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Archive for abril \24\+00:00 2013

A Terra vista de Marte – Visão espetacular!

Publicado por: luxcuritiba em abril 24, 2013

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Esta é uma imagem do Rover Curiosity em Marte, mostrando a Terra a partir da perspectiva de Marte. Você está literalmente olhando para a sua casa a partir da perspectiva de um outro planeta. Momentos épicos…

Terra vista de Marte

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O Livro Perdido de Enki: Memórias e Profecias de um “Deus” Extraterrestre

Publicado por: luxcuritiba em abril 23, 2013

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Este livro foi passado a formato digital para facilitar a difusão, e com o propósito de que, assim como você o recebeu o possa fazer chegar a alguém mais.

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dnot_1142Faz 445.0 anos que astronautas de outro planeta chegaram à Terra em busca de ouro. Depois de amerissar em um dos mares da Terra, desembarcaram e fundaram Eridú, “Lar na Lonjura”. Com o tempo, o assentamento inicial se estendeu até converter-se na flamejante Missão Terra, com um Centro de Controle de Missões, um espaçoporto, operações mineiras e, inclusive, uma estação orbital em Marte. Escassos de mão de obra, os astronautas utilizaram a engenharia genética para dar forma aos Trabalhadores Primitivos – o Homo sapiens. Mais tarde, o Dilúvio varreu a Terra em uma imensa catástrofe que fez necessário um novo começo; os astronautas se converteram em deuses e lhe concederam a civilização à Humanidade, transmitindo-lhe através do culto. Depois, faz uns quatro mil anos, todo o conseguido se desmoronou em uma catástrofe nuclear provocada pelos visitantes no transcurso de suas próprias rivalidades e guerras. Todo o ocorrido na Terra, e especialmente os acontecimentos acontecidos do início da história do ser humano, recolheu-o Zecharia Sitchin em sua série de Crônicas da Terra, à partir da Bíblia, de tabuletas de argila, de mitos da Antigüidade e de descobrimentos arqueológicos. Mas, o que ocorreu antes dos acontecimentos na Terra, o que ocorreu no próprio planeta dos astronautas, Nibiru, que lhes levou às viagens espaciais, a sua necessidade de ouro e à criação do Homem? Que emoções, rivalidades, crenças, morais (ou ausência destas) motivaram aos principais protagonistas nas sagas celestes e espaciais? Quais foram as relações que levaram a uma escalada da tensão no Nibiru e na Terra, que tensões surgiram entre velhos e jovens, entre os que haviam chegado de Nibiru e os nascidos na Terra? E até que ponto o acontecido vinha determinado pelo Destino? Um destino cujo registro de acontecimentos do passado guarda a chave do futuro? Não seria prometedor que um dos principais protagonistas, uma testemunha presencial que podia distinguir entre Sorte ou Fado e Destino, registrasse para a posteridade o como, o onde, o quando e o porquê de tudo, os Princípios e os Finais? Pois isso é, precisamente, o que alguns deles fizeram; e entre os principais destes esteve o líder que comandou o primeiro grupo de astronautas! Tanto peritos como teólogos reconhecem na atualidade que os relatos bíblicos da Criação, de Adão e Eva, do Jardim do Éden, do Dilúvio ou da Torre de Babel se apoiaram em textos escritos milênios antes na Mesopotâmia, em especial escritos pelos sumérios. E estes, por sua vez, afirmavam com toda claridade que obtiveram seus conhecimentos a respeito do acontecido no passado (muitos deles de uma época anterior ao começo das civilizações, inclusive anterior ao nascimento da Humanidade) dos escritos dos

Annunakia---LostBookOfEnki8Anunnaki (“Aqueles Que do Céu à Terra Vieram”), os “deuses” da Antigüidade. Como resultado de um século e meio de descobrimentos arqueológicos nas ruínas das civilizações da Antigüidade, especialmente no Oriente Próximo, descobriu-se um grande número destes primitivos textos; os achados revelaram um grande número de textos desaparecidos – chamando-os de livros perdidos – que, ou se mencionavam nos textos descobertos, ou se inferiam à partir deles, ou era conhecida sua existência devido ao fato que tinham sido catalogados nas bibliotecas reais ou dos templos. Em algumas ocasiões, os “segredos dos deuses” se revelaram em parte em relatos épicos, como na Epopéia de Gilgamesh, que desvelam o debate que teve lugar entre os deuses e que levou à decisão de que a Humanidade perecesse no Dilúvio, ou em um texto intitulado Atra Hasis, que recorda o motim dos Anunnaki que trabalhavam nas minas de ouro e que levou à criação dos Trabalhadores Primitivos – os Terrestres. De quando em quando, os mesmos líderes dos astronautas foram os que criaram as composições; às vezes, ditando o texto à um escriba, como no intitulado A Epopéia de Ra, no qual um dos dois deuses que desencadearam a catástrofe nuclear tentou culpar a seu adversário; às vezes, escrevendo os fatos, como ocorre com o Livro dos Segredos do Thot (o deus egípcio do conhecimento), que o mesmo deus tinha oculto em uma câmara subterrânea. Segundo a Bíblia, quando o Senhor Deus Yahveh deu os Mandamentos a seu povo eleito, inscreveu-os em um princípio por sua própria mão em duas pranchas de pedra que entregou ao Moisés no Monte Sinai. Mas, depois que Moisés arrojou e rompeu estas pranchas como resposta ao incidente do bezerro de ouro, as novas pranchas as inscreveu o mesmo Moisés, por ambos os lados, enquanto permaneceu no monte durante quarenta dias e quarenta noites, tomando o ditado às palavras do Senhor. Se não tivesse sido por um relato escrito em um papiro da época do faraó egípcio Khufu (Keops) concernente ao Livro dos Segredos do Thot, não se teria chegado a conhecer a existência desse livro. Se não tivesse sido pelas narrações bíblicas do Êxodo e do Deuteronômio, nunca teríamos sabido nada das pranchas divinas nem de seu conteúdo; tudo isto se teria convertido em parte da enigmática coleção dos “livros perdidos” cuja existência nunca teria saído à luz. E não resulta tão doloroso o fato de que, em alguns casos, saibamos que tenham existido determinados textos, que seu conteúdo permaneça na escuridão. Este é o caso do Livro das Guerras do Yahveh e do Livro do Jasher (o “Livro do Justo”), que mencionam-se especificamente na Bíblia. Em ao menos dois casos, pode-se inferir a existência de livros antigos (textos primitivos conhecidos pelo narrador bíblico). O capítulo 5 da Gênese começa com a afirmação “Este é o livro do Toledoth do Adão”, traduzindo-se normalmente o termo Toledoth como “gerações”, mas seu significado mais preciso é “registro histórico ou genealógico”. De fato, ao longo de milênios, sobreviveram versões parciais de um livro que se conheceu como o Livro do Adão e Eva em armênio, eslavo, siríaco e etíope; e o Livro de Henoc (um dos chamados livros apócrifos que não se incluíram na Bíblia canônica) contém fragmentos que, segundo os peritos, pertenceram a um livro muito mais antigo, o Livro de Noé. Um exemplo que se menciona com freqüência sobre o grande número de livros perdidos é o da famosa Biblioteca da Alexandria, no Egito. Fundada pelo general Ptolomeu depois da morte de Alexandre em 323 a.C. diz-se que continha mais de meio milhão de “volumes”, de livros inscritos em diversos materiais (argila, pedra, papiro, pergaminho). Aquela grande biblioteca, onde os eruditos se reuniam para estudar o conhecimento acumulado, queimou-se e foi destruída nas guerras que se desenvolveram entre 48 a.C. e a conquista árabe, em 642 D.C. O que ficou de seus tesouros é uma tradução do grego dos cinco primeiros livros da Bíblia hebréia, e fragmentos que se conservaram nos escritos de alguns dos eruditos residentes da biblioteca. E é assim como sabemos que o segundo rei Ptolomeu comissionou, por volta de 270 a.C. à um sacerdote egípcio que os gregos chamaram Maneton para que recolhesse a história e a pré-história do Egito. Em princípio, escreveu Maneton, só os deuses reinaram ali; logo, os semideuses e, finalmente, por volta do 3100 a.C. começaram as dinastias faraônicas. Escreveu que os reinados divinos começaram dez mil anos antes do Dilúvio e que se prolongaram durante milhares de anos, presenciando-se no último período batalha e guerras entre os deuses. Nos domínios asiáticos de Alexandre, onde o cetro caiu em mãos do general Seleucos e de seus sucessores, também teve lugar um empenho similar por proporcionar aos sábios gregos um registro dos acontecimentos do passado. Um sacerdote do deus babilônico Marduk, Beroso, com acesso às bibliotecas de tabuletas de argila, cujo centro era a biblioteca do templo de Jarán (agora no sudeste da Turquia), escreveu uma história de deuses e homens em três volumes que começava em 432.0 anos antes do Dilúvio, quando os deuses chegaram à Terra dos céus. Em uma lista em que figuravam os nomes e a duração dos reinados dos dez primeiros comandantes, Beroso dizia que o primeiro líder, vestido como um peixe, chegou à costa desde mar. Era o que lhe daria a civilização à Humanidade, e seu nome, passado para o grego, era Oannes. Encaixando muitos detalhes, ambos os sacerdotes fizeram entrega de relatos de deuses do céu que haviam vindo à Terra, de um tempo em que só os deuses reinavam na Terra e do catastrófico Dilúvio. Nas partes e nos fragmentos conservados (em outros escritos contemporâneos) dos três volumes, Beroso dava conta especificamente da existência de escritos anteriores à Grande Inundação – tabuletas de pedra que se ocultaram para as proteger em uma antiga cidade chamada Sippar, uma das cidades originais que fundaram os antigos deuses. Embora Sippar fosse arrasada pelo Dilúvio, igual ao resto das cidades antediluvianas dos deuses, apareceu uma referência aos escritos antediluvianos nos anais do rei assírio Assurbanipal (668- 633 a.C.). Quando, em meados do século XIX, os arqueólogos descobriram a antiga capital do Nínive (até então, conhecida só pelo Antigo Testamento), acharam nas ruínas do palácio de Assurbanipal uma biblioteca com os restos ao redor de 25.0 tabuletas de argila inscritas. Colecionador assíduo de “textos antigos”, Assurbanipal fazia alarde em seus anais: “O deus dos escribas me concedeu o dom do conhecimento de sua arte; fui iniciado nos segredos da escritura; inclusive posso ler as intrincadas tabuletas em sumério; entendo as palavras enigmáticas cinzeladas na pedra dos dias anteriores à Inundação”. Sabemos agora que a civilização suméria floresceu no que é agora o Iraque quase um milênio antes dos inícios da época faraônica no Egito, e que ambas seriam seguidas posteriormente pela civilização do Vale do Indo, no subcontinente Índico.Também sabemos agora que os sumérios foram os primeiros em plasmar, por escrito, os anais e os relatos de deuses e homens, dos quais todos outros povos, incluídos os hebreus, obtiveram os relatos da Criação, de Adão e Eva, Cain e Abel, o Dilúvio e a Torre de Babel; e das guerras e os amores dos deuses, como se refletiram nas escritas e as lembranças dos gregos, os hititas, os cananeus, os persas e os indo-europeus. Como testemunham todos estes antigos escritos, suas fontes foram ainda mais antigas; algumas descobertas, muitas perdidas. O volume destes primitivos escritos é assombroso; não milhares, a não ser dezenas de milhares de tabuletas de argila descobertas nas ruínas do Oriente Próximo da Antigüidade. Muitas tratam ou registram aspectos da vida cotidiana, como acordos comerciais ou salários dos trabalhadores, ou registros matrimoniais.

Outros, descobertos principalmente nas bibliotecas palacianas, conformam os Anais Reais; outros mais, descobertos nas ruínas das bibliotecas dos templos ou nas escolas de escribas, conformam um grupo de textos canônicos, de literaturas sagradas, que se escreveram em língua suméria e se traduziram depois ao acádio (a primeira língua semita) e, mais tarde, a outras línguas da Antigüidade. E, inclusive, nestes escritos primitivos, que se remontam a quase seis mil anos, encontramos referências a “livros” (textos inscritos em tabuletas de pedra) perdidos. Entre os achados incríveis (pois, dizer “afortunados” não transmitiria plenamente a idéia de milagre) realizados nas ruínas das cidades da Antigüidade e em suas bibliotecas, encontram-se uns prismas de argila onde aparece informação dos dez soberanos antediluvianos e de seus 432.0 anos de reinado, uma informação a que já aludia Beroso. Conhecidas como as Listas dos Reis dos Suma (e exibidas no Museu Ashmolean de Oxford, Inglaterra), suas distintas versões não deixam lugar a dúvida de que os compiladores sumérios tiveram acesso a certo material comum ou canônico de textos primitivos. Junto com outros textos, igualmente antiqüíssimos, descobertos em diversos estados de conservação, estes textos sugerem rotundamente que o cronista original da Chegada, assim como dos acontecimentos que a precederam e a seguiram, tinha sido um daqueles líderes, um participante -chave, uma testemunha presencial. Essa testemunha presencial dos acontecimentos e participante-chave era o líder que havia amerissado com o primeiro grupo de astronautas. Naquele momento, seu nome-epíteto era E.A., “Aquele Cujo Lar É Água”, e sofreu a amarga decepção de que o mando da Missão Terra desse a seu meio-irmão e rival EN.LIL (“Senhor do Mandato”), uma humilhação que não ficaria suficientemente mitigada com a concessão do título de EN.KI, “Senhor da Terra”. Relegado das cidades dos deuses e de seu espaçoporto no E.DIN (“Éden”) para fiscalizar a extração de ouro no AB.ZU (África sudoriental), Ea/Enki foi, além de um grande cientista, que descobriu os hominídios que habitavam aquelas zonas. E, deste modo, quando se amotinaram e disseram “Já basta!” os Anunnaki que trabalhavam nas minas, foi ele quem pensou que a mão de obra que necessitavam se podia conseguir adiantando-se a evolução por meio da engenharia genética; e assim apareceu o Adam (literalmente, “o da Terra”, o Terrestre). Como híbrido que era, o Adão não podia procriar; mas os acontecimentos dos que se ecoa o relato bíblico do Adão e Eva no Jardim do Éden dão conta da segunda manipulação genética de Enki, que acrescentou os gens cromosômicos extras necessários para a procriação. E quando a

