As bolhas de plasma são regiões da ionosfera terrestre que se formam em baixas latitudes devido à separação entre áreas de densidades diferentes. Quando uma camada mais densa de plasma se sobrepõe a uma camada menos densa, o resultado é a formação dessas estruturas ocas que podem crescer centenas de quilômetros, e interferir nos sinais de GPS e comunicações por satélite.
No artigo publicado na revista Geophysical Research Letters, é descrita a detecção simultânea de regiões de bolhas de plasma, após o pôr do sol e ao nascer do sol, observadas pelo radar durante uma tempestade geomagnética ocorrida de 4 a 6 de novembro de 2023.
Quando as partículas energéticas provenientes de uma tempestade solar chegam à Terra, elas interagem com o campo magnético, principalmente na região do equador, onde a densidade do plasma é mais alta, causando essas bolhas de plasma equatorial (EPB na sigla em inglês).
O fenômeno ainda não é totalmente compreendido e os pesquisadores não sabem ao certo como isso pode afetar a Terra. No entanto, se sabe que elas podem impactar a comunicação no nosso planeta. Da mesma forma que o clima, as EPBs também mudam de estação para estação, porém influenciadas pela atividade solar. Assim, conseguir prevê-las, em localização, tamanho e tempo, pode ser fundamental para a mitigação de possíveis interrupções sofridas pelos satélites.
Dezenas de bolhas de plasma equatoriais se formam todos os anos nessa região específica. Mas é a primeira vez que uma foi localizada exatamente acima das pirâmides de Gizé. O avanço da tecnologia de radares de longo alcance permitiu a detecção do fenômeno em tempo real pela primeira vez.
A identificação das bolhas de plasma equatoriais foi possível a partir do uso de um radar ionosférico de longo alcance e baixa latitude, chamado de LARID. Seu alcance de detecção é de 9.600 km, uma distância que triplicou em menos de meio ano à medida que o desempenho do sistema melhorou. O equipamento consegue localizar as irregularidades criadas pelo fenômeno em tempo real.
Assim como as transmissões de rádio podem ser enviadas para todo o mundo, fazendo-as refletir contra o plasma da ionosfera, o radar pode ser enviado da mesma maneira. O diferencial do LARID está na capacidade de receber os sinais de volta e interpretá-los com a variação criada por essas bolhas de plasma.
O propósito das grandes pirâmides de pedra das civilizações antigas continua a ser um mistério. Embora as pirâmides às vezes sejam reputadas por ter certos poderes ou energias associadas a elas, a evidência documentada é escassa e a teoria científica é deficiente. Este artigo explora algumas questões-chave: (1) Existe um campo de energia associado às estruturas piramidais que possa realizar trabalho? Se sim, qual é a natureza desse campo de energia? Existem efeitos das estruturas piramidais sobre os humanos, outros organismos e objetos inanimados? (2) A consciência interage com as estruturas piramidais para produzir ou modificar quaisquer efeitos? A crença e a intenção são importantes?
Evidências mostram que as estruturas piramidais coletam ou permitem o que pode ser uma forma nova de energia — energia cósmica ou bioenergia — para fluir de maneira incomum, produzindo uma variedade de efeitos inesperados que não podem ser explicados pela ciência convencional. A restauração da nitidez de lâminas de barbear; a secagem rápida e preservação de alimentos; a aceleração da cicatrização de ferimentos humanos e animais doentes; e o crescimento aumentado de plantas com maior biomassa são alguns desses efeitos.
Em um estudo controlado sobre germinação e crescimento de sementes, observamos uma interação da consciência, onde a intenção distante pode facilitar um crescimento mais rápido das plantas, juntamente com a colocação das plantas sob uma estrutura piramidal, levou a efeitos sinérgicos positivos no crescimento das plantas, superiores à intenção sozinha ou à pirâmide sozinha. O alinhamento com o norte geomagnético é importante para obter esses efeitos.
A evidência coletiva sugere que as estruturas piramidais podem ser geradores psicotrônicos que trabalham em conjunto com a consciência e uma forma de energia para produzir efeitos vantajosos sobre a matéria.
ESTUDO CONTROLADO SOBRE O CRESCIMENTO DE PLANTAS
Em um estudo piloto, exploramos a interação da intenção mental distante no espaço e no tempo, juntamente com o uso de uma estrutura piramidal na germinação e crescimento de feijões Kentucky Wonder (feijão-de-corda) em um ambiente de laboratório. As questões de pesquisa foram: (1) Uma estrutura piramidal sozinha afeta a germinação e o crescimento das plantas? (2) A intenção consciente sozinha afeta a germinação e o crescimento das plantas? (3) Há uma interação entre os efeitos de uma estrutura piramidal e a intenção na germinação e crescimento das plantas?
Vinte e quatro feijões que havíamos colhido no ano anterior foram selecionados aleatoriamente e plantados em 4 bandejas plásticas de viveiro, cada uma contendo 6 amostras, com um volume igual de vermiculita (substrato inerte). Cada bandeja foi selecionada aleatoriamente e designada da seguinte forma: (1) controle; (2) intenção distante sozinha; (3) colocação sob uma estrutura piramidal sozinha; e (4) intenção distante juntamente com a colocação sob uma estrutura piramidal.
