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Antigo reator nuclear de 2 bilhões de anos é encontrado na África

Posted by luxcuritiba em março 29, 2015

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Em maio de 1972, um funcionário de uma fábrica de processamento de combustível nuclear na França percebeu algo suspeito. Ele havia realizado uma análise de rotina de urânio procedente de uma fonte de mineral aparentemente normal. Como é o caso com todo o urânio natural, o material em estudo continha três isotopos – ou seja, três formas, com diferentes massas atômicas: urânio 238, a variedade mais abundante; urânio 234, o mais raro; e urânio 235, o isótopo que é cobiçado, pois pode sustentar uma reação nuclear em cadeia.

Em outras partes da crosta terrestre, na lua e até mesmo em meteoritos, os átomos de urânio 235 compõem apenas 0,720 por cento do total. Mas nessas amostras, que vinham do depósito de Oklo no Gabão (uma ex-colônia francesa na África Ocidental equatorial), o urânio 235 constituía apenas 0,717 por cento. Esta pequena diferença foi suficiente para alertar cientistas franceses que algo estranho havia acontecido. Análises posteriores mostraram que o mineral de ao menos uma parte da mina estava muito abaixo da quantidade normal de urânio 235: 200 kg pareciam ter sido extraídos – o suficiente para fazer meia dúzia de bombas nucleares.

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Cientistas de todo o mundo reuniram-se no Gabão para estudar esse fenômeno. Eles descobriram que o local onde foi encontrado urânio é um reator nuclear subterrâneo muito avançado, além da capacidade de nosso conhecimento científico atual. Este reator existiu a 1,8 bilhões de anos e estava em operação há cerca de 500.000 anos.

Os cientistas investigaram a mina de urânio e os resultados foram divulgados em uma conferência da Agência Internacional de Energia Atômica. Os cientistas encontraram vestígios de produtos de fissão e resíduos de combustível em vários locais dentro da área da mina.

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Comparado com este enorme reator, nossos reatores nucleares atuais são muito menos impressionantes, meros dispositivos primitivos. Estudos indicam que o reator nuclear da mina de urânio encontrada, tinha vários quilômetros de comprimento. Para um grande reator nuclear como este, o impacto térmico no ambiente chegava a uns 40 metros ao seu redor. Ainda mais surpreendente é o fato de que os resíduos radioativos ainda não escaparam para fora do local da mina. Eles são mantidos no lugar pela geologia da área.

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É necessário entender que, o que era tão incrível para todos, era que uma reação nuclear tivesse ocorrido, de tal maneira que o plutônio (subproduto) tenha sido criado, e que a reação nuclear se tinha “controlado”, o que tem sido por muito tempo o “Santo Graal” da ciência atômica.

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A capacidade para moderar a reação significa que, uma vez que esta tenha iniciado, foi possível aproveitar a energia de saída de uma maneira controlada, incluindo a capacidade de impedir a explosão e libertar toda a energia de uma única vez.

Diante desses resultados, a comunidade científica acredita que a mina é um reator nuclear “natural”. Eles concluíram que o mineral teria enriquecido o suficiente, 1,8 bilhões de anos atrás, para produzir espontaneamente uma reação em cadeia. Além disso concluiu que a água manteve a reação moderada, da mesma forma como os reatores nucleares modernos usam varetas de grafite e cádmio para que o reator não chegue a um estado crítico e acabe explodindo.

Glenn_Seaborg_-_1964No entanto, o Dr. Glenn T. Seaborg, ex-chefe da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos e Prêmio Nobel por seu trabalho sobre a síntese de elementos pesados, disse que “para o urânio ‘queimar’ em uma reação, as condições devem ser exatamente corretas. Você precisa de água ou outro moderador para frear os nêutrons liberados enquanto cada átomo é dividido de modo que não se movimentem rápido demais para serem absorvidos por outros átomos, mantendo a reação em cadeia. Além disso, o moderador e o combustível devem ser extremamente puros. Mesmo algumas partes por milhão de contaminantes, como o boro, “envenenariam” a reação, levando a uma interrupção. Como poderiam surgir as condições necessárias debaixo da terra em circunstâncias naturais?”, disse Seaborg na revista Time em 1972.