Humanidade, ao proliferar, resultou não adequar-se ao que tinham previsto os deuses, foi ele, Enki, que desobedeceu ao plano de seu irmão Enlil de deixar que a Humanidade perecesse no Dilúvio, uns acontecimentos que o herói humano recebeu o nome de Noé na Bíblia, e Ziusudra no texto sumério original, mais antigo. Ea/Enki era o primogênito de Anu, soberano de Nibiru, e como tal estava versado no passado de seu planeta (Nibiru) e de seus habitantes. Cientista competente, Enki legou os aspectos mais importantes dos avançados conhecimentos dos Anunnaki a seus dois filhos, Marduk e Ningishzidda (que, como deuses egípcios, eram conhecidos ali como Ra e Thot, respectivamente). Mas também jogou um papel fundamental ao compartilhar com a Humanidade certos aspectos de tão avançados conhecimentos, ensinando a indivíduos selecionados os “segredos dos deuses”. Em ao menos duas ocasiões, estes iniciados plasmaram por escrito (tal como se os indicou que fizessem) àqueles ensinos divinos como legado da Humanidade. Um deles, chamado Adapa, e provavelmente filho de Enki com uma fêmea humana, é conhecido por ter escrito um livro intitulado Escritos referentes ao Tempo – um dos livros perdidos mais antigos. O outro, chamado Enmeduranki, foi com toda probabilidade o protótipo do Henoc bíblico, aquele que foi elevado ao céu depois de confiar a seus filhos o livro dos segredos divinos, e do qual possivelmente tenha sobrevivido uma versão no extra-bíblico Livro de Henoc. Apesar de ser o primogênito de Anu, Enki não estava destinado a ser o sucessor de seu pai no trono de Nibiru. Algumas complexas normas sucessórias, reflexo da convulsa história dos nibiruanos, dava esse privilégio ao meio-irmão de Enki, Enlil. Em um esforço por resolver este azedo conflito, Enki e Enlil terminaram em uma missão em um planeta estranho – a Terra-, cujo ouro necessitavam para criar um escudo que preservasse a, cada vez mais, tênue atmosfera de Nibiru. Foi neste marco, complicado ainda mais com a presença na Terra de sua meio-irmã Ninharsag (a oficial médicachefe dos Anunnaki), onde Enki decidiu desafiar os planos de Enlil em fazer com que a Humanidade perecesse no Dilúvio. O conflito seguiu adiante entre os meio-irmãos, e inclusive entre seus netos; e o fato de que todos eles, e especialmente os nascidos na Terra, enfrentassem-se à perda de longevidade que o amplo período orbital de Nibiru lhes proporcionava, incrementou ainda mais as angústias pessoais e aguçou as ambições. E tudo isto culminou no último século do terceiro milênio a.C. quando Marduk, primogênito de Enki, com sua esposa oficial proclamou que ele, e não o primogênito de Enlil, Ninurta, devia herdar a Terra. O amargo conflito, que supôs o desenvolvimento de uma série de guerras levou, afinal, à utilização de armas nucleares; embora não intencionado, o resultado de tudo isso foi o afundamento da civilização suméria. A iniciação de indivíduos escolhidos nos “segredos dos deuses” marcou o início do Sacerdócio, as linhagens de mediadores entre os deuses e o povo, os transmissores da Palavra Divina aos mortais terrestres. Os oráculos (interpretações dos pronunciamentos divinos) mesclaram-se com a observação dos céus em busca de augúrios. E à medida que a Humanidade se viu arrastada a tomar parte nos conflitos dos deuses, a Profecia começou a jogar seu papel. De fato, a palavra para designar a estes porta-vozes dos deuses que proclamavam o que ia passar, Nabih, era o epíteto do filho primogênito de Marduk, Nabu, que em nome de seu pai exilado, tentou convencer à Humanidade de que os signos celestes indicavam a iminente supremacia de Marduk. Este estado de coisas levou a necessidade de diferenciar entre Sorte e Destino. As promulgações de Enlil, e às vezes inclusive de Anu, que sempre tinham sido indisputáveis, viam-se sujeitas agora ao exame da diferença entre o NAM (o Destino, como as órbitas planetárias, cujo curso está determinado e não se pode trocar) e NAM.TAR, literalmente, o destino que pode ser torcido, quebrado, trocado (que era a Sorte ou o Fado). Revisando e rememorando a seqüência dos acontecimentos, e o paralelismo aparente entre o que tinha acontecido no Nibiru e o que tinha ocorrido na Terra, Enki e Enlil começaram a ponderar filosoficamente o que, certamente, estava destinado e não se podia evitar, e o fado que vinha como conseqüência de decisões acertadas ou equivocadas e do livre arbítrio. Estas não se podiam predizer, enquanto que as primeiras se podiam antecipar (especialmente, se eram cíclicas, como as órbitas planetárias; se o que foi voltaria a ser, se o Primeiro também seria o Último). As conseqüências climáticas da desolação nuclear aguçaram o exame de consciência entre os líderes dos Anunnaki e levaram à necessidade de explicar às devastadas massas humanas por que tinha ocorrido aquilo. Tinha sido coisa do destino, ou tinha sido o resultado de um engano dos Anunnaki? Havia algum responsável, alguém que tivesse que prestar contas? Nas reuniões dos Anunnaki nas vésperas da calamidade, foi Enki o único que se opôs à utilização das armas proibidas. Desde aí a importância que teve para Enki explicar aos sobreviventes o que tinha acontecido na saga dos extraterrestres que, apesar de suas boas intenções, tinham terminado sendo tão destruidores. E quem, a não ser Ea/Enki, que tinha sido o primeiro a chegar e presenciar tudo, era o mais qualificado para relatar o Passado, com o fim de poder adivinhar o Futuro? E a melhor forma de relatar tudo era em um relatório, escrito em primeira pessoa pelo mesmo Enki. É certo que fez uma autobiografia, por isso se deduz de um comprido texto (pois se estende ao menos em doze tabuletas) descoberto na biblioteca de Nippur, onde se cita a Enki dizendo:

AvidaQuando cheguei à Terra, havia muito alagado. Quando cheguei a suas verdes pradarias, montículos e colinas se levantaram às minhas ordens. Em um lugar puro construí meu lar, um nome adequado lhe dava.

Este comprido texto continua dizendo que Ea/Enki atribuiu tarefas a seus lugar-tenentes, pondo em sua marcha a Missão na Terra. Outros muitos textos, que relatam diversos aspectos do papel de Enki nos acontecimentos que seguiram servem para completar o relato de Enki; entre eles há uma cosmogonia, uma Epopéia da Criação, em cujo núcleo se acha o próprio texto de Enki, que os peritos chamam A Gênese do Eridú. Neles, incluem-se descrições detalhadas do desenho de Adão, e contam como outros Anunnaki, varão e fêmea, chegaram até Enki em sua cidade de Eridú para obter dele o ME, uma espécie de disco de dados onde se achavam codificados todos os aspectos da civilização; e também há textos da vida privada e dos problemas pessoais de Enki, como o relato de suas intenções para conseguir ter um filho com sua meioirmã Ninharsag, suas promíscuas relações tanto com deusas como com as Filhas do Homem e as imprevistas conseqüências que se derivaram de tudo isso. O texto do Atra Hasis joga luz sobre os esforços de Anu por acautelar um estado das rivalidades Enki-Enlil ao dividir os domínios da Terra entre eles; e os textos que registram os acontecimentos que precederam ao Dilúvio refletem quase palavra por palavra os debates do Conselho dos Deuses sobre a sorte da Humanidade e o subterfúgio de Enki conhecido como o relato de Noé e a arca, relato conhecido só pela Bíblia, até que se encontrou uma de suas versões originais mesopotâmicas nas tabuletas da Epopéia de Gilgamesh. As tabuletas de argila sumérias e acádias, as bibliotecas dos templos babilônicos e assírios, os “mitos” egípcios, hititas e cananeus, e as narrações bíblicas formam o corpo principal de memórias escritas dos assuntos de deuses e homens. E pela primeira vez na história, este material disperso e fragmentado foi reunido e utilizado, da mão de Zecharia Sitchin, para recriar o relato presencial de Enki, as lembranças autobiográficos e as penetrantes profecias de um deus extraterrestre. Apresentado como um texto que tivesse ditado Enki a um escriba escolhido, um Livro Testamonial, para ser descoberto no momento apropriado, traz para a mente as instruções de Yahveh ao profeta Isaías (século VII a.C):

Agora vêem, escreve-o em uma tabuleta selada, grava-o como um livro; para que seja um testemunho até o último dia, um testemunho para sempre. Isaías 30,8

Ao tratar do passado, o mesmo Enki percebeu o futuro. A idéia de que os Anunnaki, exercitando o livre arbítrio, eram senhores de sua sorte (assim como da sorte da Humanidade) desembocou, em última instância, na constatação de que se tratava de um Destino que, depois de todo o dito e feito, determinava o curso dos acontecimentos; e, portanto, como reconheceram os profetas hebreus, o Primeiro será o Último. O registro dos acontecimentos ditado por Enki se converte, assim, no fundamento da Profecia, e o Passado se converte em Futuro.

Palavras de Endubsar, escriba mestre, filho da cidade de Eridú, servo do senhor Enki, o grande deus. No sétimo ano depois da Grande Calamidade, no segundo mês, no décimo sétimo dia, fui chamado por meu Mestre o Senhor Enki, o grande deus, benévolo criador da Humanidade, onipotente e misericordioso. Eu estava entre os sobreviventes de Eridú que tinham escapado à árida estepe quando o Vento Maligno estava se aproximando da cidade. E vaguei pelo deserto, procurando ramos secos para fazer fogo. E olhei para cima e eis que um Torvelinho chegou do sul. Tinha um resplendor avermelhado, e não fazia som algum. E quando tocou o chão, saíram de seu ventre quatro largos pés e o resplendor desapareceu. E me joguei no chão e me prostrei, pois sabia que era uma visão divina.

E quando levantei meus olhos, havia dois emissários divinos perto de mim. E tinham rostos de homens, e suas roupas brilhavam como metal brunido. E me chamaram por meu nome e me falaram, dizendo: foste chamado pelo grande deus, o senhor Enki. Não tema, pois foste puro. E estamos aqui para te levar ao alto, e te levar até seu retiro na Terra do Magan, na ilha no meio do Rio de Magan, onde estão as comportas. E enquanto falavam, o Torvelinho se elevou como um carro de fogo e se foi. E me tiraram das mãos, cada um deles de uma mão. E me elevaram e me levaram velozmente entre a Terra e os céus, igual a uma águia. E pude ver a terra e as águas, e as planícies e as montanhas. E me deixaram na ilha, ante a porta da morada do grande deus. E no momento em que me soltaram das mãos, um resplendor como nunca tinha visto me envolveu e me afligiu, e caí ao chão como se tivesse ficado vazio do espírito de vida. Meus sentidos vitais voltaram para mim, como se despertasse do mais profundo dos sonhos, quando escutei o som de uma voz me chamando. Estava em uma espécie de recinto. Estava escuro, mas também havia uma aura. Então, a mais profunda das vozes pronunciou meu nome outra vez. E, embora pudesse escutá-la, não saberia dizer de onde vinha a voz, nem pude ver quem estava falando. E respondi, aqui estou. Então, a voz me disse: Endubsar, descendente de Adapa, escolhi-te para que seja meu escriba, para que ponha por escrito minhas palavras nas tabuletas. E de repente apareceu um resplendor em uma parte do recinto. E vi um lugar disposto como o lugar de trabalho de um escriba: uma mesa de escriba e um tamborete de escriba, e havia pedras finamente lavradas sobre a mesa. Mas não vi tabuletas de argila nem recipientes de argila úmida. E sobre a mesa só havia um estilete, e este reluzia no resplendor como não o tivesse podido fazer nenhum estilete de cano. E a voz voltou a falar, dizendo: Endubsar, filho da cidade de Eridú, meu fiel servo. Sou seu senhor Enki. Lhe convoquei para que escrevas minhas palavras, pois estou muito turbado pela Grande Calamidade que desceu sobre a Humanidade. É meu desejo registrar o verdadeiro curso dos acontecimentos, para que tanto deuses como homens saibam que minhas mãos estão podas. Do Grande Dilúvio, não tinha descido uma calamidade tal sobre a Terra, os deuses e os terrestres. Mas o Grande Dilúvio estava destinado a acontecer, mas não a grande calamidade. Esta, faz sete anos, não tinha que ter ocorrido. podia-se ter evitado, e eu, Enki, fiz tudo o que pude para impedi-la; mas, ai!, fracassei. E foi sorte ou foi destino? O futuro julgará, pois ao final dos dias um Dia do Julgamento haverá. Nesse dia, a Terra tremerá e os rios trocarão seu curso, e haverá escuridão ao meio-dia e um fogo nos céus de noite, será o dia da volta do deus celestial. E haverá quem sobreviva e quem pereça, quem é recompensado e quem é castigado, deuses e homens por igual, nesse dia tirará o chapéu; pois o que deva acontecer, por isso aconteceu, será determinado; e o que estava destinado, em um ciclo será repetido, e o que foi fruto da sorte e ocorreu só pela vontade do coração, para o bem ou para o mal deverá ser julgado. A voz caiu no silêncio; depois, o grande senhor falou de novo, dizendo: É por esta razão que contarei o relato veraz dos Princípios e dos Tempos Prévios e dos Tempos de Antigamente; pois, no passado, o futuro se acha oculto. Durante quarenta dias e quarenta noites, eu falarei e você escreverá; quarenta será a conta dos dias e as noites de seu trabalho aqui, pois quarenta é meu número sagrado entre os deuses. Durante quarenta dias e quarenta noites, não comerá nem beberá; só esta onça de pão e água tomará, e lhe manterá durante todo seu trabalho. E a voz se deteve, e de repente apareceu um resplendor em outra parte do recinto. E vi uma mesa e, sobre ela, um prato e uma taça. E me levaram para ir ali, e havia pão no prato e água na taça. E a voz do grande senhor Enki falou de novo, dizendo: Endubsar, come o pão e bebe a água, e lhe manterá durante quarenta dias e quarenta noites. E fiz como me indicou. E depois, a voz me indicou que me sentasse ante a mesa de escriba, e o resplendor se intensificou ali. Não pude ver nenhuma porta nem abertura onde me encontrava, entretanto o resplendor era tão forte como o do sol do meio-dia. E a voz disse: Endubsar o escriba, o que vê? E olhei e vi o resplendor que iluminava a mesa, as pedras e o estilete, e também: Vejo umas tabuletas de pedra, e seu tom é de um azul tão puro como o céu. E vejo um estilete como nunca antes tinha visto, seu corpo não parece de cano, e sua ponta tem a forma de uma garra de águia. E a voz disse: São estas as tabuletas sobre as quais inscreverá minhas palavras. Por rápido meu desejo, hão-se esculpido do mais fino lápis lázuli, cada uma delas com duas caras lisas. E o estilete que vê é a obra de um deus, o corpo é feito de elétron e a ponta de cristal divino. Adaptará-se firmemente à sua mão, e te será tão fácil gravar com ele como marcar sobre argila úmida. Em duas colunas inscreverá a face frontal, em duas colunas inscreverá o dorso de cada tabuleta de pedra. Não te desvie de minhas palavras e minhas declarações! E houve uma pausa, e eu toquei uma das pedras, e senti sua superfície como uma pele Lisa, suave ao tato. E tomei o estilete sagrado, e o senti como uma pluma em minha mão. E, depois, o grande deus Enki começou a falar, e eu comecei a escrever suas palavras, exatamente como as dizia. Às vezes, sua voz era forte; às vezes, quase um sussurro. Às vezes, havia gozo ou orgulho em sua voz; às vezes, dor ou angústia. E quando uma tabuleta ficava inscrita em todas as suas faces, tomava outra para continuar. E quando foram ditas as últimas palavras, o grande deus se deteve, e pude escutar um grande suspiro. E disse: Endubsar, meu servo, durante quarenta dias e quarenta noites tem escrito fielmente minhas palavras. Seu trabalho aqui terminou. Agora, toma outra tabuleta, e nela escreverá seu próprio atestado; e ao final dela, como testemunha, marca-a com seu selo; e toma a tabuleta e ponha junto com as outras no cofre divino; pois, no momento designado, escolhidos virão até aqui e encontrarão o cofre e as tabuletas, e saberão tudo o que eu ditei a ti; e que o relato veraz dos Princípios, os Tempos Prévios, os Tempos de Antigamente e a Grande Calamidade será conhecida no sucessivo como As Palavras do Senhor Enki. E haverá um Livro de Testemunhos do passado, e um Livro de previsões do futuro, pois o futuro no passado se acha, e o primeiro também será o último. E houve uma pausa, e tomei as tabuletas e as pus uma a uma na ordem correta dentro do cofre. E o cofre era feito de madeira de acácia com incrustações de ouro no exterior. E a voz de meu senhor disse: Agora, fecha a tampa do cofre e fixa o fechamento. E fiz como me indicou. E houve outra pausa, e meu senhor Enki disse: E quanto a ti, Endubsar, com um grande deus falaste e, embora não me viu, em minha presença estiveste, portanto, está puro, e será meu porta-voz ante o povo. Admoestará para que eles sejam justos, pois nisso se baseia uma boa e larga vida. E os confortará, pois no prazo de setenta anos se reconstruirão as cidades e as colheitas voltarão a crescer. Haverá paz, mas também haverá guerras. Novas nações se farão poderosas, reinos se elevarão e cairão. Os deuses de antigamente se apartarão, e novos deuses decretarão as sortes. Mas ao final dos dias prevalecerá o destino, e esse futuro se prediz em minhas palavras sobre o passado. De tudo isso, Endubsar, às pessoas falará.