A estrutura piramidal com base quadrada de 4 pés, composta por bordas de madeira de 2 x 2 polegadas com triângulos equiláteros de faces abertas, foi colocada em uma mesa e orientada de forma que dois lados estivessem paralelos ao norte geomagnético, conforme indicado por uma bússola. Os grupos de plantas foram colocados em duas mesas diferentes, com dois grupos de plantas sob a pirâmide centrados sob o ápice, e os outros dois grupos colocados em uma mesa adjacente sem pirâmide. Ambas as mesas estavam equidistantes das janelas para receber iluminação igual. A Figura 1 mostra o arranjo experimental.
A intenção mental foi aplicada por um grupo de mais de 50 participantes em um workshop conduzido por Beverly Rubik na conferência anual de 2011 da International Society for the Study of Subtle Energies and Energy Medicine, em Boulder, Colorado, a mais de 1.000 milhas do laboratório. Este workshop ocorreu um mês antes do início do estudo, de modo que a intenção focada pelo grupo estava distante, tanto espacialmente quanto temporalmente, do experimento. Os participantes foram instruídos a enviar energia para impulsionar o crescimento futuro das plantas para 2 conjuntos de amostras, um sob uma estrutura piramidal de madeira e outro fora da pirâmide. Eles não foram informados (cegos) sobre os grupos de controle. Os participantes se engajaram no exercício de intenção em grupo por 10 minutos.
As condições físicas das amostras de plantas foram controladas, incluindo o nível de luz ambiente, temperatura e rega. Fotografias das plantas foram tiradas ao longo do tempo e comparadas quanto ao tempo de germinação, crescimento e tamanho das folhas. Não foram encontradas diferenças aparentes na germinação para os 4 grupos. As plantas sob a pirâmide tinham folhas maiores, aproximadamente 5 cm de comprimento, em comparação com os controles, de 3,5 cm de comprimento. As plantas tratadas com intenção mais pirâmide mostraram caules mais longos que se entrelaçavam em comparação com os controles, que eram mais curtos e não se entrelaçavam.
O crescimento das plantas parou após 1 mês, quando os nutrientes das sementes se esgotaram. Cada caule de planta foi cuidadosamente cortado no topo da vermiculita e seco ao ar por uma semana. As partes superiores das plantas foram pesadas usando uma balança analítica para determinar o peso seco da biomassa. Os resultados são mostrados na Figura 2. As raízes, presas à vermiculita, não foram pesadas, mas apenas avaliadas qualitativamente para determinar o tamanho do sistema radicular.
Houve diferenças significativas no peso seco da biomassa entre os grupos. Conforme mostrado na Figura 3, o grupo de intenção apresentou 22,7% mais biomassa do que o controle; o grupo da pirâmide, 19,0% mais biomassa; e o grupo de intenção mais pirâmide apresentou 31,4% mais biomassa do que o controle. O tamanho do sistema radicular e a integridade do sistema de raízes aumentaram qualitativamente com o peso seco. A diferença entre os efeitos do grupo de intenção e do grupo da pirâmide não foi significativa. No entanto, a diferença entre esses grupos e o grupo de intenção mais pirâmide foi significativa (p<0,05). Em conclusão, a pirâmide mostrou efeitos sinérgicos significativos com a intenção para produzir o maior crescimento das plantas, medido pelo peso seco da biomassa. Isso sugere que as estruturas piramidais podem ser dispositivos dependentes do operador, amplificando a intenção consciente.
É notável que a intenção do grupo foi remota, através do espaço-tempo, e ainda assim foram encontradas aumentos robustos em relação aos controles. Não podemos descartar a intenção dos experimentadores, no entanto, já que os experimentadores regaram e fotografaram as plantas a cada poucos dias. Em um estudo realizado no Japão utilizando uma estrutura piramidal de faces abertas feita de tubos de alumínio, houve uma resposta retardada de gás (2-hexanol) emitido de fatias de pepino colocadas acima da pirâmide em resposta a um sujeito humano meditando dentro da estrutura piramidal. Essa emissão anômala de gás dos pepinos ocorreu durante um período prolongado, mais de 10 dias após as sessões de meditação na pirâmide. Assim, a intenção do sujeito e a interação com a pirâmide produziram efeitos de longo prazo de maneira semelhante. [12]
CONCLUSÕES
As Grandes Pirâmides são anomalias ao incorporar vários aspectos científicos e matemáticos do cosmos, previamente desconhecidos até muitos milhares de anos após sua construção. Elas desafiam as habilidades modernas de engenharia. Além disso, pode haver um conhecimento maior incorporado nas Grandes Pirâmides que ainda não foi revelado. Apresentamos evidências científicas de que a consciência interage com estruturas piramidais em pequena escala.
Especulamos que as culturas antigas que construíram esses monumentos consideravam a consciência como um aspecto primário da natureza.
