Os arquivos históricos estão repletos de relatos estranhos sobre objetos inexplicáveis. Analisei um relatório do The American Antiquarian publicado em 1883, no qual se lê que em 1880 um rancheiro do Colorado saiu em viagem para pegar carvão em um veio encravado em uma encosta. O lote específico recolhido pelo fazendeiro estava situado a uns 45 metros do começo do veio, e a uns 90 metros abaixo da superfície.
Quando ele voltou para casa, percebeu que os pedaços de carvão eram grandes demais para serem queimados em seu forno. Ele quebrou alguns – e de um deles saltou um dedal de ferro!
Pelo menos, era parecido com um dedal – e “dedal de Eva” foi o nome que deram ao objeto naquele lugar, onde se tornou bastante conhecido. Tinha as indentações dos dedais modernos e um “ombro” levemente recurvado na base. O metal esfarelava facilmente, e foi se desgastando com o contínuo manuseio de vizinhos curiosos. Finalmente, desfez-se.
Em 1883, imaginava-se que as tribos de índios norte-americanas nunca tinham usado dedais, nem mesmo objetos metálicos. Além disso, esse veio de carvão estava datado entre os períodos Cretáceo e Terciário, ou seja, há cerca de 70 milhões de anos.
Era um artefato impossível, mas estava bem encaixado em uma cavidade do carvão. Como outros artefatos fora do lugar (que Ivan T. Sanderson chamava de ooparts), parecia autêntico, mas impossível pela atual datação geológica e pela história aceita do planeta.32’33
Em 1967 foi divulgada a descoberta de ossos humanos em um veio de prata de uma mina do Colorado, e junto deles encontrava-se uma ponta de flecha com 10 centímetros. O depósito de prata tinha, é claro, vários milhões de anos, e segundo as ideias consensualmente aceitas, era muito mais antigo do que a humanidade.34
Embora a próxima história não tenha, em si, nada a ver com metais antigos, é fascinante e merece ser aqui repetida. Ela é absolutamente verídica e até hoje intriga os pesquisadores. Em outubro de 1932, dois exploradores estavam à procura de ouro em uma ravina no sopé
das montanhas Pedro, uns 100 quilômetros a oeste de Casper, Wyoming, quando viram uma “cor” na parede de pedra da ravina, e usaram uma carga especialmente forte de dinamite para rasgar uma seção de pedra à cata de riquezas minerais.
A poderosa explosão revelou uma pequena caverna natural dentro do granito sólido, uma caverna com não mais do que 1,20 metro de altura, 1,20 metro de largura e uns 5 metros de profundidade. Quando a fumaça se dissipou, os mineiros abaixaram-se e espiaram pela abertura. O que viram foi chocante, pois lá estava uma pequena múmia de criatura humanóide!
Ela estava sobre um beiral com as pernas cruzadas e os braços dobrados sobre o colo. Sua cor era marrom-escuro, sua pele bastante enrugada e seu rosto tinha alguns aspectos simiescos. Um dos olhos era caído, como se esse estranho camarada estivesse piscando para seus descobridores. A antiga múmia era espantosamente pequena, com apenas 36 centímetros de altura!
Os exploradores recolheram-na cuidadosamente, embrulharam-na em um cobertor e rumaram para Casper, onde a notícia da descoberta atraiu considerável atenção. Os cientistas mostraram-se céticos mas interessados, pois segundo a arqueologia tradicional seria impossível haver um ser humano enterrado em granito sólido. Mas a criatura era real!
A múmia foi examinada e radiografada pêlos cientistas. Tinha 36 centímetros de altura e pesava apenas 340 gramas. As chapas de raios x revelaram inegavelmente que a pequena criatura era um adulto. Biólogos que a examinaram declararam que sua idade seria 65 anos na ocasião de sua morte. As chapas mostraram dentição completa, um crânio diminuto, espinha dorsal, costelas, pernas e braços plenamente desenvolvidos. A múmia não era uma fraude bem montada, mas uma verdadeira entidade biológica, com características normais, embora mínimas.
Sua compleição tinha um tom cor de bronze. A testa era bem baixa, o nariz achatado com narinas abertas, a boca bem larga e os lábios finos retorcidos em um sorriso irônico.
Segundo Frank Edwards, autor de livros de divulgação científica, o Departamento de Antropologia de Harvard disse não haver dúvidas sobre a autenticidade da múmia. O doutor Henry Shapiro, chefe do Departamento de Antropologia do Museu Americano de História Natural, disse que os raios X revelaram um esqueleto bem pequeno coberto por pele ressequida, obviamente de idade muito elevada em termos históricos e de origem e tipo desconhecidos. A múmia misteriosa, disse o doutor Shapiro, é muito menor do que qualquer tipo humano atualmente conhecido.
Especulou-se que a múmia seria um bebé deformado e doente, embora os antropólogos que examinaram-na julgassem que, o que quer que fosse, teria sido um ser adulto por ocasião de sua morte. Edwards diz que o curador do departamento egípcio do Museu de Boston examinou a criatura e declarou que ela tinha a aparência de múmias egípcias que não foram envolvidas em gaze, o que impediria a exposição ao ar. Outro especialista, o doutor Henry Fairfield, sugeriu que a múmia misteriosa das montanhas Pedro poderia ser uma forma de antropóide que habitava o continente norte-americano em meados da Era Pliocênica.35
A caverna também foi examinada, mas não se encontrou sinal de habitação humana nem artefatos, inscrições, textos – nada além do pequeno beiral sobre o qual essa múmia ficou sentada durante incontáveis eras. Como ela ficou dentro de um bloco de granito sólido? Pelo que sei, o corpo nunca foi submetido à datação por carbono-14.
Embora a múmia tenha ficado exposta por muitos anos em Casper, ela desapareceu, e seu atual paradeiro é desconhecido.
Fonte: A Incrível Tecnologia dos Antigos, David Hatcher Childress, editora Aleph, 2005, pp.101-103.
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