E houve uma pausa e um silêncio. E eu, Endubsar, prostrei-me no chão e disse: Mas, como saberei o que dizer? E a voz do senhor Enki disse: Haverá sinais nos céus, e as palavras que tenha que pronunciar virão a ti em sonhos e em visões. E, depois de ti, haverá outros profetas escolhidos. E ao final, haverá uma Nova Terra e um Novo Céu, e já não haverá mais necessidade de profetas. E, então, fez-se o silêncio, e as auras se extinguiram, e o espírito me deixou. E quando recuperei os sentidos, estava nos campos dos arredores de Eridú.

Sinopse da Primeira Tabuleta

1. Selo de Endubsar, escriba mestre. 2. Sinopse da Primeira Tabuleta. 3. Lamentação sobre a desolação do Sumer. 4. Como fugiram os deuses de suas cidades à medida que se estendia a nuvem nuclear. 5. As discussões no conselho dos deuses. 6. A fatídica decisão de liberar as Armas de Terror. 7. A origem dos deuses e as armas terríveis de Nibiru. 8. As guerras norte-sul de Nibiru, unificação e normas dinásticas. 9. Localização de Nibiru no sistema solar. 10. A evanescente atmosfera provoca mudanças climáticas. 1. Os esforços por obter ouro para evitar a debilitação da atmosfera. 12. Alalu, um usurpador, utiliza armas nucleares para agitar os gases vulcânicos. 13. Anu, herdeiro dinástico, depõe Alalu. 14. Alalu rouba uma espaçonave e escapa de Nibiru. 15. Representações de Nibiru como planeta radiante.

Palavras do senhor Enki, primogênito de Anu, que reina em Nibiru.

Pesando no espírito, profiro os lamentos; lamentos amargos que enchem meu coração. Quão desolada está a terra, as pessoas entregues ao Vento Maligno, seus estábulos abandonados, seus redis vazios. Quão desoladas estão as cidades, as pessoas amontoadas como cadáveres hirtos, afligidas pelo Vento Maligno. Quão desolados estão os campos, murcha a vegetação, alcançada pelo Vento Maligno. Quão desolados estão os rios, já nada vive neles, águas puras e cintilantes convertidas em veneno. Das pessoas de negra cabeça, Sumer está vazia, foi-se toda vida; de suas vacas e suas ovelhas, Sumer está vazia, calado ficou o murmúrio do leite batido. Em suas gloriosas cidades, só ulula o vento; a morte é o único aroma. Os templos, cujas cúspides alcançavam o céu, por seus deuses foram abandonados. Não há domínio de senhorio nem de realeza; cetro e tiara desapareceram. Nas ribeiras dos dois grandes rios, em outro tempo exuberantes e cheios de vida, só crescem as más ervas. Ninguém percorre seus meio-fios, ninguém busca os caminhos; a florescente Sumer é como um deserto abandonado. Quão desolada está a terra, lar de deuses e homens! Nessa terra caiu a calamidade, uma calamidade desconhecida para o homem. Uma calamidade que a Humanidade nunca antes tinha visto, uma calamidade que não se pode deter. Em todas as terras, do oeste até o este, pousou-se uma mão de quebra e de terror. Os deuses, em suas cidades, estavam tão indefesos como os homens! Um Vento Maligno, uma tormenta nascida em uma distante planície, uma Grande Calamidade forjada em seu atalho. Um vento portador de morte nascido no oeste se encaminhou para o este, estabelecido seu curso pela sorte. Uma devoradora tormenta como o dilúvio, de vento e não de água destruidora, de ar envenenado, não de ondas, entristecedora. Pela sorte, que não pelo destino, engendrou-se; os grandes deuses, em seu conselho, a Grande Calamidade provocaram. Enlil e Ninharsag o permitiram; só eu estive suplicando para que se contivessem. Dia e noite, por aceitar o que os céus decretam, argumentei, mas em vão! Ninurta, o filho guerreiro de Enlil, e Nergal, meu próprio filho, liberaram as venenosas armas na grande planície. Não sabíamos que um Vento Maligno seguiria ao resplendor!, choram eles agora em sua angústia. Quem podia predizer que a tormenta portadora de morte, nascida no oeste, tomaria seu curso para o este?, lamentam-se os deuses agora. Em suas cidades sagradas, permaneceram os deuses, sem acreditar que o Vento Maligno tomaria sua rota para o Sumer. Um após o outro, os deuses fugiram de suas cidades, seus templos abandonaram ao vento. Em minha cidade, Eridú, não pude fazer nada por deter a nuvem venenosa. Fujam a campo aberto!, dava instruções às pessoas; com Ninki, minha esposa, a cidade abandonei. Em sua cidade, Nippur, lugar do Enlace Céu-Terra, Enlil não pôde fazer nada para detê-lo. O Vento Maligno se equilibrou sobre o Nippur. Em sua nave celestial, Enlil e sua esposa partiram apressadamente. No Ur, a cidade da realeza do Sumer, Nannar a seu pai Enlil implorou ajuda; no lugar do templo que ao céu em sete degraus se eleva, Nannar se negou a considerar a mão da sorte. Meu pai, você que me engendrou, grande deus que a Ur concedeu a realeza, não deixe entrar o Vento Maligno!, apelou Nannar. Grande deus que decreta as sortes, deixa que Ur e seus habitantes se livrem, seus louvores prosseguirão!, apelou Nannar. Enlil respondeu a seu filho Nannar: Nobre filho, à sua admirável cidade concedi a realeza, mas não lhe concedi reinado eterno. Toma a sua esposa Ningal e foge da cidade! Nem sequer eu, que decreto as sortes, posso impedir seu destino! Assim falou Enlil, meu irmão; ai, ai, que não era destino! O dilúvio não tinha causado uma calamidade maior sobre deuses e terrestres; ai, que não era destino! O Grande Dilúvio estava destinado a acontecer; mas não a Grande Calamidade da tormenta portadora de morte. Por romper uma promessa, por uma decisão do conselho foi provocada; pelas Armas de Terror foi criada. Por uma decisão, que não pelo destino, liberaram-se as armas venenosas; por deliberação se jogaram as sortes. Contra Marduk, meu primogênito, dirigiram a destruição os dois filhos; havia vingança em seus corações. Não tem que tomar Marduk o poder!, gritou o primogênito de Enlil. Com as armas oporei a ele, disse Ninurta. De entre o povo levantou um exército, para declarar a Babilônia umbigo da Terra!, assim gritou Nergal, irmão de Marduk. No conselho dos grandes deuses, palavras malévolas se difundiram. Dia e noite levantei minha voz opositora; a paz aconselhei, deplorando as pressas. Pela segunda vez, o povo tinha elevado sua imagem celeste; por que opor-se a que continue?, perguntei implorando. Comprovaram-se todos os instrumentos? Não tinha chegado a era de Marduk nos céus?, inquiri uma vez mais. Ningishzidda, meu filho, outros signos do céu citou. Seu coração, eu sabia, não podia perdoar a injustiça de Marduk contra ele. Nannar, de Enlil na Terra nascido, também foi implacável. Marduk, de meu templo na cidade do norte, sua própria morada tem feito! Assim disse. Ishkur, o filho mais jovem de Enlil, exigiu um castigo; em minhas terras, fez prostituir-se ao povo ante ele!, disse. Utu, filho de Nannar, contra o filho de Marduk, Nabu, dirigiu sua ira: Tentou tomar o Lugar dos Carros Celestiais! Inanna, gêmea de Utu, estava fora de si; seguia exigindo o castigo de Marduk pelo assassinato de seu amado Dumuzi. Ninharsag, mãe de deuses e homens, desviou a olhar. Por que não está Marduk aqui? Disse simplesmente. Gibil, meu próprio filho, replicou pessimista: Marduk tem desprezado a todos os rogos; pelos sinais do céu reclama sua supremacia! Só pelas armas será detido Marduk!, gritou Ninurta, primogênito de Enlil. Utu estava preocupado pela segurança do Lugar dos Carros

Celestiais; não deve cair em mãos de Marduk! Assim disse. Nergal, senhor dos Domínios Inferiores, exigia ferozmente: Que se utilizem as antigas Armas de Terror para arrasar! A meu próprio filho olhei sem poder acreditar nisso: Para irmão contra irmão as armas de terror se abjuraram! Em lugar do comum acordo, houve silêncio. No silêncio, Enlil abriu a boca: Deve haver um castigo; como pássaros sem asas ficarão os malfeitores. Marduk e Nabu, de nosso patrimônio nos estão privando; há que lhes privar do Lugar dos Carros Celestiais! Que se calcine o lugar até o esquecimento!, gritou Ninurta: me deixem ser O Que Calcina! Excitado, Nergal ficou em pé e gritou: Que as cidades dos malfeitores também sejam destruídas, me deixem arrasar as cidades pecadoras, deixem que a partir de hoje meu nome seja o Aniquilador! Os terrestres, por nós criados, não devem ser danificados; os justos com os pecadores não devem perecer, exclamou energicamente. Ninharsag, a companheira que me ajudou a criá-los, estava de acordo: A questão somente tem que se resolver entre os deuses, o povo não deve ser prejudicado. Anu, da morada celestial, estava prestando atenção às discussões. Anu, que determina as sortes, sua voz fez escutar desde sua morada celestial: Que as Armas de Terror sejam por esta vez usadas, que o lugar das naves propulsadas seja arrasado, que ao povo lhe perdoe. Que Ninurta seja o Calcinador, que Nergal seja o Aniquilador! E assim Enlil a decisão anunciou. À eles um segredo dos deuses revelarei; o lugar oculto das armas de terror lhes desvelarei. Os dois filhos, um meu, um dele, em sua câmara interior Enlil convocou. Nergal, quando voltou junto a mim, desviou o olhar. Ai!, gritei sem palavras, o irmão se revoltou contra o irmão! Acaso por sorte têm que repeti-los Tempos Prévios? Um segredo dos Tempos de Antigamente os revelou Enlil a eles, as Armas de Terror a suas mãos confiou! Enfeitadas de terror, com um resplendor se desataram; tudo o que tocam, em um montão de pó o convertem. Para irmão contra irmão na Terra foram abjuradas, nenhuma região afetar. Então, o juramento se violou, como uma vasilha rota em inúteis partes. Os dois filhos, plenos de gozo, com passos rápidos da câmara de Enlil emergiram, para a partida das armas. Os outros deuses voltaram para suas cidades; sem pressagiar nenhum deles sua própria calamidade!

Eis aqui o relato dos Tempos Prévios, e das Armas de Terror. Antes dos Tempos Prévios foi o Princípio; depois dos Tempos Prévios foram os Tempos de Antigamente. Nos Tempos de Antigamente, os deuses chegaram à Terra e criaram os terrestres. Nos Tempos Prévios, nenhum dos deuses estavam na Terra, nem se tinha feito ainda os terrestres. Nos Tempos Prévios, a morada dos deuses estava em seu próprio planeta; Nibiru é seu nome. Um grande planeta, avermelhado em resplendor; ao redor do Sol, uma volta alargada faz Nibiru. Durante um tempo, Nibiru está envolto no frio; durante parte de seu percurso, o Sol fortemente o esquenta. Uma grossa atmosfera envolve a Nibiru, alimentada continuamente com erupções vulcânicas. Todo tipo de vida esta atmosfera mantém; sem ela, tudo pereceria! No período frio, conserva no planeta o calor interno de Nibiru, como um quente casaco que se renova constantemente. No período quente, protege a Nibiru dos abrasadores raios do Sol. Em sua metade, as chuvas agüentam e liberam, dando altura a lagos e rios. Uma exuberante vegetação alimenta e protege nossa atmosfera; faz brotar todo tipo de vida nas águas e na terra. Depois de eones de tempo, brotou nossa própria espécie, por nossa própria essência uma semente eterna para procriar. À medida que nosso número crescia, nossos ancestrais se estenderam a muitas regiões de Nibiru. Alguns cultivaram a terra, as criaturas de quatro patas apascentavam. Uns viviam nas montanhas, outros fizeram seus lares nos vales. Houve rivalidades, tiveram lugar usurpações; houve conflitos, e os paus se converteram em armas. Os clãs se reuniram em tribos, e logo duas grandes nações se enfrentaram entre si. A nação do norte contra a nação do sul tomou as armas. O que sustentava a mão para lançar projéteis se permutou; armas de estrondo e resplendor incrementaram o terror. Uma guerra, larga e feroz, devorou o planeta; irmão lutou contra irmão. Houve morte e destruição, tanto no norte como no sul. Durante muitas órbitas, a desolação reinou nas terras; toda vida foi dizimada. Depois, declarou-se uma trégua; e mais tarde se fez a paz. Que as nações se unam, disseram os emissários entre si: que haja um trono em Nibiru, um rei que reine sobre todos. Que haja um líder do norte ou do sul eleito a sortes, um rei supremo tem que ser. Se fosse do norte, que o sul escolha a uma mulher para que seja sua esposa, em igualdade como reina, para reinarem juntos. Se por sortes fora eleito um homem do sul, que uma mulher do norte seja sua esposa. Que sejam marido e mulher, para fazer uma só carne. Que seu filho primogênito seja o sucessor; que uma dinastia unificada seja assim formada, para estabelecer a unidade em Nibiru para sempre! Em meio às ruínas se iniciou a paz. Norte e sul por matrimônio se uniram. O trono real em uma carne combinada, uma sucessão não interrompida de realeza estabelecida! O primeiro rei depois da paz foi feito, um guerreiro do norte foi um poderoso comandante. Por sortes, veraz e justo, foi ele eleito; foram aceitos seus decretos na unidade. Para morada dela, construiu uma esplêndida cidade; Agadé, que significa Unidade, foi seu nome. Para seu reinado, um título real foi concedido; An foi, o Celestial foi seu significado. Com braço forte, restabeleceu a ordem nas terras; decretou leis e regulamentos. Designou governadores para cada terra; a restauração e o cultivo foi sua principal tarefa. Dele, nos anais reais, assim se registrou: An unificou as terras, a paz em Nibiru restaurou. Construiu uma nova cidade, os canais reparou, proveu alimento para o povo; houve abundância nas terras. Por esposa dele, o sul escolheu uma donzela, dotada tanto para o amor como para a luta. An.Tu foi seu título real; “A Líder Que É Esposa de An”, significava engenhosamente o nome dado. Deu a An três filhos e nenhuma filha. Ao primogênito pôs o nome de An.Ki; Pelo An um Sólido Fundamento era seu significado. Só no trono, esteve ele sentado; uma esposa a escolher foi duas vezes proposta. Em seu reinado, as concubinas foram ao palácio; um filho não lhe nasceu. A dinastia assim iniciada se interrompeu com a morte de Anki; no fundamento, nenhum descendente seguiu. O filho médio, não o primogênito, Herdeiro Legal foi renomado. Desde sua juventude, um dos três irmãos, Ib foi chamado amorosamente por sua mãe. Que Está em Médio significava seu nome. Nos anais reais, An.Ib é renomado: Em realeza celestial; durante gerações, “Que É Filho de An” significou seu nome. Aconteceu a seu pai An no trono; em suma, foi o terceiro a reinar. A filha de seu irmão pequeno escolheu por esposa. Nin.Ib foi chamada, “a Dama do Ib”. Ninib deu um filho a Anib; o sucessor do trono foi, o quarto da conta dos reis. Pelo nome real de An.Shar.Gal desejou que lhe conhecesse; Príncipe de An “Que É o Maior dos Príncipes” era o significado. Sua esposa, uma meio-irmã, Ki.Shar.Gal foi chamada igualmente. O conhecimento e a compreensão foi sua principal ambição; estudou assiduamente os caminhos dos céus. Estudou a grande volta de Nibiru, sua longitude fixou em um Shar. Como um ano de Nibiru era a medida, por ele os reinados reais seriam numerados e registrados. Dividiu o Shar em dez partes, desse modo declarou duas festividades. Nas proximidades do Sol celebrou-se uma festividade do calor. Quando Nibiru fazia sua morada na distância, se decretou a festividade do frio. Substituindo a todas as festividades de antigamente de tribos e nações para unificar o povo, se estabeleceram as duas. Leis de marido e mulher, de filhos e filhas, estabeleceu por decreto; proclamou os costumes das primeiras tribos para todo o país. Nas guerras, as mulheres superavam em grande número aos homens. Decretos fez, um homem tem que ter mais de uma mulher por conhecer. Por lei, uma mulher tem que ser escolhida como esposa oficial, Primeira Esposa tem que ser chamada. Por lei, o filho primogênito era o sucessor de seu pai. Por estas leis, não demorou para chegar a confusão; se o filho primogênito não era nascido da Primeira Esposa. E depois nascia um filho da Primeira Esposa, convertendo-se por lei em Herdeiro Legal. Quem será o sucessor: aquele que pela conta do Shars nasceu primeiro? Aquele nascido da Primeira Esposa? O filho Primogênito? O Herdeiro Legal? Quem herdará? Quem acontecerá? No reinado do Anshargal, Kishargal foi declarada Primeira Esposa. Meia-irmã do rei era. No reinado de Anshargal, levaram-se concubinas de novo ao palácio. Das concubinas, nasceram-lhe filhos e filhas ao rei. Um filho de uma foi o primeiro em nascer; o filho de uma concubina foi o Primogênito. Depois, Kishargal teve um filho. Herdeiro Legal por lei era; mas Primogênito não era. No palácio, Kishargal levantou a voz, irada gritou: Se pelas normas meu filho, de uma Primeira Esposa nascido, vê-se privado da sucessão, que o dobro da semente não se esqueça! Embora de diferentes mães, de um mesmo pai o rei e eu somos descendentes. Eu sou a meio-irmã do rei; de mim, o rei é meioirmão. Por isso, meu filho possui o dobro de semente de nosso pai Anib! Que, na sucessão, a Lei da Semente, a Lei do Desposório prevaleça! Que, na sucessão, o filho de uma meio-irmã, quando queira que nasça, por cima de todos outros filhos alcance a sucessão! Anshargal, considerando-o, concedeu-lhe seu favor à Lei da Semente: A confusão de esposa e concubinas, de matrimônio e divórcio, evitaria-se com ela. Em seu conselho, os conselheiros reais adotaram a Lei da Semente para a sucessão. Por ordem do rei, os escribas anotaram o decreto. Assim foi proclamado o próximo rei pela Lei da Semente para a sucessão. Foi-lhe concedido o nome real An.Shar. Foi o quinto no trono.