De uma perspectiva científica convencional, não deveria haver efeito algum dentro ou nas proximidades de uma estrutura piramidal. Objetos como as pirâmides são considerados completamente separados de nós e imersos em um espaço vazio considerado isotrópico. O poder da forma não é aceito pela ciência convencional, nem a energia cósmica ou o éter. Quando materiais não condutores são utilizados, nem mesmo se pode considerar as estruturas piramidais como antenas eletromagnéticas no sentido convencional. No entanto, está claro que a ciência contemporânea está em falta, pois existem efeitos bem documentados que não consegue explicar. A dependência da orientação para o norte magnético é outra anomalia.
Não é necessário dizer que essas não são as únicas observações que a ciência contemporânea não consegue explicar. Os sonhos extremamente vívidos ao dormir sob uma pirâmide representam outro mistério, assim como a interação das formas piramidais com a intenção e a crença consciente. Como a ciência não abraça a consciência, existem obstáculos para estudar tais fenômenos.
Em contraste, a visão de mundo antiga abraçava o universo como algo muito mais do que uma máquina determinista, com um mar cósmico interativo de energia que permeia o espaço e está dentro e ao nosso redor. Os seres humanos eram fontes de energia, e a consciência era primária. “Onde a mente vai, o qi flui” é o princípio básico da filosofia oriental antiga. Sua ciência e tecnologia estavam em um nível muito mais alto de conhecimento e compreensão do que a ciência contemporânea no que se refere à consciência e ao domínio da energia sutil. Temos muito a aprender ao explorar mais as pirâmides e outros relicários antigos com uma mente aberta.
Os cientistas usaram uma técnica chamada radiografia de múons de raios cósmicos que pode gerar imagens tridimensionais das entranhas da estrutura.
A abordagem usa uma partícula subatômica, chamada múon, que é produzida em grande abundância pelos raios cósmicos.
Isso revelou um corredor com cerca de 9 metros de comprimento e uma seção transversal de cerca de 2 por 2 metros. A finalidade deste corredor e a área a que ele conduz ainda não são comprendidas.
Ainda está em construção, mas a imagem já impressiona! Obra de Francisco de Assis Pereira Pires de Campos, 72 anos, empresário e aficionado em temas como Universo, Ufologia, Energias magnéticas, telúricas, orgônicas, espirituais e assuntos relacionados.
Estruturas Piramidais, Orgonites, e Caixas Orgônicas, são de especial interesse para Francisco, além de trilhas, bunkers, viagens, aventuras e construções exóticas.
Dentre todas essas paixões, o que mais me fascina são as pirâmides, não somente pela sua edificação monumental, como pela sua estrutura matemática e por fim a energia universal captada e distribuída em toda a sua estrutura. Nesse sentido, fomos visitar as pirâmides na planície de Gizé e maravilharmo-nos com a Pirâmide de Quéops.
Depois de realizar várias experiências com pirâmides de cobre e seus efeitos sobre as sementes, leite, carne, ovos e outros materiais, resolveu construir pirâmides maiores, para energizar pessoas.
Em 2021 iniciamos a construção de pirâmides, começamos com uma de 2,5m de altura e base com 3,92m totalmente em aço. Foi o projeto piloto, para aprendermos a soldar as arestas com o ângulo de 51ºgraus.
Posteriormente, iniciamos o projeto e construção de uma pirâmide maior com 5m altura e base de 7,85m, com 91 m2 de área útil, com térreo e mezanino.
O projeto é ousado! E reflete sua paixão pelos temas ligados as energias sutis.
Toda a estrutura foi montada com perfis de aço 80×80/3mm Industrial. A cobertura foi feita em tábuas de pinho com 2,5 cm de espessura. Por cima do madeiramento foi colocado manta isotérmica de Polipropileno, Polietileno aditivado e alumínio dupla face PE. Por fim foi colocada cobertura de folhas de alumínio ALUM 1200-H14 de 0.40 mm e 0.70 mm de espessura. Toda estrutura foi apoiada em pilares 0,15m X 0,15m X 1,00m em concreto.
Veja detalhes da construção nas fotos abaixo:
Em seu interior vou colocar uma caixa Orgônica, Cristal de Quartzo na Câmara do Rei e aconselhado por um amigo, um grande orgonite no topo da pirâmide. Tudo é teste! Vamos medir as energias. – conta Francisco.
Na Estância Nova Era – www.estancianovaera.com.br -, local onde foi construída a casa pirâmide de 6m de altura, ele ainda quer construir várias pirâmides menores, para servirem como chalés piramidais aos hóspedes.
Veja a seguir como ficará a casa pirâmide depois de pronta em imagens do projeto modeladas em computador.
Agora que estamos aprendendo a construir casas piramidais e caixas Orgônicas, vou inclui-las nos meus negócios imobiliários e turismo.
Não é a primeira vez que Francisco se aventura em realizar construções exóticas. Na estância ele já construiu vários Domus em super-adobe, resultando em um dos maiores do Brasil possuindo subsolo, térreo e mezanino com sala tendo 6m de pé direito.