Além disso, vários especialistas em engenharia de reatores observaram que em nenhum momento na história geologicamente estimada dos depósitos de Oklo foi o minério de urânio rico o suficiente em U-235 para que uma reação natural tivesse ocorrido.

Mesmo quando os depósitos foram formados, devido à lentidão do decaimento radioativo do U-235, o material fissionável teria constituído apenas 3 por cento dos depósitos – um nível muito baixo para uma reação nuclear. No entanto, uma reação ocorreu, sugerindo que o urânio original é muito mais rico em U-235 do que poderia ter sido uma formação natural.

Se a natureza não foi a responsável, então a reação deve ter sido produzida artificialmente. É o urânio de Oklo o resíduo de um reator nuclear antediluviano, de uma civilização pré-histórica? É provável que há aproximadamente dois bilhões de anos atrás, tenha existido uma civilização avançada em Oklo, que era tecnologicamente superior à civilização atual.

Como funcionava o reator

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Alex Meshik e seus colegas da Universidade de Washington, determinaram que a reação nuclear funcionava por 30 minutos e, em seguida, era interrompida por 2,5 horas, antes de começar de novo.

“O tempo é característica da água infiltrando nas rochas e, em seguida, sendo fervida uma vez que a reação começa”, disse MeshikQuando a água ferve completamente, as reações param até nova água ser novamente infiltrada. Esse ciclo impediu uma reação descontrolada. “É incrível que não tenha explodido”, disse Meshik. “Em vez disso, o reator lançava energia em pulsos regulares.”

Estimou-se que o reator de Oklo funcionou por 150.000 anos.

A água é muito boa para abrandar o fluxo de nêutrons e desta forma manter uma reação nuclear sob controle. Embora os cientistas já suspeitassem que a água foi importante para o funcionamento do reator de Oklo, a ideia não foi confirmada até que a equipe de Meshik observou os níveis de gás xenônio nos depósitos de urânio.

Eles perceberam que este gás só poderia ser preso nos depósitos se o reator fosse desligado periodicamente. O estudo foi publicado em uma edição da revista Physical Review Letters.

Embora a água e o urânio não sejam exclusivos das minas de Oklo, nenhum outro reator natural, jamais foi encontrado.

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“É muito estranho que algo aconteceu apenas uma vez na natureza”, disse Meshik, que acredita que o reator de Oklo trata-se de um fenômeno estritamente natural.

Ele explicou que, após o processo de fissão ter terminado, uma mudança geológica fez com que o reator afundasse a poucos quilômetros abaixo da superfície – onde foi preservado da erosão. A poucos milhões de anos atrás, outra mudança trouxe os depósitos de urânio de volta à superfície.

Se o reator nuclear encontrado em Oklo trata-se de uma formação natural, como afirmam os cientistas, porque não se encontrou nenhum outro reator em qualquer parte do planeta? Considerando-se que reservas de urânio justamente com depósitos de água são encontrados em muitos outros lugares, é realmente de surpreender que somente em Oklo esta combinação tenha ocorrido, de forma tão perfeita e precisa, a ponto de manter uma reação nuclear funcionando, por mais de 100.000 anos, com reações regulares e perfeitamente controladas, sem se transformar em uma explosão nuclear “natural”!

Tudo isso porém, fica muito fácil de entender, se considerarmos que este reator foi projeto e construído por uma inteligência, fosse uma civilização antiga avançada, ou por extraterrestres, como sugerem alguns. Pretender que um mecanismo como este encontrado em Oklo foi simples obra do acaso, é o mesmo que supor que relógios, com todos seus mecanismos extremamente precisos, tenham surgido na natureza por mero acidente, sem que ninguém os tenha fabricado. A natureza é capaz de produzir coisas fantásticas, é isso é certo, mas seria capaz de produzir, sozinha, um mecanismo tão complexo como um relógio? Ou um reator nuclear…???