Vem agora o relato do reinado de Anshar e dos reis que lhe seguiram. Quando se trocou a lei, os outros príncipes se enfrentaram. Houve palavras, não houve rebelião. Como esposa, Anshar escolheu a uma meia-irmã. Fez a sua Primeira Esposa; lhe chamou com o nome de Ki.Shar. Assim foi, por esta lei, que a dinastia continuou. No reinado de Anshar, os campos reduziram suas colheitas, frutos e cereais perderam abundância. De tempos em tempos, na cercania do Sol, o calor foi crescendo em força; nas moradas longínquas, o frio se fez mais intenso. No Agadé, a cidade do trono, o rei reuniu em assembléia àqueles de grande entendimento. À sábios eruditos, gente de grande conhecimento, lhes ordenou investigar. A terra examinaram, lagos e rios puseram a prova. Ocorreu antes, deu alguém uma resposta: Nibiru, no passado, mais fria e mais cálida foi; Destino é isto, na volta de Nibiru enraizado! Outros de conhecimento, observando a órbita, não consideraram culpado o destino de Nibiru. Na atmosfera, fez-se uma brecha; esse foi seu achado. Os vulcões, ferreiros da atmosfera, lançavam ao céu menos erupções! O ar de Nibiru se havia feito mais tênue, o escudo protetor tinha diminuído! No reinado de Anshar e Kishar, fizeram aparição as pragas do campo; não as podia vencer com trabalho. O filho de ambos, En.Shar, ascendeu depois ao trono; da dinastia, era o sexto. “Nobre Professor do Shar” significava seu nome. Com grande entendimento nasceu, dominou muitos conhecimentos com muita erudição. Procurou caminhos para dominar as aflições; da órbita celeste de Nibiru, fez muito estudo. Pesquisava cinco membros da família do Sol, planetas de deslumbrante beleza. Procurando remédios para as aflições, fez examinar suas atmosferas. A cada um lhe deu um nome, a antepassados ancestrais honrou; considerou-os como casais celestes An e Antu, os planetas gêmeos, chamou os dois primeiros que foram encontrados. Além da órbita de Nibiru, estavam Anshar e Kishar, por seu tamanho os maiores. Como um mensageiro, Gaga entre os outros corria, às vezes o primeiro em encontrar Nibiru. Cinco em total eram os que recebiam a Nibiru no céu, enquanto circundava ao Sol. Mais à frente, como uma fronteira, o Bracelete Esculpido circundava ao Sol; como um guardião da região proibida do céu, com escombros protegia. Outros filhos do Sol, quatro em número, defendiam da intrusão do bracelete. As atmosferas dos cinco primeiros ficaram a estudar Enshar. Em sua volta repetida examinaram-se atentamente os cinco. Que atmosferas possuíam, examinaram-se intensamente por observação e com carros celestiais. Os achados foram surpreendentes, os descobrimentos confusos. De volta em volta, a atmosfera de Nibiru mais brechas sofria. Nos conselhos dos eruditos, os remédios se debatiam com avidez; consideraram-se formas de enfaixar a ferida urgentemente. tentou-se um novo escudo que envolvesse o planeta; tudo o que se lançou para cima, caiu de volta ao chão. Nos conselhos dos eruditos, estudaram-se as erupções dos vulcões. A atmosfera, criou-se pelas erupções vulcânicas; sua ferida tinha tido lugar pela diminuição de erupções. Que com invenções se potencializem novas erupções, que os vulcões cuspam de novo!, estava dizendo um grupo de sábios. Como alcançar a façanha, com que ferramentas conseguir mais erupções, ninguém podia dar conta ao rei. No reinado do Enshar, fez-se maior a brecha nos céus. As chuvas se negavam, os ventos sopravam mais forte; os mananciais das profundidades não emergiam. Nas terras, havia uma maldição; os peitos das mães se secaram. No palácio, havia aflição; havia uma maldição ali dentro. Como Primeira Esposa, Enshar desposou a uma meio-irmã, seguindo-se à Lei da Semente. Nin.Shar foi chamada, dos Shars a Dama. Um filho não teve. Por uma concubina, ao Enshar nasceu um filho; foi o filho Primogênito. Pelo Ninshar, Primeira Esposa e meio-irmã, não chegou um filho. Pela Lei de Sucessão, o filho da concubina subiu ao trono; foi o sétimo em reinar. Du.Uru foi seu nome real; “No Lugar de Morada Forjado” era seu significado; de fato, foi concebido na Casa das Concubinas, não no palácio. Como esposa uma donzela amada desde sua juventude escolheu Duuru; por amor, não por semente, selecionou uma Primeira Esposa. Da.Uru foi seu nome real; “A Que Está a Meu Lado” era o significado. Na corte real a confusão corria desenfreada. Os filhos não eram herdeiros, as algemas não eram meio-irmãs. Na terra ia crescendo o sofrimento. Os campos esqueceram sua abundância, e entre o povo diminuiu a fertilidade. No palácio, a fertilidade estava ausente; não tinham tido nem filho nem filha. Da semente de An, sete foram os soberanos; depois, de sua semente se secou o trono. Dauru encontrou a um menino na porta do palácio; como a um filho o abraçou. Ao final, Duuru como a um filho o adotou, nomeou-o Herdeiro Legal; Lahma, que significa “Secura”, foi o nome que lhe deu. No palácio, os príncipes protestavam; no Conselho, havia queixa. Ao final, Lahma subiu ao trono. Embora não era da semente de An, foi o oitavo em reinar. Nos conselhos dos eruditos, deram-se duas sugestões para sanar a brecha: alguém sugeriu o uso de um metal, ouro era seu nome. Em Nibiru, era muito raro; dentro do Bracelete Esculpido era abundante. Era a única substância que se podia moer até o pó mais fino; elevado até o céu, podia ficar suspenso. Assim, com reaprovisionamentos, a brecha se sanaria, haveria um melhor amparo. Que se construam naves celestiais, que uma frota celestial traga o ouro a Nibiru! Que se utilizem as Armas de Terror!, foi a outra sugestão; armas que sacudam e afrouxem o chão, que gretem as montanhas; Atacar com projéteis os vulcões, sua letargia remover, estimular suas erupções, recarregar a atmosfera, fazer desaparecer a brecha! Lahma era fraco para tomar uma decisão; não sabia que opção tomar. Nibiru completou uma volta, dois Shars seguiu contando Nibiru. Nos campos, a aflição não retrocedia. A atmosfera não se reparava com as erupções vulcânicas. Passou um terceiro Shar, um quarto se contou. Não se obtinha ouro. Os conflitos abundavam no reino; a comida e a água escasseavam. A unidade se perdeu no reino; as acusações eram abundantes. Na corte real, os sábios foram e vinham; os conselheiros corriam acima e abaixo. Ao rei não prestavam atenção às suas palavras. Só procurava conselho em sua esposa; Lahama era seu nome. Se fosse o destino, supliquemos ao Grande Criador de Tudo, ao rei, disse ela. Suplicar, não atuar, é a única esperança! Na corte real, os príncipes estavam inquietos; dirigiam acusações ao rei: De forma estúpida e absurda, está trazendo calamidades ainda maiores em vez de paz! Dos antigos depósitos, se recuperaram as armas; havia muito que falar de rebelião. Um príncipe, no palácio real, foi o primeiro em tomar as armas. Com palavras de promessa, agitou aos outros príncipes; Alalu era seu nome. Que Lahma já não seja mais o rei!, gritou. Que a decisão substitua à vacilação! Venham, vamos desalentar ao rei em sua morada; façamos que abandone o trono! Os príncipes fizeram caso às suas palavras; as portas do palácio abriram com violência; à sala do trono, sua entrada proibida, como águas em avalanche chegaram. O rei escapou à torre do palácio; Alalu foi em sua perseguição. Na torre houve luta; Lahma caiu morto. Lahma já não está!, gritou Alalu. Já não está o rei, anunciou com alvoroço. À sala do trono se dirigiu apressadamente Alalu, no trono ele mesmo se sentou. Sem direito nem conselho, ele mesmo se proclamou rei. perdeu-se a unidade no reino; uns se alegraram pela morte da Lahma, outros se entristeceram pelo que tinha feito Alalu. Vem agora o relato do reinado de Alalu e da ida à Terra. Perdeu-se a unidade no reino; muitos se sentiam ofendidos sobre a realeza. No palácio, os príncipes estavam agitados; no conselho, os conselheiros estavam turvados. De pai a filho, a sucessão de An prosseguiu no trono; inclusive Lahma, o oitavo, tinha sido declarado filho por adoção. Quem era Alalu? Acaso era um Herdeiro Legal, era o Primogênito? Com que direito tinha usurpado o trono? Não era o assassino do rei? Ante os Sete Que Julgam, foi convocado Alalu para considerar sua sorte. Ante os Sete Que Julgam, Alalu expôs suas pretensões: Ainda sem ser Herdeiro Legal nem filho Primogênito, de semente real sim que era! Do Anshargal descendo, ante os juízes reclamou. De uma concubina, meu antepassado nasceu; Alam era seu nome. Por conta do Shars, Alam foi o primogênito; lhe pertencia o trono. Por uma confabulação, deixou de lado seus direitos! A Lei da Semente de um nada se inventou, para que seu filho obtivesse a realeza. À Alam lhe privou da realeza; e ao filho dela, em seu lugar, foi concedida. Por descendência, sou o continuador das gerações de Alam; a semente do Anshargal está dentro de mim! Os Sete Que Julgam tiveram em conta as palavras de Alalu. Ao Conselho de Conselheiros passaram o assunto, para que dirimissem sua veracidade ou falsidade. trouxeram-se os anais reais da Casa de Registros; com muita atenção, leram-se. An e Antu, o primeiro casal real estavam; três filhos e nenhuma filha lhes nasceram. O Primogênito foi Anki; ele morreu no trono; não teve descendência. Em seu lugar, o filho médio subiu ao trono; Anib foi seu nome. Anshargal foi seu Primogênito; ao trono ascendeu. depois dele, no trono, não continuou a realeza do Primogênito; A Lei de Sucessão se substituiu pela Lei da Semente. O filho de uma concubina era o Primogênito; pela Lei da Semente, lhe privava da realeza. Assim lhe concedeu a realeza ao filho de Kishargal; sendo a razão ser meio-irmã do rei. Do filho da concubina, do Primogênito, os anais não faziam menção. Dele sou descendente!, gritou Alalu aos conselheiros. Pela Lei de Sucessão, pertencia à realeza; pela Lei de Sucessão, à realeza tenho agora direito! Com vacilações, os conselheiros do Alalu exigiram um juramento de verdade. Alalu prestou o juramento; como rei lhe considerou o conselho. Convocaram aos anciões, convocaram aos príncipes; ante eles, pronunciaram a decisão. De entre os príncipes, um jovem príncipe se adiantou; queria dizer algo a respeito da realeza. deveria-se reconsiderar a sucessão, disse à assembléia. Embora nem Primogênito, nem filho da rainha, de pura semente descendo: A essência do An se preservou em mim, sem diluir-se em concubina! Os conselheiros escutaram suas palavras com surpresa; ao jovem príncipe lhe disseram que se aproximasse. Perguntaram-lhe seu nome. É Anu; por meu antepassado An fui assim renomado! Perguntaram-lhe por suas gerações; dos três filhos do An, recordoulhes: Anki foi o Primogênito, sem filho nem filha morreu; Anib foi o médio, no lugar do Anki subiu ao trono; Anib tomou por casamento à filha de seu irmão menor; a partir deles, registra-se nos anais a sucessão. Quem foi o irmão pequeno, filho do An e do Antu, da semente mais pura? Os conselheiros, admirados, olhavam-se entre si. Enuru era seu nome!, anunciou-lhes Anu: Ele foi meu grande antepassado! Sua esposa, Ninuru, era uma meio-irmã; o filho dela foi o primogênito; Enama foi seu nome. A esposa deste era uma meio-irmã, pelas leis de semente e sucessão, um filho lhe deu. De descendentes puros continuaram as gerações, por lei e por semente perfeitas! Anu, por nosso antepassado An, puseram-me meus pais; Do trono se nos apartou; da semente pura do An não nos apartou! Que Anu seja rei!, gritaram muitos conselheiros. Que se destitua ao Alalu! Outros aconselharam cautela: Evitemos conflitos, que prevaleça a unidade! Chamaram o Alalu, para lhe contar o que foi descoberto. Ao príncipe Anu, Alalu lhe ofereceu seu braço em abraço; ao Anu disse assim: Embora de diferente descendência, de um único antepassado descendemos ambos; vivamos em paz, juntos devolveremos a abundância a Nibiru! Me deixe conservar o trono, conserva você a sucessão! Ao conselho dirigiu estas palavras: Que Anu seja Príncipe Coroado, que ele seja meu sucessor! Que seu filho se case com minha filha, que unifique-se a sucessão! Anu fez uma reverência ante o conselho, ante a assembléia declarou assim: De Alalu, o copeiro serei, seu sucessor à espera; meu filho a sua filha escolherá como noiva. Essa foi a decisão do conselho; inscreveu-se nos anais reais. Desta maneira, Alalu seguiu sentado no trono. Ele convocou aos sábios, a eruditos e comandantes consultou; para decidir, obteve muitos conhecimentos. Que se construam naves celestiais, decidiu, para procurar ouro no Bracelete Esculpido, decidiu. Os Braceletes Esculpidos destruíram as naves; nenhuma delas voltou. Que as Armas de Terror abram as vísceras de Nibiru, que os vulcões voltem para a erupção!, ordenou então. Armaram-se carros celestes com as Armas de Terror, com projéteis de terror golpearam aos vulcões dos céus. As montanhas se balançaram, os vales se estremeceram, enquanto grandes resplendores estalavam com estrondo. Havia muito alvoroço no reino; havia expectativas de abundância. No palácio, Anu era o copeiro do Alalu. Ele se prostraria aos pés do Alalu, poria-lhe a taça na mão. Alalu era o rei; a Anu tratava como a um servo. No reino, o alvoroço se apagou; as chuvas se negavam a cair, os ventos sopravam com mais força. As erupções dos vulcões não aumentavam, não sanava a brecha na atmosfera. Nibiru seguia percorrendo suas voltas nos céus; de volta em volta, o calor e o frio se faziam mais difíceis de suportar. O povo de Nibiru deixou de venerar a seu rei; em vez de alívio, havia trazido miséria! Alalu seguia sentado no trono. O forte e sábio Anu, o primeiro entre os príncipes estava de pé ante ele. Prostraria-se ante os pés do Alalu, poria-lhe a taça na mão. Durante nove períodos contados, Alalu foi rei em Nibiru. No nono Shar, Anu apresentou batalha a Alalu. Desafiou a Alalu à um combate mão à mão, com os corpos nus. Que o vencedor seja rei, disse Anu. Lutaram entre si na praça pública; as ombreiras das portas tremeram e as paredes se remexeram. Alalu fincou a joelho, caiu sobre seu peito. Alalu foi derrotado em combate; por aclamação, Anu foi proclamado rei. Anu foi escoltado até o palácio; Alalu ao palácio não voltou. De entre as massas, sigilosamente escapou; tinha medo de morrer como Lahma. Sem que o reconhecessem, foi apressadamente até o lugar dos carros celestiais. Alalu subiu a um carro armado de projéteis; fechou a portinhola atrás dele. Entrou na câmara da parte dianteira; ocupou o assento do comandante. Acendeu a luz, a câmara se encheu com uma aura azulada. Levantou as Pedras de Fogo; o zumbido destas, como a música, era cativante. Avivou o Grande Quebrantador do carro; arrojava um resplendor avermelhado. Sem ninguém precaver-se disso, Alalu escapou de Nibiru na nave celestial. Para a gelada Terra pôs rumo Alalu; por um segredo do Princípio, escolheu seu destino.