Quem desejar conhecer a pirâmide ou quiser apenas passar um final de semana em um ambiente rodeado por exuberante vegetação pode acessar o site da Estância para maiores informações ou entrar em contato pelo email fappc1@gmail.com, ou telefone 11-9.6021.6021 (whats). Certamente será muito proveitoso passar um tempo num ambiente com energias tão renovadoras!
Gostaria de construir uma casa piramidal também? Converse com o Francisco, ele se dispõe a prestar assessoria para a realização desse sonho, desde o projeto até a construção.
E por fim um passeio virtual pela modelagem 3d em computador do projeto como deve ficar quando terminado. Veja o vídeo abaixo:
Recentemente foram divulgadas nas redes sociais algumas fotos de auroras boreais impressionantes e brancas. Você já deve ter visto muitas fotos e vídeos desse fenômeno belo e inspirador. Mas geralmente elas são em várias cores. Você já viu uma aurora branca? Existe de fato aurora branca? Vejamos algumas considerações e algumas belas imagens…
A rigor o mecanismo da luz auroral é a emissão de gases excitados à medida que eles fazem transições para estados de energia mais baixos. Essas transições produzem espectros de emissão. Portanto, eles produzem luz monocromática em um ou mais comprimentos de onda. A luz verdadeiramente branca requer que a luz seja emitida em todos os comprimentos de onda visíveis.
É possível que uma luz auroral muito brilhante pareça branca para um observador. Se uma fonte de luz colorida for muito brilhante, ela pode saturar sua visão e a cor parecer desbotada. É por isso que muitas pessoas vêm Júpiter como um ponto branco em seus telescópios: é tão brilhante que você não consegue distinguir as delicadas variações de cores.
Às vezes, quando a Aurora é forte, as cores são facilmente discerníveis, mas na maioria dos casos, a Aurora pode ser de cor clara ou efetivamente incolor.
Pode-se então dizer que é bastante fácil ver uma Aurora branca/translúcida, às vezes muito mais fácil do que ver uma Verde ou Vermelha. No entanto, as câmeras que usamos para tirar fotos das Luzes têm sensores muito melhores do que nossos olhos, então a cor quase sempre aparece na câmera, mesmo quando não podemos vê-la.
Existem diferentes tipos de Aurora? Quais são os tipos?
De acordo com o livro do especialista auroral e físico Neil Davis (Davis, N. 1992. The Aurora Watcher’s Handbook. Fairbanks: U. of A. Press.), existem três tipos de auroras: discretas, auroras pulsantes e arcos de hidrogênio (auroras difusos).
As auroras discretas são auroras que têm proporções bem definidas. Tudo começa aqui e termina ali. Estes seguem as linhas do campo magnético e são muito finos em seu núcleo, apesar de às vezes formarem formas que podem ser vistas a centenas de quilômetros de distância. É esse tipo de aurora que você vê na maioria das fotos.
Auroras pulsantes são os restos de eventos aurorais mais fortes. Depois que uma forte formação de auroras “quebra”, ainda permanecem algumas auroras sem forma por todo o céu. Estes são bastante fracos, principalmente incolores e mudam de forma durante a noite. Isso pode durar horas após o término de um forte evento auroral.
Finalmente, os arcos de hidrogênio (auroras difusas) são o resultado de fracos fluxos de partículas solares que fluem continuamente em direção à terra, mesmo quando você não tem erupções solares. Essas auroras difusas parecem muito incolores e são semelhantes em aparência à Via Láctea.
Como a aurora boreal acontece
O sítio arqueológico de El Tajin, no México atual.
Quando pensamos em Aurora Boreal, rapidamente vem à mente as luzes coloridas e dançantes no céu escuro do ártico. Mas você sabe como esse fenômeno acontece?
Antes de qualquer coisa, é importante falar de Aurora Polar.
A Aurora Polar é uma reação luminosa causada pelo impacto do vento e poeira solar com a atmosfera terrestre. Esse fenômeno só acontece nas regiões polares – próximo do Polo Sul e do Polo Norte – por causa da canalização pelo campo magnético terrestre.
Como você viu na imagem, Aurora Polar é como é chamado o fenômeno que acontece em ambos os polos. Mas e a Aurora Boreal?
“Aurora Boreal” é o nome dado por Galileu Galilei para se referir ao fenômeno que acontece no hemisfério norte, também chamado simplesmente de “luzes do norte”. A Aurora Polar no hemisfério sul, por sua vez, recebe o nome de “Aurora Austral”.
O que é preciso para ver a aurora?
O fenômeno acontece cerca de 200 dias por ano na Lapônia, região mais setentrional da Finlândia. Os dados parecem animadores, mas infelizmente não é porque a Aurora Boreal está acontecendo que você irá vê-la.
Basicamente, é preciso saber que existem 3 fatores que vão influenciar na visibilidade da Aurora Boreal: escuro absoluto, atividade geomagnética e céu limpo.
Escuro Absoluto
Esse é o único fator que depende exclusivamente de planejamento, então é bom ficar atento.
