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Usinagem do núcleo de granito por ultra-som

Posted by luxcuritiba em fevereiro 19, 2012

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Diz Dunn:

O detalhe mais significativo dos furos e núcleos estudados por Petrie é que a ranhura vai mais fundo no quartzo do que no feldspato. Cristais de quartzo são empregados na produção de ultra-sons e respondem à vibração nas ga­mas ultra-sônicas, podendo ser induzidos a vibrar em alta frequência. Na usinagem de granito com ultra-sons, o material mais duro (quartzo) não oferece necessariamente mais resistência, tal como ocorre ao se empregar métodos de usinagem convencionais. Uma ferramenta de vibração ultra-sônica encontraria muitos parceiros simpáticos ao cortar granito, mesmo estando dentro do próprio! Em vez de resistir à ação de corte, o quartzo é induzido a responder e a vibrar em simpatia com as ondas de alta frequên­cia, amplificando a ação abrasiva da ferramenta.

O fato de haver uma ranhura pode ser explicado de diversas formas: um fluxo de energia desigual pode ter feito com que a ferramenta oscilasse mais de um lado do que do outro; a ferramenta pode ter sido mal montada; um acúmulo de abrasivo de um lado da ferramenta pode ter criado a ranhura quando a ponta penetrou o granito.

Os lados afilados do furo e do núcleo são perfeitamente normais quando levamos em conta os requisitos básicos para todos os tipos de ferramenta de corte: que haja uma folga entre as superfícies não-funcionais da máquina e a peça sendo trabalhada. Em vez de termos um tubo retilíneo, teríamos, portanto, um tubo com a espessura de parede cada vez mais fina ao longo de sua extensão. O diâmetro externo vai ficando cada vez menor, criando folga entre a ferramenta e o furo; e o diâmetro interno vai ficando maior, criando folga entre a ferramenta e o núcleo central. Isso permite que um fluxo livre de abrasivo atinja a área de corte.

Uma broca tubular nessas condições também explica o afilamento das late­rais do furo e do núcleo. Usando uma broca tubular feita de material mais mole do que o abrasivo, a superfície cortante iria ficar cada vez menor. Por­ tanto, as dimensões do furo corresponderiam às dimensões da ferramenta na extremidade cortante. Com o desgaste da ferramenta, o furo e o núcleo refletiriam isso na forma do afilamento.”5

Dunn afirma que com a usinagem ultra-sônica, a ferramenta pode pe­netrar reto na peça sendo trabalhada. Ela também pode ser aparafusada na peça. A ranhura espiral pode ser explicada caso levemos em conta um dos métodos que se costuma usar para avançar componentes de máquinas de maneira uniforme. A velocidade de rotação da broca não está implicada nesse método de corte, sendo apenas um meio de fazer com que o instrumento penetre a peça. Usando o método da porca e do parafuso, a broca tubular pode avançar com eficiência para dentro da peça, girando no sentido horá­rio. O parafuso iria rosquear-se gradativamente pela porca, forçando a bro­ca oscilante para dentro do granito. Seria o movimento da broca induzido pelo ultra-som que faria o corte, e não a rotação. Esta só seria necessária para manter a ação de corte na superfície de trabalho. Por definição, o pro­cesso não é uma perfuração convencional, mas um processo de moagem no qual são usados abrasivos para impactar o material de tal forma que se con­segue remover uma porção controlada de material.

Diz Dunn

Outro método pelo qual as ranhuras poderiam ter surgido é o emprego de uma ferramenta rotatória de trepanação, montada de maneira excêntrica em relação ao seu eixo de rotação. Clyde Treadwell, da empresa Sonic Mill Inc., em Albuquerque, Novo México, explicou-me que quando uma broca excêntrica gira dentro do granito, ela vai sendo lentamente forçada a se ali­nhar com o eixo de rotação do eixo da máquina. As ranhuras, segundo ele, poderiam ter sido criadas quando a broca foi retirada rapidamente do furo. Se a teoria de Treadwell estiver correta, ainda irá exigir nível tecnológico bem mais desenvolvido e sofisticado do que se costuma atribuir aos antigos cons­trutores de pirâmides. Esse método pode ser uma alternativa válida para a teoria da usinagem ultra-sônica, embora o ultra-som resolva todas as per­guntas não respondidas das outras teorias. Podem ter sido propostos méto­dos que abrangem determinado aspecto das marcas de máquina, mas não chega ao método descrito aqui. Quando procuramos um único método que dê respostas para todos os dados é que nos afastamos da usinagem primitiva, ou até da convencional, e somos forçados considerar métodos um tanto anômalos para esse período da história.16

Fonte: A Incrível Tecnologia dos Antigos, David Hatcher Childress, editora Aleph, 2005, pp. 277-279.

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Uma resposta to “Usinagem do núcleo de granito por ultra-som”

  1. […] nos links abaixo: – Magníficos artefatos em pedra: evidência de uma cultura preexistente – Usinagem do núcleo de granito por ultra-som – Dentro da Câmara do Rei – A usina de força de Gize – Caixas de granito em túneis […]

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