Sinopse da Segunda Tabuleta

1. A fuga de Alalu em uma espaçonave com armas nucleares. 2. Rumando a Ki, o sétimo planeta (a Terra). 3. Por que esperava encontrar ouro na Terra. 4. A cosmogonia do sistema solar; a água e o ouro de Tiamat. 5. A aparição de Nibiru do espaço exterior. 6. A Batalha Celestial e a ruptura de Tiamat. 7. A Terra, a metade de Tiamat, herda suas águas e seu ouro. 8. Kingu, o principal satélite de Tiamat, converte-se na Lua da Terra. 9. Nibiru é destinado a orbitar para sempre ao Sol. 10. A chegada de Alalu e sua aterrissagem na Terra. 1. Alalu, ao descobrir ouro, tem a sorte de Nibiru em suas mãos. 12. Uma representação babilônica da Batalha Celestial.

Para a gelada Terra pôs rumo Alalu; por um segredo do Princípio, escolheu seu destino. Para as regiões proibidas se encaminhou Alalu; ninguém tinha ido antes ali, ninguém tinha tentado cruzar o Bracelete Esculpido. Um segredo do Princípio tinha determinado o curso de Alalu, a sorte de Nibiru punha em suas mãos, mediante um plano, faria sua realeza universal! Em Nibiru, o exílio era seguro, à mesma morte se arriscava. Em seu plano, havia riscos na viagem; mas a glória eterna do êxito era a recompensa! Como uma águia, Alalu explorou os céus; abaixo, Nibiru era uma bola suspensa no vazio. Sua silhueta era atrativa, seu resplendor blasonava os céus circundantes. Seu tamanho era enorme, cintilava o fogo de suas erupções.

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Por que somos viciados em pensar?

Publicado por: luxcuritiba em abril 23, 2013

22.07.2012 ]

por José Batista de Carvalho

thinkingPorque estamos identificados com esse processo, já que a percepção do eu interior tem origem no conteúdo e na atividade de nossas mentes. Acreditamos que deixaríamos de existir se parássemos de pensar. No processo de crescimento, construímos uma imagem mental de nós mesmos, baseada em nosso condicionamento pessoal e cultural. Podemos chamar isso “o fantasma pessoal do ego”. Consiste em uma atividade mental e só pode ser mantido através do pensar constante. A palavra ego tem sentidos diferentes para pessoas diferentes, mas aqui significa um falso eu interior, criado por uma identificação inconsciente com a mente.

Para o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por que, para o ego, a mente não tem função. O ego está sempre preocupado em manter vivo o passado, porque pensa que sem ele não seríamos ninguém. E se projeta no futuro para assegurar a continuação de sua sobrevivência e buscar algum tipo de escape ou satisfação lá adiante. Ele diz assim: “Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz, em paz”. Mesmo quando o ego parece estar preocupado com o presente, não é o presente que ele vê, porque constrói uma imagem completamente distorcida, a partir do passado. Ou então reduz o presente a um meio para obter o fim desejado, um fim que sempre consiste em um futuro projetado pela mente. Observe sua mente e verá que é assim que ela funciona.

O momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não conseguirá percebê-lo enquanto você for a sua mente.

“Não quero perder a minha capacidade de analisar e criticar. Não me importo em aprender a pensar de forma mais clara, com um sentido mais direcionado, mas não quero perder este dom, que considero o bem mais precioso que temos. Sem ele, seríamos apenas mais uma espécie animal”.

O predomínio da mente é apenas um estágio na evolução da consciência. Precisamos, urgentemente, passar ao próximo estágio, senão seremos destruídos pela mente, que se transformou em um monstro. Pensamento e consciência não são sinônimos. O pensamento é um pequeno aspecto da consciência. O pensamento não consegue existir sem a consciência, mas a consciência não necessita do pensamento.

A iluminação significa chegar a um nível acima do pensamento, e não em ficar abaixo dele, ao nível de um animal ou de uma planta. No estado iluminado, continuamos a usar nossas mentes quando necessário, mas de um modo mais focalizado e eficiente. Assim, utilizando nossas mentes com objetivos práticos, não ouvimos mais o diálogo interno involuntário e sentimos uma enorme serenidade interior. Quando usamos de fato nossas mentes e, em especial, quando necessitamos de uma solução criativa, há uma oscilação, de segundos, entre o pensamento e a serenidade, entre a mente e a mente vazia. O estado de mente vazia é a consciência sem o pensamento. Só assim é possível pensar criativamente, porque somente desse modo o pensamento tem alguma força real. O pensamento sozinho, quando não mais conectado com a área da consciência, que é muito mais ampla, rapidamente se torna árido, doentio e destrutivo.

A mente é, em essência, uma máquina de sobrevivência. Ela executa muitas coisas boas quando, por exemplo, ataca e se defende de outras mentes, coleta, armazena e analisa uma informação, mas não é nada criativa. Todo artista verdadeiro, quer tenha ou não consciência disso, cria a partir de um lugar de mente vazia, que se origina de uma serenidade interior. A mente então dá forma ao impulso criativo, ou insight. Até mesmo os grandes cientistas têm relatado que as suas descobertas mais originais aconteceram em um momento de serenidade mental. Uma pesquisa nacional realizada com alguns dos matemáticos mais preeminentes que já atuaram nos Estados Unidos, incluindo Einstein, para estudar seus métodos de trabalho, mostrou que o pensamento “é apenas uma parte secundária da fase breve e decisiva do ato criativo em si”. Logo, eu poderia dizer que a maioria dos cientistas não é criativa, não porque não sabe pensar, mas sim porque não sabe como parar de pensar!

Não foi a mente, nem o pensamento, que criou o milagre da vida ou nossos corpos. É claro que existe uma inteligência, de uma dimensão muito maior do que a da mente, trabalhando para manter tudo isso funcionando. Como uma simples célula humana, que mede 1/1.000 de 25,4 mm, pode conter instruções dentro do DNA que encheriam 1.000 livros de 600 páginas cada um? Quanto mais aprendemos sobre o funcionamento do corpo, mais percebemos como é vasta a inteligência que age dentro dele e como sabemos pouco a esse respeito. Quando a mente se relaciona como corpo, transforma-se na mais maravilhosa das ferramentas. Serve, então, a alguma coisa maior do que ela mesma.

Eckhart Tolle

http://universonatural.wordpress.com/2012/07/22/por-que-somos-viciados-em-pensar

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Egípcios jogavam RPG 2.200 anos atrás?

Publicado por: luxcuritiba em abril 22, 2013

dado egipcioQuem gosta de Role Playing Games, ou RPG, jogos em que os participantes “encarnam” os personagens, deve ter identificado imediatamente esta foto como sendo de um D20, ou dado com 20 faces, conhecido pelos matemáticos como icosaedro.

E é um dado com 20 faces. Só que em vez de números, ele tem letras gregas, mais de 2.000 anos de idade (é do período Ptolemaico do Egito, entre os anos 304 e 30 aC – os faraós ptolemaicos eram gregos, o que explica o dado ter letras gregas nas faces), e é feito de um mineral chamado serpentina.

Mas o que os egípcios queriam com um dado de 20 faces? Infelizmente não fazemos ideia. Embora os egípcios tenham diversos jogos de tabuleiro, este dado possivelmente foi utilizado para outras finalidades, como escolher a facção a que se uniriam.

Os sólidos regulares com quatro, seis, oito, doze e vinte lados (respectivamente tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e icosaedro) são chamados de sólidos platônicos, em homenagem ao filósofo Platão, que associou-os aos elementos clássicos Fogo, Terra, Ar, Constelações e Água, respectivamente, no diálogo “Timeu – Crítias“

Este dado fazia parte da coleção do reverendo Chauncey Murch, que faleceu em 1907. O reverendo Murch deve ter obtido o dado entre 1883 e 1906, período em que foi missionário no Egito. Em 1910, o Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte), de Nova Iorque (EUA), adquiriu este e mais dois dados de 20 faces, junto com o resto da coleção de itens do reverendo Murch.

Infelizmente, nenhum destes dados está em exposição, mas isto não impede que você possa ter uma réplica moderna do D20 egípcio, criado com impressora 3D: basta desembolsar U$17 (cerca de R$34) por um dado com acabamento de arenito, ou até US$306 (R$612) para um dado com acabamento de prata.

Fontes:
http://www.metmuseum.org/Collections/search-the-collections/100008377
http://news.cnet.com/8301-17938_105-57547697-1/ancient-d20-die-emerges-from-the-ashes-of-time/
http://www.escapistmagazine.com/news/view/120587-New-York-Museum-Boasts-2-000-Year-Old-Ancient-Egyptian-d20
http://www.geek.com/games/ancient-icosahedron-3d-printing-ressurrects-the-worlds-oldest-die-1540218/

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Experiências com pirâmides e lâminas de barbear feitas pelos russos

Publicado por: luxcuritiba em abril 21, 2013

piramidal.net | lojapiramidal.com

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DrV-ar3

O objectivo da experiência foi a mensuração de mudanças  na não-uniformidade de superfície da amostra (seu polimento, acabamento ou afiação), que esteve no ressonador durante 30 dias.

O ressonador foi feito de duas placas retangulares idênticas, de vidro orgânico (transparente na banda espectral óptica visível e com as dimensões da placa de 20 cm x 16,5 cm e 3 mm de espessura), que foram alinhadas e coladas ao longo de um dos lados. O ângulo de inclinação de cada uma das placas em relação à horizontal foi de 52 graus. Assim, na secção perpendicular à linha de ligação das placas, o ressonador tinha a forma de um triângulo.

As dimensões da base do triângulo a = 20 cm e a altura H = 12,7 centímetros, satisfazem a relação a/h = pi/2. O ressonador foi colocado sobre uma superfície horizontal, de madeira polida, sem quaisquer objetos a uma distância de cerca de 70 cm. A aresta superior do ressonador (a linha de colagem das placas) foi orientada ao longo da linha Norte-Sul e, portanto, uma placa com face voltada para o Leste e a outra para o Oeste. Um suporte de madeira de 4,5 centímetros de altura, com uma área de seção transversal de 1 cm x 1 cm, foi colocado no centro do dispositivo de ressonância e a amostra a ser testada foi colocada sobre o suporte.

Fig_3A investigação foi relacionada com a ponta (fio) de uma lâmina de barbear. Antes de colocar a lâmina no ressonador, uma pequena amostra de referência foi cortada. A lâmina foi colocada sobre o suporte dentro do ressonador de modo que o eixo da lâmina ficasse orientado ao longo da linha Norte-Sul. Foram estudadas lâminas produzidas por quatro empresas diferentes. A observação da estrutura da ponta de corte da amostra de referência e da amostra submetida ao teste foi realizada por microscópio eletrônico de varrimento JSM-35 (Japão). O tempo de exposição durou 30 dias.

Os fragmentos da borda de corte de uma das amostras (uma lâmina “Gillette”) são apresentados para comparação na foto ao lado. As amostras de teste e de referência, micrografias a e b, respectivamente. A foto mostra que a estrutura do fio da lâmina que ficou dentro do dispositivo ressonador é bem perceptível, substancialmente mais lisa do que na amostra de referência. Note-se que a pressão, temperatura, umidade, etc., não podem fazer quaisquer alterações na estrutura morfológica das amostras usadas no ensaio, e que ambas estiveram separadas por uma distância de 1,5 metros, sendo as duas amostras colocadas nas mesmas condições atmosféricas.

http://www.gizapyramid.com/DrV-article.htm

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Formigas conseguem prever terremoto

Publicado por: luxcuritiba em abril 21, 2013

18.04.2013 ]

por Giovanni Tonussi

Formigas conseguem prever terremotoQuando estamos perto de uma catástrofe natural, como terremotos e tsunamis, dependemos apenas da tecnologia para nos proteger. Mas na natureza não é assim, e muitos animais sentem o que está por vir.