O que acontece é que as luzes do norte são bastante suaves. Por isso, qualquer luminosidade externa pode interferir na visibilidade. Levando isso em conta, vale a pena prestar atenção em alguns detalhes:
- não viaje entre abril e agosto, já que nesse período as noites são muito curtas ou inexistentes;
- evite viajar na lua cheia, pois até a claridade da lua pode atrapalhar; e
- fuja de grandes centros urbanos e lugares com muita poluição luminosa.
Outra dica é tomar cuidado com o celular, lanternas e outras fontes luminosas durante as “caçadas” de Aurora Boreal. Isso porque quando ficamos um tempo no escuro, as nossas pupilas dilatam e aumentam a percepção de luz. Alguns sentem mais, outros menos.
Atividade geomagnética
Diversos fatores influenciam na atividade geomagnética que causa a Aurora Boreal. E o grande problema é que é um pouco difícil prevê-los.
As previsões geralmente levam em conta a rotação solar, a ovação auroral e o índice KP.
O índice KP (índice K planetário estimado) é um dos mais utilizados e fornece uma escala de 0 a 9 para medir a influência da atividade geomagnética na visibilidade da Aurora Boreal.
Basicamente, o KP dita a intensidade da Aurora Boreal e a latitude necessária para vê-la. Em regra: quanto maior o KP, maiores as chances de um grande espetáculo no céu e também das luzes serem vistas mais ao sul.
O grande problema é que as previsões a longo prazo não são muito precisas. E mesmo as previsões a curto prazo não são capazes de ditar exatamente quando e em qual altitude (o que influencia diretamente nas cores) ela acontecerá.
Por isso, os melhores sites e aplicativos de previsões podem sim ajudar. Mas não são infalíveis. E, pensando em uma viagem que será planejada com meses de antecedência, eles acabam tendo pouquíssima relevância no longo prazo.
Céu limpo
Esse fator não requer muita explicação: as Auroras Boreais acontecem em maiores altitudes do que as nuvens. Logo, se o céu estiver completamente encoberto, não dará pra ver nada.
Como sabemos, as previsões climáticas também não são muito precisas. Mas existem sim épocas piores e melhores para ver a Aurora Boreal na Finlândia. Novembro, por exemplo, é provavelmente um dos piores meses.
Quais são as cores da Aurora Boreal?
Vimos que a Aurora Boreal é causada pela colisão de partículas solares com a atmosfera terrestre. A atmosfera terrestre é composta por gases com composições e elementos que variam de acordo com a altitude. Por isso, a depender de onde a colisão acontece, a reação (e cores) é diferente.
As luzes vermelhas, por exemplo, são produzidas em altitudes de 300 a 400 km, enquanto as rosas e vermelhas escuras são produzidas a cerca de 100 km de altitude. As verdes, mais frequentes, são causadas pela colisão com moléculas de oxigênio em altitudes de 100 a 300 km.
Além disso, os olhos humanos captam melhor os tons esverdeados nessas condições, por isso as Auroras verdes são ainda mais comuns.
Dá pra fotografar a Aurora Boreal com o celular?
Não é impossível fotografar a Aurora Boreal com o celular, mas existem limitações técnicas.
Equipamentos mais modernos como o iPhone 12, que possuem o modo noturno, já conseguem bons resultados usando um tripé e longa exposição. Claro que ainda há algumas limitações, mas dá pra fazer fotos bem legais.
Aparelhos mais antigos ou básicos já são mais difíceis porque, em geral, não possuem um sensor (que é responsável pela entrada de luz) adaptado para essas condições.
Mas mesmo que você tenha o melhor aparelho, o grande problema fica por conta da bateria. Diferente das câmeras, não tem como trocar quando ela acaba (a maioria dos celulares mais novos não permitem trocar a bateria que é embutida dentro do celular). E se você viajar no inverno com temperaturas muito baixas a bateria do celular não vai durar nada. Um iPhone 8 plus não dura mais do que 5 minutos fora do bolso a -15º C.
A Aurora Boreal é como vemos nas fotos?
Não exatamente…
As lentes das câmeras modernas conseguem captar mais luz do que os olhos humanos. Por isso, um bom equipamento aliado a conhecimento técnico alcançam imagens mais impactantes do que somos capazes de enxergar.
Também é verdade que alguns fotógrafos pesam a mão na edição para dar cores mais vívidas à fotografia – alcançando resultados muitas vezes irrealistas.
Também existe a diferença de intensidade dos fenômenos.
A maioria das pessoas só vai saber que a Aurorinha aconteceu porque viu ela numa foto.
A Aurorona não. Todo mundo a vê e as fotos não fazem jus ao espetáculo.
Só que não dá pra saber qual das duas vai aparecer.
Embora o Egito seja conhecido por suas gloriosas pirâmides de Gizé, o país africano não tem a maioria das pirâmides da Terra. Na verdade, ao sul, no atual Sudão, uma antiga civilização construiu mais de 200 pirâmides.
Do outro lado do mundo, no continente americano, surgiram várias civilizações antigas, muitas das quais construíram pirâmides impressionantes. Na verdade, é na América do Norte, onde encontramos a maior pirâmide da Terra, a Grande Pirâmide de Cholula.
