.

O budismo é baseado na experiência de Siddhartha Gautama, príncipe indiano que abandonou riquezas e prazeres, para descobrir como eliminar o sofrimento de seu povo. Fundamenta-se nas Quatro Nobres Verdades, que são:

· A existência do sofrimento;
· O sofrimento é causado pelo desejo;
· Eliminando o desejo eliminamos o sofrimento;
· Para eliminar o desejo praticamos o Caminho Óctuplo.

A chamada “iluminação”, meta a ser alcançada pelo praticante, significa a libertação do sofrimento e o encontro com a felicidade completa e incondicional. Para atingir esse estado de não-sofrimento é praticado o Nobre Caminho Óctuplo que consiste de:

· Reta visão e entendimento;
· Reto pensamento;
· Reta palavra;
· Reta ação;
· Reto modo de subsistência;
· Reto esforço;
· Reta atenção;
· Reta concentração.

O caminho do meio: equilíbrio é a chave

Siddhartha, morando em seu palácio, levada uma vida plena de prazeres até que, decidido a conhecer a vida fora do palácio, deparou-se com o sofrimento sob a forma da velhice, da doença e da morte.

Decidido a encontrar uma solução para essas formas de sofrimento abandonou a nobreza e adotou uma vida ascética. Durante vários anos manteve contato com eremitas e brâmanes aprendendo suas tradições e praticando a meditação. Conta-se que chegou ao ponto de passar o dia com apenas um grão de arroz.

Depois de alguns anos de severas mortificações, estando fraco e esquelético, percebeu que abandonar os prazeres por uma vida de extremo ascetismo não o estava levando à eliminação do sofrimento.

Compreendeu então que a chave para o não sofrimento é o equilíbrio entre o prazer e a abstenção, o que ficou conhecido como O caminho do meio. Segundo os ensinamentos do Buda, negar todo prazer não trará felicidade plena, e deixar-se levar por toda forma de sensação também não.

A meditação

Para encontrar o perfeito equilíbrio mental que leva a felicidade plena é fundamental conhecer a natureza de nossas emoções e como a mente funciona. Uma ferramenta essencial para alcançar esse entendimento é a prática da meditação chamada, no Zen-budismo, de Zazen.

A meditação zazen consiste numa prática de relaxamento, onde a pessoa senta-se de forma confortável, mantém uma respiração lenta e profunda, os olhos fixos num ponto à frente em ângulo de 45º para baixo e elimina toda forma de pensamento. O objetivo do zazen é silenciar a mente e levar a um maior grau de auto-conhecimento e auto-controle.

Inação ou HIPERação?

A prática de meditação zen-budista pode dar a impressão, à primeira vista, de que o budista incentiva seus adeptos a uma inação doentia. No entanto, o objetivo da meditação zen não é divagar com a mente mas sim alcançar um estado de plena lucidez ou hiper-lucidez como mencionam alguns autores. Este estado de hiper-lucidez é um estado onde a pessoa está completamente no aqui-agora, sem divagar, com a atenção totalmente voltada para o que está fazendo.

O budismo não diz que devamos ficar parados o dia inteiro, pelo contrário, diz que toda atividade cotidiana pode ser utilizada como prática de meditação ativa. O requisito para isso é realizar as atividades de forma plenamente consciente, plenamente lúcida, e não de forma autômata como tão normalmente ocorre, onde as pessoas executam suas atividades como se fossem robôs.

Dica de livro

A MENTE ALERTA — JON KABAT-ZINN, OBJETIVA, RIO DE JANEIRO, 2001.
Em linguagem simples e atual, o autor reflete sobre alguns conceitos budistas relacionados à mente e à prática meditativa e sobre como aplicá-los com naturalidade ao cotidiano do homem ocidental urbano. Kabat-Zinn é fundador e diretor da Clínica de Redução do Estresse do Centro Médico da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.

Zhannko Idhao Tsw

DIREITOS AUTORAIS: Este texto pode ser copiado, por quaisquer meios e para qualquer fim, desde que citada a autoria.

INFORMAÇÃO é mais do que um DIREITO, é um DEVER.

      

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