Uma prova disso é um estudo divulgado pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, que mostrou que um tipo de formiga vermelha é capaz de pressentir os terremotos.

A pesquisa foi encabeçada por Gabriele Berberich, que foi atrás do impossível e analisou mais de quarenta e cinco mil horas de gravações sobre o comportamento desse tipo de formiga. O experimento demorou três anos para chegar à conclusão final.

A pesquisadora afirmou que, antes e durante os terremotos, o comportamento das formigas muda drasticamente. Isso porque elas são como nós, trabalham de dia e descansam a noite, mas esse hábito não acontece durante os abalos sísmicos. Além disso, a rainha é colocada na parte superior do ninho, o que é incomum.

Ainda segundo a pesquisadora, a intenção do estudo é facilitar a previsão de causas naturais que podem ser prejudiciais à população.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br

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A Terra não é redonda

Publicado por: luxcuritiba em abril 21, 2013

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A Terra não é redonda – é um geoide de forma irregular e achatada afirma Agência Espacial Européia

A Terra não é redondaA ESA – Agência Espacial Européia, divulgou uma animação que mostra a deformação que a força gravitacional causa no planeta Terra. A imagem mostrou o quanto a Terra é irregular, muito diferente da ideia de um planeta redondo, na verdade o planeta é irregular e achatado nos pólos; os cientistas chamam de geoide ao formato real do nosso planeta. Na imagem, as partes em azul, indicam onde a gravidade é mais fraca, já o vermelho e amarelo, onde ela é mais forte.

As imagens foram feitas pelo satélite GOCE – sigla que significa Explorador de Circulação Oceânica e Campos de Gravidade, lançado em março de 2009 pela ESA. De acordo com os cientistas, os dados do satélite vão ajudar na compreensão do campo gravitacional da terra e a força que esse campo exerce nas profundezas da terra, permitindo uma análise mais aprofundada das dinâmicas que causam os terremotos e furacões. Veja abaixo uma animação do formato real do planeta Terra divulgado pela Agência Espacial Européia:

Fonte: http://www.redecol.com.br

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El libro de Enki (fragmento) parte 1 (espanhol)

Publicado por: luxcuritiba em abril 16, 2013

ZECHARIA-SITCHINHace unos 445.000 años, astronautas de otro planeta llegaron a la Tierra en busca de oro.

Tras amerizar en uno de los mares de la Tierra, desembarcaron y fundaron Eridú, «Hogar en la Lejanía». Con el tiempo, el asentamiento inicial se extendió hasta convertirse en la flamante Misión Tierra, con un Centro de Control de Misiones, un espaciopuerto, operaciones mineras e, incluso, una estación de paso en Marte.

Escasos de mano de obra, los astronautas utilizaron la ingeniería genética para darle forma a los Trabajadores Primitivos – el Homo sapiens. Más tarde, el Diluvio barrió la Tierra en una inmensa catástrofe que hizo necesario un nuevo comienzo; los astronautas se convirtieron en dioses y le concedieron la civilización a la Humanidad, transmitiéndosela a través del culto. Después, hace unos cuatro mil años, todo lo conseguido se desmoronó en una catástrofe nuclear provocada por los visitantes en el transcurso de sus propias rivalidades y guerras.

Todo lo ocurrido en la Tierra, y especialmente los acontecimientos acaecidos desde el inicio de la historia del ser humano, lo ha recogido Zecharia Sitchin en su serie de Crónicas de la Tierra, a partir de la Biblia, de tablillas de arcilla, de mitos de la antigüedad y de descubrimientos arqueológicos. Pero, ¿qué ocurrió antes de los acontecimientos en la Tierra, qué ocurrió en el propio planeta de los astronautas, Nibiru, que les llevó a los viajes espaciales, a su necesidad de oro y a la creación del Hombre?

¿Qué emociones, rivalidades, creencias, morales (o ausencia de éstas) motivaron a los principales protagonistas en las sagas celestes y espaciales? ¿Cuáles fueron las relaciones que llevaron a una escalada de la tensión en Nibiru y en la Tierra, qué tensiones surgieron entre viejos y jóvenes, entre los que habían llegado de Nibiru y los nacidos en la Tierra? ¿Y hasta qué punto lo sucedido vino determinado por el Destino -un destino cuyo registro de acontecimientos del pasado guarda la clave del futuro?

¿No sería prometedor que uno de los principales protagonistas, un testigo presencial que podía distinguir entre Suerte o Hado y Destino, registrara para la posteridad el cómo, el dónde, el cuándo y el porqué de todo, los Principios y los Finales?
Pues eso es, precisamente, lo que algunos de ellos hicieron; ¡y entre los principales de éstos estuvo el líder que comandó el primer grupo de astronautas!

Tanto expertos como teólogos reconocen en la actualidad que los relatos bíblicos de la Creación, de Adán y Eva, del Jardín del Edén, del Diluvio o de la Torre de Babel se basaron en textos escritos milenios antes en Mesopotamia, en especial escritos por los sumerios. Y éstos, a su vez, afirmaban con toda claridad que obtuvieron sus conocimientos acerca de lo acontecido en el pasado (muchos de ellos de una época anterior al comienzo de las civilizaciones, incluso anterior al nacimiento de la Humanidad) de los escritos de los Anunnaki («Aquellos Que del Cielo a la Tierra Vinieron»), los «dioses» de la antigüedad.

Como resultado de un siglo y medio de descubrimientos arqueológicos en las ruinas de las civilizaciones de la antigüedad, especialmente en Oriente Próximo, se han descubierto un gran número de estos primitivos textos; los hallazgos han revelado un gran número de textos desaparecidos -los llamados libros perdidos- que, o bien se mencionaban en los textos descubiertos, o se inferían a partir de ellos, o era conocida su existencia debido que habían sido catalogados en las bibliotecas reales o de los templos.

En ocasiones, los «secretos de los dioses» se revelaron en parte en relatos épicos, como en la Epopeya de Gilgamesh, que desvelan el debate que tuvo lugar entre los dioses y que llevó a la decisión de que la Humanidad pereciera en el Diluvio, o en un texto titulado Atra Hasis, que recuerda el motín de los Anunnaki que trabajaban en las minas de oro y que llevó a la creación de los Trabajadores Primitivos -los Terrestres. De cuando en cuando, los mismos líderes de los astronautas fueron los que crearon las composiciones; a veces, dictando el texto a un escriba, como en el titulado La Epopeya de Erra, en el cual uno de los dos dioses que desencadenaron la catástrofe nuclear intentó inculpar a su adversario; a veces, haciendo de escriba el mismo dios, como ocurre con el Libro de los Secretos de Thot (el dios egipcio del conocimiento), que el mismo dios había ocultado en una cámara subterránea.

Según la Biblia, cuando el Señor Dios Yahveh le dio los Mandamientos a su pueblo elegido, los inscribió en un principio por su propia mano en dos tablas de piedra que le entregó a Moisés en el Monte Sinaí. Pero, después de que Moisés arrojara y rompiera estas tablas como respuesta al incidente del becerro de oro, las nuevas tablas las inscribió el mismo Moisés, por ambos lados, mientras permaneció en el monte durante cuarenta días y cuarenta noches, tomando al dictado las palabras del Señor.

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Vida inteligente além do cérebro – EQM e um Caso de Cura Inexplicável

Publicado por: luxcuritiba em abril 16, 2013

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documentario-vida-apos-morte(EQM – Experiência de Quase Morte)

Penny Sartori, R.G.N., Ph.D.
Morriston Hospital, Swansea, South Wales
Paul Badham, Ph.D.
Alister Hardy Religious Experience Research Centre,
University of Wales, Lampeter
Peter Fenwick, M.B.B.Chir., D.P.M.
Department of Mental Health, Southampton
Institute of Psychiatry, Kings College, London

Traduzido por Francisco Mozart Rolim e Vitor Moura Visoni

Resumo: Existem relatos de experiências fora-do-corpo (OBE) e cura verídicas ocorrendo durante experiências de quase-morte (NDEs). Nós relatamos um caso no qual havia forte evidência tanto para cura quanto para uma OBE verídica. A experiência do paciente foi pensada ter ocorrido enquanto ele estava inconsciente numa unidade de terapia intensiva (UTI). O relato do paciente de uma OBE continha muitos elementos verídicos que foram corroborados pela equipe médica que atendia a sua emergência. Ele sofria de uma mão atrofiada, em forma de garra, e dificuldades para andar devido a uma hemiplegia, desde o nascimento. Após a experiência, ele foi capaz de abrir sua mão e seu modo de andar teve uma melhora notável.

Palavras-chave: experiência de quase-morte; experiência fora-do-corpo; estudo prospectivo; cura.

Um número de estudos descobriu que alguns pacientes que relatam a experiência de quase-morte (NDEs) durante a parada cardíaca experimentam a sensação de sair-do-corpo (Greyson, 2003; Lawrence, 1995, 1997; Sabom 1982, 1998; Schwaninger, Eisenberg, Schechtman, e Weiss, 2002; Van Lommel, Van Wees, Meyers, e Elfferich, 2001). Classicamente, na parte inicial da experiência, o paciente relata deixar seu corpo e vê-lo de uma posição superior perto do teto, observando o processo da ressuscitação. Alguns estudos investigaram a possibilidade de que as percepções durante a experiência fora-do-corpo (OBE) sejam de fato verídicas, correlacionando os eventos que ocorreram durante a ressuscitação, quando o paciente estava inconsciente, com o relatório do mesmo (Sabom 1982, 1998; van Lommel, van Wees, Meyers, e Elfferich, 2001). O criticismo deste método centra-se, geralmente, em torno da observação de que muitos pacientes terão os conhecimentos sobre os procedimentos ressuscitadores e podem assim descrever o processo da ressuscitação em algum detalhe (Blackmore, 1993).

Há igualmente relatos de pacientes que são curados durante a sua experiência de quase-morte (Fenwick e Fenwick, 1995; Grey, 1985; Morse e Perry, 1992; Ring e Valarino, 1998; Roud, 1990). Muitos destes relatos foram pobremente documentados e vêm de estudos retrospectivos, que os tornam difíceis de avaliar. Os estudos prospectivos são conseqüentemente importantes para testar tanto a natureza verídica das OBEs, assim como as mudanças que ocorrem durante a cura.

A autora sênior (P.S.) conduziu um estudo prospectivo de cinco anos sobre NDEs na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Morriston em Swansea, South Wales. Ela tentou verificar o componente fora-do-corpo da NDE colocando símbolos escondidos sobre cada monitor cardíaco dos pacientes, unido à parede ao lado da cama e acima da altura da cabeça. Os símbolos e os retratos foram colocados sobre um papel brilhantemente colorido para atrair a atenção e escondidos atrás de saliências nos monitores para assegurar-se de que a única forma de vê-los fosse de cima. Igualmente gravou os resultados da amostra de sangue arterial tomados durante o período de inconsciência quando se assumiu que a NDE acontecia e de todas as drogas administradas. Isto era para verificar as sugestões de que NDEs são devidas à anoxia, à hipoxia, à hipercarbia ou à administração de drogas. O levantamento de dados no primeiro ano do estudo incluiu a amostra total de pacientes que sobreviveram à sua admissão à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A coleção de dados pelos quatro anos seguintes se concentrou em sobreviventes de parada cardíaca e naqueles que espontaneamente reportaram NDEs.

Resultados e Relato de Caso

Os resultados gerais deste estudo prospectivo de cinco anos de NDEs estão relatados em outra parte (Sartori, 2004, 2006). Nós apresentamos aqui um relato detalhado de um dos casos mais interessantes ocorridos durante o estudo. A autora sênior era a enfermeira do paciente no momento em que sua NDE ocorreu e o paciente afirmou ter visto suas ações, bem como as do médico e as do fisioterapeuta, de uma perspectiva fora-do-corpo, acima de onde seu corpo descansava na cama. Sua experiência igualmente incorporou muitos elementos clássicos de NDEs, incluindo uma “cura” inexplicável de uma anomalia congênita. A contagem na escala de NDE (Greyson, 1983) foi de 20 de 32 pontos possíveis. O paciente forneceu um relato extremamente exato dos eventos que ocorreram durante a suposta OBE e os eventos relatados aconteceram num momento em que o paciente estava profundamente inconsciente e com seus olhos fechados. Estes eventos foram verificados pela enfermeira e pelo fisioterapeuta que estava presentes e foram documentados igualmente nas notas médicas do paciente pelo consultante que o reviu à época de sua experiência. Entretanto, esse paciente não recordou ver o símbolo escondido.

Relato de Caso

O paciente era um homem caucasiano de 60 anos de idade que se recuperava de uma cirurgia da emergência para câncer no intestino, e que em seguida ficou muito doente e desenvolveu sepsia e falência múltipla de órgãos. Após cinco dias já não precisava de drogas inotrópicas para manter sua pressão sanguínea, seus rins recuperaram a função normal e a terapia renal foi interrompida. Embora fosse ainda dependente do ventilador para auxiliar a sua respiração, ele estava fazendo uma boa recuperação. Então, planejou-se que o paciente se sentaria em uma cadeira para ajudar a recompor o tônus muscular. A enfermeira, o fisioterapeuta e a irmã responsável tranqüilizaram o paciente de que seria em seu melhor interesse sair da cama. Em aproximadamente cinco minutos sentado na cadeira, a enfermeira notou que a taxa respiratória do paciente tinha aumentado bem e seu seus níveis de saturação de oxigênio caíram para 70 a 86 por cento, do seu nível normal precedente de 96 por cento ou mais. A autora sênior (P.S.) então ventilou manualmente o paciente com 100 por cento de oxigênio fornecido por meio de uma bolsa Ambu e a queda de oxigênio foi retificada. Embora sua oxigenação permanecesse estável acima de 94 por cento, a pressão sanguínea do paciente caiu para 85/50 milímetros de mercúrio, sua pele ficou muito fria e úmida e suas condições deterioraram rapidamente. Houve um breve episódio de taquicardia supraventricular que se reverteu espontaneamente sem qualquer medicação. Mais pessoal foi chamado e o paciente foi imediatamente reacomodado na cama por medo de uma parada cardíaca subsequente. No momento em que foi colocado na cama ele estava profundamente inconsciente, seus olhos estavam fechados e ele não estava respondendo a comandos verbais ou estímulos de dor profunda.

Um doutor júnior reviu momentaneamente o paciente e prescreveu algum fluido, retornando então para atender a outro paciente. A condição do paciente continuou a se deteriorar, assim o anestesista do consultante, que havia acabado de chegar na unidade, foi chamado e executou uma completa avaliação do paciente. Líquidos extra foram prescritos e administrados para melhorar sua pressão sanguínea. Nesse momento, doutor júnior retornava. O consultante inquiriu se as pupilas do paciente tinham sido verificadas para ver se havia a resposta e imediatamente piscou uma luz em cada olho. Observou-se que ambos reagiam, mas que a pupila direita estava mais dilatada do que a esquerda. A condição do paciente foi estabilizada e o consultante retornou ao seu escritório.

Durante este tempo, a fisioterapeuta foi referida como se ela fosse a culpada pelo episódio, persuadindo o paciente a sentar-se na cadeira. Ela permaneceu do lado de fora das telas à beira da cama, nervosa e intermitentemente cutucando a cabeça dela, examinando o paciente. Uma vez estável, foi observado que saía saliva de sua boca, e a enfermeira o limpou, primeiramente usando um cateter longo de sucção e então uma esponja oral cor-de-rosa embebida com água. Após aproximadamente 30 minutos, o paciente começou a piscar suas pálpebras e a mover seus membros, embora estivesse ainda incapaz de responder ao comando verbal. Ele recuperou a consciência aproximadamente três horas após o evento.