Essa estrutura maciça foi construída com um volume total de 4,45 milhões de metros cúbicos, o que significa que é ainda maior que a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, que tem um volume total de cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos .
Embora seja difícil contar todas as pirâmides, a América do Norte tem mais de mil pirâmides sozinha. A América Central tem muitos outros exemplos excelentes de pirâmides antigas, e a América do Sul tem alguns dos mais antigos. As pirâmides brasileiras são consideradas as pirâmides mais antigas da Terra e foram construídas há cerca de 5.000 anos. Arqueólogos dizem que existiam cerca de 1.000 pirâmides só no Brasil.
No entanto, ao contrário de suas contrapartes egípcias, as pirâmides brasileiras foram construídas exclusivamente com conchas do mar, o que é um dos principais motivos pelos quais muitas de suas pirâmides foram destruídas, já que as pessoas nos séculos 19 e 20 as confundiram com pilhas de entulho. Muitas foram destruídas para dar lugar a fazendas de gado, e outras foram esmagados para abrir espaço para estradas ou assentamentos.
Se contássemos todas as pirâmides da América, provavelmente encontraríamos mais de 2.000 estruturas ao todo. Em comparação, a África tem cerca de 350 pirâmides, contando principalmente as pirâmides do Sudão e do Egito. Também existem pirâmides na Nigéria, mas a maioria dessas estruturas foi destruída. (As pirâmides nigerianas foram construídas com lama endurecida e argila.)
O nascimento da antiga pirâmide
As pirâmides foram desenvolvidas de forma independente por civilizações em todo o mundo. Se observarmos a cronologia dominante do antigo Egito, descobriremos que a primeira pirâmide apareceu por volta de 4.700 anos atrás, quando o Faraó Djoser, da Terceira Dinastia, encomendou a construção da Pirâmide Escalonada em Saqqara. Este monumento revolucionário é considerado a primeira construção colossal de pedra do Egito e a primeira construção de pedra lapidada em grande escala, embora as pirâmides de Caral na América do Sul sejam contemporâneas.
Curiosamente, as pirâmides brasileiras são anteriores às pirâmides egípcias em cerca de 300 anos. Isso significa que as pirâmides apareceram em todo o mundo na América, África e possivelmente na Ásia com não mais do que algumas centenas de anos de diferença. No que diz respeito à cronologia convencional, as pirâmides, como as definimos hoje, apareceram há 5.000 anos no continente americano e cerca de 4.700 anos atrás na África. Isso significa que as pirâmides apareceram em “um piscar de olhos” e de forma totalmente repentina em um contexto histórico.
Uma imagem das pirâmides de Khufu e Khafre no planalto de Gizé.
Isso não significa que algumas pirâmides não sejam desenvolvimentos de estruturas anteriores. De acordo com egiptólogos, as pirâmides egípcias extraem várias ideias de estruturas anteriores conhecidas como mastabas. Os egiptólogos acreditam que a pirâmide de degraus de Djoser é o resultado da evolução da tumba de mastaba, e a ideia foi introduzida pelo arquiteto real de Djoser, Imhotep. A pirâmide de degraus foi então desenvolvida pelos arquitetos de Sneferu até que a primeira pirâmide de lados lisos foi construída durante a Quarta Dinastia. Esta foi a Pirâmide Vermelha em Dahshur, que influenciou diretamente a construção da Maior Pirâmide do Egito, a Pirâmide de Khufu (Quéops).
Porém, no continente americano, as coisas são diferentes. Não temos certeza de por que as civilizações antigas no Brasil viram a necessidade de criar maciços montes de pirâmides usando conchas do mar, e se essa ideia foi desenvolvida de forma independente ou se tira precedentes de outras estruturas. As pirâmides norte-americanas, como as encontradas na atual México, acredita-se ser templos que foram essencialmente pirâmides de degraus. As pirâmides criadas por civilizações como os olmecas, maias ou astecas são estruturas maciças sobrepostas onde os construtores empilhariam um templo sobre o outro, criando, essencialmente, uma pirâmide semelhante à de Djoser.
E é precisamente no México que encontramos alguns dos exemplos mais marcantes de pirâmides. O México não é apenas o lar da maior pirâmide da Terra, mas também é o lar de uma grande variedade de pirâmides antigas, muitas das quais datam de milhares de anos.
Neste artigo, gostaria de apresentar a você três pirâmides antigas das quais você provavelmente não tinha conhecimento.
Maravilhas antigas
Escolhi essas três pirâmides porque, de uma forma ou de outra, elas são únicas.
El Tajin.
Há uma cidade piramidal no atual México chamada El Tajin. É o lar de várias pirâmides de degraus que foram construídas nos tempos antigos, mas tem uma pirâmide que se destaca das demais. É chamada de Pirâmide de Nichos e é uma das pirâmides mais exclusivas de toda a Mesoamérica. Não por causa de seu tamanho, mas por causa de seu design único e da mensagem que carrega.
O sítio arqueológico de El Tajin, no México atual.
