O incrível caso da reencarnação de uma mulher do Antigo Egito
Posted by luxcuritiba em maio 16, 2016
por Alexandre Filho
É possível uma habitante do Antigo Egito reencarnar na era moderna, recordando sua vida passada? Talvez sim, porque, de outra forma, explicar a história documentada de Dorothy Eady se torna um desafio dificilmente superável.
Nascida na Inglaterra, em 1904, Dorothy Eady tinha apenas 3 anos de idade quando, acidentalmente, caiu pelas escadas de sua casa.
Ela sofreu um traumatismo craniano grave, que a deixou inconsciente, em estado catatônico e com um diagnóstico clínico de morte. No entanto, para a surpresa de todos, poucas horas depois, a pequena voltou à vida sem apresentar maiores consequências.
Com o passar dos dias, a menina começou a ter sonhos recorrentes, que descrevia para sua mãe como imagens de um grande edifício com colunas enormes. Muitas vezes, ela acordava chorando e pedindo para “voltar para casa”. Um ano após o acidente, seus pais a levaram para conhecer o Museu Britânico. Assim que entraram nas salas egípcias, Dorothy se soltou da mão de sua mãe e correu desesperadamente até as estátuas e beijou seus pés. Radiante, ela afirmava, sorrindo, que estava em casa, rodeada por sua gente.
Desde então, a pequena demonstrou um interesse obsessivo pelo Antigo Egito. Dorothy se tornou uma visitante assídua do museu, onde ela recebeu as primeiras noções da leitura de hieróglifos por parte do professor Ernest Wallis Budge. Em 1930, quando já era uma estudante destacada de egiptologia, ela viajou pela primeira vez ao Egito, onde se casou com um estudante nativo de lá. Eles tiveram um filho, ao qual deram o nome de Seti e, a partir desse momento, ela mesma começou a se chamar de Omm Seti, que significa “mãe de Seti”.
Foi aí que tudo ficou mais claro para ela: Dorothy afirmava ser Bentreshyt, sacerdotisa e serva da corte de Seti I, segundo faraó da dinastia XIX, filho de Ramsés I e Sitra. Além disso, em um diário íntimo, ela confessou ter sido amante do faraó, com quem mantinha encontros amorosos. Até o dia de sua morte, em 1981, ela viveu na cidade egípcia de Abidos e trabalhou lado a lado com os egiptólogos Selim Hassan e Ahmed Fakhry. Dorothy foi a primeira mulher a ser funcionária do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, onde trabalhou como assistente de pesquisa arqueológica.
As pessoas céticas com relação a essa história consideram particularmente difícil explicar como essa mulher inglesa pôde determinar com precisão a localização de um jardim anexo ao antigo Templo de Seti I. Quando tudo era mera hipótese, ela afirmava que o jardim realmente existia e foi capaz de apontar o local exato onde a escavação deveria ser feita para encontrá-lo. Mas isso não é tudo: além disso, ela previu que ali seria encontrado um túnel subterrâneo, localizado a norte do templo, o que acabou acontecendo rigorosamente como ela disse.
Céticos questionam a veracidade da história de Dorothy
James e Thorpe (2001) apontam que a única pessoa que deixou um testemunho acerca do caso foi a própria Dorothy, a qual não esclareceu vários aspectos dos seus relatos, especialmente os ligados a sua infância, se as lembranças do acidente e do acontecimento no museu de fato eram dela ou lhes foram descritos por seus pais.
Outro ponto são as informações acerca de edifícios egípcios que ela afirmava ter recebido de Seti I, tais quais:
(1) Que embaixo do Templo de Seti I em Abidos existiria uma câmara mortuária secreta, contendo uma biblioteca com registros históricos (JAMES; THORPE, 2001);
(2) O Osirion de Abidos não teria sido construído por este faraó (JAMES; THORPE, 2001);
(3) Que a esfinge do platô de Gizé não foi construída por Khufu (Quéfren), mas anos antes em honra ao deus Hórus (JAMES; THORPE, 2001); afirmação esta que se choca com as atuais pesquisas da Arqueologia que sugerem que ela teria sido edificada pelo o sucessor de Khufu em honra a este falecido faraó.
(4) A tumba de Nefertiti foi edificada próxima a de Tutankhamon e aparentemente permanece intacta (EL ZEINI; DEES) [1].
Segundo os céticos, muitos dos seus relatos são artificiais e dedutivos. Não é tarefa fácil aceitar suas afirmações, especialmente porque todas as pessoas as quais ela fez comentários acerca da personalidade já estão mortas fazem mais de 3000 anos.
Para saber mais:
O amigo de Omm Seti, Dr. Hanny El Zeini, ao lado de Catherine Dees, escreveu uma biografia acerca da história de Dorothy, o Omm Sety’s Egypt: A Story of Ancient Mysteries, Secret Lives, and the Lost History of the Pharaohs.
O jornalista Jonathan Cott, com o apoio de El Zeini, publicou em seu The Search for Omm Sety: A True Story of Eternal Love and One Woman’s Voyage Through the Ages parte do diário secreto dela.
Vídeo:
Pouco antes de falecer Omm Seti recebeu a equipe de filmagens da National Geographic em sua residência em Abidos. Abaixo a sua participação no documentário “Egito: Em Busca da Eternidade” (“Egypt: Quest for Eternity”, no original).
fontes:
http://arqueologiaegipcia.com.br
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Ernesto Ernesto said
Se ela era da epoca. Como foi CORTADA AS PEDRAS E TRANSPORTADAS ????
Como foi montada a piramide, encaixer pefeirtos.
Maria Tavares said
Desculpem – me mas não posso acreditar nessa “senhora”. Tenho motivos sérios para tal.
Walmir said
Bonita história, entre o céu e a terra há muitos mistérios, essa é a verdade.