Uma vez inteiramente consciente, a equipe médica que o cercava chegou até sua cabeceira e ele excitadamente tentou comunicar algo aos médicos. Estava incapaz de falar, porque ainda estava conectado ao ventilador. O fisioterapeuta forneceu-o uma lousa, na qual soletrou: “Eu morri e assisti tudo de cima.” Isto foi testemunhado pelos médicos e pelas enfermeiras que estavam presentes nas redondezas do setor.

A autora sênior explicou então sua pesquisa em detalhe ao paciente e convidou-o a participar e este último deu o consentimento escrito. Uma vez que já não estava dependente do ventilador e recuperara sua voz, a autora sênior entrevistou-o detalhadamente. Isto é o que o paciente relatou, tomado dos trechos da primeira entrevista e de duas entrevistas posteriores:

Eles queriam me tirar da cama, com todos os meus tubos dentro de mim e sentar-me na cadeira. Eles insistiram, especialmente uma irmã. Eu não queria porque eu me sentia muito fraco; então num dado momento eu apaguei. Tudo o que eu posso recordar é estar olhando de cima no ar e flutuando em um quarto cor-de-rosa brilhante. Eu não podia ver qualquer coisa; eu apenas estava indo para cima e não havia nenhuma dor. Eu olhei uma segunda vez e eu pude ver meu pai e minha sogra estando ao lado de um cavalheiro com cabelo longo, preto, que precisava ser penteado. Eu vi meu pai – definitivamente – e eu vi este sujeito. Eu não sei quem era, talvez Jesus, mas este indivíduo tinha um cabelo longo, preto e desalinhado que precisava ser penteado. A única coisa agradável dele eram seus olhos que te atraíam para ele; os olhos eram penetrantes; assim eram seus olhos. Quando eu fui olhar meu pai, ele estava me atraindo com seus olhos também, como se eu pudesse ver ambos ao mesmo tempo. E eu não sentia dor nenhuma. Havia uma conversa entre mim e meu pai; não com palavras, comunicávamos de outras maneiras – não me pergunte como, mas nós estávamos realmente falando. Eu estava falando com meu pai… não com as palavras através de minha boca, mas com minha mente.

Pareceu durar de quatro a cinco segundos! Era estranho; eu subia. … Era tão indolor; não havia nenhuma dor. … Eu estava tão feliz. … Eu estava me deliciando. Mas olhando para trás, eu pude ver outros pacientes também abaixo de mim. Isso é o que eu não podia entender: eu podia ver a todos. Eu estava feliz, nenhuma dor, até que eu senti alguém ir ao meu olho. Eu olhei para trás e pude ver minha cama, meu corpo na cama. Eu podia ver tudo que estava acontecendo no chão. Eu vi os médicos quando estava lá em cima; eu olhei para baixo e pude ver os médicos e mesmo irmã, o que ela fazia de fato na divisão. Era maravilhoso; eu podia ver enfermeiras em torno de mim e dos médicos. Eu ainda estava subindo no ar e eu pude sentir alguém indo assim no meu olho. [Levantou seu dedo até seu olho.] Eu olhei para trás e pude ver um dos médicos abrindo meu olho, para o quê eu não sabia. Um médico dizia: “Há vida no olho.”

Eu podia ver todos se apavorarem em torno de mim. A senhora loira, terapeuta-chefe, estava apavorada; ela parecia nervosa por ter sido a pessoa que me colocou na cadeira. Ela escondeu-se atrás das cortinas, mas continuou por lá colocando sua cabeça para me observar. Eu podia ver Penny também, que era uma enfermeira. Ela removia algo da minha boca, o que me pareceu como um longo pirulito cor-de-rosa, como uma coisa longa, uma varinha cor-de-rosa – eu não sabia mesmo o que era aquilo. Eu ainda estava indo para cima e o cavalheiro disse ao meu pai e à minha sogra: “Ele tem que voltar; ele ainda não está pronto.” Eu estava calmo, sem dor, ainda olhando para cima, e eu senti isto… pude ouvir este sujeito dizer ao meu pai: “Desculpe, ele não está pronto ainda, ele tem que voltar”. Eu olhei e vi que Mam (sua sogra) e papai disseram algumas palavras. Eventualmente, eu me senti voltando vagarosamente ao meu corpo. Eu fui até o meu corpo e eu estava com uma dor terrível; a dor estava pior do que nunca havia estado antes. Todos aqueles cabos estavam em mim, como eles estavam antes de eu subir. Eu não podia falar porque eu tinha tubos em minha garganta e nariz. Então (a fisioterapeuta) veio falar comigo e foi uma frustração realmente, porque eles estavam todos me perguntando o que aconteceu, como eu estava me sentindo. Hum… algo errado… eu não podia falar, era mais frustrante quando eu não podia falar. A fisioterapeuta queria saber o que havia acontecido. Eu não podia falar, então ela trouxe um livro com palavras e frases. Eventualmente, ela veio a uma página que eu reconheci, apontei e disse: “Eu estava morto”. Quando (a fisioterapeuta) me perguntou, eu disse que estava morto e eu estava morto, realmente morto – eu posso lhe dizer.

Penny: Sobre o monitor próximo à sua cama havia algo escondido. Você pôde ver o que era?

Não, serei honesto com você, Pen, eu não olhei. Eu não mexi minha cabeça naquela direção; eu estava apenas olhando para o meu lado. Eu pude ver você e o médico e duas a três outras pessoas em volta de mim. Pen, se aquilo for a morte, é maravilhoso, não há dor alguma.

Penny: Você se recorda de ouvir qualquer coisa enquanto esteve nesse estado?

Apenas as palavras que meu pai disse e o cavalheiro falando “Ele não está pronto ainda” Voltando…. eu ouvi vozes abaixo mas não podia entender o que estavam dizendo. Exceto uma coisa… algo sobre meu olho, vida lá… eu não sei o que ele quis dizer com isso.

Penny: Eu lembro disso. Foi o médico, na verdade, e ele olhou em seu olho, acendeu uma lanterna e disse “Sim, eles estão reagindo, mas desigualmente.”

Sim, algo parecido e então meu pai disse: “Ele não está pronto ainda; ele tem que voltar.” Eventualmente… eu não queria voltar; eu estava feliz. Mas eu voltei ao meu corpo e então, de súbito, percebi que eu devia ter morrido, algo assim. E a primeira coisa que veio em minha cabeça foi minha esposa. Quem iria olhar por ela, porque ela depende de mim?

Por que eu vi minha sogra eu não tenho idéia. Eu quero perguntar às pessoas, eu vi meu pai e minha sogra, por que não poderia minha mãe estar lá? Entende o que eu digo? Eu não conheço minha sogra (ela morreu um ano antes dele conhecer sua esposa) eu não havia conhecido minha sogra antes.

Penny: Como você sabia que era sua sogra?

Fotografias. Eu tenho fotografias… e minha esposa também, logo eu conhecia todos. Eu sabia que minha sogra morrera de câncer e nós não havíamos nos casado ainda.

Penny: Então você havia se encontrado com ela antes?

Não… Isso é o que é eu não podia entender. Por que ela estava lá com meu pai?

Penny: Então ela mencionou sua esposa, o que ela disse?

É tudo, é tudo.

Penny: Apenas disse seu nome, foi isso?

[O paciente disse descompromissadamente disse “algo parecido”. Ele foi muito vago sobre isto e não tinha mencionado antes sua sogra. Quando inquirido sobre isto, disse que não sabia quem ela era naquele momento, mas a reconheceu mais tarde pelas suas fotos. Ele não foi estava realmente preocupado com ela durante a experiência, porque ele não sabia realmente quem ela era.]

Penny: Você ouviu algum som incomum?

Não realmente… somente… não. Eu podia ver um telefone, mas eu não podia ouvi-lo; eu podia apenas ver alguém falar ao telefone, mas eu não podia ouvir o que diziam. Eu estava olhando para baixo e eu podia ver quem estava em torno de mim – você, Penny; outros dois ou três médicos; a irmã estava lá, a fisioterapeuta e mais dois outros.

Eu estive numa sala indo em direção ao meu pai e a um cavalheiro com cabelo desalinhado e longo, que precisava pentear. Quem o cavalheiro era eu não faço idéia. Eu poderia dizer que era Jesus, poderia dizer que era Deus, mas quem sou eu para saber disso? Ele não me disse que era Jesus, mas eu sei que era meu pai. … Meu pai estava lá.

Penny: Ele parecia como retratos típicos que você viu de Jesus?

Tipo, sim, mas nos retratos Jesus está vestido em branco, como um casaco branco, considerando que poderia ter sido uma camisa branca, predominantemente branca. Meu pai estava em seus trajes de trabalho… os quais ele costumava vestir para trabalhar, sempre esperto; ele sempre foi um cavalheiro muito esperto. Colar e laço, estas eram seus equipamentos de trabalho. Eu não sei porque eu o retratei dessa maneira. Jesus vestia uma camisa. Eu não podia vê-lo inteiro, somente da cintura acima que eu podia ver. Como você vê na TV, eliminam a metade.

Penny: O mesmo para seu pai, ele estava pela metade?

Sim, sim, ambos estavam daquele jeito. Não estavam de pé e vindo em direção a mim; eu estava indo para eles.

Penny: Você diria que você estava à altura do teto quando esteve fora de seu corpo?

Não havia nenhum teto.

Penny: Você poderia ter estado mais elevado do que o teto?

Oh, sim, não havia nenhum teto. Isso é o que eu quero dizer, era apenas um quarto… o que eu pensava ser um quarto. Poderia ter sido um túnel quadrado subindo em direção ao meu pai, mas sem nenhuma barreira me impedindo de subir, nenhum teto; era uma entrada totalmente desobstruída.

Penny: Assim quando você estava olhando abaixo para seu corpo, quão elevado no ar você pensava estar?

Oh, Deus, é duro para eu dizer. … Um… bem, eu sou um carpinteiro, então eu já estive em cima de telhados. Digo, um edifício de três andares, de dois andares. Mais ou menos isso, olhando para baixo. Uma casa de grande altura – eu podia ver meu corpo e podia ver o que estava acontecendo. Eu não estava tão elevado que parecessem formigas. Eu trabalhei no relógio do Guild Hall; eu estava acima lá e as pessoas pareciam formigas. Não, não tão alto assim, digo, um edifício de três andares ou dois.

Penny: Neste estado fora-do-corpo, você tentou comunicar-se com algumas das enfermeiras em torno de você?

A única coisa que eu sei é o que o médico disse, “Há vida no olho”. Eu olhei para cima, estava feliz e o cavalheiro dizia ao meu pai, “Ele não está pronto ainda”; ele tem que voltar.” Eu não sabia o que estava acontecendo, mas eu voltei gradualmente para baixo ao meu corpo e foi quando a dor começou a acontecer outra vez.

Penny: Quando você voltou, seu pai e o homem apenas desapareciam a distância?

Yeah, quando eu voltei ao meu corpo. Eu devo ter visto meu pai quando voltei ao meu corpo, dito então adeus ou qualquer outra coisa semelhante, e eventualmente despertado, mas eu recordo de ter ficado com uma dor terrível outra vez. Você estava lá, Penny, e dois médicos. Mas você com o pirulito, esponja, sim, como uma limpeza bucal.

Penny: Eu posso recordar de ter feito isso, mas então você estava completamente inconsciente e seus olhos estavam fechados.

Bem, eu podia ver aquilo, tão claramente quanto eu posso ver você agora [inflexível].

Penny: Você ouviu-me dizer que eu estava indo limpar sua boca?

Não, eu não ouvi qualquer coisa. Eu apenas estava olhando para trás e podia ver você fazendo algo com minha boca e que vendo esta coisa longa, cor-de-rosa.

Penny: Houve alguma parte desta experiência que o amedrontasse?

Não, de modo nenhum. De fato foi linda; foi maravilhosa.

Penny: A experiência ainda é muito clara em sua mente?

Oh, sim, sim. É como se tivesse acontecido ontem; eu nunca a esquecerei. Não como as alucinações.

Penny: Que você recorda sobre as alucinações?

Oh, costumavam acontecer cada vez que eu pressionava minha tecla da morfina, você sabe, o PAC ou o APC [analgesia controlada pelo paciente].

Penny: Sim, o APC.

[O APC da morfina tinha sido interrompido alguns dias antes de sua NDE e nenhuma droga similar foi administrada no dia de sua NDE.]

Cada vez que eu pressionava essa tecla, as alucinações começavam. O quarto girava, as paredes se moviam e eu via coisas estúpidas que não estavam lá.

Penny: Como você sabia que era alucinação?

Eu sabia que não eram reais; eram um pouco como, como que similares a sonhos, mas piores.

Penny: Eram similares à outra experiência que você recordou?

Oh, não. Eram muito diferentes. Que a experiência de quase-morte era real; não há nenhuma dúvida em minha mente. As alucinações, bem, elas não eram reais; eram como um sonho ruim indo mal. Coisas estúpidas aconteciam, você sabe? Não, eram ambas as experiências muito diferentes.

Penny: Você sente como você se tivesse aprendido qualquer coisa da experiência?

Bem… nenhum medo da morte.

[Um outro aspecto notável desta NDE era o fato de que o paciente pôde mais tarde abrir sua mão previamente contraída. Isto foi estabelecido durante uma entrevista de continuação quando ele entendeu mal uma das perguntas. Quando nascido, o paciente teve paralisia cerebral, que resultou em uma contração de sua mão direita. Ele tinha previamente um usado uma tala sobre sua mão e nunca mais havia conseguido abrí-la.]

Penny: Quando você estava neste estado e não em seu corpo, havia coisas que você podia fazer que você não pode em seu corpo físico?

Bem, sim, é o que eu quero dizer; quando eu voltei, eu podia abrir minha mão. [Interpretou mal a pergunta.] Esta mão [esquerda] tem sempre sido forte mas esta mão [direita] costumava ser assim [punho cerrado e contraído para baixo]. Toda minha vida, por 60 anos, meu braço sempre foi assim; eu nunca pude abri-lo. Meu pai costumava dizer “O macaco está na gaiola.” Agora eu posso abri-lo. Disseram-me que meus rins não estavam trabalhando corretamente e agora eles estão trabalhando perfeitamente, assim eu não sei o que era. Também, eu sei que eu perdi muito peso. Meus tornozelos costumavam ficar muito inchados e agora estão como de dois anos de idade; são finos. Mesmo minha irmã ficou surpresa com minha mão. Eu tenho paralisia cerebral e minha mão era para ser assim [apertada e torcida para baixo]; agora eu posso abri-la. Parece um bocado firme, mas eu a abro.

Penny: Você nunca pôde abri-la assim antes?

Não, eu nunca pude abri-la assim, Penny. Nunca; somente um pouco.

Penny: Isso foi somente desde a experiência? Ou foi de antes?

Desde a experiência. Eu posso fazer tudo com ela, toda a comida. Disseram a minha irmã que eu não tive que passar pelo tratamento do rim porque estava tudo funcionando… e minha mão estava estranha. Também, o que eu observei desde que vim para casa, é que eu costumava girar meu pé para dentro; eu não posso compreender, mas não faço mais isso. Eu estou andando em linha reta como um cubo, não sei por que; eu fiquei mais alto – não mais alto, mas eu ando mais reto. Também, eles curaram minha mão e meu rim, mas me deram um pé que vira, mas agora esse problema no meu pé tem sumido. Eu não sei porque… dizem que isso não desaparece; está prestes a sumir em alguns casos.

