Baixa atividade no cérebro estimula espiritualidade
Posted by luxcuritiba em agosto 14, 2013
É interessante reconhecer e, sobretudo, entender, que a experiência espiritual dos indivíduos pode ser explicada pela falta de atividade numa das regiões do cérebro responsáveis pela afirmação da identidade individual. É o que aponta um estudo realizado pelo neurocientista americano Brick Johnstone, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, e divulgado há já alguns anos na revista científica designada por “Zygon”.
Para quem não saiba, e para quem esteja afastada/o deste tipo de ciência, a área em questão – é o lóbulo parietal direito – no qual as pessoas definem quem são elas. Por exemplo, é a região onde o cérebro processa as preferências, e os gostos pessoais, reconhecendo as habilidades e os interesses amorosos do indivíduo.
Portanto, o estudo referido sugere que são justamente as pessoas que têm essa região menos activa, e com menos “definidores próprios”, as mais susceptíveis a levar vidas espiritualizadas. Mas, para chegar a essa conclusão, os pesquisadores testaram pacientes com essas áreas afectadas e compararam com estudos anteriores que mostram as especialidades de cada região do cérebro. Eles notaram que entre as 26 pessoas analisadas, as mais espirituais apresentavam o lóbulo parietal direito menos funcional. Este estado físico indicaria menos enfoco pessoal e, por conseguinte, menos autoconhecimento da personalidade.
De repente, e ante esse estudo, o que vem-nos à cabeça é a palavra “abnegação”. Portanto, a descoberta sugere que uma das principais características da experiência espiritual é, sem sombra de dúvida, a abnegação, que é, por sua vez, um comportamento anti-egoísta.
O estudo ainda aponta, que o maior silenciamento dos “definidores próprios” são mais comuns nos estados mais profundos de meditação ou oração. Particularmente, quando as pessoas experimentam sentimentos de desligamento de todo o universo humano. Assim, como eu tenho noção disso.
Se, realmente, observarmos e estudarmos bem o Livro Tora, o Velho Testamento, o Novo Testamento, o Alcorão, uma porção de textos Sufistas, muitos dos textos Hindus, e textos Budistas, todos eles falam sobre a abnegação Portanto, o que me leva cada vez mais a crer, que a ciência, apesar de ser o que é, descobre e comprova que ao sermos menos egoístas e adquirirmos mais autoconhecimento sobre o nosso Eu Superior, em vez de perdermo-nos no ego, passaremos a ter a chave para a tão ambicionada felicidade.
E numa linguagem científica, não propositada para confundir quem possa ler este texto, mas como pessoa dedicada que sou, digo aqui com grande entusiasmo: a ciência convencional descobriu, neurologicamente, o que muitos “alienados contemplativos e religiosos” – como eu – já sabiam por comprobabilidade empírica desde a era axial. Custou bastante, mas conseguiram… Agora é só colocar o conhecimento em prática! Porque não?
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Marut said
Olá Amigos.
O que nos dá a falsa percepção de separação do universo é o fluxo de pensamentos, ou atividade mental. Quando em oração ou meditação com a diminuição desse fluxo, consequentemente podemos perceber e reconhecer o estado crescente de comunhão e proporcional dissolução do ego.
Grande abraço.