A pirâmide de nichos em El Tajin foi concluída por volta do século VIII dC e possui 365 nichos quadrados posicionados simetricamente – cada um com 60 centímetros de profundidade. Esses nichos são uma mensagem gravada na pedra. O levantamento arqueológico da pirâmide revelou que a estrutura ancestral pode ter sido construída na antiguidade para ilustrar o calendário solar. Conforme revelado pela Piramidomania, esta característica arquitetônica sugere uma conexão profunda entre a pirâmide e o ano solar.
Comalcalco
Outro exemplo notável de pirâmides únicas na América do Norte é a pirâmide de Comalcalco. Até onde sabemos, todas as pirâmides criadas pelos antigos maias foram construídas com calcário. No entanto, essa estrutura antiga não era.
Templo de Comalcalco
Localizada no estado de Tabasco, não muito longe da cidade de Villahermosa, a Pirâmide de Comalcalco é única porque foi construída com tijolos cozidos. Levantamentos arqueológicos do local revelaram que os tijolos queimados usados na construção da pirâmide trazem símbolos estranhos deixados por seus construtores. De acordo com os pesquisadores, esses símbolos são “assustadoramente semelhantes” aos antigos símbolos romanos. Além disso, argumentou-se que os tijolos queimados usados para construir a pirâmide de Comalcalco se assemelham às técnicas de construção empregadas pelos antigos romanos ao redor do mundo.
Cholula
Das três pirâmides neste artigo, Cholula é talvez a mais conhecida. Isso porque essa pirâmide antiga, escondida sob uma colina, é uma estrutura verdadeiramente gigantesca. Conforme revelado pelo Livro Guinness de Recordes Mundiais, a Grande Pirâmide de Cholula é a maior pirâmide e maior monumento antigo já construído em qualquer lugar da Terra.
Um modelo da Grande Pirâmide de Cholula.
Com um volume total de 4,45 milhões de metros cúbicos, é quase duas vezes maior que a Grande Pirâmide de Gizé, que tem um volume total estimado de 2,5 milhões de metros cúbicos. A cidade onde esta pirâmide foi construída foi uma das mais importantes da época pré-colombiana.
Os historiadores estimam que mais de 100.000 pessoas viviam lá antes da chegada dos conquistadores espanhóis. A pirâmide foi escondida propositalmente antes da chegada dos espanhóis. O povo de Cholula temia que os Conquistadores destruíssem seu antigo templo, então eles fizeram um esforço gigantesco para esconder a pirâmide. Seu plano deu certo e os espanhóis nunca perceberam que a pirâmide existia. Na verdade, eles construíram uma igreja no topo da pirâmide que ainda existe.
Casa em Curitiba oferece salas para terapia da pirâmide. O método consiste em sentar sob uma pirâmide e “deixar a mente fluir”.
Todo de branco, quase como um terapeuta, Julio Cesar Bassan me conduz por entre um corredor da casa discreta no Alto da XV, em Curitiba. Entre algumas portas entreabertas escapam uma série de pirâmides com poltronas em sua base. Há um certo ar de calmaria na fala do voluntário, um convite à meditação. E um curioso contraste com o turbilhão que é a região em que estamos.
Ao fundo, uma sala revela quatro outras pirâmides de ferro vazadas, com perto de dois metros de altura. Ao lado de suas poltronas, lenços de papel e folhas de sulfite. Sou levado a uma delas. “Peço apenas que você desligue o celular ou coloque em modo avião”, ele instrui. “Preciso tirar o sapato?”, questiono. “Fique como você se sente à vontade”, ele diz. A partir dali, são 30 minutos em contato consigo mesmo – o que pode ser bom ou ruim. É como define John Berger, romancista inglês: “nada é mais órfão do que ter a si mesmo”.
É daqueles lugares que se piscar, passa batido. O número 472 da Rua Reinaldino de Quadros, apenas algumas quadras para baixo da Praça do Expedicionário, parece só uma daquelas casas que resistem à especulação imobiliária no Alto da XV. Na frente, uma placa indica o funcionamento de algum tipo de agrupamento: União Fraterna Universal.
Local único
Nada que dê pistas, mas ali dentro estão 14 pirâmides de ferro, em um dos espaços mais inusitados na cidade – um cenário quase à la David Lynch.
“Nós não somos uma religião. Somos uma proposta para que você encontre seu eu interior através de uma meditação sem ação”, explica Bassan. “Só que a proposta é tão simples que, de tão simples, às vezes complica. Nós não oferecemos técnica e nem nada. Simplesmente você senta embaixo da pirâmide e deixa fluir sua mente. Você não exerce controle”, diz.
É o que chama de “terapia da pirâmide”.
Novidade?
As pirâmides estão entre os símbolos mais místicos da humanidade. Talvez por isso os tratamentos terapêuticos com elas não sejam algo exatamente novo. É, para o bem da verdade, algo milenar, mas sem nunca ter conseguido um embasamento científico. A falta em empirismo não é uma preocupação para a União e nem o que impede os cerca de 70 frequentadores diários de adentrarem a casa branca em busca de seus 30 minutos de relaxamento.
