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Por mais real que um devaneio possa parecer, seu caminho através do cérebro vai no sentido oposto ao da realidade.

“Nós sabemos que o cérebro não funciona como um conjunto de áreas independentes, mas como uma rede de áreas especializadas que colaboram entre si,” destaca o professor Barry Van Veen, da Universidade de Washington (EUA).

“Um problema muito importante nas pesquisas sobre o cérebro é entender como suas diferentes partes conectam-se funcionalmente. Quais áreas estão interagindo? Qual é o sentido da comunicação?”, justifica ele.

Imaginação e realidade

Durante a imaginação, os pesquisadores constataram um aumento no fluxo de informações do lóbulo parietal para o lóbulo occipital – de uma região de ordem superior, que combina entradas de vários sentidos, para uma região de ordem inferior.

Em contraste, a informação visual recolhida pelos olhos tende a fluir a partir do lobo occipital – que comporta grande parte do córtex visual do cérebro – “para cima”, para o lobo parietal.

“Parece haver muita coisa em nossos cérebros e nos cérebros dos animais que é direcional, que os sinais neurais se movem em uma direção particular, param e recomeçam em outro lugar. Eu acho que este é realmente um tema novo que não havia sido explorado,” disse Van Veen.

Sonhos são imaginação ou realidade?

O Dr. Van Veen espera aplicar os métodos desenvolvidos neste estudo para entender como o cérebro usa as redes neurais para codificar a memória de curto prazo.

Já seu colega e coautor do trabalho Giulio Tononi, da Universidade de Liege (Bélgica), quer usar os resultados para desvendar o que acontece no cérebro durante o sono e os sonhos – serão eles processados como imaginação ou como realidade?

http://www.diariodasaude.com.br

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