Discussão

Terá sido a experiência do paciente apenas um modelo mental construído por sua visão, audição e seu tato residuais? Este paciente esteve na UTI por oito dias antes da experiência e estava muito familiarizado com a disposição da unidade e da rotina diária. Neste momento, é pertinente examinar separadamente as características de sua OBE.

Características Verídicas de sua OBE

1. O médico piscando a luz em seus olhos. O médico que verificou suas pupilas foi o anestesista consultante, que entrou na UTI pela primeira vez naquele dia, tão logo a condição do paciente se deteriorou. Os médicos juniores estavam indisponíveis; subseqüentemente o consultante revisou o paciente. Quando a condição do paciente estabilizou após a administração do líquido para aumentar a pressão sanguínea, os médicos juniores chegaram e o consultante retornou a seu escritório até que ele começou a ronda no setor posteriormente naquela tarde. O consultante certificou-se de que as pupilas do paciente estavam reagindo piscando uma luz neles. Ele observou, “Sim, elas estão reagindo, mas de forma desigual.” O paciente relatou ter ouvido o médico dizer: “Há vida no olho” ou “coisa semelhante.” Isto foi impreciso, embora isto realçasse sua interpretação do que foi dito e era uma boa compreensão do que o médico disse.

O paciente estava inconsciente antes que o consultante o revisse e permaneceu inconsciente quando o consultante deixou a cabeceira. Foi somente enquanto os plantonistas do setor aproximaram-se da área da cama do paciente, quatro horas mais tarde, que ele recobrou plenamente a consciência e excitadamente tentou comunicar o que tinha experimentado. O paciente corretamente identificou o consultante como tendo piscado a luz em seus olhos, assim como um dos médicos juniores que lhe era familiar. O paciente estava profundamente inconsciente naquele momento e não tinha visto antes o consultante naquela manhã, embora tivesse visto os outros médicos juniores. Entretanto, é possível que ele tivesse ouvido a voz do consultante quando estava inconsciente, o que pode ter contribuído para a construção de um modelo mental.

2. A enfermeira limpando sua boca. Quando o paciente havia sido posto de volta à cama, saía saliva do lado de sua boca. Uma vez que sua condição estava estável, a enfermeira limpou sua boca. Ele sabia quem era sua enfermeira naqueles dias, e estava familiar com os procedimentos a serem executados. Ele sabia que sua boca era limpa usando uma esponja cor-de-rosa mergulhada na água. Ao executar alguns procedimentos de enfermagem, a enfermeira sempre explica suas ações, mesmo se o paciente está inconsciente. Ele poderia, conseqüentemente, ter ouvido a enfermeira explicar suas ações, embora negasse inflexivelmente ter feito isso, e poderia igualmente ter sentido a limpeza de sua boca. Entretanto, porque salivava, um cateter de sucção longo, usado normalmente para a sucção endotraqueal, foi usado para limpar as secreções orofaríngeas da parte posterior de sua garganta. Este cateter longo foi usado em preferência ao mais curto, duro, plástico sugador de Yankauer, porque é mais macio e mais confortável para o paciente; este não é o procedimento usual, pois a maioria das enfermeiras usa o sugador Yankauer. Depois que sua boca foi limpa, uma esponja cor-de-rosa úmida foi posta em sua boca para refrescar. A esponja cor-de-rosa não é longa, como o paciente relatou, mas o cateter da sucção que foi usado primeiramente era longo. Ele podia conseqüentemente ter visto ambas as partes de equipamento. Também, as secreções limpas eram cor-de-rosa.

3. A fisioterapeuta “pondo sua cabeça através das cortinas.” O paciente igualmente relatou ver a fisioterapeuta olhar muito nervosa e “pondo sua cabeça através das cortinas” para ver se sua condição estava melhorando. A mesma fisioterapeuta estava nas redondezas da divisão no momento em que ele (o paciente) relatou a experiência. Ela tinha estado em serviço o dia inteiro e o paciente estava ciente deste fato. É possível, mas não confirmado, que ela tenha inquirido verbalmente sobre a condição do paciente, pois estava pondo sua cabeça pelas das cortinas. Assim o paciente poderia tê-la ouvido perguntar, o que teria contribuído para a construção de um modelo mental. Os olhos do paciente estavam fechados ao longo do período em que a fisioterapeuta estivera verificando em sua condição. Entretanto, se sua OBE fosse uma reconstrução mental, surpreende que o paciente a pudesse relatar como “pondo sua cabeça pelas cortinas, parecendo muito nervosa”. Seria mais provável que ele pudesse construir um relato dela estando mais perto da cabeceira, sem a necessidade de “pôr sua cabeça pelas cortinas.’”

Seria sua OBE uma Reconstrução Mental?

Poderia um modelo mental ter sido construído durante as quatro horas que o paciente levou para recobrar a consciência ? Poderia ter sido tentativa do seu cérebro de dar significado ao que tinha ocorrido através das sensações, especialmente a visão, som, e estimulação tátil residuais? A discrepância entre o que o consultante disse (“Sim, está reagindo, mas de forma desigual”) e o que o paciente relatou (“Há vida no olho”) poderia ser esclarecido pela possibilidade que ele estava confuso e incapaz de prestar atenção plena às sugestões verbais. Isto sugeriria que a “visão” da situação com tal claridade não seria possível caso esta fosse devida somente a um modelo mental reconstruído daquilo que ele pudesse ouvir e sentir. Se a reconstrução mental foi baseada no que pudesse ouvir então esperar-se-ia que ele relatasse exatamente as sugestões verbais que tinha ouvido.

Apesar destas discrepâncias, a descrição do paciente do que havia acontecido quando estava inconsciente foi extremamente exata e relatada imediatamente assim que o paciente recobrou completamente a consciência. É possível que alguma das informações pudesse ter sido obtida dos sentidos, mas esta é uma explanação incompleta para os eventos detalhados descritos pelo paciente e testemunhados pela autora sênior. A experiência permaneceu vívida e acurada quando recordada em várias ocasiões seguintes, de um ano a cinco anos após a experiência.

A NDE aconteceu enquanto o paciente estava recobrando a consciência?

Embora seja impossível especular sobre o sincronismo da experiência do “encontro” do paciente com pai e sogra falecidos, é possível dizer que a experiência de observar a enfermeira limpando sua boca com o que pareceu com um pirulito cor-de-rosa e do médico piscar uma luz em seus olhos deve ter acontecido pelo menos três horas antes do paciente recobrar consciência plena. Como os relatos médicos mostram, o paciente estava profundamente inconsciente e com seus olhos fechados no momento em que aqueles eventos ocorreram, e a experiência de vivenciar aqueles eventos deve ter sido contemporânea com sua ocorrência em vez de acontecendo quatro horas mais tarde enquanto o paciente recobrava a consciência.

Seria a NDE atribuível a gases anormais do sangue arterial?

Antes da perda de consciência, o nível da saturação de oxigênio do sangue do paciente diminuiu de 96 por cento para cerca de 70 a 86 por cento. Esta diminuição foi retificada prontamente por ventilação manual com 100 por cento do oxigênio. Os níveis do oxigênio diminuíram momentaneamente outra vez, mas por outro lado aumentaram em seguida e permaneceram em 94 por cento ou mais. Ele ainda estava consciente quando os níveis do oxigênio foram normalizados. Uma amostra de gás do sangue arterial foi extraída até aproximadamente uma hora após o evento, na qual a condição do paciente estava estável. Os resultados foram os seguintes: a pressão parcial do oxigênio (pO2) era 10.2 kilopascals (kPa), dentro da escala normal de 10 a 13 kPa; a pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) era o 10,6 kPa, acima do valor normal de 4 a 6 kPa; e a acidez (pH) era 7.176, mais ácido do que o valor normal de 7.35 a 7.45.

Embora o nível do oxigênio estivesse normal, o de dióxido de carbono estava elevado. Os efeitos dos altos níveis de dióxido de carbono (hipercarbia) podem incluir algumas características similares aos componentes das NDEs, como sentimentos de inefabilidade, sensação de destacamento corporal, uma comunicação telepática com uma figura religiosa, percepção de uma luz brilhante, memórias do passado e sentimentos de importância cósmica. Outros efeitos da hipercarbia incluem ver objetos animados, compulsão para resolver problemas matemáticos, a percepção de figuras geométricas ou padrões como vidro manchado, e percepções assustadores de “horror desproporcional e sem propósito”. Alguns mesmo descreveram a sensação da hipercarbia como um “sonho real” (Meduna, 1950).

Este paciente não relatou nenhuma qualidade similar a sonhos, nem reportou padrões geométricos ou aspectos assustadores, nem compulsão para resolver problemas matemáticos. Sua OBE não foi meramente um sentido de destacamento corporal, como pode ser relatado na hipercarbia, mas um sentimento definitivo da existência independente de seu corpo e visão acurada dos eventos que foram verificados mais tarde pela equipe presente. Muitos dos que passaram por uma NDE estão convictos de que a experiência não foi um sonho. Em adição, outros dois pacientes neste estudo que relataram uma NDE ou OBE tiveram níveis de dióxido de carbono dentro da escala normal à época de suas experiências.

Deve-se igualmente enfatizar que as análises do sangue deste paciente podem atuar somente como um guia, porque não se sabe se a NDE estava ocorrendo naquele intervalo no qual o sangue foi extraído. De fato, o sangue foi extraído aproximadamente uma hora após os eventos vistos pelo paciente de uma perspectiva fora-do-corpo, o que pode indicar que os níveis tinham aumentado gradualmente após a hora e não refletissem exatamente o nível no instante da OBE. O tempo decorrido quando o paciente estava consciente na cadeira até quando foi posto de volta à cama e percebido os eventos de uma perspectiva fora-do-corpo foi de aproximadamente de 10 a 15 minutos. É improvável que os níveis de dióxido de carbono tivessem aumentado em tal nível elevado em tão curto período de tempo.

Seria a Experiência Atribuível às Drogas Administradas?

Durante a experiência, não houve infusões intravenosas de drogas e nenhuma droga foi administrada. Ele foi medicado apenas com fluido para elevar a sua pressão sanguínea.

O Paciente Construiu a NDE para Ajudar a Enfermeira que Estava Encarregada Dele?

Antes da experiência do paciente, a pesquisa sobre NDEs da enfermeira fora estivera relacionada somente com os pacientes que tinham sobrevivido à parada cardíaca. A pesquisa não tinha sido discutida anteriormente com o paciente e este não teve nenhum conhecimento de que tal pesquisa estivesse sendo conduzida. De fato, se o paciente não tivesse relatado sua NDE, não lhe seria perguntado sobre o que recordou durante o tempo em que estava inconsciente e não seria incluído na pesquisa.

O fato de que ele relatou a experiência imediatamente após recobrar a consciência torna altamente improvável que tivesse feito o proposto acima. Depois de um período de inconsciência, os pacientes estão, em geral, completamente confusos e construir uma encenação elaborada para satisfazer a enfermeira seria bem difícil. Além disso, a enfermeira não estava presente naquele momento em que ele recobrou plenamente a consciência e relatou a experiência aos médicos do setor.

A “cura” incomum de sua mão contraída

Foi documentada na admissão médica do paciente que ele teve paralisia cerebral com uma hemiparesia espástica direita. O paciente indicou que sua mão era do formato de uma garra e tinha sido assim por toda a sua vida; isto foi confirmado pelo testemunho de sua irmã. A extensão da contração não havia sido avaliada, nem tinha sido documentada formalmente antes da NDE. Entretanto, uma tala tinha sido feita para a mão do paciente pelo departamento de utensílios do hospital vários anos antes da atual admissão hospitalar. O paciente indicou que a tala não tinha sido eficaz e que sua mão permanecia contraída. As notas médicas e fisioterápicas foram examinadas para verificar se fisioterapia extensiva havia sido realizada em sua mão; não havia. Entretanto, documentou-se nas notas da fisioterapia que havia um tônus muscular aumentado em seu mão contraída antes da soltura. Isto foi discutido com o fisioterapeuta, que explicou que a mão não deveria poder abrir sem uma operação para liberar os tendões que tinham estado em uma posição contraída por 60 anos. Nenhuma operação havia sido executada. Permanece inexplicado como é possível para o paciente poder agora abrir e usar sua mão antes contraída.

Não há razões para desacreditar as afirmações do paciente e de sua irmã a respeito da extensão de sua contratura anteriormente à sua NDE. Na verdade, o fato de que sua contratura foi resolvida foi mencionado apenas quando o paciente interpretou mal uma das perguntas feitas durante a entrevista aprofundada. Não tivesse ele compreendido mal a pergunta, o fato de que ele agora é capaz de abrir sua mão permaneceria desconhecido.

Conclusão

Há muitos aspectos deste caso que nossos modelos atuais de mente/cérebro não podem fornecer uma explanação adequada. Apesar de não identificar o símbolo escondido, o paciente relatou exatamente as ações do pessoal médico presente durante um período em que estava profundamente inconsciente e com os seus olhos fechados. O fato de que pôde abrir sua mão antes contraída desafia explicações. Os detalhes verídicos deste caso são corroborados pelas notas médicas e os testemunhos do paciente, de sua enfermeira e da fisioterapeuta, que estavam presentes naquele momento em que a experiência ocorreu. Este estudo confirma que casos de interesse que não podem ser dispensados ou ignorados podem ser documentados durante um estudo prospectivo.

Este interessante caso foi obtido de um pequeno estudo prospectivo, conduzido em um hospital. Mais pesquisa prospectiva em uma escala muito maior é necessária a fim de fornecer uma compreensão mais larga da NDE e, certamente, da consciência. Embora este seja somente um caso, reforça a experiência cumulativa derivada de muitos outros exemplos de casos individuais (Sabom, 1998, Cook, Greyson, e Stevenson, 1998; Sabom, 1998; Van Lommel, Van Wees, Meyers, e Elfferich, 2001) que sugerem que nossos modelos atuais da consciência devam se expandir a fim fornecer uma explanação adequada das NDEs.

Referências

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Artigo publicado originalmente como A Prospectively Studied Near-Death Experience with Corroborated Out-of-Body Perceptions and Unexplained Healing Penny Sartori, R.G.N, Ph.D., Paul Badham, Ph.D., and Peter Fenwick, M.B.B.Chir., D.P.M. Journal of Near-Death Studies, 25(2), Winter 2006, pp. 69-84.

http://parapsi.blogspot.com.br/2009/05/penny-sartori-r.html

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Puma Punku – Ruínas que Superam as Pirâmides de Gizé

Publicado por: luxcuritiba em abril 14, 2013

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Puma-Punku-Interlocking-WallHá mais de um milênio antes dos Incas forjarem um império pan-andina nas vastas montanhas dos Andes, na América do Sul, Tiwanaku surgiu como um importante centro da vida política, econômica e religiosa, na margem Sul do Lago Titicaca.

As ruínas de Puma Punku, próximas de Tiahuanaco, estão entre as mais interessantes e misteriosas da América do Sul. Pumu Punku é um conjunto de ruínas a cerca de um quilômetro ao sul de Tiahuanaco e, até onde se sabe, os arqueólogos e outros pesquisadores ainda não chegaram a uma conclusão se elas fazem parte de Tiahuanaco ou não. Certamente, são bem mais estranhas.

Quando as viu pela primeira vez, Däniken disse que parecia que todo o lugar tinha sido virado de cabeça para baixo. Escadarias gigantescas ao contrário, como num quadro de Escher, construções cuja finalidade ninguém conhece, mas colocadas inteiras viradas para baixo.

http://www.youtube.com/watch?v=uoNtP3u6_BE

http://www.youtube.com/watch?v=XeLBIV0Pfes

http://www.youtube.com/watch?v=8qKv91ABXOE

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