Chegar e meditar
Por ali, o funcionamento é mesmo bem direto. Quem chega à UFU precisa apenas deixar seu primeiro nome na recepção, diz rapidamente o que está procurando – se quiser – e é encaminhado para uma das pirâmides da casa. Por lá, passa seu tempo de terapia sem música, livro ou celular. O único entretenimento é a própria mente.
Antes, precisa beber um copo de água. E depois outro. “É que a pirâmide desidrata”, garante Bassan. “A água é um condutor de energia. E o nosso corpo é 70% de água”, justifica.
Sono, escrita e desenho
Uma vez embaixo de uma das pirâmides de ferro, as reações são variadas. “Tem pessoas que têm sono, tem pessoas que escrevem, às vezes em outros idiomas, tem pessoas que traduzem”, diz Bassan. Eraldo Muller, que ocupa o posto de guardião do local, lembra-se do homem que canta com um vozerão inconfundível. Há também aqueles que desenham.
“Teve muita gente que teve cura. E curas bem ousadas. Mas, para nós, isso é a resposta da harmonia dessa pessoa. Não somos nós que exercemos essa cura. Somos apenas recepcionistas”, diz Bassan.
Pessoas de todas as idades sentam nas confortáveis poltronas abaixo das estruturas de ferro. Dois dias antes da entrevista, enquanto observava a movimentação no local, via-se uma maioria de pessoas mais velhas. “Hoje as pessoas mais jovens estão começando a vir em busca de espiritualidade, de se encontrar. Isso é um avanço”, comemora Bassan.
É fácil conhecer os marinheiros de primeira viagem apenas pelas expressões faciais. Faz sentido o espanto, a casa, por fora, não parece tão inusitada quanto a descrição de seu interior. E como não há divulgação massiva, cair ali é quase coisa de destino. “Quando o aluno está pronto, o mestre aparece. As pessoas que têm uma sensibilidade maior vêm”, diz Bassan. “Muitas vêm por curiosidade. É uma relação de sentir: sentir o quanto você é atraído”, completa Muller.
Para os condutores da casa, o espaço é de todos. “Vem [frequentadores da ordem] Rosa Cruz, messiânicos, mahikaris, católicos. Por isso o nome é união fraterna universal. Dentro do que você acredita, vai encontrar seu caminho”, fala Bassan. Apesar dessa pluralidade, a casa não se espalhou. Há apenas outro endereço da UFU no Brasil, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. “Tem um rapaz que tentou copiar nossa proposta em Portugal. Mas ele cobra, e isso é algo do qual somos contra. Para nós, é sagrado atender de graça”, declara o voluntário.
Esquema colaborativo
Para manter a sede, o grupo de voluntários divide as despesas, com eventuais doações de fora. Por isso, a UFU passou por diversos endereços, sempre procurando os aluguéis mais baratos. Bassan está na casa há 25 anos. É um dos 52 trabalhadores que se dividem para manter o projeto em pé. Cada um deles fica entre 3 e 4 horas na casa para receber a legião de frequentadores.
Apesar de toda a dedicação, ninguém sabe de fato por que a pirâmide é usada. É como uma tradição não questionada. “O fundador [Walter Corrêa da Silva] era Rosa Cruz. Ele se inspirou na representação da pirâmide e começou a colocar as pessoas embaixo para ajudá-las. Muitas destas pessoas tinham capacidade sensitiva e diziam a ele o que precisava ser feito. Um deles disse que ele precisava abrir uma sociedade beneficente”, explica Muller. Era 1979. Quase 40 anos depois, mais de um milhão de pessoas passaram pela terapia, pelos cálculos oficiais do grupo.
Claro, todos que vão ali parecem em busca de alguma coisa. “Gosto de visitar as pirâmides quando começa a semana, para ter energia de seguir em frente”, disse uma das frequentadoras, assídua a alguns meses.
“Um vendedor de consórcio fez a terapia e conseguiu sair vendendo. Tem duas donas de uma loja de doces aqui perto que não conseguiam vender. Então elas vieram e começaram a se harmonizar. Não são só questões físicas, mas de se encontrar, descobrir qual é o próprio caminho”, define Bassan.
“Mas além de tudo isso, um benefício da casa é muito claro. Todo mundo sai desacelerado, com um fisionomia melhor, sem tanta pressa. Seja qual for o problema da pessoa, é que ela está desarmonizada. As pessoas chegam transtornadas e saem equilibradas”, diz Cleverson Garrett, outro voluntário da UFU.
Sem uma espiada constante no celular, o tempo perde toda a referência. Quando o guardião da casa, Eraldo, bateu na porta para indicar o fim da terapia, o tempo parece ter passado muito mais rápido do que eu esperava. Talvez por ter me despertado de um estado nada metafísico: um leve cochilo em um dia corrido. Não soou desrespeitoso, me assegurou Eraldo. Afinal, por ali, a única regra é o não-julgamento.
No final de julho e 2019 a pirâmide torcida de Dashur, considerada uma das mais antigas do mundo, foi aberta pela primeira vez para turistas. Entenda por que essa pirâmide esteve tão escondida por tanto tempo.