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33 Respostas to “Antigo reator nuclear de 2 bilhões de anos é encontrado na África”

  1. lutero renato said

    Um tema deveras interessante. Parabéns

  2. Júlio César said

    Esse fato foi noticiado em outras fontes: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/07/existe-um-reator-nuclear-natural-de-2-bilhoes-de-anos-na-africa.html

    http://misteriosdomundo.org/na-africa-ha-um-reator-nuclear-de-2-bilhoes-de-anos-de-idade/

  3. ricardo said

    Parabéns pela matéria!!!

  4. Breno said

    Nothing is true,everything is permitted!

  5. Á natureza nos surprende

  6. José Geraldo Nogueira said

    Fantástico a descoberta deste reator os cientista devem estudar profundamente para obter as respostas corretas e não suposições!…

  7. Zaratrusta said

    Alguém precisou de combustível e não encontrou nenhum posto Ipiranga por perto!

  8. Paulo Cereta said

    Era uma vez , há muuuuitos anos atráz!

  9. Robson said

    E quem fez esta mina é para que fim

  10. […] Fonte: Antigo reator nuclear de 2 bilhões de anos é encontrado na África « Piramidal […]

  11. Antonio said

    Simplesmente um processo natural, nada mais que isso…

  12. Mucival de Jesus said

    FORAM OS ALIENÍGENAS ESPACIAIS…..

  13. desconsiderando a fé religiosa das outras pessoas, pois eu não acredito em criacionismo. a natureza criou o mecanismo mais complexo jamais criado ou seja nós, os outros animais, as plantas e etc… quer maquinas mais complexas que essas? eu acredito sim que é uma formação natural.

  14. Eduardo Spinell said

    a natureza é capaz de produzir coisas simples que nem mesmo o homem é capaz, imagine coisas complexas…

  15. Rogério said

    Se descobrirmos que fez essa obra prima…talvez possamos compreender um pouco mais de quem somos e de onde viemos! Matéria muito boa essa Parabéns a todos os envolvidos!!!

  16. Elisandra said

    Interessantíssimo toda essa matéria. Fica a pergunta: quem seriam os amigos ou nossos inimigos em tal criação?

  17. JORGE LUÍS GRANATTO said

    Acredito que tenha havido inteligência superior a nossa em outras civilizações e,ou, tenham vindo aqui extraterrestres.

  18. bene oliveira said

    Fantastico..
    Impressionante, isso ficou “oculto” por todos esses anos?! Alguma busca por mais esclarecimento continua a ser feita!?

  19. lito said

    AFRICA BERÇO DA UMANIDADE

  20. Wedersoncastro said

    Bom

  21. Kelly oliveira said

    meu deus é muito surpreendente isso meus parabéns.

  22. Alex Rosa said

    Fantástico, gostaria de saber que civilização fez uso desta tecnologia. Com certeza a natureza não fez sozinha, pois não produz nada desse tipo, nem relógios, e nem pregadores de roupa, e muito menos uma reator nuclear.

  23. […] Antigo reator nuclear de 2 bilhões de anos é encontrado na África […]

  24. Wanderson said

    Realmente o acaso é incapaz de produzir componetes tão complexos e precisos como relógios, imagina organismos vivos que, logicamente, são infinitamente maiscomplexos do que os relógios.

    • Orlando Moura said

      Kkkkk. Muito boa. Cérebro humano qualquer um faz… Mas quando a natureza fizer um Tissot com pulseira de ouro, aí nós vamos pra frente.

      • Rodrigo said

        A natureza faz,indiretamente pois o ouro e o aço são produzidos por ela,mas acredito que falar em 1.8 bilhões de anos já seja sobrenatural…da mesma forma que dizer que a própria natureza gerou a usina…
        A troco de que???

    • Carlos said

      Não confundam as coisas. Todos os organismos vivos foram evoluindo a partir de bactérias e organismos simples, e essa evolução foi moldada ao longo de milhões de anos pelo ambiente em que esses organismos viviam por conta da necessidade de se adaptarem a novas condições, ambiente e desafios. Agora falar que a natureza produziu uma edificação (construção) com nivelamentos perfeitos, distâncias exatas com todos os materiais necessários presentes ali, e que essa construção eram capaz de produzir energia nuclear, se controlar e manter essa reação por 150.000 anos sozinha sem nenhuma intervenção?

  25. peganufogobixu said

    us et tão de parabains

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